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De onde ele arrancou esse poder? - O Dilema do Deus Ex Machina

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Marquês
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DE ONDE ELE ARRANCOU ESSE PODER?
O Dilema do Deus Ex Machina


Vilão: Ahaha, finalmente você está preso na minha armadilha, herói! Agora ninguém pode me impedir de concretizar meu plano maligno de dominação mundial e de matar você.
Herói: Você é que pensa. Ativar Poder Secreto!
Vilão: Oh não, ele ativou um poder secreto que vai me derrotar com certeza e que nem o jogador sabia que existia e que claro que não foi colocado pelo desenvolvedor só pra que o herói não morra por mim. Não!


[box class=plainbox]Do que estamos falando?[/box]

Com certeza se você já jogou videogames na sua vida, ou até mesmo apreciou outras obras que não sejam jogos, que possam ser livros, filmes, séries, enfim, já se deparou com o Deus Ex Machina que é um termo utilizado para quando surge um personagem, habilidade, evento, arma ou qualquer coisa inesperada e mirabolante que o criador coloca ali na hora pra conseguir que tudo saia como planejado, que o herói derrote o vilão, ou que o herói morra, enfim, para que a história saia como deveria sair, mesmo que seja algo totalmente improvável e estúpido.

O uso do Deus Ex Machina é extremamente comum porque tem realmente vezes que quando a história está sendo escrita, o criador não pensa em certas possibilidades ou acaba deixando a história sem saída para que prossiga da maneira como planejado, mas de qualquer forma isso não é algo positivo, e em alguns casos pode passar de fininho sem ser percebido, mas em outras ocasiões é tão gritante e perceptível que qualquer um pode apontar.

O fato de usar ou não usar essa artimanha é algo mais de cada um mesmo, e não é algo que pode ser considerado correto ou incorreto porque depende mais da opinião pessoal de cada um, então gostaria de ouvir as suas.

O que acha do uso dessa técnica? Acha que é correto usar ou incorreto? Conhece algum jogo que tem aquele momento que você pensa: "Sério, os desenvolvedores inventaram isso na hora, não inventaram?" Conte para nós aqui embaixo, gostaria de ouvir suas opiniões. Até a próxima.

 
Isso é muito comum em animes, o personagem principal está levando uma surra do vilão e de repente desperta um poder inimaginável.

Eu acho que o fator Deus Ex Machina é um bom artifício de roteiro, quando bem utilizado, é igual o Plot Twist, se for bem usado pelo escritor, tem um grande impacto. Eu particularmente prefiro ir construindo esse fator D.E.M.

Por exemplo, recentemente estou re-assistindo Bleach, nele, desde o começo do anime, é construída a forma Hollow do Ichigo, pouco a pouco no anime aquela forma vai aparecendo, solta um "Vou assumir o controle sobre ele" aqui, um "Você precisará do meu poder" ali, até que finalmente, durante a luta do Ichigo contra o Byakuya, onde o Ichigo estava com sérios problemas contra a Bankai do Capitão, ele desperta o Deus Ex Machina que é a sua Máscara Hollow e descasca o Byakyua na porrada, o que deixa o Capitão fraco e possibilita que o Ichigo, após assumir controle sobre o corpo dele novamente, conseguisse ganhar a luta.

Esse é um D.E.M bem construído, foi um baita poder que o herói despertou em um momento de crise que o ajudou a ganhar a luta, porém esse poder foi construído desde o começo, aos poucos o Tite Kubo foi desenhando o anime para que aquilo pudesse acontecer, para mim esse é uma excelente forma de se trabalhar o fator Deus Ex Machina.
 
Olá, esse é meu primeiro post e aqui vai meus pensamentos sobre o assunto.

Nos jogos, volta e meia se utilizam D.E.M. Principalmente se o forte do jogo é a historia, como um RPG.

Sempre tem aquela cena onde o vilão aponta a arma pro herói e que, além de ficar enrolando pra matar logo o protagonista, acaba morto por soterramento devido a um terremoto em algum lugar.

Não sou escritor, mas imagino que um DEM é um artificio pra a escrita da historia não ficar travada. Considero que incluir um DEM é tipo um bug de um jogo, fazendo que os consumidores tenham que engolir aquele papinho.

