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"Seu jogo nao precisa ser o melhor ou o mais popular, apenas precisa fazer o dia de alguem melhor"
- codingkitsune

Alinhamento em RPG, vocês estão fazendo certo?

Kaw

The Righteous
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Lord, if the day comes when I fly through the heavens. I shall approach thee!
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09 de Janeiro de 2017
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Okay, um alinhamento (de D&D) não passa de uma categorização da perspectiva moral e ética de uma entidade, então tecnicamente você não precisa deixar explícito o alinhamento de um personagem. Porém, deixando explícito ou não, todo ser inteligente tem uma perspectiva moral e ética. Quando você decide poupar aquele ladrão de comidas ou dizimar um covil de goblins, você o faz por causa de seus valores éticos ou morais (aceitar dinheiro pra um desses trabalhos também).
Alinhamentos não são fixos, eles mudam. São apenas ferramentas que guiam a foram como um personagem vê e interage com o mundo.

Ainda seguindo os alinhamentos como em D&D, temos dois eixos: Leal ou Caótico e Bom ou Mal. Sem entrar muito nisso, vou explicar mais ou menos o que seriam:

Originalmente o eixo leal/caótico era difinido como a distinção entre "acreditar que tudo deve seguir uma ordem, e que obedecer regras é o caminho natural na vida", se opondo a "acreditar que a vida é incerta e indeterminavel, e que chance e sorte governam o mundo".

Já o eixo bom/mal é um tema comum não só em D&D como em outras ficções de fantasia. Apesar dos heróis poderem partir para a aventura por motivos pessoais ao invés de por puro altruismo, normalmente se assume que o herói será do bem e estará se opondo ao mal.

E é aqui que chegamos em meu dilema. Eu pessoalmente acho muito difícil achar um jogo indie onde a personalidade e o alinhamento dos personagens me convençam. Geralmente temos ali um heroi que sofreu (ou não) na mão do mal ou de um ser maligno e que vai em seu encontro para que não aconteça de novo, nem com ele nem com mais ninguém, ou um NPC que é simplesmente bom, ou simplesmente mal.
Em jogos grandes, por outro lado, os personagens (não só principais mas até mesmo os NPCs) recebem uma profundidade muito maior, mesmo que através de gestos pequenos (pra não falarem sobre custos e escopo de projeto) como por exemplo o ladrão Greirat e sua relação com a Loretta em Dark Soul 3, o Barão Sanguinário em The Witcher 3 (que mesmo recebendo essa alcunha e tendo pavio curto, durante a questline você percebe que não é tão simples) e muitos outros.

Então, fica minha pergunta, o que falta para que RPGs indies consigam dar profundidade para os personagens? Você pode até escrever toda a história de vida do personagem, mas se ele não se agarra aos valores que esses antecedentes geraram, ao alinhamento moldado com o tempo, do que adianta?

Vou deixar aqui também um diálogo sensacional entre um Paladino e um Ladino de uma sessão de D&D, ambos interpretaram muito bem os dois e quando eu descobri sobre o final, realmente me tocou.

Os Personagens
Nome
Classe
Alinhamento
Valeria​
Paladino​
Leal e Bom​
Inanis​
Assassino​
Leal e Mal​
Pinn​
Bardo​
Caótico e Neutro​
Arcto​
Feiticeiro​
Neutro e Neutro (True Neutral)​

A frase de Inanis pairou no ar como o fedor de um troglodita. Uma frase. Uma simples afirmação. Tudo o que foi preciso.

"O que você disse?!" Valéria disse rangendo os dentes, seus olhos dourados brilhavam perigosamente.

A essa altura, todos na festa já estavam acostumados às objeções de Valéria a pontos de vista divergentes dos seus. Ela nem sequer se esforçava em esconder suas opiniões sobre questões morais ou éticas, assuntos que surgiam com bastante frequência ultimamente; especialmente, desde que seu companheiro mais recente se juntou ao grupo.

Pinn olhou para Inanis e balançou a cabeça. "Agora você conseguiu", ele disse cantarolando.

