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Baú do Bento - LUNAR: THE SILVER STAR RPG DO SEGA CD

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A existência virtual é mais como um "JOGO" de azar que sempre dá prêmios. Ronaldo Bento
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Do tempo dos fliperamas, das locadoras de videogame, das revistas antigas... O Baú do Bento promove resgatar toda aquela nostalgia dos videogames clássicos dos anos de 1980 e 1990. Caso você não viu o sexto tópico: Veja aqui: Baú do Bento - 26 Anos de Cavaleiros do Zodíaco
Pegando o que existe de melhor da tradição do JRPG, a Game Arts ofereceu um grande jogo que tem tudo o que um fã nostálgico e desenvolvedor de RPG precisa.

Lunar: The Silver Star é um RPG desenvolvido pela Game Arts e Studio Alex e lançado originalmente para Sega CD em 1992 no Japão. Graças ao sucesso do título em terras nipônicas, a Working Designs trouxe o título para o Ocidente no ano seguinte. Um dos primeiros títulos a entrar na era do CD-ROM, Lunar trouxe como novidade músicas em alta qualidade e cutcenes animadas no estilo anime. Vamos embarcar nesta aventura carismática de Alex em busca de se tornar um grande herói?
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Lunar: The Silver Star é um RPG "Top-Down" tradicional, no mesmo estilo dos carismáticos JRPGs da era dos 16 bits, com seus personagens em cenários renderizados em sprites 2D. Aqui, tudo o que existe de melhor nos JRPGs clássicos é oferecido em abundância: viajar entre as vilas, dungeons, interagir com NPCs e as famosas batalhas de turno. Tudo está lá, do jeito que você se lembra de quando assoprava fitas do SNES.​
A grande inovação foram sem dúvida as cutcenes animadas, animações (estilo animê) curtas que ajudavam a direcionar a história — tudo graças à nova tecnologia das mídias ópticas, que começava a dominar o mercado. Estávamos em uma era de transição, onde as pixels art da época dos 16 bits conviviam muito bem com as novas possibilidades dos CDs. As músicas eram gravadas em arquivos de áudio digital, que garantiam uma qualidade extraordinária para a trilha sonora, que por si carregava composições de alto nível.​
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Acredito que foi apenas em 1997 com famigerado Final Fantasy VII que o gênero RPG japonês iria de fato abandonar os pixels em prol da renderização poligonal e do CGI. Porém, até aquela época, e mesmo durante a era dos 32 bits, era fácil encontrar toneladas de títulos no estilo clássico. A biblioteca do Snes, Mega Drive, PlayStation e do Saturn é um exemplo vivo de como o estilo ainda sobrevivia bem, e Lunar é uma das estrelas dessa categoria.​
Claro, mesmo a partir da sexta geração ainda existiam jogos no estilo "Top-Down" em 2D, porém eles foram ficando cada vez mais raros. O boom dos consoles portáteis ajudou a manter o estilo vivo, e a onda retrô da atualidade desperta o interesse dos jogadores nos jogos de RPG clássicos. Além disso, não posso omitir em mencionar a grande contribuição e revolução que as comunidades de RPG Maker e principalmente dos desenvolvedores que promovem e colaboram em manter o estilo clássico vivo. Lunar: The Silver Star é um excelente jogo. A franquia alcançou fãs nostálgicos pelo mundo e se mantém presente no coração de seus admiradores até hoje.​
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O inicio: Partindo em busca de uma nova aventura
O enredo, o jogador assume o papel de Alex, um jovem que sonha em se tornar um grande herói, assim como seu ídolo, o lendário Mestre de Dragões Dyne. Para isso, ele se envolve em várias situações perigosas a fim de embarcar em uma grande jornada que defina seu destino como herói.
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Em uma dessas aventuras, Alex viaja até a caverna de um dragão junto com seu amigo Ramus, a “mascote” Nail — uma espécie de gato voador fofo—, e sua paixonite de infância, a bela Luna, atrás de uma pedra preciosa. Ao chegar à caverna, o time é abordado por Quark, um dragão centenário, que diz ser o destino de Alex se tornar o próximo Mestre dos Dragões. O sábio dragão sugere que o rapaz parta em uma grande aventura pelo mundo em busca desse destino.​
Ao voltarem à vila em que moram, os jovens aventureiros decidem acompanhar Alex em sua jornada, cada um com um motivo pessoal. Ramus quer vender a pedra preciosa que encontraram na caverna, Nail quer acompanhar seu tutor para presenciar a realização de seu sonho de herói, já Luna quer apenas protegê-lo. O grupo então parte em uma grande jornada e é aí que nossa aventura começa. Cada personagem tem seus motivos, sua personalidade bem definida e são peças chaves do enredo, como todo bom JRPG deve ser. Destaque especial vai para a menina Luna, que inclusive inspirou o título do jogo. Logo na cena inicial encontramos a moça cantando uma bela canção que ela mesma não sabe a origem. Mais para frente descobrimos que a cantoria de Luna tem poderes mágicos de cura, e a própria moça não sabia dessas habilidades.​
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O Mestre de Dragões Dyne, grande herói em que Alex tenta se espelhar, tinha a missão de proteger a deusa Althena, uma entidade benevolente do mundo de Lunar. Assim, logo no início do jogo já sabemos que Luna tem alguma ligação com a tal entidade, e que a missão de Alex de se tornar um novo Mestre de Dragões tem algo a ver com sua amizade com a garota. O resto do enredo, obviamente, eu deixarei para você, caro leitor.​
Um RPG clássico extremamente recomendado

