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"Seu jogo nao precisa ser o melhor ou o mais popular, apenas precisa fazer o dia de alguem melhor"
- codingkitsune

Anime é estranho e eu não o trocaria por nada

AbsoluteXandy Masculino

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04 de Julho de 2015
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AVISO! Este tópico é grandinho e possui vários vídeos e imagens! Mas não se preocupe, nenhuma delas apresenta spoilers pesados sobre as obras em questão, assim como o texto é livre deste tipo de coisa também.


Eu sou uma pessoa que basicamente cresceu assistindo animes, antes mesmo de eu saber o que essa palavra significava eu já estava investido nesse meio, mas não é como se eu nunca tivesse tentado assistir um filme, uma série ou tentado ler um livro, tinha algo que me fazia voltar pra anime todas as vezes. Anime é acima de tudo uma mídia muito específica, o que faz com que seja praticamente impossível você replicar seus feitos em outros lugares melhores ou mais estáveis.

O que eu quero dizer com isso, é que se for comparar, temos animações ocidentais num patamar técnico muito mais elevado do que poderíamos sonhar em conseguir fora de filmes japoneses muito competentes, então... o que faz de anime algo tão especial? Talvez seja o mesmo efeito do inicio da era dos jogos indies, como os jogos eram mais limitados em recursos por N motivos, para seus desenvolvedores alcançarem seus objetivos, eles precisavam improvisar e inventar muitas coisas, dando a gente experiências completamente loucas que seriam impossíveis de alcançar com um jogo de orçamento perfeito onde tudo poderia ser feito de maneira obvia para se alcançar o que quer. Se quer se aprofundar mais no assunto, Digibro tem um ótimo vídeo que aborda como anime está em um estado meio estranho no quesito de qualidades técnicas em We Have Accepted Mediocrity.

Apesar do estado atual de animações mais baratas e constantes, ainda temos sim animes bem animados, apesar de não ser algo comparado a transição dos anos 90 pros anos 2000, como antes a formula se baseava em OVAs menores e mais bem trabalhados sem virem em uma quantidade tão grande, o que pode acabar invalidando minha teoria, principalmente tendo animes bem animados para um caramba e ainda sim absurdamente inventivos, olhe para os filmes de Kizumonogatari, por exemplo.

Eu acabo gostando de várias animações mais baratas e pouco inventivas aqui e ali, e de certa forma elas são importantes para me manter comparativo quanto a coisas que eu assisto, mas um padrão que eu vejo em coisas que eu amo de paixão a ponto de bater o pé e defender até a morte, são animes estranhos. Estranhos em apresentação, estranhos em sinopse ou estranhos num geral mesmo, vamos pra alguns exemplos.​

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Se você voltar um pouco no histórico de animes inventivos, Gainax é basicamente lendária.  Um estúdio estranho de pessoas amantes de sua própria indústria responsáveis por Neon Genesis Evangelion, um dos animes mais influentes da história, além de vários outros bem respeitados e com apresentações divinas que marcam a força do estúdio, tais como Top wo Nerae! Gunbuster! (Com o envolvimento do Studio Fantasia, que também tem um histórico com coisas bem interessantes), Tengen Toppa Gurren Lagann e Panty & Stocking with Garterbelt.

Recentemente eu peguei para assistir FLCL com mais 3 amigos, e caras, aquilo GRITA Gainax, é tão estranho, mudando de estilo várias vezes com um humor idiota, com acontecimentos frenéticos e sem muita lógica, com momentos onde o anime decide virar um AMV, mas que ainda sim conta algo interessante com maestria, basta olhar pra aquela ending ótima com música do the pillows com um stop motion live action do nada e perceber que aquilo é a coisa mais normal do anime inteiro que você vai estar próximo de quase ter uma noção do nível do anime em si.​

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=xCKtq_hANrw&t[/youtube]​

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Isso meio que continua a jornada de falar sobre a Gainax, pois Shaft teve um envolvimento ENORME com o estúdio, e com a chegada de várias mentes brilhantes, seguiu a linha com animes marcantes e com uma apresentação totalmente diferentes de tudo que a gente já viu, tais como Mahou Shoujo Madoka Magica, Sangatsu no Lion, Monogatari Series e Sayonara Zetsubou Sensei.

Shaft num geral sabe abusar perfeitamente da mídia em que trabalha, fazendo uso perfeito de técnicas que seriam impossíveis em outros lugares, além de focar bastante em apresentar o que estamos vendo perfeitamente tanto de forma sonora e visual, para agregar muito ao roteiro do material original, caso exista um.​

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=Pj-OQ25Oc7s[/youtube]​

A forma do estúdio de levar as coisas e apresentar seu material é tão estranha e única, que só de olhar uma cena de animes feitos por eles que você SABE que foi obra dos caras, tá ligado.​

kunihiko-ikuhara_a173325.jpg

Acham que apenas estúdios fazem parte dessa loucura toda? Non non. Kunihiko Ikuhara é um diretor que acabou deixando a Toei para trabalhos raros em diversos outros estúdios que não só criou uma das melhores coisas após o desafio de Evangelion, Shoujo Kakumei Utena, como também virou um ícone absurdo dentro da comunidade LGBT no mundo dos animes com ótimas obras de conteúdo Yuri que são simplesmente impossíveis de comparar com qualquer outra coisa do mercado. Jesus, o cara é tão incrível que um personagem de Evangelion foi inspirado nele!​

