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"Um artista precisa somente de duas coisas: Honestidade e fé."
- Carlos Davilla

A importância do Mentor para o Enredo

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A existência virtual é mais como um "JOGO" de azar que sempre dá prêmios. Ronaldo Bento
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21 de Julho de 2015
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Olá meus amigos como vão!

Continuando com a série: “A importância do...”, Veja aqui. Sim graça a contribuição dos membros decidi escreve outra. Agradecimento especial ao amigo [member=426]Bruce Azkan[/member] pelo apoio e também pela divulgação no Facebook criando capa e chamadas bacanas para o tópico. Vamos ao que interessa: 

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“Esse cara sou eu!”

Não meus amigos a matéria não é sobre Man-At-Arms (Mentor no Brasil), mestre de armas e pai adotivo de Teela, que era responsável pela criação das armas tecnológicas no desenho do He-Man.

Mentor: é uma figura mais experiente que motiva e fornece dons ou ferramentas para o Herói durante sua Jornada.

Novamente convido os amigos para contribuir com um(a) personagem que representa um Mentor(a), pois esse é o objetivo do tópico:

Idealizar uma história pode parecer tarefa difícil e, de fato, é. Escritores e roteiristas, quando dão início a uma nova narrativa, precisam escolher bem seus personagens e, obviamente, as particularidades de cada um.

Uma coisa interessante e que pode nortear a criação das mais diferentes narrativas é um esquema de comunicação conhecido como “Jornada do Herói”, que nada mais é do que uma espécie de roteiro antecipado de narrativa... Cito a obra “The Hero with a Thousand Faces”, do antropólogo Joseph Campbell, um dos maiores teóricos sobre o assunto. O amigo [member=123]Caio Varalta[/member]  abordou o assunto em uma matéria na revista Make The RPG N° 9 página 20O monomito e a jornada de Link recomendo:

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Os Estágios da Jornada do Herói

Mentores são personagens importantes em nossas vidas. Eles representam conhecimentos, caminhos e atalhos para nossa vida e carreira. Várias são as barreiras para quem busca um aprendizado, e quando batemos em uma parede que não conseguimos transpor, um caminho é buscar quem já fez essa passagem. E na elaboração de uma personagem, no caso um  mentor na elaboração do roteiro de seu jogo não é diferente...

Minha contribuição de mentor é o famoso Rocky Balboa

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De protagonista para coadjuvante

Assistindo ao filme Creed (2015), de Ryan Coogler, (novo filme da franquia Rocky), me peguei refletindo sobre a mudança do personagem clássico Rocky Balboa (criação do ator e diretor Sylvester Stallone). Rocky deixa de ser a força, a potência, o lutador de sempre, ou seja, o astro, e passa a ser o mestre. Deixa de representar o protagonista e passa a orientá-lo, inclusive com uma mudança física causada por uma doença que o deixa mais “velhinho”, um pouco mais “encolhido”.

Sai a imponente figura do lutador, e surge um Stallone surpreendentemente frágil visualmente. Mas a fragilidade fica só no visual, já que sua sabedoria, sua experiência, o transforma em um mestre, um mentor excepcional. Surge mais como um Yoda (Star Wars), Mestre dos Magos (Caverna do Dragão), Sr. Miyagi (Karatê Kid), Mestre Splinter (Tartarugas Ninjas), Mestre Ancião (Cavaleiros do Zodíaco), Professor Xavier (X-Men), todos os mestres de grandes sagas, todos fisicamente frágeis.

Voltando ao “The Hero with a Thousand Faces” percebe-se essa figura clássica do mestre pequenino e/ou frágil fisicamente. Com esse arquétipo do mestre/mentor sendo fundamental para o desenvolvimento do herói. E o legal foi ver essa transição do Rocky no novo filme para a imagem clássica de mestre, e principalmente perceber o quanto podemos aplicar isto em nossa vida de desenvolvedores.