Como já mencionado, Lunar: The Silver Star é um JRPG tradicional em todos os seus aspectos. Você tem um mundo inteiro para explorar, com cidades simpáticas para esticar as chuteiras de vez em quando. Existem dungeons perigosas cheias de monstros que são enfrentados em batalhas de turno e entregam XP quando derrotados. Está presente também o grinding tedioso para poder subir de nível e encarar novos desafios. Tudo está aí do jeito que você conhece da saudosa era dos 16 bits.
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Quando derrotado, o jogador tem a opção de carregar um estado de jogo previamente salvo ou começar de um checkpoint automático — outra novidade da época que estava sendo introduzida aos poucos. Com a força do hardware do Sega Saturn e do PlayStation, algumas melhorias pontuais foram feitas, como a inclusão de uma paleta de cores melhorada, alguns efeitos visuais e maior qualidade na trilha sonora.​
Durante as batalhas, o jogador pode escolher, por meio de comandos, atacar, usar magias, itens, se defender, mover-se no campo de batalha ou fugir, como é de tradição nos JRPGs de turno. As batalhas são vencidas quando todos os inimigos são derrotados. Quando isso acontece, pontos de experiência são distribuídos entre os personagens, que vão evoluindo e se tornando mais poderosos. Entretanto, ao avançar na história, os inimigos e chefes também se tornam mais poderosos, mantendo o desafio da jornada.​
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A versão do PlayStation, mais conhecida do público ocidental, é uma espécie de remake/remaster e possui o nome de Lunar: Silver Star Story. Mantendo a mesma trama da versão original e introduzindo algumas melhorias técnicas.​
O jogo foi o terceiro JRPG mais vendido de 1999, ficando atrás de Final Fantasy VII e Planescape: Torment. Em 1998 tivemos uma sequência, Lunar 2: Eternal Blue Complete, já em 2002 Lunar Legend foi lançado para Game Boy Advance. Por fim, em 2010, um caprichado remake chegou ao PSP, Lunar: Silver Star Harmony.​

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Enfim, não há nada de novo e revolucionário, no entanto, a Game Arts simplesmente resolveu entregar mais do mesmo de uma maneira magistral, o que acabou agradando a uma enorme quantidade de pessoas amantes do gênero JRPG. Lunar Silver Star é um jogo gostoso, clássico, com visuais incríveis e uma belíssima trilha sonora! Um jogo essencial para quem busca algo mais tradicional, do mesmo jeitinho que um bom JRPG sempre foi feito.​
 
Última edição:
Não importa o que digam, depois de Phantasy Star, a série Lunar é a mais icônica dentre os grandes RPGS já lançado. Eu simplesmente amo esse jogo. Como na época ter um Sega CD era impensável eu acabei jogando somente no PSone. Alguns jogos como esse considero meio que obrigatórios para quem quer estudar gamedesign em jogos de RPG. Ótima postagem! Que tal trazer para a gente o Lunar Eternal Blue?
 
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