🤔 Para Refletir :
"No alto daquela ideia, plantei um projeto de jogo. A empolgação da ideia bate, o fracasso da ideia cheira."
- DanTheLion

22 Dicas da Pixar para criar uma boa história

HomemDoTrigo

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02 de Março de 2019
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Tem vários sites e canais que comentam sobre as dicas. Não sei se já conheciam, mas achei pertinente compartilhar. Essa tradução do texto retirei deste site: https://www.hypeness.com.br/2012/08/as-22-regras-da-pixar-para-criar-uma-boa-historia/

Aqui está o texto para quem não quer ler direto no site:

"1. Um personagem deve se tornar admirável pela sua tentativa, mais do que pelo seu sucesso.
2. É preciso manter em mente o que te cativa como se você fosse parte da público, e não pensar no que é divertido de fazer como escritor. As duas coisas podem ser bem diferentes.
3. A definição de um tema é importante, mas você só vai descobrir sobre o que realmente é a sua história, quando chegar ao fim dela. Então reescreva.
4. Era uma vez um/uma________. Todo dia,__________. Um dia, então__________. Por causa disso, __________. Por causa disso__________. Até que finalmente_______.
5. Simplifique. Tenha foco. Combine personagens. Não desvie do principal. Você sentirá como se estivesse perdendo material valioso, mas ficará mais livre.
6. No que os seus personagens são bons e o que os deixa confortáveis? Coloque-os no lado oposto a isso. Desafie-os. Como eles lidarão com essas situações?
7. Crie o final antes de saber como será o meio. Sério. Finais são difíceis, então adiante o seu trabalho.
8. Termine a sua história e deixe-a, mesmo que não seja perfeita. Siga em frente. Faça melhor da próxima vez.
9. Quando você tiver um “branco”, faça uma lista do que não irá acontecer no andamento da história. Muitas vezes, é assim que surge a idéia de como continuar ela.
10. Separe as histórias que você gosta. O que você vê de bom nelas é parte de você. É preciso identificar essas características, antes de usá-las.
11. Colocar no papel permite que você comece a consertar as falhas. Se deixar na sua cabeça até aparecer a ideia perfeita, você nunca compartilhará com ninguém.
12. Ignore a primeira coisa que vier a sua cabeça. E a segunda, terceira, quarta, quinta – Tire o óbvio do caminho. Surpreenda a si mesmo.
13. Dê opiniões aos seus personagens. Passivo/maleável pode parecer bom enquanto você escreve, mas é um veneno para o público.
14. Por que você precisa contar essa história? Qual é o combustível que queima dentro dela, e do qual ela se alimenta? Esse é o coração da história.
15. Se você fosse o seu personagem, e estivesse na mesma situação, como você se sentiria? Honestidade dá credibilidade para situações inacreditáveis.
16. O que está em jogo? Nos dê uma razão para nos importarmos com o personagem. O que irá acontecer se ele fracassar? Coloque as probabilidades contra o sucesso.
17. Nenhum material é inútil. Se não está funcionando, largue de mão e siga em frente. Ele pode ser útil mais tarde.
18. Você deve saber a diferença entre dar o seu melhor e ser espalhafatoso. Histórias são para testar, não para refinar.
19. Coincidências que coloquem os personagens em problemas são ótimas; as que os colocam fora deles, são trapaça.
20. Exercício: Divida em pedaços um filme que você não gosta, e o reconstrua de forma que ele se torne um bom filme, na sua opinião.
21. Você deve se identificar com as situações e reações dos seus personagens, e não escrevê-las de qualquer forma. Você agiria da mesma maneira que eles?
22. O que é essencial na sua história? Qual a forma mais curta de contá-la? Se você souber a resposta, pode começar a construí-la a partir daí.

* Texto retirado do site Comunicadores.info com tradução de @lucaseditor"​
 
Nossa, não queria falar não mas acho que a Sh?nen Jump precisa de uma lista dessa urgentemente hahahá!
Ótimas as dicas fazendeiro! Um bom planejamento é a chave para que as coisas evoluam da maneira correta, espero que muitos vejam isso.
 
Rapaz obrigado por compartilhar, realmente uma materia pra andar no bolso de qualquer desenvolvedor.
 
Oh my, que nostálgico, eu me lembro de ter feito um post sobre isso uns anos atrás.

Uma que sempre ficou comigo foi a de ter seu final antes do meio, ela te ajuda a fechar o escopo e não fazer algo que não dá conta.

Outra foi das coincidências também, mas esse é mais pela época que eu jogava RPG de mesa, é sempre bacana tu ver os jogadores saindo de uma situação que eles entraram totalmente por coincidência de uma forma que tu jamais esperaria.