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=GRsWNBW_Mkc[/youtube]

J.A. Seazer e suas composições poéticas e poderosas também tiveram um ótimo efeito no produto final do anime

Assim como os estúdios que já mostramos aqui, Ikuhara tem um estilo próprio de contar as coisas, sempre contando com narrativas alegóricas em suas obras, com um visual ousado como se estivesse te desafiando a prestar atenção em cada detalhezinhos na tela, as vezes até mesmo apontando pra você o que você deveria estar olhando. Sério, até na época que esse cara tava na Toei era fácil de saber quando ele botou a mão em algo, tente assistir/reassistir Bishoujo Senshi Sailor Moon após ver um trabalho dele, é simplesmente ÓBVIO os episódios dirigidos por ele, pois o ritmo e apresentação das coisas mudam totalmente, é espetacular.​

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Estes foram só exemplos dentro da industria que mostram do mais estranho e do melhor, mas ainda sim temos muitos outros contribuidores não citados. Chega a ser estranho ver como a nossa comunidade brasileira não parece abraçar tanto essa ideia. Digo, pergunte sobre como começar a ver animes e você sempre terá aquelas respostas fáceis ou aqueles shonens enormes tipo, Naruto, One Piece, Dragon Ball, etc... Muita gente ainda tem medo de recomendar as coisas boas por serem estranhas, mas no fim, bom plot, personagens bem desenvolvidos, boa animação e música você pode achar em muitos outros lugares, então pode ser mais interessante abraçar a natureza estranha e as vezes até fetichista dos animes na hora de se recomendar, digo, acho que seria bem mais fácil pra alguém sem muito tempo livre quebrar a cabeça de vez assistindo FLCL que tem apenas 6 episódios, que tentando ver um Shonen infinito pra decidir que gosta de anime ou não só depois de 300 episódios.

Mas claro, tudo isso é algo que eu estive refletindo sobre e esta foi a minha conclusão do que faz anime tão especial para mim e o motivo por trás de eu nunca deixar essa mídia de lado e acabar voltando pra ela de novo e de novo. Você tem uma ideia diferente sobre animes ou outro motivo por trás de amar ou odiar tanto essa mídia de entretenimento? Abro espaço para que você se manifeste (de forma respeitosa, de ambos os lados), a hora do debate é agora!​
 
De uma forma geral eu concordo contigo [member=126]AbsoluteXandy[/member], muitos animes que utilizam fórmulas genéricas (ou muito mal exploradas) e superficiais (ou estereotipadas), como Dragon Ball, Naruto e inúmeros ecchi genéricos da vida contribuem (e muito) para que esse universo dos animes seja mal visto por "pessoas normais" por exemplo.
A série Monogatari por exemplo, costuma tratar de assuntos fora dos padrões, com uma narrativa surpreendente, por poder confundir facilmente uma pessoa com pensamentos rasos, dessas que criam uma opinião a respeito de algo logo de cara e não querem/conseguem avaliar uma obra analisando o conjunto, sempre com o ridículo argumento "Achei fraco, prefiro anime X ou Y..." e geralmente o anime citado é um shounen ou ecchi genérico, que faz sucesso e vende muitos bonecos, porque é disso que a grande massa mundial que curte animes gosta e os japoneses sabem muito bem disso hahahá!
Eu também não trocaria lições valiosas que alguns animes ensinam por nada, por mais que os atuais não apresentem tanta qualidade em termos de obra geral como os antigos e, creio que isso deve-se à desvalorização da arte de forma geral, com a facilidade de acesso à informação, as pessoas conseguem acesso às obras antes mesmo delas serem lançadas oficialmente (Pirataria? Algo do tipo? Oi?) e uma ideia criativa ou trabalho bem feito perde relevância se não seguir o que a maioria das pessoas querem ver/consumir.
Muito conteúdo de altíssima qualidade (como ótimos animes e jogos) acabam ficando restritos aos japoneses, porque, queiram ou não, a cultura deles é muito mais variada que a do restante do mundo (e nós do Brasil estamos incluídos).
Animes não são estranhos, as pessoas sim. O que pessoas de mentes fechadas acham ou tentam impor como o único caminho a ser seguido, para mim não faz diferença, amo animes de coração, possuo opinião própria e não mudo minha paixão por algo que gosto e, sei que não é prejudicial, por nada que não tenha um bom fundamento.
Aos que curtem animes e cultura japonesa, recomendo que façam o mesmo, não deixem que pessoas sem empatia ou fatores externos julguem algo por vocês. Como brasileira, tenho total convicção em afirmar que a nossa cultura sim é digna de vergonha e não acrescenta em nada para a formação de bons cidadãos para a sociedade e o mundo. Ao menos dos animes, pode-se tirar uma coisa ou outra que agregue valores à uma pessoa, mas, claro que isso dependerá de qual estamos tratando, porque tem muito lixo no meio de grandes obras ...
 
Não poderia esperar menos do que boas palavras da mestra.