O importante é conhecer os caminhos, fazer as melhores escolhas, mais até do que a energia que se gasta. (Ronaldo Bento)
 
Ótima matéria professor e minha contribuição vai para o
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Inspirado no mestre Kame de Dragon Ball - Mestre Tung Fu Rue de Fatal Fury e KOF XIV é um personagem que estreou no jogo Fatal Fury original em 1991. Ele é um mestre de Hakkyokuseiken e instruiu Geese Howard , Jeff Bogard e, em menor medida, Cheng Sinzan. E depois foi mestre de Terry e And Bogard, os irmãos  Jin Chonshu e Jin Chonrei e seus novos  pupilos Shun'Ei e Meitenkun participam do torneio KOF XIV pela primeira vez.

Um mestre baixinho (parece fraco), mas como você mencionou é muito forte e sábio.
 
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O Mestre Ancião Dohko de Libra do anime Saint Seya. Ele é um Lendário Cavaleiro que há 243 anos lutou na Guerra Santa ao lado de Shion, o então Grande Mestre. Era respeitado por todos os outros cavaleiros. Já havia percebido a troca de identidade do Grande Mestre e nunca mais atendeu a nenhuma convocação do Santuário. Ao mesmo tempo que guardava a Torre dos Espectros nos Cinco Picos Antigos de Rozan, onde o exército de Hades foi aprisionado, atuou como mestre de Shiryu. Quando o Senhor das Trevas voltou a atacar, ele retomou a sua antiga forma e lutou na linha de frente. Foi incrível, além disso, mostro o 8 sentido para os demais cavaleiros.  :Beijinho2: 
 
Muito obrigado pelos comentários [member=544]Leo[/member] e [member=1548]Bruna[/member]

Leo eu sempre joguei os jogos da SNK (infelizmente é uma produtora menosprezada), pois são jogos de muita qualidade. Fatal Fury, Art of Fighters e KOF são clássicos e fiquei muito feliz com a adição do Mestre Tung no KOF XI, Neo Geo battle coliseum e consequentemente no KOF XIV que alias o final do Time da China o Mestre Tung menciona seus discípulos.
 
 
Muito bacana a matéria, Ronaldo! Gostei da escolha pelo Balboa.

Como recentemente assisti o anime Bleach, gostaria de fazer uma breve menção aos dois 'mentores principais' de Ichigo (o protagonista).:


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Rukia
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Urahara


Como o anime passa diversas vezes pelo 'ciclo' do herói (Ichigo, encontra um novo desafio -> apanha -> treina -> vence -> se renova -> volta ao status quo), o protagonista acaba tendo diversos mentores neste processo. Mas o bacana é que a Rukia 'dá' os poderes ao Ichigo, então ela fica no estado 'fraquejado' como os outros mestres citados.
E a outra menção é do Urahara, que de início aparenta ser só o 'tiozinho' da loja, mas depois se revela como um dos shinigami mais interessantes/inteligentes/fortes do anime.
A forma como os personagens se envolvem com o protagonista, às vezes usando-o, às vezes se sacrificando, é super interessante (isso num contexto geral, não só envolvendo o Bleach).
Essa ideia de desenvolvimento do Urahara lembra também o Dohko, citado pela [member=1548]Bruna[/member]. É muito bacana quando ele quebra a ideia de 'tiozinho da cachoeira' e bota pra quebrar com a armadura de ouro.
 
Muito obrigado pela contribuição [member=123]Caio Varalta[/member]
Como o anime passa diversas vezes pelo 'ciclo' do herói (Ichigo, encontra um novo desafio -> apanha -> treina -> vence -> se renova -> volta ao status quo), o protagonista acaba tendo diversos mentores neste processo. Mas o bacana é que a Rukia 'dá' os poderes ao Ichigo, então ela fica no estado 'fraquejado' como os outros mestres citados.
E a outra menção é do Urahara, que de início aparenta ser só o 'tiozinho' da loja, mas depois se revela como um dos shinigami mais interessantes/inteligentes/fortes do anime.
A forma como os personagens se envolvem com o protagonista, às vezes usando-o, às vezes se sacrificando, é super interessante (isso num contexto geral, não só envolvendo o Bleach).
Essa ideia de desenvolvimento do Urahara lembra também o Dohko, citado pela [member=1548]Bruna[/member]. É muito bacana quando ele quebra a ideia de 'tiozinho da cachoeira' e bota pra quebrar com a armadura de ouro.

