🤔 Para Refletir :
"Pare de pensar nos erros do passado e comece a planejar os erros do futuro!"
- Ricky O Bardo

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Eliyud Masculino

O Coringa
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12 de Agosto de 2019
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Criei esse tópico por conta da saudade da diversão que o último evento (Pequenas Grandes Obras) nos proporcionou.

A ideia é criar uma história gigante e, talvez, sem fim, unindo a criatividade de todos e criando um misto de todo tipo de ideia, sem limites e visando única e exclusivamente a diversão. A regra é seguir a onda e continuar a história do último post.


Vamos lá?



Era noite. Estava muito calor. Uma leve gota de suor escorria de dentre os cabelos longos e lisos dela, contornando sua pele macia e dourada, que parecia reluzir a luz baixa amarelada do quarto escuro. Ela percebeu os seus pés e mãos amarrados com cordas a nós fortes nos cantos de uma cama de casal tão macia quanto uma nuvem.​
 
O quarto era desconhecido para ela. Sua cabeça doía enquanto observava aflita o local em que estava, tentando procurar qualquer conforto em meio a situação que não entendia. O ambiente era sinistramente arrumado, até mesmo aconchegante não fosse a mulher aprisionada inspirando e expirando fortemente, buscando fôlego.
 
Ao lado da cama, haviam três fileiras de bonecas, cada fileira com um padrão de vestido. Confusa e com um certo desespero, ela reconheceu dois dos rostos das bonecas, um se parecia muito com o de seu irmão e o outro de sua amiga de infância. Os fortes nós, a respiração forte e os rostos familiares fizeram-a ter lembranças de sua infância...
 
Eis que a porta se abre. O rangido da porta é desesperador. A luz adentra o quarto e uma sombra se forma ao alcance da sua visão. Alguém - ou algo - está parado na porta e lhe observa. Sem conseguir vislumbrar o visitante, a ansiedade lhe consome, seu batimento acelera, gotas de suor frio percorrem sua garganta e mancham o colchão. Quebrando aquele silêncio agoniante, o som de um solado golpeando o chão de madeira anuncia o encontro inevitável ...
 
Um passo após o outro, a sombra cautelosamente se aproxima. O brilho frio da lâmina que segura em sua mão direita reflete a luz do quarto nos olhos da mulher.

Ela tentou gritar, mas a garganta seca lhe falhou. Fechou os olhos assim que o homem levantou o braço para desferir os golpes, tentando ocultar de si mesma a face terrível de seu fim.

Uma.
Duas.
Três.
Quatro facadas.

Pouco a pouco, sentiu-se solta, livre, em um estado de torpor. Estranhamente, não sentira dor alguma com os golpes.

"Vamos! Rápido!"

A voz sussurrada do homem a despertou do devaneio. Ao abrir os olhos, reparou que as cordas que a prendiam nos quatro cantos da cama haviam sido cortadas.
 
Ao saírem daquele quarto, que já era tão comum que fazia o céu e as nuvens parecerem estranhos, seguiram por um corredor com péssima iluminação.
A moça não conseguia identificar se estava perambulando pelos corredores de uma grande mansão ou perdida num labirinto sem fim, mas sentia que podia confiar naquele que, segurando sua mão, a guiava como se já soubesse o caminho.

"Não faça nem um ruído!" - sussurrou o homem - "Ele pode estar por toda parte."

Quando estavam dobrando o final de um corredor que parecia ser o mais longo túnel da vida dela, uma das portas pelas quais eles passaram se abre abruptamente. Num susto, eles olham para trás e percebem a silhueta de um homem sombrio e enigmático, mas que não parecia guardar nenhum segredo e sim a própria fúria, exposta por um enorme facão em sua mão. Seus olhos brilhavam, não se sabe se pelo reflexo de alguma fonte de luz, ou se pelos poderes do próprio demônio possuindo aquele corpo assustador.
 
"O que você quer?" - Gritou ele, ofegante, enquanto o medo empurrava o seu corpo para trás tão naturalmente quanto a escuridão que pairava sobre o corredor.

O humanoide assustador começou a se aproximar em passos curtos e sombrios, aproximando-se cada vez mais do casal de estranhos.

Quando de repente, num piscar de olhos, o humanoide AVANÇA NUMA VELOCIDADE TREMENDA E A SUA FACE É REVELADA PELA PARTE ILUMINADA DO CORREDOR, REVELANDO UM ROSTO DEFORMADO E MONSTRUOSO! E então ela desperta, assustada, de um pesadelo que parecia ter durado meses.
 
Era noite.

Estava muito calor. Uma leve gota de suor escorria de dentre os cabelos longos e lisos dela, contornando sua pele macia e dourada, que parecia reluzir a luz baixa amarelada do quarto escuro...
 
Deitada naquela cama, em um escuro quarto sob uma luz baixa amarelada, a garota começava achar familiar aquela situação. Imagens em sua cabeça denunciavam que não era a primeira vez que esteve ali, ou, talvez, eram apenas sua mente lhe pregando peças, relacionado os seus sonhos com o sentimento de "déjà vus". Diferente do seu sonho, seus membros estavam soltos, e, diferente do seu sonho, um som silencioso e repetitivo soava no ar...
tum tum...
tum tum...
tum tum...
tum tum...
tum... tum
tum... ... tum
 
Como que a chama, caso pudesse lembrar do mal que faz-lhe a água, faria de tudo para não se molhar, a jovem moça escaneia os cantos do quarto com seus olhos, em busca de alguma coisa que a pudesse proteger daquele som que ela mal sabe de onde vem, mas tende a ficar cada vez mais alto.

Uma lanterna em cima do criado-mudo.
Um guarda-roupa que esconderia sem problemas duas de si.
A porta da sala, que daria naquele corredor assustador.

...

...

...

Uma coberta.

O medo a faz pensar que esta seria o seu melhor escudo. Ela se cobre.

Após cobrir-se, ela nota que o quarto é preenchido por uma luz que vem da janela. O que é aquilo?
 
Junto com a luz, entra no quarto um ser em forma de silhueta humanoide.
Ele a chama e diz:

"Você tem uma missão."

A garota estava tão espantada, que mal conseguia respirar!

"Não tenha medo," - disse a criatura - "nós estamos aqui para um bem maior. Venha conosco!"

De repente, a jovem foi tomada por uma surpreendente paz. Ela não se sentia mais aflita e aquele ser passou a ser confiável em sua percepção.
Ela, então, decidiu permitir-se ser conduzida pelo ser até a luz, que os levou flutuando para dentro de um objeto luminoso gigantesco.
 
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