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Consumo vs Produção

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07 de Janeiro de 2017
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Oi.

Lembro como se fosse hoje de quando Jeff Bezos, fundador e CEO da Amazon, ultrapassou Bill Gates como o homem mais rico do mundo. Rapidamente, li no Twitter um comentário questionando o quão injusto é um homem ter 90 bilhões de dólares enquanto outros não têm água para beber.

Bill Gates criou uma empresa e programas que viabilizaram a criação do computador pessoal. Essa criação deu um salto global gigantesco na produtividade. Indiretamente, ele produziu infinitas vezes mais riqueza que o patrimônio pessoal dele (90 bilhões de dólares). Mas se analisarmos somente o que Bill Gates vai consumir pessoalmente, enquanto for vivo - por mais jatos, casas e vinhos caros que ele possa ter -, isso é somente uma fração do que ele ajudou a produzir.

Jeff Bezos revolucionou o varejo aumentando a eficiência e reduzindo o custo de levar os bens de consumo às pessoas. Continua trabalhando como uma pessoa qualquer e jamais vai consumir uma fração do que produziu. Podemos falar o mesmo de Henry Ford, Einstein, Tesla, Thomas Edison e outros.

Quando um médico salva uma vida, ele foi responsável por aumentar a produção da humanidade, já que um morto não pode trabalhar. Alexander Fleming, ao criar a penicilina, aumentou incrivelmente a capacidade de produção da Terra e consumiu parcela ínfima dessa riqueza.

Por outro lado, um assaltante nada produz. Apenas toma à força o que outros produziram. Se ele matar alguém, vai destruir tudo o que o indivíduo ia fazer no futuro. Hitler, Stalin e Mao foram responsáveis pela destruição incalculável de riqueza. Essas pessoas, por menos que consumam, sempre vão ser um ônus para a sociedade. Vão sempre ter mais do que mereciam.

Se olhássemos o mundo não pelo que as pessoas têm registrado em seu nome como propriedade, mas pelo que elas consomem versus o que elas produzem, o conceito de injustiça social seria absolutamente diferente. Os que vivem de pregar contra as injustiças seriam vistos apenas como aproveitadores, não produzindo nada e consumindo o que outros produziram. Mas, no fundo, é essa a mais pura realidade.

Como todos vamos morrer, só somos donos efetivamente daquilo que consumimos enquanto estamos vivos. Obviamente, estamos dispostos a distribuir parte do excedente daquilo que produzimos aos que, por motivos naturais, não podem produzir para sobreviver. Injusto é consumir muito mais do que produzimos. Injusto é consumir sem produzir. Revoltante é consumir destruindo a produção.

Vamos torcer para mais Jeff Bezos na Terra. A riqueza só é criada por aqueles que produzem muito mais que consomem.

Um abraço,

InterPlay
 
Achei a análise interessante e válida, mas tenho ressalvas especialmente em relação à essa colocação:

Vamos torcer para mais Jeff Bezos na Terra. A riqueza só é criada por aqueles que produzem muito mais que consomem.

Não é porque o cara é o homem mais rico do mundo que ele necessariamente produz algo de grande valor ou ajuda a distribuir essa riqueza com mais pessoas e melhora a vida delas. Jeff Bezos é um exemplo emblemático disso, já que é infame por pagar muito mal os funcionários da própria Amazon. Alguém muito menos rico, mas muitíssimo mais relevante na minha opinião é o Elon Musk - apesar das suas excentricidades, investe boa parte de seu dinheiro em tecnologia que tem benefícios diretos para a sociedade como um todo.

Por fim, acho problemática a ênfase na produção de capital como principal contribuição para a sociedade. E quanto à arte, à filosofia, à tudo aquilo que nos inspira e nos faz mais humanos e ricos na alma, mas não no bolso? A cultura e a moral são aquilo que nos separa da barbárie, não a riqueza. Se tudo se resumisse ao pragmatismo produtivo, melhor seria derreter o aço da Torre Eiffel e fazer das Pirâmides uma pedreira do que tê-los como monumentos de nossa história.

Torço para um mundo com mais Hypatias, Martinhos Lutero, Beethovens, Gandhis, Marie Curies, Teslas e afins. Um mundo com mais legado - e menos bilionários efêmeros.
 
A grande realidade que ninguém percebe é que você sempre necessitará de capital concentrado para produzir riqueza, avanço tecnológico etc. Mesmo no socialismo o capital precisa estar concentrado no estado. A igualdade que devemos perseguir é a de oportunidades.
 

Sim, [member=225]Lord Wallace[/member]. Concordo com vc.

Por isso tbm disse:
"Quando um médico salva uma vida, ele foi responsável por aumentar a produção da humanidade, já que um morto não pode trabalhar. Alexander Fleming, ao criar a penicilina, aumentou incrivelmente a capacidade de produção da Terra e consumiu parcela ínfima dessa riqueza."


E, obviamente, tbm incluímos obras como as que vc citou. E o meu uso de Jeff Bezos é meramente como um exemplo. Eu poderia sim citar outros nomes, como vc bem disse.

Obrigado pelo seu comentário.

Até mais...
 
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