Comecei com A importância de um bom vilão resultando em muitas contribuições, depois com A importância dos personagens secundários também tive comentários e decidi continuar... E sua matéria ajudou na elaboração em especial desse tópico... Novamente muito obrigado!
 
    Essa ideia de desenvolvimento do Urahara lembra também o Dohko, citado pela [member=1548]Bruna[/member]. É muito bacana quando ele quebra a ideia de 'tiozinho da cachoeira' e bota pra quebrar com a armadura de ouro.

Obrigada Caio! Não é legal quando o personagem que aparenta fraqueza derrota adversários fortes ou revelar ser outra pessoa como o Dohko. E nos filmes do Karatê Kid quando o Sr. Miyagi derrotava os cara fortes... O Mentor pode ser muito bem aproveitado, ou seja, ele pode ser o vilão, por exemplo  :Okay_fix: 
 
O grande mentor dos X-Men, o homem que se dedicou à causa mutante pela via pacifista, o professor Charles Xavier é uma peça-chave no mundo que odeia os mutantes...

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Como já mencionado ele aparenta ser fraco e ainda por cima está numa cadeira de rodas, mas o professor Xavier é reconhecido como o mutante mais poderoso que já pisou na terra. Um telepata absolutamente extraordinário, Charles Xavier é capaz de ler a mente de outros e projetar seus próprios pensamentos numa distância certa distancia.

O gênio científico do Professor Xavier permitiu a ele  criar uma máquina capaz de descobrir a localização de qualquer mutante no mundo. Essa máquina poderosa é a Cérebro, em que os poderes de telepatas são amplificados a níveis extremos, tornando possível se percorrer todo o planeta à procura de um mutante específico.

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O legal do mentor professor é que geralmente são sábios e inteligentes como o 'mentor" do He-man que utiliza seu conhecimento para construir equipamentos para todos.

Continue com os tópicos  grande mentor :Beijinho2:
 
Ótimas adições à discussão e exploraram muitos mentores épicos, como o Senhor Miyagi de Karatê Kid, que eu ia citar. Ele é mais memorável que o próprio protagonista.

Mas desta vez vou levar a visão de mentor um pouco pra fora d'A Jornada do Herói.

Um cara que eu vi como um mentor durante toda uma história, foi o Coronel Roy Mustang, atual avatar do [member=47]rafaelrocha00[/member]. Ele se interessou pelo caso dos irmãos Elric na animação Fulllmetal Alchemist e guiou Edward por todo um trajeto rumo a seus objetivos. Mustang parece se encaixar mais como um personagem secundário do que um mentor, mas se paramos pra analisar, ele sempre auxiliou os garotos rumo ao objetivo deles. Era um cara que dava sermão, mas que também apoiava e treinava, dando suporte para as muitas necessidades de dois alquimistas jovens, um pouco ignorantes com relação ao mundo e além de tudo, crianças.

Quando necessário, Mustang saia de sua mesa e entrava em ação, colocando sua própria vida em risco. Durante a jornada dos meninos, por muitas vezes se envolveu nos problemas deles e mexeu os palitinhos pra que seguissem adiante, arriscando até mesmo sua patente e cargo como Alquimista Federal algumas vezes.

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Legal [member=426]Bruce Azkan[/member] e muito Obrigado pelo comentário [member=323]Bianca shadow[/member]

Como já mencionado ele aparenta ser fraco e ainda por cima está numa cadeira de rodas, mas o professor Xavier é reconhecido como o mutante mais poderoso que já pisou na terra. Um telepata absolutamente extraordinário, Charles Xavier é capaz de ler a mente de outros e projetar seus próprios pensamentos numa distância certa distancia.

Sim ele encaixa perfeitamente no quesito abordado no “The Hero with a Thousand Faces”, de Joseph Campbell...

