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"Seu jogo não foi feito para a gaveta, já postou uma screenshot dele hoje?"
- Aleth728

[BRAVEFEST] A batalha de Portossul

ドーベルマン

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O cão.
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29 de Março de 2017
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Em alto som, um anão gritava, em cima de um banco, em meio à praça do Condado. Não por uma ou duas, mas por diversas vezes seguidas: – A história de um dos eventos mais tristes do Condado está prestes a ser contada. Por favor, comprem seus ingressos, tomem seus lugares e façam silêncio.

As cortinas se fecham. Todos se calam. O silêncio só é interrompido pelo barulho de água correndo. As cortinas então se abrem e, sob o palco improvisado de cadeiras, ondas de papelão colidem com um barco de mesas.​
– Ahoy, marujos. Vocês estão preparados para a maior batalha das suas vidas! – grita um anão gordo e de vestes esfarrapadas, sob aquele barco improvisado.​
– Sim, senhor Capitão Hammerhead! – gritava em coro os dois anões vestidos como piratas.​
– Mas, senhor, como vamos atacar o Condado com batatas e cebolas? – falou, timidamente, um dos piratas.​
– Seu idiota! – gritou o capitão. – As batatas são para comer, atacaremos apenas com as cebolas!
Sim, Capitão, você é o maior! – gritou em couro os anões piratas.​

Cai as cortinas. Houve-se barulhos de móveis sendo arrastados. O som de água escorrendo continua. Quando as cortinas se abrem vê-se um porto improvisado feito de cadeiras e um barco de brinquedo ao fundo.​
Oh, não! É o pirata Hammerhead! Precisamos de nossos heróis! – grita um anão de vestido rosa. – Ele vai acabar com Portosul!
Socorro, socorro, estamos pedidas! – gritava em coro os demais anões na cena, todos vestidos como moças.​
Interrompendo o coro, surgem três outros anões trajando armaduras. – Não temam mais, Roy Bravery está aqui! – disse o anão trajado de azul e com uma panela em sua cabeça. – Apontarei minha espada justiceira para esses malfeitores e eles não terão chance nessa batalha!​
Você não está sozinho, oh bravo Bravery, Heliot também defenderá Portossul, juntos somos invencíveis! – disse um anão pulando entre os bancos em direção ao palco, vestido de vermelho e com um balde em sua cabeça.​
O terceiro anão, vestido de branco e com um timão de madeira em sua cabeça, dirige-se para a plateia e exclama: – Os invasores não terão chance, os dois maiores guerreiros de todo o Condado estão aqui para repelir os ataques. Vamos! Subam à bordo e vamos chutar esses piratas de Portossul até os confins do mundo!
Assim que termina seu monologo, as cortinas caem. O barulho de algo caindo pode ser ouvido pela plateia, um estrondoso baque seguido de um “Ai!” bem alto. Após alguns segundos em total silêncio, um som semelhante a passos curtos pode ser ouvido no palco. O barulho de móveis arrastando anuncia um novo cenário.​
O som da água correndo ao fundo continua sendo o som ambiental da peça teatral.​

Abrindo-se as cortinas, um palco que parece o convés de um barco é formado por inúmeras cadeiras, sobre ele os anões vestidos de azul, vermelho e branco do lado esquerdo, e os anões vestidos de pirata, incluindo aquele vestido de Hammerhead, ao lado direito.​
Eu ataco! – grita o anão vestido de azul, que corre em direção a um dos piratas e o golpeia com sua espada de madeira. Em resposta, o anão pirata finge ser acertado e cai no chão, senta-se, olha para a plateia e fala: – Oh não, foi um ataque crítico! – caindo no palco novamente. Logo em seguida o anão de azul corre de costas para o seu lugar, perdendo o equilíbrio e caindo no chão no caminho. Envergonhado, ele se levanta e continua o trajeto.​
Minha vez! – grita um dos piratas. – Eu atiro em você! – enquanto aponta a arma para o anão vestido de branco. Um estopim é ouvido e o anão vestido de branco põem sua mão na cabeça e grita: – Oh, não, fui ferido! – vira-se para a plateia e então pede: – Alguém tem uma poção para me dar?​
– Vou acabar com isso agora! – diz o anão vestido de vermelho, corre na direção dos piratas carregando uma vassoura como arma e tropeça, caído com seu rosto no chão, abrindo um espaço entre as cadeiras e sumindo por trás do palco. Os demais anões olham preocupado para o local aonde aquele “Heliot” caiu, entreolham-se por alguns segundos e, então, um dos piratas olha para a plateia, um pouco encabulado, e diz: – Miss!​
Usarei agora minha arma secreta! – diz o anão vestido de Hammerhead, erguendo o que parece ser uma cebola em suas mãos.​
Oh não! Uma cebola! – diz o anão vestido de azul. – sou alérgico a cebolas, preciso correr rápido daqui! – ao tentar correr, o anão escorrega em outra das cadeiras e tomba para fora do palco, nesse momento a água transbordava ao palco e escorria para o local aonde o público estava observando a peça.​
Desliguem a água! – grita o anão vestido de Hammerhead.​
Não consigo, alguém achou que seria uma boa ideia colocar a mangueira embaixo do palco, não dá pra desligar! – disse o anão vestido de vermelho.​
Logo em seguida, o palco se parte em dois e uma grande onda de água encharca toda a praça central do Condado, molhando as barracas, os produtos e, principalmente, a plateia. Os anões artistas com suas roupas desfeitas pela água, são atirados para longe pela força da água.​

Após alguns segundos, o anão que anunciava o início da peça, retorna ao que restou do palco e diz: – Senhoras e senhores, em virtude de problemas técnicos não poderemos concluir a peça teatral, contudo o final da história é esse mesmo. Os piratas venceram e Portossul ficou coberta de água.​
Ao fundo, escuta-se uma voz baixa: – Isso é uma palhaçada, quero o meu dinheiro de volta. Grito esse que claramente deixa o anão desconfortável e nervoso, tentando sair de fininho, juntamente com os demais anões da peça teatral. Enquanto ele sai, diz: – tenham paciência, pessoal, tenham paciência... Assim que resolvermos os problemas técnicos voltaremos para o final da peça.
 
- Veja isso, Gimble, é um cão!
- Pois é, Gamble, e pelo visto acabou de chegar de uma embarcação...
- Ele parece bem culto, Gimble, será que posso me aproximar?
- Não faça isso Gamble! Afinal de contas, ele é um cão que pode falar!
- Mas a história dele foi muito bem escrita, Gimble, só que tem algo nela que você não gosta...
- Realmente, Gamble, a falta de rima fugiu um pouco da proposta...

SATISFATÓRIO!
 
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