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Brasileiros e RPGs

CleanWater

Marquês
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Olá pessoal!

Gostaria de discutir com vocês quão querido os RPGs eletrônicos realmente são entre o público brasileiro em geral.

Pesquisando, não consegui achar quase nada pela net sobre RPGs eletrônicos no Brasil, apenas sites especializados em RPGs de Mesa e pesquisas dizendo que os video games mais vendidos no Brasil são de Futebol e Corrida.

O que pensam a respeito disso?
 
Creio que o rpg não é bem o forte da população brasileira em geral,pela cultura brasileira ser mais voltada para o futebol e essas coisas,tanto que os gêneros que mais preferem é futebol,FPS, Moba (em especial LoL,que é ruim na minha opinião).Poucos que conheço que conhecem e preferem o rpg eletrônico.A maior parte que conheço é mais fã no rpg de mesa.
 
Também acredito que ele não seja, nem de longe, um dos gêneros mais apreciados pelo público gamer brasileiro. Esportes, corrida, FPS, MOBA's (e arrisco também games de luta) certamente lideram. Mesmo o RPG de mesa é um entretenimento de nicho. O meu gênero predileto é o RPG, mas conheço poucas pessoas que o têm como predileto, embora joguem eventualmente. É possível que tenha havido uma explosão dos JRPG's na década de 90, mas como toda moda, passou, e não vejo nenhum outro RPG que tivesse o mesmo impacto de um Final Fantasy no público brasileiro.​
 
RaonyFM comentou:
É possível que tenha havido uma explosão dos JRPG's na década de 90, mas como toda moda, passou, e não vejo nenhum outro RPG que tivesse o mesmo impacto de um Final Fantasy no público brasileiro.​

Na minha época de adolescência, que eu me lembro, jogos como Chrono Cross, Legend of Legaia e outros eram razoavelmente populares entre os "gamers" aqui de onde moro, mas jogos como Crash Bandicoot, Resident Evil e Tony Hawks ainda ganhavam de lavada. O resto só tinha video game pra jogar futebol (o que acho um baita desperdício).

De um certo modo, acho que influenciei bastante meus amigos próximos que também tinham Playstation, afinal, eu era sempre aquele que estava atrás de um Breath of Fire ou Hoshigami da vida, que não tinham tanta procura nas lojas da cidade onde moro.
 
Excelente tópico [member=1673]CleanWater[/member]

Como sou um "velhinho" iniciando com Arcades e seguindo para o Atari 2600,  Pense Bem da Tec Toy, Master, o (clone do Nes) Phantom System, Snes, Mega, Neo Geo CD etc... O que interessa é que para gostar do RPG é preciso entender o idioma e muitos jogos eram em japonês e Inglês. Portanto, luta, esportes, plataforma dentre outros não precisava muito do idioma para se divertir. O 1° RPG que joguei foi o ETERNO Phantasy Star da SEGA e a Tec Toy traduziu para nosso idioma e foi incrível, a molecada pirou na época, fora a campanha de marketing da Tec Toy reverenciando o jogo. Enfim, nessa época o pessoal (gostava de ler) o problema era o entendimento... Diferente de hoje em que muitos estão no nosso idioma, além disso, muitos jogadores puderam aprender o Inglês em escolas, internet, em cursos etc... Na época curso de Inglês era raro e muito caro.
 
 
Eu acho que a preferência está nos jogos multiplayers, seja local ou online. Todos os gêneros mencionados como os mais populares têm, de uma forma ou outra, essa interação com outros jogadores. É verdade que os RPGs eletrônicos não fazem tanto sucesso, mas (antes do gênero morrer) MMORPGs eram bastante populares, em um nível similar aos MOBAs de hoje em dia. Até o próprio RPG de mesa têm por característica fundamental a interação com outros jogadores, e talvez seja por isso que eles roubaram a cena na sua pesquisa.
 
EdmarDev comentou:
Eu acho que a preferência está nos jogos multiplayers, seja local ou online. Todos os gêneros mencionados como os mais populares têm, de uma forma ou outra, essa interação com outros jogadores. É verdade que os RPGs eletrônicos não fazem tanto sucesso, mas (antes do gênero morrer) MMORPGs eram bastante populares, em um nível similar aos MOBAs de hoje em dia. Até o próprio RPG de mesa têm por característica fundamental a interação com outros jogadores, e talvez seja por isso que eles roubaram a cena na sua pesquisa.

Temos que lembrar também que essas pesquisas nunca englobam o perfil real de todos os brasileiros, apenas de alguns entrevistados.

Acredito que, com essa net capenga que nós temos aqui no Brasil, muitos jogadores até correm de jogos multiplayer. :XD:

Enfim, nessa época o pessoal (gostava de ler) o problema era o entendimento...