See ya!
 
[member=506]Pet[/member] A que eu mais tenho em mente é a sobre o porquê você tem que contar essa história. Acho uma baita pergunta. "Porquê eu devo contar essa história? É alguma lição de moral que quero passar?". Eu to tentando descobrir bem isso antes de começar um projeto, porquê se eu não sei o porquê tenho que contar essa história, não sei nem como começar a fazer o jogo. Se for para ensinar o jogador a ter empatia por exemplo, se ver no lugar dos outros, tenho que saber que o jogo se trata disso desde o início. Assim posso fazer com que as mecânicas e histórias incentivem o jogador a ver o mundo pela perspectiva de outras pessoas. Enfim, acho que essa dica é a que mais gostei. As que tu citou são bem boas tmb.

[member=962]Jully Anne[/member] Adoro ver os nomes que vocês ficam me chamando ahsuashuas Fazendeiro XD​
 
7. Crie o final antes de saber como será o meio. Sério. Finais são difíceis, então adiante o seu trabalho.
O maior erro que iniciantes cometem e criar um enredo seguindo a ordem. Se você cria uma história sem final planejado, o final muito provavelmente será ruim. Já cometi esse erro muitas vezes.

15. Se você fosse o seu personagem, e estivesse na mesma situação, como você se sentiria? Honestidade dá credibilidade para situações inacreditáveis.
Isso tecnicamente não faria os personagens ficarem muito parecidos uns com outros? Particularmente há situações em que eu não consigo me imaginar sendo o personagem.

19. Coincidências que coloquem os personagens em problemas são ótimas; as que os colocam fora deles, são trapaça.
Famoso Deus Ex Machina...

No geral, essas dicas me convenceram muito, uma pena eu não ter sabido delas antes. Valeu por trazer esse tópico pra cá, da próxima vez eu vou tentar segui-las.
 
Todas as dicas são ótimas, te faz pensar na história como um "profissional", alguém que realmente tenta ver isso como parte de uma ciência que tenta conquistar o público e não somente arte.
 
[member=1625]Irineu[/member] Sobre a 15, acho que é especificamente para situações extraordinárias. Não sei se já jogou Corpse Party, que é um jogo de rpg maker, acho que ele trata muito bem disso. Os personagens estão em situações horrorosas, encontrando cadáveres, intestinos, fantasmas, etc, e eles reagem como uma pessoa normal agiria. Quando encontram tripas no chão e pisam em uma sem querer, eles se assustam, tem nojo, querem limpar o sapato com guardanapo, se enjoam de ver o sangue e sentir o cheiro de podridão. Tu sente que eles estão abalados, ficam nervosos. Isso acho que fazem muito bem, eles agem como eu, você, uma pessoa normal agiria ao ver tripas no chão. O exercício de se imaginar no lugar do personagem, acredito que não seja no quesito de personalidade, mas mais de reações comuns ao que se encontra ao redor.
Embora eu tenha dito que corpse party foi tão detalhado e parecia que as pessoas eram tão reais e tinham reações autênticas em situações inacreditáveis, Misao que é um jogo com os mesmos elementos não fez isto. Enquanto que no corpse party por exemplo, se você encontra um fantasma, parece algo fora do comum, inacreditável, no Misao tudo que encontram parece algo do cotidiano e que não faz mal ao personagem. Encontrou um cadáver? Tudo bem, tem vários pela escola, pra que se assustar. Achou um par de mãos cortadas no chão? Pode ser útil, melhor levar na mochila. Meu colega morreu do meu lado? Pra que chorar, tem tanta gente morta aqui mesmo, vou ver se consigo sair daqui. Entende? Misao não parece nem um pouco real, acho que ele nem tenta ser, tudo bem, acho que foi uma escolha do autor, mas isso faz com que a história não pareça real. Corpse Party não, tudo que eles fazem, parecem coisas que eu ou você faríamos, inclusive entrar em pânico. Acho que se colocar no lugar dos personagens em situações bizarras, passa mais credibilidade.​
 
Eu interpretei a dica 15 dessa maneira também [member=2565]HomemDoTrigo[/member].

É claro que tem pessoas que são bem mais sensíveis a sangue, por exemplo. Eu não iria desmaiar por causa de sangue, mas ficaria (bem) incomodado com isso. É uma reação natural. O que não seria natural é alguém ver um cadáver no chão todo esquartejado e passar do lado como se nem estivesse ali. Essa naturalidade é o que falta em muitos roteiros que vejo por aí.
 
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