Quid ita serius?
Afinal, hoje vamos falar dos games que te pagam para jogar. Veja só! Você pensou que precisava trabalhar para ganhar dinheiro? Que nada! Adormeça as suas pernas sentado numa cadeira enquanto joga desenfreadamente e "ganha dinheiro" com isso. that was ironic
No ano de 2021, a indústria global de games movimentou US$ 175,8 bi (R$ 949,6 bilhões). A maior porcentagem desta quantia veio dos modelos pagos ou gratuitos que oferecem a venda de itens pagos. Agora, surgiu o modelo play-to-earn, que define os games que visam gerar algum lucro para quem joga. O termo criado para designar e promover estes games é gamefi (Game e Finanças).
O comum neste tipo de games é que os avatares, terrenos, armas, fantasias, e etc. sejam NFTs., que podem ser negociados entre os jogadores nos marketplaces digitais ou serem vendidos, garantindo a monetização em criptomoedas.
Abaixo, listarei alguns dos mais populares games play-to-earn:
Axie Infinity
Inspirado no universo Pokémon, no Axie Infinity você pode cuidar, comprar e negociar os “axies”, pequenos monstrinhos digitais. O jogo é atualmente o principal play-to-earn do mundo. A desenvolvedora Sky Mavis, responsável pelo game, anunciou no início de janeiro novidades para 2022. Um novo metaverso para o Axie Infinity chamado “Projeto K” permitirá a venda de terrenos dentro do jogo onde os usuários poderão criar seus próprios empreendimentos.
Com média mensal de 308 mil usuários, o jogo tem bom potencial de lucro mas é preciso dedicação para procriar, negociar e cuidar dos axies raros. As criptomoedas do game são a axie infinity (AXS) e smooth love potion (SLP) e as transações ocorrem pela blockchain Ethereum.
Thetan Arena
Atualmente com 7 milhões de usuários, o Thetan Arena pode desbancar o Axie Inifinity do posto de maior jogo play-to-earn do mercado.
Lançado em setembro de 2021, o jogo combina as habilidades pessoais do jogador com o trabalho em equipe em uma arena de batalha multiplayer online, onde é possível jogar de graça, ou seja, sem receber remuneração, ou comprar os avatares convertidos em NFTs . Ao comprar um personagem, os usuários podem ganhar THG (criptomoeda do Thetan Arena) para cada jogo bem-sucedido. Os avatares custam a partir de US$ 80 (R$ 435).
Alien Worlds
Diversos planetas que compõem um universo alien onde é necessário lutar por recursos escassos e minerar a criptomoeda nativa (trillium - TLM): esse é o Alien Worlds. Os players também podem lutar entre si, sair em missões e ganhar um renda adicional com o aluguel recebido dos seus terrenos comprados no jogo.
O Alien Worlds atraiu muitos jogadores (atualmente são 2,5 milhões) pela sua característica free to play, sendo possível avançar no jogo sem precisar realizar compras adicionais.
Para começar a jogar é preciso investir em cards do game em NFTs, como terrenos, para iniciar a mineração da criptomoeda.
CryptoBlades
A média de usuários mensais é de 510 mil e o investimento inicial é de 0,2 BNB (criptomoeda) para começar a jogar.
Splinterlands
O jogo consiste em colecionar cards digitais para que os jogadores possam obter diversas habilidades e estatísticas para lutar contra os adversários. Os cards são representados por um NFT e podem ser trocados em um marketplace aberto.
As criptomoedas nativas são a dark energy crystals (DEC) a splintershades (SPS) que pertencem ao Hive blockchain.
Para começar a jogar é preciso comprar o livro de feitiços de invocação que custa 10 dólares (R$ 54,5) para desbloquear as funcionalidades e receber os tokens DEC.
Upland
Feito para ser uma versão paralela do mundo real, o Upland é um metaverso de NFTs onde os jogadores podem comprar, vender e negociar propriedades. Os usuários são representados por avatares que podem percorrer uma cidade no metaverso Upland procurando uma propriedade para comprar. Para aumentar os lucros e ganhar recompensas em UPX (criptomoeda do jogo), é possível criar uma coleção de propriedades. Quanto mais imóveis da mesma cor, mais valiosos eles são, como no jogo Monopoly.
Para começar a jogar, é preciso comprar uma propriedade virtual.
Opinião do Coringa
Por puro desinteresse, ainda não procurei me aprofundar no universo dos NFTs, blockchains e novos modelos de negócio - e de games - que surgiram a partir dessas novas formas de monetizar. Porém, não faço parte do lado que descredibiliza essas novidades. Vejo nisso tudo, tanto hoje como num mensurável futuro, um potencial gigantesco. É claro que a tendência é nos digitalizarmos cada vez mais. Por isso, não vejo por que não dar uma chance a estes novos modelos.
Acredito que ainda existe muito preconceito quanto ao tema, justamente por ser algo novo e, penso eu, deveras desafiador. Já não é fácil planejar games, mais difícil ainda é planejar o seu sucesso, quiçá a complexidade de sua economia, quando - e não só - se tratando de um gamefi. Penso que este preconceito é o que afasta os céticos.
Você já jogou algum dos jogos supracitados? Se sim, qual foi sua experiência?
Com informações da revista Exame.