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Como continuar a jogabilidade após a morte da protagonista?

Even sun

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Olá gente \o, bem neste tópico gostaria de realizar um tipo de pesquisa para um projeto que trabalho junto ao [member=470]Akinos[/member]  , a questão do tópico surgiu quando conversávamos sobre o futuro de cada personagem, eu disse que poderíamos matar a protagonista e ele respondeu que a jogabilidade estaria comprometida com a morte da mesma. Poderíamos matar a protagonista, que mesmo assim a história ainda poderia fluir normalmente, mas e a jogabilidade? Como ficaria? Afinal, o projeto não se trata de um visual novel. Então, teria como matar a protagonista e continuar o jogo, excluindo a mesma da história?

 
Acho perfeitamente plausível se bem executado, para tal os demais personagens devem ser muito bem aprofundados. Deve haver também uma razão para a morte que complemente a estoria, se for usado apenas para chocar dai eu acho broxante mesmo.

Fora que se for um rpg no estilo grind e o player for daqueles que sobe bastante o level, tanto do personagem quando das skills e de repente ele perde aquele personagem, tem grandes chances do jogador desanimar. Lembro que fiquei decepcionado quando a Aerith foi morta pelo Seph, eu tinha upado ela bastante.

Prefiro a proposta de o personagem completar algum ciclo e morrer ao fim do game, a menos que seja uma obra com o pé no realismo. Mas dai geralmente eu já começo o game preparado pra isso.
 
  Hmm... creio que o sucesso ou o fracasso de tal decisão esteja ligado ao tipo de história que está sendo contada. É preciso indagar-se: a história depende do/da protagonista para avançar, ou o/a protagonista é apenas um dentre muitos atores dessa história, de modo que ela, a história, seria independente dele/dela? Penso que o principal a ser esclarecido é o lugar e a relevância do/da protagonista para os acontecimentos que comporão o jogo. Há histórias nas quais o /a protagonista é apenas uma peça num grande tabuleiro (veja GoT, por exemplo), enquanto outras, o/a protagonista é tudo (não há Senhor dos Anéis sem Frodo). E, como dito acima, há também a questão crítica da execução: e se tal morte não for verossímil, não fizer sentido, ou parecer forçada?​
 
Olá gente \o, bem neste tópico gostaria de realizar um tipo de pesquisa para um projeto que trabalho junto ao [member=470]Akinos[/member]  , a questão do tópico surgiu quando conversávamos sobre o futuro de cada personagem, eu disse que poderíamos matar a protagonista e ele respondeu que a jogabilidade estaria comprometida com a morte da mesma. Poderíamos matar a protagonista, que mesmo assim a história ainda poderia fluir normalmente, mas e a jogabilidade? Como ficaria? Afinal, o projeto não se trata de um visual novel. Então, teria como matar a protagonista e continuar o jogo, excluindo a mesma da história?

Você e o [member=470]Akinos[/member] lembram de um RPG desconhecido intitulado Chrono Trigger do Snes. Lembra-se do protagonista chamado Crono e sua aparente “morte” que inclusive proporciona finais alternativos. Olha uma dica! Gostei muito dos comentários do [member=994]TsuYa[/member] e do [member=1916]RaonyFM[/member]
fica difícil opinar sem conhecer o jogo, mas acho que estão no caminho certo, pois um problema sem solução é um problema mal colocado. Talvez surja algo novo com seu problema. Boa sorte!
 