Acho que usar DEM é uma "roubadinha" do autor e que ele precisa voltar e modificar a historia pra que essa "roubada" seja plausível. Mas como o tempo não é infinito e as historias são complexas, acaba que não tem jeito de tirar todos. Assim, jogos saem com bug e historias saem com DEM.

Mas voltando ao exemplo do terremoto, se a historia for construída de modo que havia uma bomba que poderia causar o terremoto, o DEM deixa de existir.

Usar DEM é uma "roubadinha" do autor e que ele precisa voltar e modificar a historia pra que essa "roubada" seja plausível. Mas como o tempo não é infinito pro escritor fazer isso, acaba que não tem jeito de tirar todos.

Como leitor eu gosto que não tenha DEM, e o melhor é quando coisas que vc nem imagina do começo da historia resolvam coisas do fim, pois neste caso provavelmente o escritor fez o trabalho de rescrever o começo pra poder explicar o fim da sua historia.
 
Yo o/ Curiosamente eu vi um vídeo do Nerdologia sobre Deus Ex Machina esse dias, lol.
Recomendo que vejam também xD

Enfim, concordo com todos aqui acima em que o uso dele seja algo OK, desde que, na minha opinião, faça O MÍNIMO de sentido ou tenha uma explicação, mesmo que seja a maior besteira.

Como ele fala no vídeo, Deus Ex Machina é algo que pode ser visto até mesmo na vida real como por exemplo(como citado no vídeo) o caso do Garret Hardin onde um Deus Ex Machina(Máquinas de plantio/colheita) salvou a vida de muita gente por ai e, ao mesmo tempo, outros Deus Ex Machina(TVs, Internet, Celular etc...) ajudou com o problema levantado pelo Hardin.
 
O que você chama de deus ex machina eu chamo de o poder do protagonismo kkkkkkk sim sem duvidas já vi obras excepcionais que acabaram caindo nesta zueira sem limites, é triste porque o que poderia ser um excelente jogo se tornou algo ridiculo de uma hora para outra, não tem muito o que falar a respeito deste assunto ao meu ver, estraga completamente uma narrativa e é um dos aspectos que torna qualquer anime ou jogo bem genérico, inclusive se você for fazer uma pesquisa rápida entre os animes e jogos mais populares, a maioria contêm estes elementos ridículos, como Naruto, Fairy Tail e até mesmo Dragon Ball tem aderido esta ideia, talvez estes clichês bizarros só existam na atualidade por causa da ignorância do publico que parece aprovar este tipo de coisa que inegavelmente é uma falta de criatividade gigantesca.

Por exemplo, recentemente estou re-assistindo Bleach, nele, desde o começo do anime, é construída a forma Hollow do Ichigo, pouco a pouco no anime aquela forma vai aparecendo, solta um "Vou assumir o controle sobre ele" aqui, um "Você precisará do meu poder" ali, até que finalmente, durante a luta do Ichigo contra o Byakuya, onde o Ichigo estava com sérios problemas contra a Bankai do Capitão, ele desperta o Deus Ex Machina que é a sua Máscara Hollow e descasca o Byakyua na porrada, o que deixa o Capitão fraco e possibilita que o Ichigo, após assumir controle sobre o corpo dele novamente, conseguisse ganhar a luta.

Esse é um D.E.M bem construído, foi um baita poder que o herói despertou em um momento de crise que o ajudou a ganhar a luta, porém esse poder foi construído desde o começo, aos poucos o Tite Kubo foi desenhando o anime para que aquilo pudesse acontecer, para mim esse é uma excelente forma de se trabalhar o fator Deus Ex Machina.

Mas então isso não é um deus ex machina, um deus ex machina é justamente você adquirir poderes grandiosos de uma hora para outra sem explicação, somente para derrotar o vilão, um claro erro de roteiro sem prescindentes.
 
Cross Maker comentou:
[...]talvez estes clichês bizarros só existam na atualidade por causa da ignorância do publico que parece aprovar este tipo de coisa que inegavelmente é uma falta de criatividade gigantesca.
Acho completamente natural aprovar algo em obras literárias que existe até mesmo em nossa história real.

