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Chriscia - O Segredo do Destino

9155gabrielgap Masculino

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29 de Janeiro de 2017
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  Olá, amigos. Gostaria de expor aqui um texto que estou escrevendo. Gostaria de saber a opinião de vocês sobre ele. É muito clichê? É ruim em algum sentido (ou em todos)? Alguma dica de como poderia melhorar?
Vale lembrar que é meu primeiro texto que levo mais a sério. Talvez vire um roteiro para um game, quem sabe?

-Desista, Stonewall, vamos fugir daqui!
-Eu não aguento mais, companheiros.
-Sem você será impossível vencermos.
-Eu serei um atraso na vida de vocês. Voltem ao vilarejo enquanto eu os atraso por aqui.
-Essas criaturas malditas não me fazem medo. Nunca deixaríamos um companheiro para traz!
-Ou vocês me deixam e salvam as vidas de suas esposas e filhos, ou morrem comigo e esses demônios invadem a vila.
-Droga...
-Vá, Belvor. Você é um jovem rapaz, ainda tem muito o que aproveitar da vida. Não permita que esses demônios destruam nossas famílias! Vá e os defenda, destrua esses vermes como forma de vingar minha morte!
  Belvor se vira para seus outros companheiros, que aguardavam apenas que ele os dessem a ordem de retirada.
-Vamos, companheiros! Defendeis vossas famílias como forma de vingar o nosso maior Herói!
  Stonewall fica ali, parado, esperando até que seus companheiros chegassem a uma distância segura, para que ele pudesse atacar os monstros com tudo que tinha. Apesar de debilitado, ele lutou com bravura. Eram mais de vinte criaturas, Stonewall mata um por um, mas ele, assim como seus companheiros, sabia que não haviam apenas vinte demônios naquela floresta. Era algo que jamais havia presenciado. Demônios com olhos flamejantes o atacou sem piedade. Eram mais de trezentos, enquanto a vila não tinha mais que quarenta soldados. Camponeses, garotos e até mulheres decidiram ajudar, mas mal conseguiam chegar à cento e vinte pessoas. Eles não tinham escolha, já que eles estavam lutando pelo futuro de suas próprias vidas.
  Eles já podiam ver o brilho faminto nos olhos daqueles que vinham pelo bosque. Eles eram rápidos, mais rápidos que um ser humano comum. Logo que chegam à cerca de quinhentos metros do vilarejo, um homem de capa verde-musgo, cabelo branco e orelhas pontudas pula no meio do combate. Ele parecia confiante, mas ficava ali parado, como se estivesse esperando para morrer. Os monstros chegaram, as pessoas ficaram imóveis, pois não sabiam o que fazer, eles veriam alguém que nunca haviam visto antes morrer ali, ante aos seus olhos. Porém algo de misterioso acontece, os monstros não atacaram aquele velho homem, pelo contrário, passaram direto, como se não o houvesse visto. Logo em seguida um clarão, ninguém podia mais ver nada, mas quando o primeiro abre os olhos se espanta, pois, ali não haviam mais demônios, muito menos sinal daquele homem. Como um passe de mágica ele some, junto com aquelas criaturas medonhas.

      Eliott era um garoto habilidoso. Jovem, tinha apenas dezessete anos de idade. Ele era chamado por todos da vila de “pequeno Frost”, alcunha que houvera recebido de seu mestre, Graham de Semanta, velho mago que, apesar de muito forte em seu auge, já não podia lançar mais feitiços como quando era jovem. Ele, apesar de carismático, era querido por todos da cidade, em especial as crianças, era bastante reservado. Não se sabia muito sobre seu passado além das velhas e loucas histórias que ele contava às crianças todas as luas cheias. Naquele dia, em especial, Graham estava preparando uma humilde surpresa para seu discípulo. Era chegado seu aniversário, data na qual Eliott nunca teria comemorado pois nunca conheceu seus verdadeiros pais e, como não sabia o dia de seu nascimento, não se importava muito com isso. Graham, ao contrário, se importava, e muito, então ele, secretamente, nomeou o dia em que tomou o jovem rapaz como seu discípulo a data de seu aniversário. A surpresa era bem simples, um pequeno bolo, feito por senhorita Olívia, mãe de Isabelle, uma das melhores amigas de Eliott. Graham pediu que ela fizesse o bolo pois, constantemente, quando Eliott ia visitar sua amiga, ele chegava na casa do velho mago elogiando a comida da senhorita Olívia.
    Era notável que Eliott, assim como seu mestre, era bastante amigável e tinha a confiança de todos da pequena vila. A pesar disso, ele seguia os ensinamentos de seu mestre e gostava de ficar um pouco mais sozinho. Fora Isabelle, seu único amigo era Oliver, que gostava de brincar junto com eles, porém, já fazia cinco luas cheias que ele decidira ir para a guilda de guerreiros de Stonewall. Era um grupo de homens e mulheres bastante corajosos que recrutavam seus membros desde jovens, para que quando adultos estejam preparados para lutar pela vida dos habitantes do reino de Chriscia. O líder da guilda, que já havia visto o potencial de jovem discípulo de mago, o havia convidado diversas vezes para fazer parte de seu grupo seleto de guerreiros. Todos esses convites negados, pois Eliott não gostava da ideia de lutar em batalhas. Para ele guerras eram coisas totalmente fúteis e sem sentido, pois não passava de dois grupos de infelizes mandados à um campo para morrerem unicamente para satisfazer os desejos de líderes mesquinhos. Magia para ele era algo mais do que uma arma de guerra, era um meio de se comunicar com a natureza e com seus pais, que haviam falecido quando ele tinha apenas um ano.
  Quando seus pais morreram Eliott foi adotado por uma velha senhora, que o ensinou alguns truques que havia aprendido nos seus longos anos de existência. Era claro que ela não duraria por muitos anos, ela então decide levar o garoto para um lugar onde pudessem dar mais conforto do que aquela mísera cabana de madeira que se encontrava no meio de um bosque. Com um pedaço de pano enrolado dentro de um pequeno cesto, ela abandona o garoto na porta da primeira casa que avista. Era a casa do velho mago Graham, na qual fazia pouco tempo que se mudara para lá. Desde então Eliott criou dentro de si um apego muito grande pelo velho mago, que nunca nem se quer cogitou a possibilidade de tocar no assunto sobre o passado do menino. Ele sabia que o garoto poderia resolver largar tudo para trás para procurar seus falecidos pais. Isso poderia trazer uma cicatriz enorme que não se curaria com facilidade.


Algumas considerações:
A temática do texto é bem fantástico medieval, com grandes inspirações do Tolkien, e elementos steampunk (mais pra frente isso fica mais claro).
Eu tenho inspirações de Chrono Trigger (meu jogo favorito) e principalmente de um livro que estou lendo recentemente chamado "O Nome do Vento", primeiro livro da saga "A Crônica do Matador do Rei" de Patrick Rothfuss. É bem possível que eu não poste os próximos capítulos aqui, pois quero deixar algo mais pessoal.
Eu sei que esses primeiros capítulos estão bem curtos, mas é só uma introdução para os próximos. Por isso postei exatamente esses aqui. Espero que gostem.
 
Mas, quando vc diz "pessoal", vc quer dizer o que exatamente?

Poderia postar mais capítulos...
Parece ser uma história interessante. E dá pra aumentar um pouco o tamanho também. Mas só um pouco...
 
  Obrigado pelo comentário, InterPlay.
Com "pessoal" eu quis dizer que gostaria de deixar o texto pra mim mesmo, não penso em divulgá-lo ou postar em algum lugar.
 
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