🤔 Para Refletir :
"Um artista precisa somente de duas coisas: Honestidade e fé."
- Carlos Davilla

Sendo gamer em 2019

Sendo gamer em 2019


Eu temia que esse dia chegasse...

A politização excessiva dos jogos, a mídia corrompida e a ganância das empresas continua a atingir picos cada vez maiores. Não vou ter nem tempo nem condição de conseguir dissertar sobre tudo de uma vez, mas eu vejo que o cenário de jogos está severamente doente e pode eventualmente colapsar.

E enquanto algumas franquias e jogos ainda vendem milhões e milhões, para mim está ficando cada vez mais difícil conseguir escolher algo que preste para eu poder colocar na lista de jogos que quero poder jogar.

Estou vendo inúmeros vídeos na gringa de notícias e análises sobre jogos, e não sei muito como é a percepção geral da galera no Brasil (poucos canais como a Central e Gameplayrj no Youtube que ainda se prestam por passar notícias de maneira direta na lata), mas a minha preocupação já atingiu o limite do alarmante.

O nome dos inimigos são muitos, apenas para citar alguns:
  • Jogos como serviço ou sempre onlines;
  • Microtransações e principalmente lootboxes;
  • DLCs, passes de temporada, passe de batalha, e conteúdos pagos em geral;
  • Politização e propaganda forçada em jogos e franquias famosas;
  • Censura de jogos e agora também de jogadores;
  • Mídia de games corrupta e comprada além do limite;
  • Políticos tentando taxar(ainda) mais impostos em jogos, inclusive digitais;
  • Gente de mente retrógrada que ainda acredita que jogos deixam pessoas violentas;
  • A "cultura do cancelamento" e seus desdobramentos;
  • Etc, etc, etc, etc....

Reparem apenas que muitas dessas coisas podem não ser ruins por si só se usadas da maneira certa com limites. Mas a sensação geral de quem acompanha o avanço disso dia a dia é de que o caos está tomando de conta do mundo dos jogos.

Felizmente muito disso não afeta os indies de maneira severa *ainda*, mas acredito que essas notícias atinjam a todos, sejam gamers, sejam devs indies, seja a indústria dos triple-A, seja até quem não compra jogos ou joga. Imagina que começam a taxar jogos digitais e vender seu jogo na Steam ficar mais difícil por conta do preço mais caro?

De novo, não queria que as coisas fossem assim, tudo o que eu queria é poder jogar livre e sem problemas os meus jogos e franquias que tanto gosto. Mas a politização desse cenário faz com que nós consumidores também tenhamos que ter opinião e postura, pois muitas dessas práticas são abusivas e completamente anti-consumidor e nós temos que ter voz ativa para impedir que avancem cada vez mais no nosso sagrado hobbie.

Com tanta coisa ocorrendo, queria saber a opinião de vocês, o que é ou significa ser gamer em pleno 2019?

A medida que eu for elaborando um pouco mais sobre os pontos eu vou trazendo melhor as informações para corroborar com cada ponto trazido.​

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Excelente. Por sinal, parece que reclamar no fim das contas dá certo. Vejam essas duas "boas" notícias recentes...

https://www.youtube.com/watch?v=ZWdaryu55-s

https://www.youtube.com/watch?v=CZOqPTXX_0k
Kaw

Kaw

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Rafael_Sol_MAKER comentou:
Bom, eu fui um dos defender a Epic por que ela traz mais competição e conseguiu trazer para o PC jogos que antes eram exclusivos de consoles. Mas mesmo assim sou forçado a concordar que segurar a exclusividade é prática anti-consumidor, afinal está sendo criada uma barreira puramente artificial para impedir que você tenha a capacidade de escolha. Por um certo lado dá para entender um exclusivo de console, mas um jogo multiplataforma ou no caso de PC, que irá sair por múltiplas lojas, ser segurado apenas "porquê", pode nem ser uma coisa tão ruim ou prejudicial, mas vamos concordar que boa e vantajosa também não é.

Acho que o pior agravante agora é o que o novo COD:MW fez e lançou uma modalidade de jogo com exclusividade temporária. Sim, você compra um jogo full e só pode jogar uma parte dele daqui há vários meses ou até 1 ano. Isso é um absurdo sem tamanho, não faz o menor sentido. Ah, se essa moda pega...
Então, acho que não consegui deixar o texto claro, mas eu não falava de exclusividade "total", e sim da exclusividade temporária.

