🤔 Para Refletir :
"Quem ri por último, tá com lag."
- Moge

603

Kazzter 🎌 Feminino

Marquês
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Kaza Guruma
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11 de Setembro de 2014
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Ei, eu quero aquela lá... Me vê aquela lá. Bem forte.

Por onde eu começo?
Sabe que deixar o lugar onde vive ainda menos atrativo não é uma boa estratégia, certo?
E eles fizeram isso.

O lugar era verde, verdinho, cheio de grama.
Foi secando, virou um deserto, parecia uma planície de arenito.
Não fazia muita diferença, sabe? Porque a cor meio que camuflava.

Quando você entrava lá, percebia isso. Como era bonito, tinha um charme, né? Por mais que tenha mudado.
Eu trabalhava... Fico meio envergonhado de dizer, só que eu era pedreiro.
Na verdade eu devia é ter orgulho. Se não fosse por mim e outros que nem eu não existia nada daquilo lá.

Só que adivinha? Um dia eu fui lá trampar como sempre, e tinha um vagabundo no meu lugar.
Sim, tinha um miserável no meu lugar. Olhei pra cara dele, ele olhou pra minha cara uma vez, mas nem ligou.
Vagabundo não, o vagabundo era eu. O cara tinha emprego e eu não.

Eu fui lá tirar satisfação com o chefe. Ele falou que eu custava demais pra ele.
E que eu não era o único, que eles tinham mandado uma pá de gente embora pra contratar essa galera "mais barata".
Eles queriam mão de obra barata? Ah, te lascar.

Sem dó nem piedade, desci o soco no cara novo. Não pensei, só tinha visto de longe. Não notei os detalhes, mas depois caiu a ficha.
Que tristeza quando senti a dor no punho e o barulho que tinha saído. Eu senti como se tivesse dado um soco numa lata.
Grande dia.
 
Logo de início, eu percebi que é sobre um cara com as famosas conversas de bar. Um coisa interessante (que pode ser viagem minha) é o duplo sentido nesta parte:
Sem dó nem piedade, desci o soco no cara novo. Não pensei, só tinha visto de longe. Não notei os detalhes, mas depois caiu a ficha.
Que tristeza quando senti a dor no punho e o barulho que tinha saído. Eu senti como se tivesse dado um soco numa lata.
Uma interpretação é que ele se arrependeu porque o cara novo estaria trabalhando por menos que ele, o que dá a entender que o cara novo estaria passando necessidades. A outra é que esse "cara novo" seria um máquina (referenciando a perda emprego do homem pras máquinas) e o protagonista estaria bêbado, por isso a confundiu com uma pessoa, levando em consideração que a estória é uma conversa de bar e ele diz "Eu sentido como se tivesse dado um soco numa lata."

BTW, o que é esse 603?
 
Gostei da interpretação do @Irineu, a minha foi totalmente diferente haha.

Minha interpretação foi de que o texto era sobre maquinas substituindo seres humanos em funções simples na sociedade.
Ele era um pedreiro que foi substituído por um androide por custarem menos pra manter.
E que eu não era o único, que eles tinham mandado uma pá de gente embora pra contratar essa galera "mais barata".
Eles queriam mão de obra barata? Ah, te lascar.


Essa parte reforçou isso pra mim. Ele olhou pro androide e o androide olhou de volta, mas sem nenhuma reação em particular. Olhou de volta pra ele sem nenhuma emoção.
Só que adivinha? Um dia eu fui lá trampar como sempre, e tinha um vagabundo no meu lugar.
Sim, tinha um miserável no meu lugar. Olhei pra cara dele, ele olhou pra minha cara uma vez, mas nem ligou.


Finalmente, quando o pedreiro demitido decidiu socar a cara do vagabundo que estava em seu lugar, ele reparou nos detalhes.
De longe parecia humano, mas não era. Pôde confirmar isso com o barulho do punho ao acertar o rosto de metal do android. Sentiu "como se tivesse dado um soco numa lata"
Sem dó nem piedade, desci o soco no cara novo. Não pensei, só tinha visto de longe. Não notei os detalhes, mas depois caiu a ficha.
Que tristeza quando senti a dor no punho e o barulho que tinha saído. Eu senti como se tivesse dado um soco numa lata.
Grande dia.
 
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