Cross Maker comentou:
Mas então isso não é um deus ex machina, um deus ex machina é justamente você adquirir poderes grandiosos de uma hora para outra sem explicação, somente para derrotar o vilão, um claro erro de roteiro sem prescindentes.

Errado. A situação descrita pelo Hizashi É SIM um Deus Ex Machina.

Deus Ex Machina é uma solução inesperada, improvável e mirabolante pra uma problemática. Essa solução não se resume apenas à dar poderes grandiosos pra um personagem.

Se num mundo alternativo onde todas as pessoas na terra se tornaram inférteis e a raça humana está lentamente caminha para a extinção, se subitamente uma criança aparece podendo dar a luz à novos seres humanos no futuro significa que acabou de acontecer um Deus Ex Machina, por exemplo(e ta ai um plot pra um jogo já).

A partir dai se esse Deus Ex Machina é explicado ou não é o que define se foi ou não bem usado na obra, na minha opinião.
 
Toda boa história é um conjunto de Deus Ex Machina. O que difere um Mira Nikki de um Senhor dos Anéis é o quão competente o autor é na arte de iludir o leitor em acreditar que aquilo é possível. Alguns usam a desculpa do destino, é a mais obvia. De regras forasteiras escritas na matéria do universo em si. Isso explica as coincidências do herói encontrar exatamente quem precisa. Harry Potter é, em sua natureza, um Deus Ex Machina que nasceu para vencer Voldemort, mas a autora nos ilude, usando a ideia de que o final de Voldemort veio das próprias mãos, dos seus próprios erros. Nessa definição, todo Deus ex machina é ruim, porque percebemos que ele existe. É um pouco como game Feel, todo mundo sabe quando não está lá, mesmo que seja ambíguo o que está errado. Deus Ex Machina sempre vai existir, porque o herói sempre controla a história, por questão de estrutura, mas o melhor tipo não é visto.
É o que eu acho.
 
Errado. A situação descrita pelo Hizashi É SIM um Deus Ex Machina.

Deus Ex Machina é uma solução inesperada, improvável e mirabolante pra uma problemática. Essa solução não se resume apenas à dar poderes grandiosos pra um personagem.

Se num mundo alternativo onde todas as pessoas na terra se tornaram inférteis e a raça humana está lentamente caminha para a extinção, se subitamente uma criança aparece podendo dar a luz à novos seres humanos no futuro significa que acabou de acontecer um Deus Ex Machina, por exemplo(e ta ai um plot pra um jogo já).

A partir dai se esse Deus Ex Machina é explicado ou não é o que define se foi ou não bem usado na obra, na minha opinião..

Pessimo exemplo que tu citou, é o mesmo que afirmar que todos os ganços são negros, para refutar que todos os ganços são negros não precisa encontrar 100 milhões de ganços basta encontrar um branco que tudo vai por agua abaixo, o mesmo vale para "todos os humanos não produzem filhos" entre milhões de humanos sempre terá um com mutação genética, ta aí um ótimo argumento para refutar seu exemplo de D.E.M em uma narrativa

Acho completamente natural aprovar algo em obras literárias que existe até mesmo em nossa história real.

Como em que aspecto ? todos os casos surpreendentes de nossa história foram por uma série de fatores que contribuirão para um fim comum, não existe o INESPERADO ! O que existe é uma falta de percepção nossa com acontecimentos não percebidos
 
Cross Maker comentou:
Pessimo exemplo que tu citou, é o mesmo que afirmar que todos os ganços são negros, para refutar que todos os ganços são negros não precisa encontrar 100 milhões de ganços basta encontrar um branco que tudo vai por agua abaixo, o mesmo vale para "todos os humanos não produzem filhos" entre milhões de humanos sempre terá um com mutação genética, ta aí um ótimo argumento para refutar seu exemplo de D.E.M em uma narrativa
Amigo, isso que você falou é um "D.E.M." nesse contexto. Não sei o que você tá tentando defender ainda.

Cross Maker comentou:
Como em que aspecto ? todos os casos surpreendentes de nossa história foram por uma série de fatores que contribuirão para um fim comum, não existe o INESPERADO ! O que existe é uma falta de percepção nossa com acontecimentos não percebidos
Você sequer tá lendo as outras respostas?