Jully Anne comentou:
De uma forma geral eu concordo contigo [member=126]AbsoluteXandy[/member], muitos animes que utilizam fórmulas genéricas (ou muito mal exploradas) e superficiais (ou estereotipadas), como Dragon Ball, Naruto e inúmeros ecchi genéricos da vida contribuem (e muito) para que esse universo dos animes seja mal visto por "pessoas normais" por exemplo.
A série Monogatari por exemplo, costuma tratar de assuntos fora dos padrões, com uma narrativa surpreendente, por poder confundir facilmente uma pessoa com pensamentos rasos, dessas que criam uma opinião a respeito de algo logo de cara e não querem/conseguem avaliar uma obra analisando o conjunto, sempre com o ridículo argumento "Achei fraco, prefiro anime X ou Y..." e geralmente o anime citado é um shounen ou ecchi genérico, que faz sucesso e vende muitos bonecos, porque é disso que a grande massa mundial que curte animes gosta e os japoneses sabem muito bem disso hahahá!
O mais engraçado dessa comparação é como Monogatari é basicamente uma grande paródia de muito disso, onde todo o cast começa como esteriótipos genéricos de waifus e aos poucos o anime vai quebrando isso e adicionando camadas de problemas mentais bem pesados que as levaram a agir dessa maneira. Eu sinceramente não tenho nada contra shounen ou ecchi de qualquer maneira, dentre o meu top 5 de animes está Hunter x Hunter e Monogatari, que caem respectivamente em uma de cada categoria. Mas é aquela coisa, depende de como é utilizado.  A piada é que HxH é um shonenzão de porrada quase sem lutas e Mono de alguma forma consegue enfiar sexualização como elemento narrativo de extrema importância.

Pior que levando em consideração alguns anos atrás, animes dedicados a ecchi são cada vez mais raros, assim como gêneros que os acompanhavam, tipo harém passam aos poucos a ficar para trás também. Mas não acho que sejam realmente problemáticos se levados pelo que eles são. Um dos últimos bons que eu lembro de ter visto foi Grand Blue, onde a principal piada era que os caras ficavam 90% do tempo sem roupas, mas o bagulho era bom de mais, veria fácil um tio meu aproveitando assistir os episódios mais pelo teor do bagulho mesmo.

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=FXKV9cde_y4[/youtube]

Jully Anne comentou:
Eu também não trocaria lições valiosas que alguns animes ensinam por nada, por mais que os atuais não apresentem tanta qualidade em termos de obra geral como os antigos e, creio que isso deve-se à desvalorização da arte de forma geral, com a facilidade de acesso à informação, as pessoas conseguem acesso às obras antes mesmo delas serem lançadas oficialmente (Pirataria? Algo do tipo? Oi?) e uma ideia criativa ou trabalho bem feito perde relevância se não seguir o que a maioria das pessoas querem ver/consumir.
Muito conteúdo de altíssima qualidade (como ótimos animes e jogos) acabam ficando restritos aos japoneses, porque, queiram ou não, a cultura deles é muito mais variada que a do restante do mundo (e nós do Brasil estamos incluídos).
Sinceramente, isso é outro ponto que acho que estamos bem melhores do que nunca. Crunchyroll disponibiliza os animes em simulcasting, então praticamente assim que o episódio sai no japão, nós temos acesso a eles aqui legendados normalmente sem problemas (Claro que existe Jojo's e seus malabarismos pra desviar de copyright de músicas e bandas, mas isso é realmente um caso a parte). Os planos de consumo estão bem aceitáveis, considerando que Crunchyroll costuma pegar uma porção bem grande de animes da temporada, tendo não só uma biblioteca já muito competente, como muitos animes novos a todo momento vindo na medida que estão saindo no japão. Claro que temos a Netflix também, não só incluindo esse lado do mundo no mercado chegando a investir em projetos de animes próprios, como Devilman Crybaby. O problema é eles ainda não terem entendido direito a importância do simulcast, então muitas vezes as pessoas até tem a Netflix em dia, mas escolhe piratear para ver os episódios na hora e não correr o risco de levar spoilers ou coisas do tipo. Mas sinceramente, é poucas as coisas que ficam oficialmente só para eles, apesar de que é algo que sim, ainda existe (Considerando apenas animes, pois em Jogos o cenário é completamente mais desfavorável).

Se formos voltar para não muito tempo atrás em 2017, eu NUNCA imaginaria que Kobayashi-san Chi no Maid Dragon seria dublado. E muito menos que seria exibido na TV! Atualmente temos essa frequência bem legal de animes absolutamente improváveis ganhando dublagens, e em 2018 rolou um projeto de dublagem onde Kobayashi, Mob Psycho 100, Black Clover, Re:ZERO e Bungo Stray Dogs chegaram a passar na Rede Brasil... e oh boy, aquilo me pegou de surpresa!​

