Admire o(s) escritor(es) que você gosta, mas nunca se compare a ele(s)
O que colocarei aqui nesse post é com o intuito de ajudar outras pessoas que já pensaram como pensei ou que estejam começando nesse mundo incrível da escrita. Espero que a pouca experiência que eu tenho ajude vocês de alguma forma. Acredite, independente se você escreveu um livro ou um conto ou se poucas pessoas leram seus textos, você é um escritor de verdade.
Quando comecei a escrever, uma das maiores travas que eu possuía era justamente o fato de sempre comparar a qualidade dos textos que escrevia com o dos autores que eu admirava, o que certamente era um tanto quanto injusto comigo mesmo. Pode parecer meio óbvio o que vou falar, mas é claro que os textos deles acabavam por ter uma finalização profissional, com editores capazes, sem contar com a quantidade de tempo que os próprios escritores tiveram escrevendo-os e revisando-os até a exaustão, tirando todas as falhas e os mínimos erros contidos ali. Então, como poderia meu texto quase sem nenhuma revisão se comparar ao deles na questão da qualidade de escrita? Muito difícil, concorda?
Admirar também é algo complicado, um sentimento que algumas vezes pode virar uma faca de dois gumes. No meu caso, eu admirava tanto os trabalhos de escritores como H.P Lovecraft, Tolkien, Sidney Sheldon, Patrick Rothfuss, dentre outros, que nem escritor eu conseguia me considerar. Achava que por conta de tais pessoas, o termo ficava tão pesado que eu não o merecia, e tanto por esse motivo quanto pelo que citei no parágrafo acima, sentia-me tão distante deles que isso acabava gerando outra trava. "Como vou correr atrás dos meus sonhos se eles são tão distantes?" < esse pensamento acabava gerando esse > "Não importa qual trajetória eu siga, nunca conseguirei alcançá-los..." O que não é bem assim. Posso não ser ninguém conhecido, publicado ou até mesmo lido por um público enorme, mas dentre todas as pessoas que leram o que escrevo, consigo contar nos dedos as que não gostaram. Carrego comigo um extremo orgulho disso e eu nunca experimentaria tal sensação se os pensamentos que me faziam não começar a escrever prevalecessem.
Por isso, a mensagem que deixo aqui é a seguinte. Independente do quão distante você estiver dos seus sonhos, isso vale para qualquer área de arte daqui, continue a trabalhar duro, desenvolva seus trabalhos e exponha para o público. Eu sei o quanto é difícil mostrar os primeiros trabalhos para os outros, seja por vergonha ou por descrença que outras pessoas possam gostar do que você escreve, mas busque um amigo que te apoia, um familiar que te ouça ou faça uma conta com um nome que você curta em um fórum onde se compartilham histórias (rsrs). Há também alguns sites que estão abertos para a exposição do que você faz, crie uma página no facebook ou procure leitores no twitter. Talvez algum dia você possa simplesmente virar a pessoa que os outros admiram e nem perceber. Ah, e antes que eu me esqueça, meu nome é Jonathan, sou um pernambucano de 23 anos, escritor, maratonista na corrida pelos meus sonhos e estudante de Letras pela UFRPE. Desculpem-me se viajei um pouco no meu raciocínio, mas espero ter ajudado quem quer que leia isso aqui. Para vocês, meu muito obrigado e até a "parte 3".