Concordo plenamente que exclusividade é sim uma prática anti-consumidor, inclusive as de console.
Ser obrigado a comprar todos consoles do mercado pra poder ter acesso à qualquer jogo ou poder jogar com qualquer amigo é ridículo.
Já no caso de uma exclusividade temporária de jogo, não vejo como algo exatamente anti-consumidor pois você não é obrigado a pagar e jogar em outra plataforma que você não deseja. Você só vai precisar ser paciente.

Agora, exclusividade "total" (jogos como GoW, TLoUs, Gears, Forza etc.) e agora essa palhaçada que é a exclusividade temporária de feature é de longe uma prática anti-consumidor, pois obriga o mesmo a fazer algo que ele talvez não queira fazer caso queira ter acesso ao jogo ou à feature.

Rafael_Sol_MAKER comentou:
Já fiz ressalvas quanto a esses casos. Mas mesmo esses jogos é justo ter planos delineados de quando o jogo irá parar ou os desenvolvedores providenciarem meios de deixar que o jogo possa funcionar em LAN ou servidores privados, seria o ideal. O que não concordo são os benditos DRMs para o jogo só funcionar online, mesmo sendo ou tendo modo singleplayer. Um belo dia eles desligam o servidor, e você, o trouxa que pagou para ter o jogo, perde o acesso a ele por que o controle do funcionamento do jogo não está em suas mãos. O famoso você paga, mas não leva.
Sim, concordo.

Rafael_Sol_MAKER comentou:
Microtransações em jogos free, sim, apoio 100%. Lootboxes, nem ferrando. LoL até que faz algo razoável, pois permite que você possa trocar caso receba algo que não queira ou precise. Acredito que para mecânicas aleatórias, elas podem ser colocadas para serem apenas recebidas via gameplay, enquanto o que for pago, você deve saber exatamente o que está comprando e por quanto. Qualquer coisa fora disso é vender promessas e fica ruim de defender, mesmo que façam de uma forma razoável
Então, Overwatch não é um jogo free e mesmo assim as lootboxes dele não atrapalham em absolutamente nada quem não gasta dinheiro no jogo.
Tenho minha conta da Battle.net há anos, nunca gastei 1 centavo com lootbox do Overwatch, e hoje tenho praticamente todas skins que eu queria ter na época que eu jogava, e isso só de jogar, passando de level e participando nos eventos.

Por isso eu digo que tem que saber fazer. Quanto mais longe as empresas passarem do exemplo dado pela EA com o Star Wars Battlefront 2, melhor.

Rafael_Sol_MAKER comentou:
Olha, eu não nasci ontem, o que você tá chamando de DLCs de TW3 é o que nos 90 ou 00 chamariam de expansões. Ou seja, novas campanhas, com muitas horas novas de jogabilidade.

O problema é que o termo DLC é um guarda-chuva que pode abranger qualquer coisa, desde um personagem ou skin, até uma campanha que dá praticamente outro jogo. DLCs podem ser abusivas quando vendem uma coisa pequena, mas que todo mundo quer, por um preço absurdo, ou então quando é algo que é claramente tirado como parte da experiência completa do jogo, para ser vendido a parte. (Agora DLC que nem download precisa ser feito, já tá no disco, só a Capcom mesmo kkkkk)

Se a gente voltasse para o conceito de expansões, uma coisa fica bem clara, nem todo jogo isso iria funcionar ou ser interessante para os devs por diversos motivos, Uma pena.
EXATAMENTE, você não poderia ter colocado melhor.
Eu citei a expansão do The Witcher pois você não foi específico quando listou DLCs, mas faço de suas palavras as minhas.

Usando The Witcher como exemplo mesmo, as DLCs pequenas são TODAS de graça.
AS2uOpm.png

Isso sim eu concordo e acho que deva ser inventivado e defendido. Agora, DLCs in-disk (Capcom pra sempre nas memórias) ou coisas como uma fucking armadura de cavalo num jogo SINGLE-PLAYER, jesus cristo... Parece até uma piada de mal gosto.