Jully Anne comentou:
Animes não são estranhos, as pessoas sim. O que pessoas de mentes fechadas acham ou tentam impor como o único caminho a ser seguido, para mim não faz diferença, amo animes de coração, possuo opinião própria e não mudo minha paixão por algo que gosto e, sei que não é prejudicial, por nada que não tenha um bom fundamento.
Aos que curtem animes e cultura japonesa, recomendo que façam o mesmo, não deixem que pessoas sem empatia ou fatores externos julguem algo por vocês. Como brasileira, tenho total convicção em afirmar que a nossa cultura sim é digna de vergonha e não acrescenta em nada para a formação de bons cidadãos para a sociedade e o mundo. Ao menos dos animes, pode-se tirar uma coisa ou outra que agregue valores à uma pessoa, mas, claro que isso dependerá de qual estamos tratando, porque tem muito lixo no meio de grandes obras ...
Concordo que as pessoas são estranhas, mas ignorar todos os animes experimentais que saem de seus trilhos e fazem coisas bizarras, por melhor que elas sejam não me parece muito justo, ainda mais quando isso faz parte de um core poderoso que manteve a indústria evoluindo por todo esse tempo. Com o tempo você consegue lidar melhor com esse tipo de coisa, e levando em conta o crescimento que anime vem ganhando nos últimos anos, se torna cada vez algo menos "vergonhoso" de se admitir que gosta. O negócio é seguir firme.​


Obrigado por compartilhar a sua opinião!
 
Bom não me considero um otaku fervoroso porque sou voltado mais para games (mas garanto que conheço anime bem mais que muito poser por ai kkkkkk) mas o título e a matéria em si me atrairão bastante e como um mero leigo no assunto acho que posso dar minha contribuição, pois apesar de não manjar muito de animes sou bem crítico quando se trata deste assunto.

Ao meu ver animes são iguais a todos os meios de entretenimento, onde possuí suas características, peculiaridades qualidades e defeitos (como qualquer outro produto de entretenimento) nesta pequena jornada chamada vida aprendi que o fato de gostarmos e se apegarmos muito a uma coisa não torna ela uma *estrelinha especial no mundo*, mas sim apenas a nossa nostalgia de infância que ressoa em nossos corações, acho fascinante o fato de podermos conhecer outros meios de entretenimento, e muitos que até são pouco valorizados em nossa própria sociedade como pinturas artísticas, esportes diferenciados (como golfe, rockey e etc) eu particularmente tenho um enorme apreço e admiração por tudo aquilo que é pouco falado, divulgado ou valorizado pela sociedade, e admiro mais ainda pessoas que se dispõem a gostar de coisas inusitada,  pois isso mostra que o fato de elas gostarem de algo que ninguém gosta no geral, mostra uma personalidade forte na pessoa que não se deixa levar por opiniões e gosto de terceiros, ela gosta porque sente prazer naquilo e não porque se deixou levar pela maioria (como muito acontece), em nossa sociedade se falamos que não gostamos de futebol já somos mal vistos por certas pessoas por não gostarmos do que a maioria das pessoas gostam, como se pra ser uma pessoa normal  tivéssemos que gostar das mesmas coisas que todos gostam, e acredito que nos animes isso não é diferente. Animes como Dragon Ball, One Piece, Naruto e etc... Parecem ser animes intocáveis pra muitas pessoas, se você não gostar deles e tiver críticas a respeito, você automaticamente acaba sendo mal visto por olhares de estranhamento, não é a toa que existem tantas guerrinhas de fã bases entre Dragon Ball e Naruto, tudo isso é fruto de um resultado de uma sociedade que se aliena a uma bolha, onde um tem que ser melhor do que o outro. Acho isso ridículo, no entanto eu particularmente não me prendo em saber se o anime é popular ou não, meu maior interesse mesmo é saber o conteúdo que ele oferece e como ele trabalha com isso.

Quanto ao meu sentimento sobre animes bem....

Acho animes uma forma interessante de se contar histórias, viajar por diversos universos e historias lúdicas me fazem ser uma pessoa mais imaginativa e criativa, mas acho que o que mais me chama atenção entre todas as coisas em um anime (tanto como em filmes), é a profundidade de uma história, gosto de animes que fazem com que o conteúdo abordado vá além das telas, animes que abordam temas sobre a vida, sobre ciências e o universo em geral, um anime que nos faça pensar sobre o mundo e sobre nós mesmos, muitas das vezes, apesar de este ser meu tema preferido em animes, não me apego apenas a eles, pra falar a verdade eu sou bem crítico com animes (por isso não sou muito chegado) pois são poucos os animes que conseguem me cativar REALMENTE, por exemplo, se um anime trata sobre comédia eu quero que ele pise fundo no tema e não fique tentando tornar uma história muito complexa e ao mesmo tempo engraçada, One Punch Man pra mim foi um péssimo exemplo de como fazer comédia, pois no começo do anime ele se apresenta como um shonen genérico mas que propõe fazer uma baita sátira justamente sobre isso e quebra todas as regras (o que foi show de bola pra um anime de comédia) que apesar de terem lutas o foco e totalmente na zueira, no entanto, ao longo dos episódios o anime começa a tomar uma forma mais séria e a querer abordar assuntos sociais (Como por exemplo o fato de Saitama não ser reconhecido como herói por não ser popular e a sociedade o desprezar por isso, fazendo assim uma crítica social de como valorizamos aparências) e são várias as vezes que o anime tenta abordar de maneira explicita de assuntos sérios sendo que este não era o foco inicialmente, não digo que o anime em si por ser comédia não possa abordar estes temas, muito pelo contrario, seria muito show fazer isso, mas sem perder o foco na comédia, podendo optar por fazer sátiras com este tema relacionado, mas ao que se percebe é que ao longo dos episódios ele começa a perder forma, onde a comédia começa aos poucos a ser deixada de lado na narrativa e é substituído por algo mais denso, e pior ainda, pois ele ainda tenta fazer graça em momentos tensos, tipo do nada, fazendo uma mistura muito confusa sobre o que ele mesmo esta oferecendo ao público.Pra mim um anime ele tem que ser pé no chão sobre aquilo que ele esta oferecendo ao público, eu mesmo tenho muitas críticas referente a animes que coloco no meu topo da lista (Trigun e Steins Gate são um deles) que apesar de ama-los por toda a complexidade na historia e filosofia por detrás, ainda consigo enxergar erros na obra que deixam a desejar.​
 