Inanis o ignorou, sem desviar seu seus olhos do olhar fixo e severo de Valéria do outro lado da mesa. Seus lábios se contraíram em um sorriso quase imperceptível. "Por que isso lhe choca?" ele respondeu com uma voz suave.

"Nunca me senti tão ofendida!" gritou Valéria, sua voz ressoando pela taverna vazia. “A mera sugestão de que tenhamos QUALQUER COISA em comum me dá um nojo sem fim! Como ousa insinuar uma coisa dessas!"

"É a verdade", respondeu Inanis em voz baixa. "Se você parar pra pensar sobre."

"Isso é um absurdo!" Valéria retrucou indignada. “Como alguém poderia nos olhar e chegar a uma conclusão tão ridícula? Sinto que tenho que ficar de olho aberto enquanto durmo, para que você não deslize uma adaga em nossos pescoços e saqueie nossos cadáveres! Já de mim? Ninguém sente essa desconfiança!"

O sorriso de Inanis desapareceu e seus olhos endureceram. "Eu. Não sou. Um ladrão." Ele falou devagar, enfatizando cada palavra.

Valéria riu. “Oh, olha só! Você está tentando mostrar que tem honra? Não me faça rir!"

"Você poderia falar baixo?" Arcto interrompeu a algumas mesas de distância, com rosto ainda escondido entre as paginas de seu livro de feitiços.

Valéria abaixou a voz. "Todos nós vimos suas 'habilidades', Inanis. A maneira como você destranca fechaduras, a maneira como você se move sem ser visto nem ouvido, como você escala paredes com facilidade... Por que mais alguém seria tão hábil nessas coisas se não fosse para furtar?

"Você presume demais, paladino...", respondeu Inanis.

"Eu tenho um nome, e você sabe."

“Você tem uma função, paladino. Assim como eu. Assim como o bardo. Assim como o mago."

"De novo isso?" Valeria disse exasperada.

“Como eu disse antes, seu papel neste grupo é muito mais importante para mim do que seu nome. Além disso - acrescentou Inanis com uma pitada de sarcasmo -, se eu usar o seu nome, posso me apegar e laços podem ser usados como armas contra mim.

A única reação de Valéria foi um barulho de nojo.

"Eu não sou tiro bens materiais, paladino", continuou Inanis. “Eu tiro vidas. As vezes essas vidas estão atrás de portas trancadas. Outras vezes, elas precisam ser tiradas silenciosamente. E outras vezes, eles ficam no topo das torres. ”

Os olhos de Valéria se estreitaram. "E isso é menos pior?"

"Eu não disse que era", disse Inanis com naturalidade. "Mas isso me traz de volta ao meu ponto original."

"Nós não somos iguais!" gritou Valéria.

"Ahem!" Espiou Arcto por cima de seu livro com um olhar severo.

"Sinto muito, Arcto", disse Valéria em um tom muito mais calmo. "Mas não posso permitir que tais alegações não sejam contestadas." Arcto resmungou com desdém e voltou ao seu livro.

Valéria voltou sua atenção para Inanis. “Você não pode comparar o que eu sou com o que você é. Você é simplesmente um assassino treinado."

Inanis apontou para a espada longa de Valéria. "E você não é?"

Pinn se levantou de repente. "Eu vou pegar uma bebida. Alguém mais quer um? Não? Está bem então. Tchau!" Ele correu para o barman do outro lado do salão da taverna.

Valéria colocou a mão no punho da espada, ignorando a tentativa de Pinn de neutralizar a situação. “Eu não fui treinada para ser um assassino como você. Essa espada é uma ferramenta que eu uso para trazer justiça àqueles que prejudicam os inocentes e procuram trazer o mal a este mundo. Minha causa é divina e meus motivos justos. Como você pode buscar alguma semelhança nisso? ”

Inanis batucou com os dedos na mesa. "Então você está dizendo que não hesitaria em, por exemplo, ferir um inimigo que se associa com demônios, independentemente do porquê?"

