Durante mais de um ano, sempre que eu abria o RPG Maker, e me deparava com um bloqueio, uma parede. Eu não conseguia avançar no meu projeto, pois não conseguia criar um enredo para o mesmo. Tentei diversas vezes e todas acabavam ficando com muitos clichês. Essa não é exceção, porém, teve um resultado um pouco superior às outras.
Na verdade, a ideia em si surgiu também há mais de um ano, porém, eu não conseguia realiza-la. Sempre acabava me perdendo na estória e ela ficava muito forçada, não fluía bem como eu queria.
Deixo como exemplo uma fanfic que eu havia feito para um blog que eu fazia parte. O blog está inativo, mas a fanfic ainda está lá para quem quiser ver: https://goo.gl/MHqe4B (Sim, o blog é de pokemon, mas a fanfic não.)
A estória evoluiu bastante desde a fanfic que escrevi para o blog. Hoje ela está totalmente reformulada. O nome permanece, mas todo o resto foi refeito. Ainda está bastante clichê e falta polimento, mas com o tempo vou ajustando e modificando.
O Prólogo estará logo abaixo. Vale lembrar que ainda é uma ideia. Não sei se virará game, mas quem sabe?
Em algum lugar,
Muito distante,
Existem criaturas errantes,
Lindas e vívidas,
Com poder imenso,
Com seu bafo intenso,
Com suas límpidas asas,
Que por tempo extenso,
Foram deixados às traças,
O Conto dos Dragões.
Prólogo
Durante séculos e séculos, dragões existiam por toda parte. Voavam livremente pelo mundo, eram criaturas livres por natureza. As pessoas os adoravam, como se fossem deuses, pois para elas eram deuses.
Durante muito tempo foram criaturas pacíficas, porém, em algum momento esquecido, eles começaram a desaparecer. As pessoas ficaram com medo, pois, se seus deuses protetores não estavam mais ali, era sinal de momentos ruins para suas vidas.
-Mas vovô, por que os dragões sumiram?
-Calme, Eliott. Tudo a seu tempo.
-Desculpe, vô. Continue.
-Então, onde eu parei mesmo? Ah, sim. Como eu ia dizendo, as pessoas estavam com medo e, por conta disso, começaram a procurar por terras distantes, onde ficaria o ninho dessas criaturas. Durante dez século procuraram e não encontraram nada. Mais dez séculos se passaram e essas criaturas viraram lendas. Mais dez séculos e eram lembrados apenas em canções. E por fim, outros dez séculos, chegamos na quarta era do fogo, a nossa era, e essas canções estão sendo esquecidas. Apenas velhos como eu, que são chamados de loucos, lembramos dessas canções. É meu dever, meu garoto, passar para você essa lenda, para que a chama do dragão permaneça viva em seu coração.
-Vô, você algum dia já chegou a ver um ninho de dragão?
-Eliott, eu dediquei a minha vida inteira a isso. Quando eu era garoto, passei minha infância junto com meus amigos procurando os ninhos. Quando tínhamos catorze anos, eles já não queriam continuar nessa busca. Disseram que isso era coisa de criança, contos de fadas. Quando eu tinha dezessete anos me chamaram de louco pela primeira vez. Todos diziam que era loucura procurar esses ninhos. Eles não existem, nunca existiram.
-E o que o senhor fez, afinal? Deixou eles te falarem isso?
-Em certo ponto, acabei desistindo do meu sonho. Estava velho e cansado de mais para isso. Essas pessoas nunca me atingiram de fato. Não dei atenção para isso.
-E as canções? Cante-as para mim, por favor.
O velho se levanta de sua cadeira, vai em direção à um pequeno baú ao lado de sua cama. -Deixe-me ver. Deve estar por aqui em algum lugar... Ah, sim, encontrei.
-Encontrou o que, vô?
-Tome, garoto. Aqui está o meu diário. Nele está escrito algumas canções e todas as informações que obtive nessa minha caminhada. Sabe, eu o fiz inspirado em uma antiga lenda: A lenda do Conto dos Dragões. Era um livro escrito pelo primeiro a se aventurar na caça do ninho dos dragões, ainda na primeira era. Segundo a lenda, ele encontrou o ninho, porém nunca mais foi visto. Apenas seu diário foi encontrado, foi guardado e mantido em segredo por alguém.
-Isso é incrível vô! E por que você nunca procurou por esse diário?
Ele se levanta novamente, olha pela janela e admira o pôr do sol. Fica um silêncio agudo por alguns segundos, até que então, ele retira o cachimbo da boca e começa a falar:
-É só uma lenda, meu garoto. Esse diário nunca de fato existiu.
-Mas se o senhor disse que os dragões existem, esse diário também existe.
-Os dragões sim, existiram. Mas duvido que alguém tenha encontrado seu ninho e saído vivo de lá. Ou mesmo permanecido. E como o diário foi encontrado, se nunca ninguém achou o ninho depois dele? Não há como ele existir, meu neto.
-Vô, eu vou encontrar esse ninho, vou encontrar esse diário, vou encontrar os dragões! Você vai ver.
-Eu confio em você, Eliott. Eu confio em você...
Por favor, compartilhem suas críticas. É importante para um criador (de qualquer que seja a criação) receber críticas para saber onde errou. Não sou nem de perto um escritor razoável de roteiros de RPG, mas gosto de escrever. Espero que tenham gostado.
OBS: Não sei se postei na área correta, ou se a formatação do post é essa. Perdão caso tenha errado.