O jogo é afetado fortemente com a ausência do protagonista, tanto em sua história quanto jogabilidade? História no caso seria o protagonista ser o centro das atenções, e simplesmente sumir e ser substituído por um personagem que mal conhecemos e não nos apegamos, apenas para tapar buraco mesmo. Em jogabilidade seria o fato de você perder tudo que havia adquirido com o personagem como o TsuYa disse. Mas neste momento eu cheguei a me lembrar do RPG Final Fantasy V. Mesmo sendo um jogo lançado há décadas, vou colocar numa caixinha de spoiler para quem não jogou ou pretende jogar o jogo em breve.
Em Final Fantasy V, um dos personagens, o Galuf morre assassinado pelo vilão ExDeath. Ele não é o protagonista, mas serve como exemplo para isto. Após a morte dele, sua neta Cara (sim, este é o nome dela) o substitui, porém ela herda as habilidades,
níveis, equipamentos, tudo que pertencia ao seu avô, para que ela continuasse o jogo em seu lugar. Admito que ela não foi um dos personagens mais bem trabalhados, mas serve de exemplo de uma forma da jogabilidade não se perder, e você ficar extremamente chateado por ter perdido um personagem overpowered que ficou horas upando.
E isso também me lembra uma das coisas mais interessantes de Chrono Trigger. (Novamente, caixinha de spoiler)
O protagonista, Crono, se sacrifica numa batalha e acaba morrendo. Existe uma possibilidade de revivê-lo no jogo, porém é extremamente opcional, e se você realmente não é muito apegado ao personagem ou simplesmente acha que suas habilidades não farão falta, não é necessário reviver Crono para continuar ou terminar o jogo. Isto também se deve ao fato dos personagens de Chrono Trigger serem muito bem construídos, com personalidades próprias, você realmente consegue diferenciar um do outro, sabe suas histórias e pode se apegar a eles, tanto quanto o protagonista. Este é um dos dilemas de muitos jogadores sobre quais personagens deixar em seu grupo. Você pode trocar o seu grupo a praticamente qualquer momento do jogo, podendo ficar com apenas 3 personagens por vez, e trocando entre eles quando for mais conveniente. Você pode também pensar que perder Crono após ter upado ele, e exclusivamente ele seria uma perda horrível e... Na verdade não. Todos os personagens, mesmo os que não estão no grupo,
upam junto com você, então não necessariamente alguns estão super overpowered e outros estão com nível super baixo. Todos ficam na mesma linha de nível, porque todos upam juntos. Não sei exatamente como funciona o sistema de upar para os personagens fora do grupo, se é menos ou algo do tipo, mas eles upam da mesma maneira, então você não ficará desapontado ou sentirá total falta de ter o protagonista em seu grupo por exemplo.
Estes foram dois exemplos que utilizei de jogos que souberam utilizar bem este sistema de morte por exemplo, e não ficar algo realmente ruim para o jogador se virar após a morte de um personagem principal, ou o protagonista, como foi citado no tópico.

E não é porque o personagem morre que acabou a vida dele, Kratos tá aí pra não me deixar mentir.
 
Pela definição do dicionário, o protagonista pode ser entendido por "aquele que se constrói a trama". Se o personagem morreu pode ser que ele tenha sido o protagonista durante todo o tempo que ele apareceu, depois surge espaço para outro tomar o seu lugar e continuar a evolução da trama.

Claro que isso precisa ser bem trabalhado, ambos protagonistas precisam ter um papel importante durante o jogo do início ao fim (ou cada um ter sua importância em determinadas partes do jogo, depende do propósito do jogo). Caso contrário, a Ashley também poderia ser considerada uma protagonista no Resident Evil 4 pelo fato dela ser uma personagem jogável em certo ponto do jogo kkkkk
 
Boa noite.

Interessante questão, mas não vejo nenhum problema para a trama. Um dos melhores exemplos de protagonista que morre é o Goku no Dragon Ball Z, tudo bem que a morte nesse mundo não é um evento irretratável, contudo ele morre, e muito.

Em jogo, lembro do Shadow Hearts no Playstation 2. Na metade do jogo o protagonista se sacrifica para impedir um grande mal, após esse evento ele desaparece e é dado como morto. O jogo é retomado, alguns anos após, quando os amigos do protagonista encontram boatos de que ele está em uma cidade, partindo em seu resgate. Perceba que apesar do protagonista ter desaparecido/morrido, os heróis restantes continuam unidos em torno de um objetivo que passa ser resgatar o protagonista desaparecido.

Outrossim, desconheço um jogo em que o protagonista tenha morrido definitivamente no decorrer da trama. Jogos em que o protagonista tenha morrido e retornado a vida, ou algo semelhante, há bastantes, geralmente ocorrendo para marcar o "encerramento de um capítulo" na trama. O caso da Aerith não é uma exceção, já que ela não é a protagonista da história.

Não se pode esquecer da questão jogabilidade - como bem citou [member=994]TsuYa[/member] - a morte do protagonista significa que todos os leveis, experiência, equipamentos e horas de dedicação serão descartadas antes da batalha final, então como fazer isso de uma maneira a não parecer apenas uma penalidade ao jogador? Será que um dos heróis pode substituir a função do protagonista e herdar todos os seus ganhos? Poderia um novo integrante ser adicionado ao grupo com o objetivo de herdar os feitos do protagonista? Mas para saber o peso que essa perda fará à jogabilidade, seria necessário saber mais detalhes sobre o jogo si. Não sendo muito do tipo "grind", não vejo problema, caso o fator "grind" seja predominante no jogo, talvez o jogador deva receber alguma recompensa pelos feitos do protagonista até a sua morte.