"De jeito nenhum!" Valeria disse com uma pitada de orgulho. “Uma pessoa tão má sem dúvidas usaria esse poder para fins nefastos, independentemente de suas intenções. Muitas vidas e almas seriam poupadas das maquinações de tais seres se minha lâmina acabasse com eles."

"Então, essa pessoa merece morrer, a fim de preservar aqueles que podem ter um impacto oposto?"

"Eu diria que sim."

“Então, desde que a ameaça seja neutralizada, de nada importa de onde ela surgiu? Seja uma batalha com aço balançando e feitiços voando, ou uma lâmina silenciosa no peito enquanto ele dorme, estar morto é estar morto.

“Fui treinada para lutar com honra. Não há honra no que você faz."

“Fui treinado para obter resultados. Existem resultados no que eu faço. ”

Valéria rangeu os dentes. “Simplesmente dizer que temos objetivos e missões a realizar não significa que somos iguais! Isso é faz tão sentido quanto dizer que dragões e borboletas são o mesmo porque ambos voam! Você não está dizendo nada. Isso não está certo, Pinn?", ela chamou do outro lado da sala para ele.

Pinn levantou as mãos. "Ei, me deixe fora disso!"

Valéria voltou-se para Inanis. “Temos escolhas nesta vida, Inanis. Eu escolhi o caminho da dignidade e justiça. Você escolheu ser uma lâmina no escuro.

A expressão de Inanis ficou fria. "Novamente, paladino, você presume demais."

"Eu presumo?" Valéria retorquiu com interesse simulado. "Me esclareça."

Inanis apertou o punho, lutando para manter suas emoções sob controle. Intencional ou não, Valéria havia atingido um nervo.

- Você vem de uma família privilegiada, paladino. Todo mundo sabe disso. Você tem sangue celeste em suas veias que sua família usa há gerações para solidificar seu lugar como filantropos e benfeitores. Eles entregaram o mundo a você em uma bandeja de ouro e optou por se tornar um guerreiro sagrado a partir de uma gigantesca lista de oportunidades. Você teve sua família apoiando você a cada passo do caminho." Inanis se inclinou para frente, sua voz pingando veneno. "Eu não tinha nada disso."

Valéria zombou. “Ser pobre não justifica ser um assassino de aluguel. Eu conheci muitas pessoas de todas as classes da vida que tinham um coração gentil e generoso enquanto que ser egoístas e odiosas teria sido muito mais fácil. Qual é a sua desculpa?"

"Eu nunca pedi justificativa para você, paladino", disse Inanis. "E não vou aborrecê-la com a história da minha vida; Recebo julgamentos o suficiente de você do jeito que é."

Valéria respirou fundo e se recompôs. “Sinto muito se pareço arrogante às vezes. Mas isso é apenas porque estou preocupado com o bem-estar de meus companheiros. Então, se você estiver viajando conosco, precisamos confiar em você. ”

Inanis permaneceu em silêncio.

Valéria falou com tons medidos. "Como podemos ter certeza de que você tem o melhor interesse do grupo quando mata com tanta facilidade por dinheiro? O que está impedindo você de aceitar um contrato de nossos inimigos por nossas cabeças? ”

Inanis simplesmente olhou para Valéria com uma expressão vazia.

"Bem?" Valeria perguntou.

Inanis suspirou. "Eu não espero que você confie em mim. Você seria idiota se fizesse isso.

Os olhos de Valéria se arregalaram, claramente surpresos com uma afirmação tão ousada.

“Mas”, disse Inanis rapidamente, “vou lhe dizer uma coisa: estou viajando com você porque seus objetivos se alinham com os meus. Enquanto for assim, minhas habilidades estarão à disposição do grupo. Mas se eu achar necessário abandonar vocês, farei isso sem hesitar.

"Isso não responde à minha pergunta, Inanis", respondeu Valéria, estreitando os olhos mais uma vez. "Você aceitaria um contrato em qualquer uma de nossas vidas pelo preço certo?"