Recomendo que leia a resposta do [member=47]rafaelrocha00[/member] e ver o vídeo que linkei na minha primeira resposta.
A resposta do Rafael dá outros exemplos literários enquanto o vídeo dá um exemplo da vida real.
 
  Acredito que o que irei dizer, provavelmente, é chover no molhado, já que em posts anteriores já disseram, de modo resumido, o que penso a respeito do assunto, mas como eu tenho o hábito de não fechar a boca quando um tema interessa-me, falarei mesmo assim (rsrs). O que separa um bom D.E.M de um mau D.E.M é a capacidade do autor de justificá-lo dentro de sua história. O  Senhor dos Anéis é exemplar nesse aspecto: as águias são um caso evidente de D.E.M que, todavia, faz sentido no universo da Terra-Média, uma vez que não contradiz nenhuma regra estabelecida anteriormente para esse universo. Pois a ideia de uma providência divina e de uma intervenção divina estão presentes desde o início do Legendarium (o corpus de toda a obra de Tolkien). Nesse caso, as águias não são um recurso preguiçoso do autor, conveniente para resolver uma situação impossível, mas um elemento constitutivo de sua mitologia, pois expressa a vontade de Eru Ilúvatar exercendo-se sobre Arda.​
 
Kawthar comentou:
Cross Maker comentou:
Pessimo exemplo que tu citou, é o mesmo que afirmar que todos os ganços são negros, para refutar que todos os ganços são negros não precisa encontrar 100 milhões de ganços basta encontrar um branco que tudo vai por agua abaixo, o mesmo vale para "todos os humanos não produzem filhos" entre milhões de humanos sempre terá um com mutação genética, ta aí um ótimo argumento para refutar seu exemplo de D.E.M em uma narrativa
Amigo, isso que você falou é um "D.E.M." nesse contexto. Não sei o que você tá tentando defender ainda.

Cross Maker comentou:
Como em que aspecto ? todos os casos surpreendentes de nossa história foram por uma série de fatores que contribuirão para um fim comum, não existe o INESPERADO ! O que existe é uma falta de percepção nossa com acontecimentos não percebidos
Você sequer tá lendo as outras respostas?

Recomendo que leia a resposta do [member=47]rafaelrocha00[/member] e ver o vídeo que linkei na minha primeira resposta.
A resposta do Rafael dá outros exemplos literários enquanto o vídeo dá um exemplo da vida real.

Eu li e vi os videos e ao meu ver não faz o menor sentido da mesma forma, o exemplo do nerdologia usa a tecnologia e os avanços tecnológicos como um D.E.M coisa que não faz o o menor sentido ser um D.E.M já que como eu bem disse não existe o inesperado e sim uma série de fatores que contribuem para um bem comum.E o conceito de D.E.M é justamente algo inesperado que não tem razão logica de acontecer, exemplos como o Bleach fazem sentido dentro do contexto que o anime quer apresentar (obviamente que dentro de nossa realidade aquilo não tem o menor sentido) mas eu digo que o caso do Bleach não é um D.E.M porque eu diferencio a logica da realidade da logica de um conteúdo de entretenimento, e dentro daquele universo de Bleach pelo que o Higashi disse isso não é um D.E.M pelo simples fato de naquele universo isso fazer sentido

PS: Eu estou me referindo ao D.E.M no sentido de conteúdo de entretenimento e não ao sentido que é dado na realidade de nosso mundo este é um detalhe bem importante ao meu argumento
 
Cross Maker comentou:
Eu li e vi os videos e ao meu ver não faz o menor sentido da mesma forma, o exemplo do nerdologia usa a tecnologia e os avanços tecnológicos como um D.E.M coisa que não faz o o menor sentido ser um D.E.M já que como eu bem disse não existe o inesperado e sim uma série de fatores que contribuem para um bem comum.E o conceito de D.E.M é justamente algo inesperado que não tem razão logica de acontecer, exemplos como o Bleach fazem sentido dentro do contexto que o anime quer apresentar (obviamente que dentro de nossa realidade aquilo não tem o menor sentido) mas eu digo que o caso do Bleach não é um D.E.M porque eu diferencio a logica da realidade da logica de um conteúdo de entretenimento, e dentro daquele universo de Bleach pelo que o Higashi disse isso não é um D.E.M pelo simples fato de naquele universo isso fazer sentido

PS: Eu estou me referindo ao D.E.M no sentido de conteúdo de entretenimento e não ao sentido que é dado na realidade de nosso mundo este é um detalhe bem importante ao meu argumento
Ah, entendi.