Rafael_Sol_MAKER comentou:
Essa tal "cultura do cancelamento" não está ligada diretamente aos gamers, mas pode atingir a comunidade gamer, ou de comics, otakus, filmes, etc. e praticamente qualquer um de uma sub-cultura da internet relacionada a essas. De toda forma isso já faz parte da realidade de muitas discussões, então é bom deixar o alerta ligado pois esse é um fenômeno social muito interessante e complexo que pode atingir a qualquer momento qualquer um, principalmente criadores de conteúdo e afins (isso inclui devs, streamers, jogadores de e-sports)
Justo. Sou a favor da conscientização geral. Ficar out of the loop é ruim pra todo mundo.

Rafael_Sol_MAKER comentou:
Eu não estou falando aqui a minha opinião, julgando coisas com certas ou erradas, estou apenas apontando onde há claras práticas anticonsumidor, no caso de empresas, ou antigamers no caso da mídia ou fenômenos sociais. O que eu acho ou não disso que estou colocando aqui é só que essas coisas precisam ser expostas e as pessoas tem que decidir se acham elas aceitáveis ou não.

Então em nenhum momento fui contra coisas como boas expansões com muito mais horas jogo a um preço justo, como no caso de The Witcher que você citou de exemplo, então não misture as coisas. Onde os desenvolvedores são justos e transparentes e não sacaneam a experiência do jogador de propósito em troca de lucro, na verdade estou é aplaudindo de pé, pois hoje em dia eles parecem ser a exceção e não mais  a regra.

No mais, outro <3 para a GOG que eles merecem. A CD Projekt Red sabe o que faz, hoje em dia com uma EA ou uma Activision da vida, eles acabam sendo heróis no nosso meio.
Entendo. Quis apontar só que, tanto pra você, pra mim ou pra qualquer um lendo esse tópico, os pontos podem ou não condizirem com seu apontamento de "inimigo" e que no final das contas cada um deve analisar seu próprio ponto de vista pra chegar numa conclusão, no sentido de que o uso da palavra "inimigo" que me causou esse sentimento.

De qualquer forma, é importante realmente levantar discussões sobre essas coisas.



E, sim, a CD Projekt ta dando aula.
Sinceramente, hoje, se tem uma companhia que consegue me fazer comprar um jogo na pré-venda sem peso na consciência, é ela.
Salve, Kaw!
Entre os pontos dessa resposta eu riscaria, por exemplo, exclusividade temporária da lista. Eu não vejo como isso pode afetar negativamente o consumidor final. Se você não gosta da Epic, seja por razões práticas ou morais, espere e compre quando sair na Steam.
Bom, eu fui um dos defender a Epic por que ela traz mais competição e conseguiu trazer para o PC jogos que antes eram exclusivos de consoles. Mas mesmo assim sou forçado a concordar que segurar a exclusividade é prática anti-consumidor, afinal está sendo criada uma barreira puramente artificial para impedir que você tenha a capacidade de escolha. Por um certo lado dá para entender um exclusivo de console, mas um jogo multiplataforma ou no caso de PC, que irá sair por múltiplas lojas, ser segurado apenas "porquê", pode nem ser uma coisa tão ruim ou prejudicial, mas vamos concordar que boa e vantajosa também não é.

Acho que o pior agravante agora é o que o novo COD:MW fez e lançou uma modalidade de jogo com exclusividade temporária. Sim, você compra um jogo full e só pode jogar uma parte dele daqui há vários meses ou até 1 ano. Isso é um absurdo sem tamanho, não faz o menor sentido. Ah, se essa moda pega...

No caso de jogos multiplayer e Free-to-play.
Já fiz ressalvas quanto a esses casos. Mas mesmo esses jogos é justo ter planos delineados de quando o jogo irá parar ou os desenvolvedores providenciarem meios de deixar que o jogo possa funcionar em LAN ou servidores privados, seria o ideal. O que não concordo são os benditos DRMs para o jogo só funcionar online, mesmo sendo ou tendo modo singleplayer. Um belo dia eles desligam o servidor, e você, o trouxa que pagou para ter o jogo, perde o acesso a ele por que o controle do funcionamento do jogo não está em suas mãos. O famoso você paga, mas não leva.

É possível fazer do jeito certo. Overwatch e LoL são exemplos.
Microtransações em jogos free, sim, apoio 100%. Lootboxes, nem ferrando. LoL até que faz algo razoável, pois permite que você possa trocar caso receba algo que não queira ou precise. Acredito que para mecânicas aleatórias, elas podem ser colocadas para serem apenas recebidas via gameplay, enquanto o que for pago, você deve saber exatamente o que está comprando e por quanto. Qualquer coisa fora disso é vender promessas e fica ruim de defender, mesmo que façam de uma forma razoável

Olhando para uma Blood and Wine (The Witcher), como é possível você citar DLC paga como inimigo? O problema não é ser paga quando vale a pena, mas ser paga quando não condiz com o conteúdo.
Olha, eu não nasci ontem, o que você tá chamando de DLCs de TW3 é o que nos 90 ou 00 chamariam de expansões. Ou seja, novas campanhas, com muitas horas novas de jogabilidade.