Inanis pensou por um momento. "Eu duvido. Mas isso depende de você mais do que eu."

"Como assim?", respondeu Valeria.

Inanis recostou-se na cadeira. “Nos meus primeiros dias como assassino eu fiz parte de um grupo, como o nosso agora. Cada membro tinha uma função a cumprir. Tivemos que confiar um no outro para fazermos nossas partes para que a missão fosse bem sucedida. Se alguém falhasse, todos nós poderíamos morrer... ou pior." Ele percebeu que tinha toda a atenção de Valéria. Sua expressão era de curiosidade e não de condenação.

Ele continuou. “Lealdade entre todos era essencial. Tínhamos que confiar um no outro. Fazer o contrário seria fatal. Então, para responder sua pergunta, paladino...", ele fez uma pausa. “Desde que eu possa confiar em você, você não tem nada a temer de mim. Por qualquer quantidade de ouro."

Valéria estava quieta. "Você confia em mim?"

"Sim", ele respondeu imediatamente.

Os olhos dourados de Valéria se arregalaram novamente.

"Não fique tão chocada", disse Inanis com um gesto de desdém. “Você é um paladino, não é? Seu próprio código de honra impede você de mentir, até para mim. Além disso, se você fosse me 'ferir', já teria feito isso agora. ”

Valéria gaguejou, atordoada por essa revelação.

Inanis olhou bem nos olhos de Valéria. "Estou ciente dos poderes que você possui, paladino. Eu sei que você pode olhar para alguém e ver a escuridão em suas almas. Eu sei que você vê a escuridão em mim, uma escuridão cuja existência eu nunca neguei. Estou disposto a afundar em níveis insondáveis para você, a fim de alcançar meus objetivos, ou simplesmente sobreviver, seja esfaqueando um inimigo desavisado na garganta, usando uma flecha de besta envenenada ou usando um pergaminho para animar os cadáveres de inimigos mortos para que lutem por mim. Não espero que você aceite isso. "

Valéria estremeceu. Inanis havia feito todas essas coisas em sua última excursão. De repente, ela voltou a si, sua expressão severa retornando. “Eu vejo a escuridão em sua alma, Inanis. Mas isso, mais do que tudo, prova que não somos os mesmos! Você não fez nada além de provar o contrário do que disse!

Inanis fechou os olhos e respirou fundo. Depois de um momento, ele se inclinou para a frente nos cotovelos. "Deixe-me contar uma história, paladino."

Pinn apareceu de repente na mesa. "Ooooh, uma história!" Ele recostou-se pesadamente na cadeira. Inanis e Valéria simplesmente o encaram. "Não me importo. Por favor continue." O assassino e o paladino reviraram os olhos simultaneamente.

“De qualquer forma”, continuou Inanis, “uma vez houve um goblin chamado Hechik. Ele morava em um covil com o resto de sua tribo em uma mina abandonada. Hechik não era como os outros goblins. Ele era inteligente, para sua raça, e tinha idéias inovadoras e criativas que os outros goblins consideravam inúteis ou impossíveis. Ele deduziu que as razões pelas quais sua tribo e outras pessoas eram constantemente perseguidas pelas raças maiores e mais poderosas eram o fato de serem muito egocêntricos. Ele queria convencer a tribo de que o melhor meio de sobrevivência seria promover sua cultura e se aliar a seus inimigos: gnomos, humanos, elfos e outros goblinóides... basicamente todas as raças próximas. ”

Inanis parou por um momento. Ele percebeu que tinha a atenção extasiada de Pinn e Valéria. Ele olhou para Arcto; sua cabeça ainda estava em seu livro de feitiços. Parece que nada fica entre ele e seus estudos, pensou Inanis. E então continuou.

“Não há uma palavra para 'aliado' na língua dos goblins, por isso foi bastante difícil para Hechik passar seu ponto de vista para seus companheiros de clã. Levou anos para finalmente convencer o chefe a deixá-lo experimentar essa nova tática para trazer prosperidade a eles."