Cross Maker comentou:
Ao meu ver animes são iguais a todos os meios de entretenimento, onde possuí suas características, peculiaridades qualidades e defeitos (como qualquer outro produto de entretenimento) nesta pequena jornada chamada vida aprendi que o fato de gostarmos e se apegarmos muito a uma coisa não torna ela uma *estrelinha especial no mundo*, mas sim apenas a nossa nostalgia de infância que ressoa em nossos corações, acho fascinante o fato de podermos conhecer outros meios de entretenimento, e muitos que até são pouco valorizados em nossa própria sociedade como pinturas artísticas, esportes diferenciados (como golfe, rockey e etc) eu particularmente tenho um enorme apreço e admiração por tudo aquilo que é pouco falado, divulgado ou valorizado pela sociedade, e admiro mais ainda pessoas que se dispõem a gostar de coisas inusitada,  pois isso mostra que o fato de elas gostarem de algo que ninguém gosta no geral, mostra uma personalidade forte na pessoa que não se deixa levar por opiniões e gosto de terceiros, ela gosta porque sente prazer naquilo e não porque se deixou levar pela maioria (como muito acontece), em nossa sociedade se falamos que não gostamos de futebol já somos mal vistos por certas pessoas por não gostarmos do que a maioria das pessoas gostam, como se pra ser uma pessoa normal  tivéssemos que gostar das mesmas coisas que todos gostam, e acredito que nos animes isso não é diferente.​
Gostei, você já começou puxando uns assuntos bem interessantes! Vamos por partes...

Existe sim um apelo muito especial em fazer parte de um nicho, consumindo animes eu por muitas vezes me peguei assistindo animes extremamente desconhecidos que eram incríveis e me fez muito feliz poder recomendar eles para as pessoas como animes que "mais ninguém" conseguiria recomendar para elas. A indústria é enorme e existem muitos animes, principalmente se você ir para de trás dos anos 90... TANTA coisa esquecida e de extrema qualidade, é realmente mágico de se pensar o quanto de animes incríveis estão de esperando após ficarem dormindo por tantos anos no esquecimento.​

Cross Maker comentou:
Animes como Dragon Ball, One Piece, Naruto e etc... Parecem ser animes intocáveis pra muitas pessoas, se você não gostar deles e tiver críticas a respeito, você automaticamente acaba sendo mal visto por olhares de estranhamento, não é a toa que existem tantas guerrinhas de fã bases entre Dragon Ball e Naruto, tudo isso é fruto de um resultado de uma sociedade que se aliena a uma bolha, onde um tem que ser melhor do que o outro. Acho isso ridículo, no entanto eu particularmente não me prendo em saber se o anime é popular ou não, meu maior interesse mesmo é saber o conteúdo que ele oferece e como ele trabalha com isso.​
Isso é bem verdade! Não importa o grupo que você faz parte, sempre existem uns "staples" que se você não gostar as pessoas vão acabar olhando torto, indo pra um meio mais elitista no qual estou mais acostumado, é bem comum ver alguns títulos em específico que o pessoal acredita ser um consenso de qualidade.

Dentro do meio otaku brasileiro existe um termo bem pejorativo sobre esse tipo de coisa, que no caso seriam os "Gosto Fabricados" que consistiriam em pessoas cujo os favoritos são cópia e cola de algum youtuber ou é simplesmente animes absurdamente safes e bem aclamados, como se a pessoa tivesse tentando passar a imagem de que ela tem bom gosto ao invés de realmente botar o que ela gosta. E apesar desse termo existir, é bem comum eu ser zoado por ter animes como Tenchi Muyo! e Queen's Blade ao lado de coisas como Neon Genesis Evangelion e Hunter x Hunter (2011) por uns amigos mais tendentes pra um lado elitista, mesmo eu levando bem na brincadeira esse tipo de coisa.

A maior graça de assistir uma mídia totalmente fora da nossa cultura é realmente descobrir gostos que você não sabia que tinha e adquirir uma forma própria de consumir coisas que gosta. Concordo bem com o que falou aí.​