O problema aqui é que são todos D.E.M. sim, você deve ter entendido o significado errado.
Quando a definição de D.E.M. cita "inesperado" ele não quer dizer algo que veio a partir do nada literalmente e sim algo que não era esperado que afetasse aquele momento.

Era inesperado pelas pessoas na época que máquinas agrícolas ajudariam a aumentar os recursos e que internet ajudaria a diminuir a taxa de natalidade, consequentemente ambos podem ser considerados Deus Ex Machina.
 
Cross Maker comentou:
PS: Eu estou me referindo ao D.E.M no sentido de conteúdo de entretenimento e não ao sentido que é dado na realidade de nosso mundo este é um detalhe bem importante ao meu argumento

Se o exemplo dela não te convencer, basta voltarmos há mais ou menos 66 milhões de anos atrás. Em uma época onde pequenos seres insignificantes chamados "mamíferos" eram dominados por criaturas gigantes chamadas "dinossauros". Não haviam quaisquer possibilidade de reverter esse domínio. Até que, milagrosamente um evento D.E.M acontece; Um asteroide com mais de dez quilômetros de diâmetro caiu na terra e desencadeou um cataclismo que exterminou uma variedade de seres vivos. Entre eles, as temíveis criaturas dominadoras, os dinossauros. Dando espaço assim para a liberdade que definiu a evolução dos pequenos mamíferos, os futuros dominadores (seres humanos).

Enfim, se bem usado um Deus Ex Machina não tornará o roteiro infantil e menos interessante, o inesperado é um fator que constantemente acontece em nossa realidade, está acontecendo e vai acontecer. Mas nesse caso o inesperado pode nem sempre ser a favor do "protagonista", e é aí que eu acho importante saber dosar e não apenas limitar o fator inesperado a um Deus Ex Machina.​
 
Assim como qualquer outro artifício de roteiro, pode ter bons e maus usos.

Esse é um caso a parte pois como a solução praticamente mágica veio do nada, é muito comum frustrar os espectadores.

Se for bem feita, ajuda a criar uma tensão e suspense fora do normal, mas se usada de forma errada a audiência vai se sentir enganada e isso vai "baratear" o roteiro. É preciso ser mestre na arte da escrita e saber espalhar algumas pistas muito bem escondidas pra ajudar, para que fique coerente dentro da proposta.

No caso do já citado Bleach, mais pro final do arco Arrancar, tudo o que acontece é uma sucessão de Deux Ex Machina e Diabolus Ex Machina (a versão Lei de Murphy do DEM onde dá algo muito errado inesperadamente) e só faz sentido na obra por causa do nível absurdo e praticamente divino de poderes que a obra quer apresentar. Em outro contexto ficaria muito fora. Animes/mangás Shounen em geral costumam usar muito desse recurso, mas como também já bem citado LOTR, todo tipo de obras podem se fazer uso.

A definição geral que mais se tem consenso, creio eu (eu uso a da TVTropes) é que o DEM tem 4 caracterísicas:

1. São soluções para um problema (óbvio até aqui);
2. Repentinos ou inesperados, e não seriam uma solução natural a esse problema nem de senso comum;
3. A solução aparentemente é inexistente, um problema aparentemente impossível de ser resolvido, onde não há mais esperança;
4. Normalmente é um fator externo aos personagens e suas escolhas, no geral, culpe a natureza, o acaso, a sorte, o karma...

Tentem encaixar aí os casos que citaram pra ver se batem.

É importante notar que alguns casos já estão tão enraizados na nossa cultura e realidade que já são clichês: como o exemplo do cara que é claramente baleado a queima roupa na nossa frente e depois descobrimos que ele tinha um medalhão, um relógio ou um celular Nokia no bolso e o cara reaparece do nada inteiro depois.
 
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