“Um dia, Hechik estava se preparando para fazer a jornada até um posto avançado humano próximo. Ele trabalhou diligentemente tentando aprender o idioma o suficiente para escrever uma carta simples para entregar aos humanos, expressando suas intenções. Mas simplesmente não era para ser. O alarme soou, indicando um ataque ao clã. Os goblins lutaram bravamente, mas não eram páreos para os humanos mais poderosos."

“Hechik foi um dos últimos a cair. Ele implorou por sua vida, mas, em pânico, esqueceu de falar o idioma que estava aprendendo e gritou seus pedidos em sua língua nativa, um idioma que os humanos não entendiam. Ele foi abatido com impunidade. Enquanto sua vida se esvaía e sua visão desaparecia, ele assistiu horrorizado os humanos cortarem sistematicamente os ouvidos de seus companheiros de clã caídos e os enfiarem em um saco ensanguentado."

Inanis deixou essas últimas palavras pairarem no ar. A expressão de Pinn e Valéria ficou pálida. Ele tentou esconder o sorriso. Apenas algumas semanas atrás, o grupo foi encarregado de limpar um esconderijo de goblins... e trazer de volta as orelhas para ouro extra.

"E por que essas pessoas mataram todos os goblins que só buscavam fazer as pazes com elas?" Inanis enfiou a mão no bolso e tirou uma única moeda de ouro entre dois dedos. "Por isso." Ele jogou a moeda em Valéria. Ele atingiu seu peitoral com um som metálico antes de cair sobre a mesa. Ela não reagiu a isso.

Inanis se levantou. "Como eu disse, paladino... Nós não somos tão diferentes, você e eu."

Quando Inanis se virou para se afastar, Valéria se levantou de repente, batendo as mãos na mesa, levando a outro suspiro irritado de Arcto. "Não foi isso que aconteceu! Esses goblins estavam aterrorizando os moradores há décadas!" Ela pegou a moeda e jogou em Inanis, que a pegou sem esforço e sem se virar. “Eu lido com os males deste mundo para torná-lo um lugar melhor para o bem de todos! Como você pode dormir profundamente à noite com todas as coisas terríveis que você fez ?! ”

Inanis parou de repente. Ele olhou por cima do ombro para o olhar ardente do paladino. A raiva de Valéria a cegou de ver o cansaço nos olhos de Inanis. Seus pensamentos se voltaram para a carta escrita de forma grosseira que estara dobrada em seu bolso, cheia de erros de ortografia e erros gramaticais, uma carta que ele escondeu do resto do grupo enquanto eles estavam coletando orelhas de goblins em uma mina úmida e abandonada.

"Mais uma vez, paladino... Você presume demais." Ele se virou e se dirigiu ao seu quarto. "Boa noite... Valéria."
 
Nossa... Já faz mais de um mês que esse tópico foi publicado.

Na minha visão, o sistema de alinhamento do D&D é meio falho quando levamos ele ao pé da letra. Vamos levar em consideração que esse sistema não se aplica só a personagens, mas também a sociedades (Ex: Uma sociedade governada por um tirano/ditador seria considerada Lawful Evil). Digamos que, na sociedade de um mundo fictício, coisas que são absolutamente normais para nós (como tomar banho, escovar os dentes e etc...) são proibidas. Um personagem sem alinhamento específico acaba fazendo uma dessas coisas e é pego. No tribunal, ele é condenado com uma pena severa. A questão é... O juiz que condenou o personagem é Lawful Neutral por somente estar seguindo as regras da sociedade ou é Lawful Evil por ter condenado o personagem por uma coisa absolutamente normal para nós? E mais... Como um personagem Lawful Good se posicionaria perante essa situação?

Um ponto que eu acho que o enredo dos jogos Indies deveria adotar é: Estar contra alguém mau não te faz necessariamente bom. Vejam, por exemplo, o Jimmy Hopkins de Bully. Não é porque ele está contra os vilões da trama que ele deixa de ser um babaca.
 
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