Você pegou num ponto bem interessante [member=164]BENTO[/member]. O pessoal de hoje em dia não tem paciência de ler nada. Se for pra pegar um manual de jogo então, nem pensar, não param pra ler nem as instruções in-game (e depois ficam reclamando que o jogo não explica nada). :XD:

Antigamente, você meio que tinha que "decifrar" as charadas do jogo pra progredir, hoje, entregam tudo de mão beijada, e o povo ainda consegue ficar perdido e achar o jogo difícil. A interpretação de texto dos nossos jovens está cada dia pior.
 
Nossa! Na época que eu jogava em playtime, a maioria dos guris só jogavam futebol, gran turismo, KOF ou crash. Quando alguém jogava um RPG eu já ficava atento pra ver quem era ou até mesmo observava a pessoa jogar. Isso me fez lembrar que o memory card era compartilhado kkkkkkkkkkk MDS.
 
É até triste, eu diria. Teve uma geração inteira de jogos de rpg de supernintenddo que foram perdidos pelo publico brasileiro. Alguém ai já ouviu falar de terranigma? Quase ninguém jogou.
Eu já ouvi pessoas dizerem que é por causa da geração da época, dos anos oitenta para depois, que estava mais acostumada a ver jogos como apenas beat-ups. Eles não tinham ainda essa vibe de tentar contar uma história e ninguém queria passar horas vendo cutscenes. Era brinquedo, não fazia sentido esperar e ficar pensando em estrategias, era apertar botão. Acho que o ps1 até que ajudou a popularizar rpgs, com FF7 e algumas outras obras, dando um aspecto de filme, mas nem isso foi o suficiente.
Mesmo assim, se você for pensar, o tempo de jogo de um rpg é o triplo da maioria dos jogos, o custo beneficio ainda seria maior.

Eu estaria mais curiosos do porquê de RPGs serem tão mais comuns e jogados no oriente. Ao ponto de terem tantos JRPGs
 
O que faz sucesso, não só com o público brasileiro, mas com o público geral, hoje em dia, são jogos multiplayer. Você não vê streamers juntando mais de 100 mil pessoas para assistirem jogatinas de The Witcher 3 ou Final Fantasy 7, por exemplo. Não tem jeito, é como o Phill Spencer (Chefe da Divisão Xbox) falou uma vez e muitas pessoas descordaram, o que movimenta o mercado de games hoje são jogos multiplayer. Você tem sim suas exceções, como o novo Zelda que vendeu 10 milhões de cópias, mas isso são casos isolados. O público geral de games é igual o de cinema, enquanto os entusiastas de cinema acham filmes como os de super-heróis são uma decadência para a indústria, o público geral lota as salas de cinema fazendo esses filmes chegarem e até ultrapassarem bilhões de dólares em bilheteria. A mesma lógica você aplica nos games, enquanto os entusiastas de games tem gostos mais específicos (Alguns preferem games com um ótimo enredo, outros com uma jogabilidade bem feita, por aí vai) o público geral só quer saber do "Fifinha", GTA e os Battlefields e CODs da vida. Esse é o cenário da Indústria de jogos hoje em dia.
 
rafaelrocha00 comentou:
Eu estaria mais curiosos do porquê de RPGs serem tão mais comuns e jogados no oriente. Ao ponto de terem tantos JRPGs

É a mesma curiosidade que tenho. Acho que isso é uma questão cultural.

No Japão eles valorizam muito o raciocínio lógico, a estratégia, etc. Sem contar que lá eles têm o hábito de ler, principalmente os mangás, e ainda incentivam a leitura. Os jogos mais populares no Japão, até onde sei, são RPGs e Visual Novels, que reúnem o aspecto da leitura com o da interatividade.

É diferente dos EUA, que supervalorizam a guerra, e enfiam goela a baixo dos jovens deles jogos de guerra e tudo relacionado a armas.

[quote author=Hizashi_Brum] A mesma lógica você aplica nos games, enquanto os entusiastas de games tem gostos mais específicos (Alguns preferem games com um ótimo enredo, outros com uma jogabilidade bem feita, por aí vai) o público geral só quer saber do "Fifinha", GTA e os Battlefields e CODs da vida. Esse é o cenário da Indústria de jogos hoje em dia.[/quote]

Acho que "sempre" foi assim de um certo modo. A diferença é que hoje a moda é multiplayer, e amanhã, sabe-se lá o que vai ser (VR talvez?).

Mas é bom saber que ainda existe mercado pra outros estilos de jogos, mesmo que bem menor. :vixi:
 
