Quid ita serius?
Tanto tempo, pra nada
- balbuciou meu ego,
perdido na estrada
e pedindo arrego.
Quando não conduzia,
assistia.
Das merdas que eu fazia,
sorria.
A vontade era de esganar,
mas se não eu, quem eu deveria matar?
A quem quero enganar?
Ego é a desculpa que damos
pra imaturidade - não importa a idade.
Eu culpei o ego por querer sossego dentro do apego de outra pessoa.
Depois me culpei, porque me enganei, do ego falei mas sou anta das boas.
Olha esse alarde! Poeta covarde, chama de verdade o verso que entoa.
Mas é só momento! Sei que o sentimento é só um lamento, um chorar lagoas.
Coitado do menestrel, que tinha o papel de animar o quartel ao som desse drama.
Coitado do ator, que em seu esplendor vivencia esse horror por amor ao cinema.
Coitada da arte, que bate e rebate, sofre com o abate de tantos dilemas.
Pobre poesia, que aqui produzia antes alegria e agora problema.
- balbuciou meu ego,
perdido na estrada
e pedindo arrego.
Quando não conduzia,
assistia.
Das merdas que eu fazia,
sorria.
A vontade era de esganar,
mas se não eu, quem eu deveria matar?
A quem quero enganar?
Ego é a desculpa que damos
pra imaturidade - não importa a idade.
Eu culpei o ego por querer sossego dentro do apego de outra pessoa.
Depois me culpei, porque me enganei, do ego falei mas sou anta das boas.
Olha esse alarde! Poeta covarde, chama de verdade o verso que entoa.
Mas é só momento! Sei que o sentimento é só um lamento, um chorar lagoas.
Coitado do menestrel, que tinha o papel de animar o quartel ao som desse drama.
Coitado do ator, que em seu esplendor vivencia esse horror por amor ao cinema.
Coitada da arte, que bate e rebate, sofre com o abate de tantos dilemas.
Pobre poesia, que aqui produzia antes alegria e agora problema.