Quid ita serius?
...o que diabos você está fazendo nesse computador à essas horas? Isso lá é coisa de uma pessoa na sua idade estar fazendo? Você não se cansa destes joguinhos? Você já não parou pra pensar o quão viciado está nisso? Como assim, "fazer jogos"? Não pensa em fazer algo útil da sua vida? Seu irmão é advogado, e você quer ser "fazedor de jogos"? Acha que isso é brincadeira?
Enfim, saudamos aqui as nossas experiências envolvendo essas e outras frases.
Games ainda são um tipo de mídia muito estigmatizado nos dias de hoje. Arrisco dizer que nenhum dos leitores não ouviram, pelo menos uma vez na vida, a frase: "Você só fica nesse joguinho!". Isso pode nos levar a algumas reflexões, cujas que são propícias destaco: será que realmente passamos muito tempo jogando? Quanto isso é prejudicial ou benéfico? Qual o impacto da estigmatização dos games naqueles que criam? É sobre isso que vou falar aqui.
Vício em games
Em janeiro deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a oficialmente considerar que o vício em games é uma doença. Numa versão atualizada da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, chamada CID-11, o problema foi definido como um padrão de comportamento caracterizado pela perda de controle sobre o tempo de jogo, sobre a prioridade dada aos jogos em relação a outras atividades importantes e a decisão de continuar de frente à tela apesar de consequências negativas.
No ano passado, a China, que é detentora do maior mercado de games do mundo, introduziu novas regras para a quantidade de tempo que crianças e adolescentes podem jogar. São três horas por semana, limitado a uma hora por dia, das 20h às 21h e apenas às sextas-feiras, fins de semana e feriados.
Diante disso, todas aquelas pessoas que sempre fizeram questão de desvirtuar o ato de jogar se sentiram ainda mais embasadas. Mas, contrariando um pouco estas pessoas, jogar não tem apenas seu lado negativo. Há uma grande diferença entre ser um gamer entusiasmado e ser um viciado. A preocupação exagerada daqueles que estigmatizam sobre os efeitos dos games ainda não foi reconhecida pela OMS como transtorno obsessivo. Tsc.
No ano passado, a China, que é detentora do maior mercado de games do mundo, introduziu novas regras para a quantidade de tempo que crianças e adolescentes podem jogar. São três horas por semana, limitado a uma hora por dia, das 20h às 21h e apenas às sextas-feiras, fins de semana e feriados.
Diante disso, todas aquelas pessoas que sempre fizeram questão de desvirtuar o ato de jogar se sentiram ainda mais embasadas. Mas, contrariando um pouco estas pessoas, jogar não tem apenas seu lado negativo. Há uma grande diferença entre ser um gamer entusiasmado e ser um viciado. A preocupação exagerada daqueles que estigmatizam sobre os efeitos dos games ainda não foi reconhecida pela OMS como transtorno obsessivo. Tsc.
O impacto positivo dos games na visão e na atenção
Algumas pesquisas sugerem que certos games podem tornar sua mente mais afiada, reforçar sua memória no trabalho, melhorar seu foco, suas noções de espaço e sua visão. Os games de ação — que envolvem tomar decisões rápidas, navegar em diferentes ambientes e encontrar alvos visuais — parecem oferecer os benefícios cognitivos mais significativos.
Um estudo de 2003 descobriu não apenas que jogadores de videogame eram melhores em resolver quebra-cabeças visuais do que aqueles que não jogavam — e foram necessários apenas 10 dias de prática de videogame para melhorar o desempenho destes últimos.
Mais legal ainda, os jogos de ação também demonstraram aumentar a massa cinzenta em uma área associada ao raciocínio abstrato e à resolução de problemas. Quem não quer "deixar o cérebro mais cinza"?! risos coringuísticos
Em relação à visão, um estudo recente revelou que jogar 50 horas de games de ação por nove semanas - um pouco menos de 1 hora por dia - melhora a sensibilidade ao contraste. Em outras palavras, você é mais capaz de distinguir entre tons de cinza, o que é útil quando você está dirigindo à noite ou em outras situações de baixa visibilidade. E a sensibilidade ao contraste parece piorar naturalmente à medida que envelhecemos.
Como podemos ver, os games podem trazer tanto benefícios quanto malefícios. Vai depender de quem os consome, não é mesmo?! tirem essa culpa dos devs
Um estudo de 2003 descobriu não apenas que jogadores de videogame eram melhores em resolver quebra-cabeças visuais do que aqueles que não jogavam — e foram necessários apenas 10 dias de prática de videogame para melhorar o desempenho destes últimos.
Mais legal ainda, os jogos de ação também demonstraram aumentar a massa cinzenta em uma área associada ao raciocínio abstrato e à resolução de problemas. Quem não quer "deixar o cérebro mais cinza"?! risos coringuísticos
Em relação à visão, um estudo recente revelou que jogar 50 horas de games de ação por nove semanas - um pouco menos de 1 hora por dia - melhora a sensibilidade ao contraste. Em outras palavras, você é mais capaz de distinguir entre tons de cinza, o que é útil quando você está dirigindo à noite ou em outras situações de baixa visibilidade. E a sensibilidade ao contraste parece piorar naturalmente à medida que envelhecemos.
Como podemos ver, os games podem trazer tanto benefícios quanto malefícios. Vai depender de quem os consome, não é mesmo?! tirem essa culpa dos devs
O quanto isso te influencia? Opinião do Coringa
Como vimos no tópico do nosso querido membro @Omar Zaldivar , todos temos nossos motivos para querer produzir jogos. Mas e quando algo te desmotiva? Aqui cabe um relato pessoal: quando comecei a gostar de criar games (paixão oriunda do RPG Maker), eu não conseguia pensar na possibilidade de trabalhar com isso, pois estava acostumado a ver tudo como apenas brincadeira. Por isso, creio que fui, de certa forma, influenciado pelo estigma social. Acredito que muitos aqui podem ter experimentado a mesma sensação, quando o que esperávamos era o contrário.
Fazer games não é só uma brincadeira. É o que nos faz acessar este fórum e querer nos relacionar uns com os outros. É o que nos faz querer nos unir e compreender um ao outro. Nos motivar. Indo mais além: é o que nos salva, muitas vezes, da inércia e, quem sabe, de algo pior.
Devemos militar contra a estigmatização dos games? Eu acredito que não. É só mais um preconceito bobo. Deveríamos, se a realidade fosse outra: os criadores de games passassem a ser vistos como traficantes de "droga".
Fazer games não é só uma brincadeira. É o que nos faz acessar este fórum e querer nos relacionar uns com os outros. É o que nos faz querer nos unir e compreender um ao outro. Nos motivar. Indo mais além: é o que nos salva, muitas vezes, da inércia e, quem sabe, de algo pior.
Devemos militar contra a estigmatização dos games? Eu acredito que não. É só mais um preconceito bobo. Deveríamos, se a realidade fosse outra: os criadores de games passassem a ser vistos como traficantes de "droga".
Quanto à resposta deste subtítulo, deixo com vocês: o quanto isso te influencia?
Com informações de: exame.com e g1.globo.com