Um cara que eu vi como um mentor durante toda uma história, foi o Coronel Roy Mustang, atual avatar do [member=47]rafaelrocha00[/member]. Ele se interessou pelo caso dos irmãos Elric na animação Fulllmetal Alchemist e guiou Edward por todo um trajeto rumo a seus objetivos. Mustang parece se encaixar mais como um personagem secundário do que um mentor, mas se paramos pra analisar, ele sempre auxiliou os garotos rumo ao objetivo deles. Era um cara que dava sermão, mas que também apoiava e treinava, dando suporte para as muitas necessidades de dois alquimistas jovens, um pouco ignorantes com relação ao mundo e além de tudo, crianças.

Quando necessário, Mustang saia de sua mesa e entrava em ação, colocando sua própria vida em risco. Durante a jornada dos meninos, por muitas vezes se envolveu nos problemas deles e mexeu os palitinhos pra que seguissem adiante, arriscando até mesmo sua patente e cargo como Alquimista Federal algumas vezes.

Cara confesso que não via o Coronel Roy Mustang como mentor e sim como você mesmo mencionou um personagem secundário, mas que legal seu comentário Bruce e temos mais uma vez o anime Fullmetal Alchemist na discussão e espero que o [member=47]rafaelrocha00[/member]  colabore, pois sempre vi uma espécie de rivalidade entre: Edward Elric e Mustang. Mas no caso da Izumi Curtis:
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Ela está entre os personagens fisicamente mais fortes da série. Uma artista marcial extremamente poderosa, tanto em termos de combate armado como corpo-a-corpo, possui força física chocante e prova-se capaz de facilmente subjugar vários inimigos. Contudo sabemos o mal que ela sofre. Portanto, ela encaixa também no “The Hero with a Thousand Faces”, de Joseph Campbell. Novamente obrigado pela contribuição!
 
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Alguém me invocou?

Eu realmente tenho que assistir a serie de novo, já faz bastante tempo que eu terminei. Mas basicamente, sim, eu não vejo o Roy como um mentor, pelo menos não mais do que qualquer outro personagem. Eu não tenho nenhuma adição ao tópico em si, uma vez que essa é uma das minhas tropas menos preferidas. E acho que o Roy é o melhor personagem para explicar o porquê.
Bom, o Mustang é um exemplo, mais do que tudo, dos perigos do cientificismo e da passividade cega que deriva do modelo militar da série. É por isso que ele possui tantas similaridades com o Ed, ele é um exemplo do que esse poderia se tornar, em casos diferentes. A serie em si é um ótimo exemplo de como utilizar exemplos para passar um tema primário, o primeiro e o segundo episodio são uma abertura para o tom da serie, delimitando o tema de fé contra ciência e abrindo caminho para todos os personagens que iriam reformular e misturar essas visões.
Eu não sou muito fan de mentores porque eles acabam ou se encaixando em uma visão de conhecimento perfeita (algo muito longe do que o Roy possui. Ele mesmo é cegado pelo futuro que deseja construir), ou servindo como totens que expressam essas ideias, personagens que estão presos em um estado de eterna sabedoria, ou são totalmente definidos pelas suas ideologias e conhecimentos, tal como Palpatine para com Darth Vader. Em grande parte, não precisam aprender nada novo, porque eles já têm a resposta certa ou errada. Há formas muito melhores para passar um certo conhecimento do que alguém dizer ou treinar outra pessoa, seja através dos experimentos malignos do Tucker, que acabam demostrando a ideia das limitações e a frieza do método cientifico e da busca cega por conhecimento. Dessa forma, eu diria que todos os personagens são mentores, pois todos eles mudam o personagem principal de alguma forma.
Os casos descritos pela jornada do herói e os mitos, porém, são uma visão de alguém, normalmente um Deus ou Oraculo, que sabe tudo. O que era esperado de uma sociedade como a Grécia e os mitos que surgiram e cresceram nas sociedades antigas, que estavam sempre atrás de ordem em um mundo caótico.