O problema é que o termo DLC é um guarda-chuva que pode abranger qualquer coisa, desde um personagem ou skin, até uma campanha que dá praticamente outro jogo. DLCs podem ser abusivas quando vendem uma coisa pequena, mas que todo mundo quer, por um preço absurdo, ou então quando é algo que é claramente tirado como parte da experiência completa do jogo, para ser vendido a parte. (Agora DLC que nem download precisa ser feito, já tá no disco, só a Capcom mesmo kkkkk)

Já passe de batalha eu acho genial. Não influencia negativamente o jogo de quem não compra e alguns jogos até dão a possibilidade de você recomprar o passe só por jogar o jogo (Fortnite e Apex).
Com certeza se feito da maneira certa, é ideal e muito interessante, especialmente para jogos free-to-play como estes.

Isso aqui eu não sei porque exatamente tá nesse tópico já que não é algo da cultura gamer em si.
Essa tal "cultura do cancelamento" não está ligada diretamente aos gamers, mas pode atingir a comunidade gamer, ou de comics, otakus, filmes, etc. e praticamente qualquer um de uma sub-cultura da internet relacionada a essas. De toda forma isso já faz parte da realidade de muitas discussões, então é bom deixar o alerta ligado pois esse é um fenômeno social muito complexo que pode atingir a qualquer momento qualquer um, principalmente criadores de conteúdo e afins (isso inclui devs, streamers ou reviewers, jogadores de e-sports)

Alguns dos pontos que você citou como inimigo (baseado no seu "certo e errado") podem na verdade ser algo bom pro jogo e pro jogador, como o exemplo das DLCs do The Witcher.
Eu não estou falando aqui a minha opinião, julgando coisas com certas ou erradas ou outro juízo de valor, ao menos não é essa a intenção; estou aqui apenas para apontar onde há claras práticas anticonsumidor, no caso de empresas, ou antigamers no caso da mídia ou fenômenos sociais. O que eu acho disso que estou colocando aqui é só que essas coisas precisam ser expostas e as pessoas tem que decidir se acham elas aceitáveis ou não.

Então em nenhum momento fui contra coisas claramente boas, como as expansões com muito mais horas jogo a um preço justo, como no caso de The Witcher que você citou de exemplo, então não misture as coisas. Onde os desenvolvedores são justos e transparentes e não sacaneam a experiência do jogador de propósito em troca de lucro, na verdade estou é aplaudindo de pé, pois hoje em dia eles parecem ser a exceção e não mais  a regra.

No mais, outro <3 para a GOG que eles merecem. A CD Projekt Red sabe o que faz, hoje em dia com uma EA ou uma Activision da vida, eles acabam sendo heróis no nosso meio.
Kaw

Kaw

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Membro
Rafael_Sol_MAKER comentou:
[...]
Alguns outros inimigos para a gente colocar lá na lista:

  • Gamers sendo chamados de tóxicos, perseguidos e prejudicados por empresas, publishers e devs (caso Apex Legends, Take Two e casos recentes da Blizzard, respectivamente);
  • Copyright strike falso em criadores de conteúdos e streamers e casos contra o fair use;
  • Mídia anti-gamer em casos específicos que não corroboram com certas agendas (Vide caso acima do Apex Legends, de gamers sendo linchados por empresas e mídias);
  • Exclusividade de conteúdos e modos de jogo (Ex.; COD Modern Warfare no PS4);
  • Exclusividade, mesmo que temporária, comprada (veja o caso da Epic games);
  • DRMs que causam perda de desempenho (problema antigo, admito);
  • Jogos extremamente quebrados no lançamento, patchs de dia um gigantescos, etc.;
  • DLCs “já no disco” e conteúdos cortados propositalmente para serem vendidos a parte;
  • Propaganda enganosa, trailers ou demos falsos que não representam o estado do jogo;
  • Esquemas problemáticos de pré-vendas (a própria ideia de pré-venda já é duvidosa) e afins.

