Debaixo da árvore de natal, a pequena menina estava deitada em uma almofada confortável, olhando para as luzes que piscavam e os enfeites brilhantes. Achava aquilo tão lindo que poderia continuar olhando por horas e mais horas. Os pais estavam sentados no sofá da sala, em silêncio, olhando com expressões estarrecidas ao noticiário.
A menina mexia os dedos dos pés vigorosamente, brincando com uma estrela de feltro, decorado de lantejoulas. Por um segundo, ouve a mãe fungar. Parecia chorosa. Desviou sua atenção do bonequinho para a TV, que mesmo não sabendo ler direito, conseguia identificar a frase que piscava em letras vermelhas: FIM DO MUNDO. Apesar disso, ela não entendia o que aquilo queria dizer, ou porque tinha tantas pessoas brigando na televisão, ou porque tantas pessoas de terno falavam palavras complicadas.
A menina se levantou e foi até os pais. Ela conseguia notar que eles estavam tristes. A última vez que os vira assim foi uma vez que ficara muito, muito doente. Mas ela não se lembrava direito dos detalhes, apenas das expressões tristes que seus pais lhe encaravam.
Mamãe, você fez dodói? Perguntou.
Os dois encararam a menina por uns segundos, com as expressões em choque, como se pela primeira vez não soubessem responder uma pergunta. A mãe desatou-se a chorar.
O que nós vamos fazer agora? Disse a mãe, entre lágrimas.
O pai se levantou, olhando para os lados.
Vamos... ele deu uma pausa Comemorar o Natal!
A mãe olhou para ele estarrecida. A menina gritou em alegria:
OBA! Eu achei que fosse só semana que vem!
A mãe continuava sem palavras.
Mas nós vamos adiantar um pouco! Disse ele. Afinal, Natal não é um tempo de união, para celebramos a vida junto das pessoas que nós amamos?
E vamos comer muito e abrir presentes? A menina parecia em êxtase.
Sim! E depois podemos montar um forte de travesseiros e contar histórias de natal. Podemos também tomar chocolate quente.
A mãe, que até então estava séria soltou uma gargalhada e desligou a televisão.
Vamos preparar uma maravilhosa ceia então!
A noite se seguiu, com um cheiro maravilhoso de comida invadindo a casa. Velas decorativas foram acendidas, criando uma iluminação suave. O aparelho de som tocava uma música animada que abafava os barulhos desesperadores que vinham lá de fora.
A família se esbaldou de peru, arroz temperado e outras delícias. Eles conversavam sobre receitas e as viagens que fizeram no passado. Na hora de abrir os presentes, brinquedos, roupas, chocolates e outros mimos foram sendo descobertos a cada papel colorido que se rasgava. Eles se divertiam e faziam piadas, brincavam e rolavam juntos no chão.
Então, com três canecas de chocolate quente fumegante, eles estavam sentados juntos debaixo de um recém construído forte de travesseiros e lençóis, que ocupava o meio da sala.
Nem em mil anos eu poderia esquecer esse sorriso das duas pessoas que eu mais amo nesse mundo. Disse o pai. Eu sou a pessoa mais feliz desse mundo por ter tido a oportunidade de compartilhar minha vida com vocês.
Eu também sou a pessoa mais feliz desse mundo por poder ter vivido com vocês dois. Se me perguntassem, eu não mudaria nenhum segundo de qualquer escolha que eu fiz, porque sei que tudo me trouxe para esse momento.
A menina não entendia exatamente aquelas palavras, mas respondeu com um.
Eu amo vocês papai e mamãe.
E então, com as bocas marcadas de chocolate, dormiram abraçados, juntos como sempre estiveram e sempre estariam, debaixo de uma maravilhosa chuva de estrelas.
A menina mexia os dedos dos pés vigorosamente, brincando com uma estrela de feltro, decorado de lantejoulas. Por um segundo, ouve a mãe fungar. Parecia chorosa. Desviou sua atenção do bonequinho para a TV, que mesmo não sabendo ler direito, conseguia identificar a frase que piscava em letras vermelhas: FIM DO MUNDO. Apesar disso, ela não entendia o que aquilo queria dizer, ou porque tinha tantas pessoas brigando na televisão, ou porque tantas pessoas de terno falavam palavras complicadas.
A menina se levantou e foi até os pais. Ela conseguia notar que eles estavam tristes. A última vez que os vira assim foi uma vez que ficara muito, muito doente. Mas ela não se lembrava direito dos detalhes, apenas das expressões tristes que seus pais lhe encaravam.
Mamãe, você fez dodói? Perguntou.
Os dois encararam a menina por uns segundos, com as expressões em choque, como se pela primeira vez não soubessem responder uma pergunta. A mãe desatou-se a chorar.
O que nós vamos fazer agora? Disse a mãe, entre lágrimas.
O pai se levantou, olhando para os lados.
Vamos... ele deu uma pausa Comemorar o Natal!
A mãe olhou para ele estarrecida. A menina gritou em alegria:
OBA! Eu achei que fosse só semana que vem!
A mãe continuava sem palavras.
Mas nós vamos adiantar um pouco! Disse ele. Afinal, Natal não é um tempo de união, para celebramos a vida junto das pessoas que nós amamos?
E vamos comer muito e abrir presentes? A menina parecia em êxtase.
Sim! E depois podemos montar um forte de travesseiros e contar histórias de natal. Podemos também tomar chocolate quente.
A mãe, que até então estava séria soltou uma gargalhada e desligou a televisão.
Vamos preparar uma maravilhosa ceia então!
A noite se seguiu, com um cheiro maravilhoso de comida invadindo a casa. Velas decorativas foram acendidas, criando uma iluminação suave. O aparelho de som tocava uma música animada que abafava os barulhos desesperadores que vinham lá de fora.
A família se esbaldou de peru, arroz temperado e outras delícias. Eles conversavam sobre receitas e as viagens que fizeram no passado. Na hora de abrir os presentes, brinquedos, roupas, chocolates e outros mimos foram sendo descobertos a cada papel colorido que se rasgava. Eles se divertiam e faziam piadas, brincavam e rolavam juntos no chão.
Então, com três canecas de chocolate quente fumegante, eles estavam sentados juntos debaixo de um recém construído forte de travesseiros e lençóis, que ocupava o meio da sala.
Nem em mil anos eu poderia esquecer esse sorriso das duas pessoas que eu mais amo nesse mundo. Disse o pai. Eu sou a pessoa mais feliz desse mundo por ter tido a oportunidade de compartilhar minha vida com vocês.
Eu também sou a pessoa mais feliz desse mundo por poder ter vivido com vocês dois. Se me perguntassem, eu não mudaria nenhum segundo de qualquer escolha que eu fiz, porque sei que tudo me trouxe para esse momento.
A menina não entendia exatamente aquelas palavras, mas respondeu com um.
Eu amo vocês papai e mamãe.
E então, com as bocas marcadas de chocolate, dormiram abraçados, juntos como sempre estiveram e sempre estariam, debaixo de uma maravilhosa chuva de estrelas.