Cross Maker comentou:
Acho animes uma forma interessante de se contar histórias, viajar por diversos universos e historias lúdicas me fazem ser uma pessoa mais imaginativa e criativa, mas acho que o que mais me chama atenção entre todas as coisas em um anime (tanto como em filmes), é a profundidade de uma história, gosto de animes que fazem com que o conteúdo abordado vá além das telas, animes que abordam temas sobre a vida, sobre ciências e o universo em geral, um anime que nos faça pensar sobre o mundo e sobre nós mesmos, muitas das vezes, apesar de este ser meu tema preferido em animes, não me apego apenas a eles, pra falar a verdade eu sou bem crítico com animes (por isso não sou muito chegado) pois são poucos os animes que conseguem me cativar REALMENTE, por exemplo, se um anime trata sobre comédia eu quero que ele pise fundo no tema e não fique tentando tornar uma história muito complexa e ao mesmo tempo engraçada, One Punch Man pra mim foi um péssimo exemplo de como fazer comédia, pois no começo do anime ele se apresenta como um shonen genérico mas que propõe fazer uma baita sátira justamente sobre isso e quebra todas as regras (o que foi show de bola pra um anime de comédia) que apesar de terem lutas o foco e totalmente na zueira, no entanto, ao longo dos episódios o anime começa a tomar uma forma mais séria e a querer abordar assuntos sociais (Como por exemplo o fato de Saitama não ser reconhecido como herói por não ser popular e a sociedade o desprezar por isso, fazendo assim uma crítica social de como valorizamos aparências) e são várias as vezes que o anime tenta abordar de maneira explicita de assuntos sérios sendo que este não era o foco inicialmente, não digo que o anime em si por ser comédia não possa abordar estes temas, muito pelo contrario, seria muito show fazer isso, mas sem perder o foco na comédia, podendo optar por fazer sátiras com este tema relacionado, mas ao que se percebe é que ao longo dos episódios ele começa a perder forma, onde a comédia começa aos poucos a ser deixada de lado na narrativa e é substituído por algo mais denso, e pior ainda, pois ele ainda tenta fazer graça em momentos tensos, tipo do nada, fazendo uma mistura muito confusa sobre o que ele mesmo esta oferecendo ao público.Pra mim um anime ele tem que ser pé no chão sobre aquilo que ele esta oferecendo ao público, eu mesmo tenho muitas críticas referente a animes que coloco no meu topo da lista (Trigun e Steins Gate são um deles) que apesar de ama-los por toda a complexidade na historia e filosofia por detrás, ainda consigo enxergar erros na obra que deixam a desejar.​
É uma boa coisa criticar aquilo que você assiste, pode não só te poupar tempo que você perderia vendo animes ruins até o final, como também te fazer apreciar animes bons mais a fundo uma vez que você nota suas qualidades. Sinceramente, é impossível um anime não deixar a desejar, mesmo que você acabe dando uma nota 10 pra ele. Se me permitir recomendar coisas com base nas informações que você passou. Diria que seria uma boa você tentar assistir os dois seguintes animes, se já não o fez:​

-Casshern Sins
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=CekDIGxNprE[/youtube]
Um anime da Tatsunoko com produção da Madhouse bem focado na temática de encontrar o significado da vida através da morte.​

-Sangatsu no Lion
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=YvOK6DiZw1M[/youtube]
Um anime da Shaft de produção linda bem focado nos personagens e em toda uma dinâmica sobre essa necessidade de laços com as pessoas e como esses laços podem ter efeitos absurdos nas nossas vidas (Não é necessário entender de Shogi pra assistir o anime).​



Eu pessoalmente não tenho uma forma de assistir anime, nem mesmo uma ideia de anime perfeito. Eu gosto de tentar todo o tipo de coisa, isso desde farofadas loucas, descompromissadas e divertidas como Dominion Tank Police e Panty & Stocking with Garterbelt a coisas muito dependente de conhecimento de indústria cujo 90% da graça por trás do anime reside nas pessoas que estão envolvidas no projeto e como o resultado final saiu por conta deles, como é o caso de The SoulTaker... e sinceramente, ambas as experiências são ótimas! Como eu disse, amo as coisas estranhas, mas eu basicamente sou disposto a consumir qualquer coisa.

Eu não ironicamente já tentei entender os padrões do meu gosto, mas não conseguir ir muito longe além de detalhes óbvios de estúdio e temática.
Qaa8a1I.png

Agradeço por compartilhar sua opinião \o​
 
Já vão me perdoando e não me deem bordoadas por que não li todos os comentários ainda. Posso estar em fase defasada com a discussão aqui.

Depois de alguns meses sem acompanhar praticamente nada do universo e estar bem desatualizado, decidi passar nuns blogs e sites pra ver o estado atual da treta. Por acaso estava vendo o estado do mercado hoje e caí de paraquedas nessa postagem... Assisti também esse ótimo vídeo do Digibro, e as peças começam a se juntar na minha cabeça.

Então que como é válida a crítica desse cara, toda temporada chegam franquias novas genericíssimas, é sempre o mesmo isekai, o mesmo moe, tudo com estética parecida, mesmas ideias, animação baixo orçamento, que não toma riscos nem puxa as coisas aos limites. Anime virou mais um lugar a ser garimpado pra achar uma lasquinha de ouro no meio de toneladas de entulho, pois preferem lançar 100 porcarias (ou coisas sem paixão, genéricas, chatas e afins) a 1 coisa que realmente preste, desde que seja rentável.

Claro, tem sempre aqueles animes grandes formando o bloquinho rentável, como os grandes shounens da Shounen Jump, e sinceramente nunca tive o que reclamar da qualidade deles pois eles são bons dentro da proposta e são feitos pra vender pra massa mesmo. São os grandes carros chefes que levam os outros. Mas aí você começa a ver outros animes menores e está a mesma estagnação...