Dito isto, acredito que há duas coisas a ser consideradas na morte do protagonista:

1. Haverá um objetivo para manter o grupo unido mesmo após a morte do protagonista?
2. O que o jogador perderá com a morte do protagonista?


Caso a resposta da 1ª pergunta seja "sim" e a resposta da 2ª pergunta seja "nada", então acredito que a morte do protagonista sequer será sentida pelo jogador e talvez essa não seja a sua intenção.
 
Li a todos os comentários e agradeço as respostas, tem muita informação importantes a se levar em conta.

O projeto já é antigo e com mais de um ano só de estudo, então estamos trabalhando no roteiro e nos personagens para que tudo fique bem trabalhado, mas acredito que o problema atual disso, fique por conta da jogabilidade que será explorada com puzzles e investigações. Não se trata de um RPG ou um visual novel, porém, o jogo contará com um grande acervo de documentos, imagens e itens colecionáveis que servirão para o contexto da história. Então, ao matar um protagonista, o que aconteceriam com esses itens? A história pode fluir independente da protagonista. Se essa decisão for tomada como a melhor escolha, teremos esse cuidado para que nada fique muito forçado. A minha maior preocupação é com a jogabilidade, afinal, essa não é uma morte que leva a um game over qualquer,  onde posteriormente a um continue game.  Então como o jogo continuaria? Um novo personagem poderia herdar a todos os documentos? E todas as conquistas do jogador? Ou para que isso aconteça, teríamos que desapegar dessa ideia de jogabilidade e partir para um outro estilo?

Lendo os comentários, pensei em outra possibilidade. Então poderíamos focar a vida desse protagonista em um capítulo da história. Onde após a sua morte, aquele arco se fecha e abre as portas para um novo começo, mas em outra época, envolvendo a mesma história. Nesse caso, um novo personagem poderia de fato, achar os antigos registros da protagonista anterior e assim dar a continuidade ao jogo.
 
Só para compartilhar da situação, eu já construí um história de um jogo que tinha essa narrativa em que 1/3 do game o protagonista morre, no entanto em meu enredo pouco antes do final do jogo o personagem retorna a vida acho que ficou bem trabalhado (só falta botar em prática agora kkkkk :x), acho que se você quisesse utilizar essa narrativa seria bom você matar ele o quanto antes, para não frustrar o jogador, ou retornar ele durante a sequencia do game como no meu caso para trazer uma surpresa inesperada a quem joga, e não desestimular quem gostava e upou tanto aquele personagem mas aí fica a sua escolha xP
 
Tem vários modos de se fazer isso (Como as respostas mostram). Um deles é que você pode inserir um personagem muito especial para a protagonista que decide entrar na história para descobrir o que aconteceu com sua amiga/mulher/parente. Sei que não é muito bem o que perguntou, mas pode também inserir uma mecânica alá Soul Reaver, onde o personagem morre e vai para uma espécie de submundo que é uma cópia destorcida do mundo normal e precisa retornar para o local onde morreu para reviver, assim você mata o personagem, mas continua a história com ele, só que em um aspecto diferente.

Se ainda não viu, te aconselho a ver o filme Psicose, além de um clássico do cinema (Já aviso que é em preto e branco) ele pode te dar uma luz sobre sua dúvida :)
 
Mencionei no tópico do [member=306]Cristiano Sword[/member] sobre o game que está desenvolvendo para o Sega Genesis que já joguei Phantasy Star e, coincidência ou não, a morte da Alys Brangwin foi a mais difícil de digerir dentre todos os RPGs que já joguei. Eis os motivos (tem spoilers):
1 - Ela, uma caçadora de recompensas muito experiente, leva um ataque fatal para defender Chaz Ashley, um caçador recém formado e parceiro dela, que ficou aterrorizado com o poderoso inimigo que estavam enfrentando e, pela sua inexperiência, ficou imóvel e seria alvo fácil para o vilão se não fosse pela atitude heroica de Alys.
2 - O golpe foi muito forte, mas Alys não morre, porém fica em estado crítico e o grupo vai em busca de um medicamento para tentar salvá-la enquanto essa fica acamada.
3 - Enfim a decepção... após muito trabalho para conseguir a cura, o grupo volta para aonde Alys está e de nada adiantou todo o sofrimento e esforço, ela falece diante de todos:
Alys_Death.jpg

O pior é que o caso é parecido com o da Aeris em Final Fantasy 7: Uma personagem que todos gostavam e que não existe nenhuma maneira de trazê-la de volta, mas, o caso aqui me chocou mais porque a equipe ainda tinha esperanças...