Yoda jamais estaria errado, porque se fosse assim, ele não poderia ensinar Luke. Esses personagens não podem ser desenvolvidos sem voltar a história para um tempo em que não eram mentores, porque a própria ideia de um mentor vai contra a ideia de mudança própria. E essa visão me irrita, porque vai contra as ideias de crescimento que um mentor deveria ter por inerência. Como pode um personagem que deveria incitar mudanças e aprendizados em alguém não poder mudar e evoluir com o tempo, seja os seu ensinamentos, meios de penar ou a si mesmo.
Tucker não vê seus erros, mas eles ainda existem. Roy, por outro lado, aprende duramente com eles. E nesse caso serve como afetado e influenciador nas relações que possui com os irmãos. Ele não quebrou nenhum tabu (pelo que me lembro, mas possivelmente estou errado), mas ele mesmo matou várias pessoas e foi usado como arma na guerra de eliminação, não apenas isso, mas também era obrigado a compartilhar da visão fria dos números e princípios alquímicos para limpar sua consciência da execução, tratando as pessoas assassinadas como puro preço objetificado (algo totalmente normal nos sistemas do exercito), e por isso, não é nada diferente dos irmãos, ele compartilha do mesmo pecado. Mas diferentes desses, que fizeram isso por um motivo pessoal, Mustang mata nas ordens do exercito, não diferente de um cachorro.  Enquanto Ed procura a pedra pessoalmente, e evita entrar em conflitos diretos com o exercito, Mustang efetivamente vê seu objetivo como o topo deste, conseguindo uma mudança por dentro em vez de por fora, não é passivo ou indiferente as ações da milicia. Nada melhor do que ele agir na cidade e nos arredores e os garotos saírem para lugares distantes. E é essa a sua principal fraqueza, que, invariavelmente, acaba por cega-lo, literalmente e metaforicamente, do mal de seus superiores e dos sistemas ideológicos que dominam o mundo militar.

Então, pode até existir certa rivalidade entre eles, na forma em que trabalham seus métodos para conseguir mudança, mas o objetivo final é o mesmo. Então, eu tenho de perguntar, como pode um personagem falho e cego, com ideologias frias e desumanas ensinar alguém de mesmo nível e servir como mentor? Seria hipocrisia, mas se não há salvação para os irmãos, por que haveria para ele?
A arma que ele uso para matar tantas pessoas é fruto do poder da alquimia e do exercito, não dele mesmo.
Um personagem que aprende com os erros e eventualmente chega a conclusão verdadeira do poder dos laços humanos, assim como Ed aprende depois de abrir mão do portão da alquimia. Não definindo sua habilidade e pessoa por tal. Isso seria impossível com um Yoda da vida, os mentores jamais mudariam seu conhecimento e abririam mão das ideologias que guardam, eles estão sempre certos ou errados. Mas e Roy? Ele ainda matou várias pessoas.
Mas isso não define a sua vida, assim como a alquimia não define Ed, ele ainda tem relações com os outros e continua a aprender. Ele não é um mentor, nem é estático.

Bom, eu não lembro muito da serie, infelizmente, me digam se não concordarem. Ótimo tópico, como sempre.
 
Primeiramente excelente contribuição [member=47]rafaelrocha00[/member]  e sim eu lhe invoquei, pois o assunto é pertinente ao Roy Mustang...

Bom, o Mustang é um exemplo, mais do que tudo, dos perigos do cientificismo e da passividade cega que deriva do modelo militar da série. É por isso que ele possui tantas similaridades com o Ed, ele é um exemplo do que esse poderia se tornar, em casos diferentes. A serie em si é um ótimo exemplo de como utilizar exemplos para passar um tema primário, o primeiro e o segundo episodio são uma abertura para o tom da serie, delimitando o tema de fé contra ciência e abrindo caminho para todos os personagens que iriam reformular e misturar essas visões.
Eu não sou muito fan de mentores porque eles acabam ou se encaixando em uma visão de conhecimento perfeita (algo muito longe do que o Roy possui. Ele mesmo é cegado pelo futuro que deseja construir), ou servindo como totens que expressam essas ideias, personagens que estão presos em um estado de eterna sabedoria, ou são totalmente definidos pelas suas ideologias e conhecimentos, tal como Palpatine para com Darth Vader. Em grande parte, não precisam aprender nada novo, porque eles já têm a resposta certa ou errada. Há formas muito melhores para passar um certo conhecimento do que alguém dizer ou treinar outra pessoa, seja através dos experimentos malignos do Tucker, que acabam demostrando a ideia das limitações e a frieza do método cientifico e da busca cega por conhecimento. Dessa forma, eu diria que todos os personagens são mentores, pois todos eles mudam o personagem principal de alguma forma.
Os casos descritos pela jornada do herói e os mitos, porém, são uma visão de alguém, normalmente um Deus ou Oraculo, que sabe tudo. O que era esperado de uma sociedade como a Grécia e os mitos que surgiram e cresceram nas sociedades antigas, que estavam sempre atrás de ordem em um mundo caótico.