Enfim, o que eu curto nos animes é a questão de sempre ter a possibilidade de ter uma experiência nova, que eu não poderia ter em outros meios. Uma anime da Trigger como Gurren Lagann, por exemplo, pode ser exagerado e sem sentido, mas ainda assim é inegável que tem animação fabulosa e ensina lições de amizade e masculinidade mais de que praticamente qualquer outro desenho. A gente pega um Your Name e não tem como não se comover, ficar de coração apertado, tem uma narrativa tão bem trabalhada quanto os visuais. Ou então um desenho jazzy e estiloso como um Cowboy Bebop, ou totalmente bizarro como JoJo... Cara, não tem como reproduzir a experiência desses desenhos mais de forma alguma. São exemplos de alguns que eu vi que não são só originais... São únicos, são todos avant-garde, se destacam do mar de mediocridade.

Costumo gostar de algo pra me chamar a atenção, não ligo nada se for algo estranho ou diferente, mas que proporcione aquela sensação única. Animes são mestres nisso, e eu tenho muitos autores de animes e mangás que eu idolatro pela sua criatividade e originalidade. Não é aquele requenta de sempre, não é aquele produto marketável, mas sim uma obra de paixão, que fala alguma coisa sobre o autor mas também ressona com você. Não aqueles que eu sinta que estou sendo tratado como um comprador de papel higiênico, que ora pega um de folha dupla, ora um com estampa diferentes, as vezes um perfumado, mas que no fim só vai servir pro meu consumo e não vai fazer muita diferença ao fim do dia.

Bom, perdão esse meio off-topic. Vou me inteirar melhor no flow da discussão daqui pra frente.
 
Rafael_Sol_MAKER comentou:
Já vão me perdoando e não me deem bordoadas por que não li todos os comentários ainda. Posso estar em fase defasada com a discussão aqui.

Depois de alguns meses sem acompanhar praticamente nada do universo e estar bem desatualizado, decidi passar nuns blogs e sites pra ver o estado atual da treta. Por acaso estava vendo o estado do mercado hoje e caí de paraquedas nessa postagem... Assisti também esse ótimo vídeo do Digibro, e as peças começam a se juntar na minha cabeça.

Então que como é válida a crítica desse cara, toda temporada chegam franquias novas genericíssimas, é sempre o mesmo isekai, o mesmo moe, tudo com estética parecida, mesmas ideias, animação baixo orçamento, que não toma riscos nem puxa as coisas aos limites. Anime virou mais um lugar a ser garimpado pra achar uma lasquinha de ouro no meio de toneladas de entulho, pois preferem lançar 100 porcarias (ou coisas sem paixão, genéricas, chatas e afins) a 1 coisa que realmente preste, desde que seja rentável.
Primeiramente, é muito bom ter mais uma pessoa de experiência na discussão, e sobre o que você falou... vamos por partes.

Felizmente 100 porcarias é um número exagerado. A indústria está influenciando um mercado muito "seguro" de coisas genéricas que deram certo por muito tempo e os estúdios maiores como a A1-Pictures e estúdios menores formados pela fragmentação de outros de maior sucesso, então você tem sim uma pilha de tentativas sem alma cada temporada, MAS... assim como foi dito no vídeo, isso não quer dizer que anime tenha morrido ou coisa do tipo, ele mesmo deu exemplos tipo os filmes de Kizumonogatari, até chamando-o de anomalia pelo tão bizarro que a qualidade daquilo conseguiu alcançar. Existem sim diversos estúdios bons fazendo coisas legais tanto em questão de estilo quanto de animação, e isso não é exclusivo de coisas da Shonen Jump (Que inclusive são muitas vezes adaptadas por estúdios massivos como Toei Animation e Pierrot, que a essa altura são estúdios no melhor dos casos muito infames).

Alguns exemplos curtos (A maioria de poucos segundos) de animes recentes com animações e/ou visuais interessantes (Todas elas disponíveis no Sakuga Booru): Aviso de conteúdo violento e nudismo parcial em alguns dos exemplos

Shingeki no Bahamut: GENESIS (2014)
Exemplo 1
Exemplo 2
Kizumonogatari (2016~2017)
Exemplo 1
Exemplo 2
Exemplo 3
Sangatsu no Lion (2016~2017)
Exemplo 1
Exemplo 2
Exemplo 3
Re:CREATORS (2017)
Exemplo 1
Little Witch Academia TV (2017)
Exemplo 1
Exemplo 2
Exemplo 3
Yagate Kimi ni Naru (2018)
Exemplo 1
Megalo Box (2018)
Exemplo 1
Exemplo 2

Fiz questão de pegar animes bem distintos pra não parecer que coisa competente vem só de um lado em específico. A questão é, não importa que tenham animes bem feitos atualmente e que esses animes sejam de uma quantidade muito satisfatória. Você tem uma camada que fica muito em volta deles de coisa bem medíocre que vai ofuscando vários animes. (O meme da "Trigger vai salvar anime" nasceu por algum motivo, né) Outro problema citado é que mesmo com o low budget, existem muitas pessoas competentes no mercado, porém que tem muito talento desperdiçado com obras fora do humanamente possível para o tempo e dinheiro investido nos mesmos (ele chegou a dar exemplos rápidos de animes que se dão bem e conseguem ser bem proveitosos mesmo com animação baixa num quesito geral).​

