E aí pessoas. Bom dia/tarde/noite. Depois de um bom tempo, estou voltando a escrever e reescrever um "livro" que idealizei, e resolvi pedir uma avaliação do prólogo pra ver o quão enferrujado eu estou. É uma leitura bem curta, então se tiverem um tempo livre aí, acredito que seria uma boa. Ah, e não tenham medo de detonar o texto apontando cada mínimo erro, seja de ortografia, coerência ou outros, estou querendo exatamente isso. rs
Agradeço desde já e vamos lá.
Agradeço desde já e vamos lá.
Cidade das Luzes
A lua está bonita. Foi o que pensou o homem enquanto dava um trago em seu cigarro. Estava encostado ao parapeito no terraço de um prédio enquanto encarava o céu, impassível. Tirou uma garrafinha de inox do bolso e deu um longo gole do uísque contido nela. É bom não ter que economizar mais. Isso realmente é um trago encantador. Aparentava ser jovem, com no máximo vinte e cinco anos. Deu um segundo longo gole e riu de um jeito estranho ao perceber que já estava mais do que meio bêbado. Não deveria beber tanto agora, não é? Imagine se urinasse minhas calças. Afora as conversas consigo mesmo, sua mente estava vazia. Em paz, pela primeira vez em muito tempo. Nunca fora dado à multidões, sempre havia preferido o conforto de sua própria companhia. Talvez por isso se sentisse em paz naquele momento, solitário a não ser pela companhia da lua.
Nas ruas abaixo a cidade de São Serafim se preparava para a noite. As luzes das casas aos poucos se apagavam, enquanto seus moradores se preparavam para pausar sua luta individual e começar a sonhar. Casais apaixonados provavelmente estavam exercendo seu amor, enquanto mães solteiras colocavam seus filhos na cama e os olhavam com ternura. Também existiam aqueles amigos que começavam a sair de suas casas para comemorar uma coisa ou outra e, embriagados, brindar à nada além de sua amizade e amor uns pelos outros. Em cada ponto de luz existia uma chance, um sonho.
No terraço onde se encontrava o jovem, a lua lançava uma luz sobre seu rosto, delineando um fascínio nunca antes sentido enquanto tais pensamentos perpassavam sua mente. A cidade parecia uma constelação, onde as estrelas se extinguiam com um único toque em um interruptor. Cada ponto de luz daquela constelação respirava.
Uma nuvem cobriu a lua, lançando sombras sobre o rosto do jovem. Foi como se o próprio céu quisesse lhe mostrar que, apesar de sua epifania embriagada, ele não fazia parte daquilo. Nunca faria. Não era parte daquela constelação, era o vazio do espaço. O homem suspirou resignado. Deu o último gole na garrafinha de bolso, o último trago no cigarro e subiu no parapeito. A nuvem terminou sua passagem e a lua mais uma vez iluminou o rosto do homem. Ele não chorava. Tinha uma expressão vazia, como se estivesse despido de qualquer emoção, apesar do turbilhão que acontecia dentro dele. Que as sombras me acolham em seu seio. E se lançou.
Nas ruas abaixo a cidade de São Serafim se preparava para a noite. As luzes das casas aos poucos se apagavam, enquanto seus moradores se preparavam para pausar sua luta individual e começar a sonhar. Casais apaixonados provavelmente estavam exercendo seu amor, enquanto mães solteiras colocavam seus filhos na cama e os olhavam com ternura. Também existiam aqueles amigos que começavam a sair de suas casas para comemorar uma coisa ou outra e, embriagados, brindar à nada além de sua amizade e amor uns pelos outros. Em cada ponto de luz existia uma chance, um sonho.
No terraço onde se encontrava o jovem, a lua lançava uma luz sobre seu rosto, delineando um fascínio nunca antes sentido enquanto tais pensamentos perpassavam sua mente. A cidade parecia uma constelação, onde as estrelas se extinguiam com um único toque em um interruptor. Cada ponto de luz daquela constelação respirava.
Uma nuvem cobriu a lua, lançando sombras sobre o rosto do jovem. Foi como se o próprio céu quisesse lhe mostrar que, apesar de sua epifania embriagada, ele não fazia parte daquilo. Nunca faria. Não era parte daquela constelação, era o vazio do espaço. O homem suspirou resignado. Deu o último gole na garrafinha de bolso, o último trago no cigarro e subiu no parapeito. A nuvem terminou sua passagem e a lua mais uma vez iluminou o rosto do homem. Ele não chorava. Tinha uma expressão vazia, como se estivesse despido de qualquer emoção, apesar do turbilhão que acontecia dentro dele. Que as sombras me acolham em seu seio. E se lançou.