Concordo que todos os personagens são um pouco mentores, assim como as pessoas. No caso referente ao trabalho do “The Hero with a Thousand Faces”, de Joseph Campbell... E apenas um modelo e sim há outros...

Yoda jamais estaria errado, porque se fosse assim, ele não poderia ensinar Luke. Esses personagens não podem ser desenvolvidos sem voltar a história para um tempo em que não eram mentores, porque a própria ideia de um mentor vai contra a ideia de mudança própria. E essa visão me irrita, porque vai contra as ideias de crescimento que um mentor deveria ter por inerência. Como pode um personagem que deveria incitar mudanças e aprendizados em alguém não poder mudar e evoluir com o tempo, seja os seu ensinamentos, meios de penar ou a si mesmo.

Acredito que há  exceções, por exemplo, Mestre Ancião Dohko de Libra citado pela [member=1548]Bruna[/member], apesar que é como se voltasse para o passado como você mencionou. Mas é um ponto interessante!

Então, pode até existir certa rivalidade entre eles, na forma em que trabalham seus métodos para conseguir mudança, mas o objetivo final é o mesmo. Então, eu tenho de perguntar, como pode um personagem falho e cego, com ideologias frias e desumanas ensinar alguém de mesmo nível e servir como mentor? Seria hipocrisia, mas se não há salvação para os irmãos, por que haveria para ele?
 

Então, vou deixar o [member=426]Bruce Azkan[/member] responder, pois como já mencionei o Mustang parece ser mais um personagem secundário e para mim é um rival de Ed, mesmo trabalhando de forma distinta.

Bom, eu não lembro muito da serie, infelizmente, me digam se não concordarem. Ótimo tópico, como sempre.

Muito Obrigado! Desde que você começou com a matéria sobre H.P Lovecraft e o desconhecido em jogos  deu um UP no quesito linguagens, temas, roteiros... Pode parecer "menos importante" dedicar tempo e estudo ao desenvolver um jogo, mas acredito que é de extrema importância debatemos, pois enriquece muito o enredo de uma obra. Valeu!   




 
Acredito que há  exceções, por exemplo, Mestre Ancião Dohko de Libra citado pela [member=1548]Bruna[/member], apesar que é como se voltasse para o passado como você mencionou. Mas é um ponto interessante!

Outro Mentor que é legal ressaltar é o Vilão, por exemplo: Zephyrus do anime Ragnarok the Animation

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Ele é um Bruxo e mestre e professor de Takius. Ele possui um incrível poder e um profundo conhecimento a respeito da magia, porém acabou desenvolvendo uma insanidade mental e uma sede por um poder maior. Zephyrus tinha uma família, mas eles acabaram morrendo por conta de uma experiência fracassada dele. Junto com o ridículo do público, Zephyrus ficou louco a ponto de poder ser facilmente enganado e manipulado pelo Senhor das Trevas. O anime é vago sobre o fato de se ele enlouqueceu durante ou depois dos ensinamentos de Takius sob a sua tutela. Durante a grande batalha contra Takius, Zephyrus acabou sendo salvo por sua ex-aluna, porém sendo tarde demais, pois ele já havia conjurado a magia Ira de Thor e esta destruiu a ponte onde ele e Takius estavam pendurados e os dois despencaram, morrendo no processo.
 
Sim ele encaixa perfeitamente no quesito abordado no “The Hero with a Thousand Faces”, de Joseph Campbell...

As vezes é legal ver o mentor enfrentando alguém do passado e trazendo passado, presente e futuro e resultando em mais poder e conhecimento.
 
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