Rafael_Sol_MAKER comentou:
Enfim, o que eu curto nos animes é a questão de sempre ter a possibilidade de ter uma experiência nova, que eu não poderia ter em outros meios. Uma anime da Trigger como Gurren Lagann, por exemplo, pode ser exagerado e sem sentido, mas ainda assim é inegável que tem animação fabulosa e ensina lições de amizade e masculinidade mais de que praticamente qualquer outro desenho. A gente pega um Your Name e não tem como não se comover, ficar de coração apertado, tem uma narrativa tão bem trabalhada quanto os visuais. Ou então um desenho jazzy e estiloso como um Cowboy Bebop, ou totalmente bizarro como JoJo... Cara, não tem como reproduzir a experiência desses desenhos mais de forma alguma. São exemplos de alguns que eu vi que não são só originais... São únicos, são todos avant-garde, se destacam do mar de mediocridade.
Tengen Toppa Gurren Lagann não é tão sem sentido assim, é basicamente um plot sobre amadurecimento/ entrada para a vida adulta vista a partir do ponto de vista do Simon e parte da graça é ele ser exagerado. Mas né, Trigger/Gainax tem todo esse brilho das obras serem tão bem feitas, que você pode aproveitar elas entendendo ou não do que se trata (Kill la Kill é fácil o melhor exemplo disso).

Foi bem o que eu disse, existem sim coisas incríveis no meio, e se parar pra pensar, o número é bem bom, o problema é que a massa de animes por temporada cresceu muito e o mercado favorece bastante tentativas intermináveis de coisas de baixa qualidade, o que complica bastante o cenário pra estúdios que ainda fazem coisas com paixão.​

Rafael_Sol_MAKER comentou:
Costumo gostar de algo pra me chamar a atenção, não ligo nada se for algo estranho ou diferente, mas que proporcione aquela sensação única. Animes são mestres nisso, e eu tenho muitos autores de animes e mangás que eu idolatro pela sua criatividade e originalidade. Não é aquele requenta de sempre, não é aquele produto marketável, mas sim uma obra de paixão, que fala alguma coisa sobre o autor mas também ressona com você. Não aqueles que eu sinta que estou sendo tratado como um comprador de papel higiênico, que ora pega um de folha dupla, ora um com estampa diferentes, as vezes um perfumado, mas que no fim só vai servir pro meu consumo e não vai fazer muita diferença ao fim do dia.
Isso cai bem em algo que eu costumo falar: "Não é sobre dar as pessoas o que elas acham que precisam. É sobre dar as pessoas algo que elas não tinham ideia que precisavam". Animes são ótimos em nos fazer descobrir coisas novas sobre nós mesmos através de suas obras inconvencionais, o que tem um apelo bem especial, diga-se de passagem!​

Rafael_Sol_MAKER comentou:
Bom, perdão esse meio off-topic. Vou me inteirar melhor no flow da discussão daqui pra frente.
Relaxa! Não deixa de ser um ponto bem importante sobre a indústria num todo.


Obrigado por compartilhar a sua opinião sobre essa parte em específico \o​
 
Hehe, falei tudo no sentido figurado, eu sei que 100 é um número exagerado. Sempre tem alguma coisa que se salva em uma temporada, isso é fato.

Eu justamente critiquei a qualidade da Toei e Pierrot que fazem os shounenzões por que sabemos que desenhos infinitos eles só guardar o orçamento para alguns episódios muito específicos. A qualidade deles já acho abaixo da média, se for levar no geral.

E TGGL é um dos meus animes preferidos, conheço sobre o que o plot é, confuso é o que parece ser aos olhos não treinados de quem pegar um episódio solto sem contexto. Eu deveria ter dito que ele *parece* confuso e sem sentido, mas não é.

Vai ver a confusão tá na minha escrita...

Talvez eu tenha falado meio como um outsider vê, quando na verdade sou um insider, que dá preferência aos animes a muitas outras coisas, inclusive a maior parte das animações ocidentais das quais as que gosto são escolhidas a dedo, enquanto animes tem aos montes.

Mas enfim, você entende a mensagem que eu quero passar. Eu concordo bastante com o cara do vídeo nesse aspecto. Me chamem de elitista quem quiser, mas de modo geral os produtos de mídia são todos bem medíocres e genéricos, com algumas boas exceções.

Não vou bancar o Miyazaki ou o Watanabe e dizer que o anime está morto (ou sei lá quem foi que disse, nem lembro), só estou aguardando o Redline dessa década. O Shinkai chegou bem perto e a qualidade da Ghlibi ainda está no topo, sem contar que nada da Madhouse me decepcionou ainda. Na Trigger temos fé, hehe.

É como diz o ditado... Se todos fosse bons, nenhum seria bom. No fundo os medíocres são a melhor forma de destacar os realmente bons.

P.S.: Também odeio aquele fundo de caracteres genéricos feitos em CG andando, é de dar raiva. A preguiça beira o extremo kkkk E pensar que você vê um JoJo: uma adaptação tão boa que entende a base de fãs e o material original, feita com tanta paixão e depois ter que encarar hordas de desenhos colegiais xaropes. Arr.
 
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