Enfim, o modo como a morte de determinado protagonista será adicionada ao jogo deve ser baseado no tipo de sentimentos que os desenvolvedores estiverem a fim de despertar em quem joga, por exemplo: Se quer dar esperanças e chances, faça como em Chrono Trigger; Se prefere causar um choque sem volta, faça como em FF7; Se quiser causar um choque e deixar o jogador(a) alimentando falsas esperanças de salvar alguém em situação crítica, use o meu exemplo em PS4 :Chorar: :Chorar: :Chorar: :Chorar: :Chorar:
 
Breath of Fire III.

Teepo e Rei são úteis no começo, a partes iniciais são designadas para as habilidades deles. Depois que os dois "morrem", Ryu fica sozinho, mas já tem level o suficiente pra seguir sozinho na jornada até encontrar com os outros personagens. Sem contar que as partes que ele passa sozinho são designadas para ele conseguir passar sozinho.

Dá pra fazer do jeito que quiser, mas tenha sempre em mente como vai ser o gameplay naquela situação. :awesome:
 
Bom obrigado a todos que comentaram primeiramente, me sinto muito agradecida a todos pelas suas ideias tentando ajudar.

[member=648]Cross Maker[/member] que ideia doida essa sua kkkkk, mas acho interessante o que você fez pra não desestimular a jogar, o que poderia ser um desafio pra mim e o Akinos, afinal ela teria já alguns objetos de valor e experiências, bem o projeto é meio fantasioso, mas acharia uma viagem bem louca ela morrer e surgir ao final do mesmo.

[member=1897]Hizashi_Brum[/member] pensamos nessa ideia de duas protagonistas por momento, parece interessante de se trabalhar, apesar de não irmos pra questão dela morrer e ir pro submundo. Ainda não vi Psicose, mas planejo ver (é um clássico) eu vi Sucker Punch pra dar algumas ideias de narração com duas protagonistas.

[member=962]Jully Anne[/member] muito interessante, eu não sabia a respeito dessa morte tão chocante, penso que seria interessante passar uma morte, mas que o grupo ainda estivesse tentando buscar a cura e não conseguisse.

[member=1673]CleanWater[/member] no caso acho que seria mais pra um Herói sem grupo, não que eu não goste desse tipo de narração, acho interessante por ela ser super solitária e dar um certo clima sombrio até, obrigado por essa sua frase : 3 me faz pensar em como da pra ser livre escrevendo uma história.
 
[member=648]Cross Maker[/member] que ideia doida essa sua kkkkk, mas acho interessante o que você fez pra não desestimular a jogar, o que poderia ser um desafio pra mim e o Akinos, afinal ela teria já alguns objetos de valor e experiências, bem o projeto é meio fantasioso, mas acharia uma viagem bem louca ela morrer e surgir ao final do mesmo.

Viu caso você esteja interessado eu to vendendo o enredo deste jogo aqui na comunidade eu não vou utilizar ele, a história esta bem construída e completa se quiser eu vendo por 10 Bravecoins e tu já fica com uma história completa caso queira to deixando o Link aqui

http://www.condadobraveheart.com/forum/index.php?topic=3894.msg30292#msg30292

PS: Acabei de vender mals :P
 
Está questão é bem interessante, como toda a jogabilidade é feita para o protagonista, acho desnecessário matar o mesmo, mas se for o caso, então um segundo ou outros protagonistas que chamamos de coprotagonistas, desempenham o mesmo papel na historia assim como o protagonista. Mas é preciso trabalhar desde o começo nos coprotagonistas, pois os mesmo precisam está fixados na historia e ser bem aceitos antes de matar o principal, não queremos que parem de jogar o jogo, depois de matar o principal, um exemplo de jogo que faz o uso de dois protagonistas e eu gosto bastante é o the last of us, gostamos tanto do Joe quanto da Ellie, geralmente os escritores gostam de colocar os coprotagonistas em segundo plano com o principal, focando os dois ao mesmo tempo como em Sherlock onde tanto o Sherlock Holmes quanto o Dr. Watson são apresentados ao mesmo tempo cronológico na historia, o que deixa mais difícil a exclusão de ambos da historia, pois o foco sai do protagonista, e vem para ambos tanto o protagonista quanto ao coprotagonista. Cada escritor tem seu modo de trabalhar, eu gosto de escrever para só um personagem, é muito mais simples e permite um foco maior ao mesmo.
 
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