O caos de tudo isso na minha visão vem da questão do inglês, antigamente o único rpg eletrônico que tinhamos traduzido oficialmente para nossa lingua foi o incrivel Phantasy Star do master system e os seguintes 2 (o que mais joguei)  e 3 ( que mais parece um jogo generico só com o nome da franquia na capa) no megadrive graças a Tectoy que fez um serviço de responsa pra SEGA aqui no Brasil, fora isso dificilmente as pessoas se interessavam em bater cabeça com ingles em jogos como chrono triger, final fantasy, dragon quest, entre outros que se tinha conhecimento entre a maoiria que jogava  no SNES, o grande rival do mega, Mesmo assim o SNES não possuia jogos traduzidos em portugues, pior ainda se fosse rpg, se não me engano a distribuição oficial do snes aqui chegou até bem tarde, mais voltando ao assunto, fora os eletronicos aqui nos tivemos uma era muita boa acredito eu com os rpgs de mesa, pois eu conhecia muitos grupos até, inclusive eu ficava o dia todo levando bronca na escola perdendo meus dados na gaveta da professora, meus colegas e eu mesmo assim inventavamos de tudo, até mesmo reproduzir um dado de 6 lados naqueles lapis verdes kkkk, enfim não só na escola como meu irmão bem mais velho e os amigos dele, pessoas em bate papos online na UOL ( nossa que coisa velha), até mesmo nas livrarias vc encontrava escondido livros pra mestrar, e nas bancas então sempre tinha novidade, inclusive aquelas zonas de faça vc o seu rpg e blablabla por apenas 5 reais, o que quero dizer e que se por um lado os rpgs eletronicos não tiveram tanto sucesso assim aqui por conta do ingles por outro tivemos uma geração consideravel onde usavamos ainda mais a cabeça com a imaginação, agora com a chegada de jogos traduzidos oficialmente nas plataformas atuais, pc e consoles, temos a oportunidade de entrarmos de cabeça nesse mundo, mais cada um joga o que gosta no fim das contas, os jogos que a maioria curte não é oque define o que é bom e sim o que facilita o acesso pra maioria se entreter independente de custo, agrado ou interesse da própria pessoa. o Bom de cada tipo e o mais Acessivel no geral são coexistências que sempre estarão em conflito de discusão no mundo dos video games e em sua maoiria por falta de informação do que se trata um e outro.
 
Por volta de 2004 , um amigo pegou um Ps1, com inumeros jogos (vários mesmo).
Mas o negócio dele era Tony Hawks, Syphon Filter (que não são ruins) e corrida,
até que eu insisti tanto pra testar outros jogos, entre eles Harvest Moon, Monkey King
e Battle Hunter, depois de jogar esses, ele mudou suas preferências. Como também tinha um
PC, passou a jogar Age of Empires, Caéser (uma espécie de Sim City medieval) e
Civilization. Na mesma época, eu tinha um Snes, e quebrava a cabeça jogando Dragon
Quest 6 (em japones) e Final Fantasy 3.

Rpg's sempre foram de baixa popularide no Brasil, de alguns anos pra cá, que vieram ganhando
espaço (mais espaço do que popularidade), o que eu acho muito triste, por que na minha opinião
são os melhores tipos de jogos.
 
Há muitas causas, a principal é o sempre patente e óbvio déficit na leitura e interpretação. Nossa cultura é arqui-inimiga do conhecimento, são poucas pessoas que fogem a regra, pois o povo quer é meter bala (ou bola) e não ficar lendo texto em TV por horas e horas. Assim sendo poucos se permitem ter uma experiência minimamente razoável com um jogo desse tipo.

A outra barreira óbvia é claro que é a localização, como já foi bem citado. Eu aprendi inglês jogando RPGs e MMORPGs pesados em texto, mas não foi bem assim pra todo mundo da minha época.

O que nos leva a ver como o mercado de jogos mudou nesses últimos anos. No meu tempo não tínhamos absolutamente nada em PT-BR (depois que a Sega/Tec Toy decaiu), só tradução feita por fãs no bom e velho camelô, por uns bons anos. Aos poucos num PS3 da vida era possível trazer legendas de qualidade razoável, já hoje temos dezenas e mais dezenas de jogos inteiramente dublados e de muita qualidade nesse aspecto.

Mas mesmo assim os RPGs não conseguem se destacar por que primeiramente a grande maioria dos JRPGs sequer passaram a barreira do oriente e os poucos que passarão sofrem pra ter uma localização em inglês, que dirá em português. Vamos ficar a ver navios por que por sorte temos um FFXV legendado, mas nunca teremos um Persona 5 dublado.

Com tantas limitações em mente não é difícil ver por que o gênero não é tão popular por aqui. Teremos sorte se os RPGs ocidentais da Bethesda, CDProjeckt Red e seus agregados chegarem em território nacional 100% localizados e que não saiam nunca mais.
 
Morei no interior da bahia na epoca do boom do ps1 na minha vida e la na bahia tbm.E sim o forte era futebol,carro e jogo de tiro,mas tinha locadoras "especializadas" se posso dizer assim em rpgs pq o cara quando pegava jogava dezenas de horas e quando alguem zerava ou tava perti do ultimo chefe,a gente fazia tipo uma sessao pipoca,foi assim no final de ff8 q lembro ate hj!
Mas com certeza a falta de traducao dos jogos,ou japones ou ingles,mas o fato de ter q pensar era algo q muita gente nn curtia ainda mas numa locadora,ja pra alugar ou ter o jogo era muito prazeroso,msm sendo mais caro em algumas vezes como os ff de ps1 q tinham varios cds.
Vi muito na epoca o  famoso "ame ou odeie"
Acho q hj em dia eh um tipo nn muito famoso,mas com jogadores fieis.
 
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