Se eu esquecer de algum favor me avisem. Acredito que tenham mais.
IMO, muitos dos pontos levantados, tanto nesse post quando no tópico principal, não são necessariamente inimigos em sua essência, mas sim sua aplicação individual acaba se tornando.

Entre os pontos dessa resposta eu riscaria, por exemplo, exclusividade temporária da lista. Eu não vejo como isso pode afetar negativamente o consumidor final.
Se você não gosta da Epic, seja por razões práticas ou morais, espere e compre quando sair na Steam.

Já nos pontos do tópico, eu não vejo como inimigos:
  • Jogos como serviço ou sempre onlines; - No caso de jogos multiplayer e Free-to-play.
  • Microtransações e principalmente lootboxes; - É possível fazer do jeito certo. Overwatch e LoL são exemplos.
  • DLCs, passes de temporada, passe de batalha, e conteúdos pagos em geral; - Olhando para uma Blood and Wine (The Witcher), como é possível você citar DLC paga como inimigo? O problema não é ser paga quando vale a pena, mas ser paga quando não condiz com o conteúdo. Já passe de batalha eu acho genial. Não influencia negativamente o jogo de quem não compra e alguns jogos até dão a possibilidade de você recomprar o passe só por jogar o jogo (Fortnite e Apex).
  • A "cultura do cancelamento" e seus desdobramentos; - Isso aqui eu não sei porque exatamente tá nesse tópico já que não é algo da cultura gamer em si. A cultura do cancelamento é uma faca de dois gumes. É uma forma direta de obter respostas/reações de gente que geralmente não se importariam de dá-las. Mas por outro lado é bem manipulável e pode passar dos limites com facilidade.

No final das contas, muitos desses pontos sai da área ética (do estudo prático da moral) e vai pra sua moral individual. Alguns dos pontos que você citou como inimigo (baseado no seu "certo e errado") podem na verdade ser algo bom pro jogo e pro jogador, como o exemplo das DLCs do The Witcher.



PS: O FL citou a GOG em relação à luta contra "Jogos como serviço ou sempre onlines" mas nas verdade a GOG luta contra um mercado anti-consumidor, primariamente por um mercado DRM-free. Coisas como Denuvo, por exemplo, que te obrigam a conectar na internet pra provar que você é dono do jogo... Mas a GOG não tem nada (eu pelo menos nunca vi ou ouvi nada deles) contra jogos online ou jogos como serviço em si, desde que o jogo em questão respeite o consumidor.
Grande comentário! Excelente, muito bem colocado.

Sim, sim, nem todo mundo que está na indústria são pessoas apaixonadas por fazer jogos que querem entregar as melhores experiências para os seus consumidores. Publishers, acionistas, altos executivos e afins estão nessa indústria por terem visto seu rápido crescimento e pouca regulação como oportunidade de se fazer muita grana.

Isso, claro, trouxe mais dinheiro e investimento para os jogos, mas também todo tipo de prática abusiva onde jogos nada baratos são verdadeiros mercados de monetização de itens virtuais vendidos separadamente, normalmente mascarados por moedas premium que escondem o verdadeiro valor, quando não cassinos com chances mínimas de ganhar, explorando a fraqueza de alguns e compulsão por jogos de azar, entre outros vícios, no fim o jogador tendo gastos que superam muito o valor original dos seus R$200 ou 300 que você já deu por aquele jogo para ter uma experiência final muito pior.

No melhor interesse de proteger os interesses dos jogadores, vejo que a gente chegou a um ponto que essas coisas precisam receber mais atenção, mais pessoas precisam saber o que está havendo e se revoltar com essa situação, mais legislações tem que ser pressionadas para regular, caso contrário vamos ficar ao léu na mão dessas companhias indefinidamente, com a chance deles sempre piorarem, inventarem um sistema cada vez mais abusivo, testando os limites da paciência do consumidor.

Assim como em qualquer mercado, você não quer pagar cada vez mais caro para ter, por exemplo, menos comida, ou uma comida de pior qualidade, da mesma forma não dá para aceitar que nos empurrem coisas piores. A estrada é longa, mas acredito quedo jeito certo é possível explorar esse mercado ganhando muita grana e deixando muita gente satisfeita. Público já se mostrou que tem, agora precisam existir jogos com qualidade a altura do dinheiro de tanta gente.

Um salve para o Dob!

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