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Ganhar dinheiro com RPG Maker - A esperança é a última que morre

Ludovic Masculino

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19 de Junho de 2015
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Essa matéria será breve e resumida ao máximo. Tem como objetivo trazer esperança para aqueles desacreditados no poder do RPG Maker ou qualquer outra engine, e também trará desânimo a quem for muito preguiçoso.​



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Tudo que se precisa para iniciar é uma ideia, coisa que todo mundo tem, falta saber se ela é boa ou não. Não estou falando de perguntar para sua mãe (que não quer magoá-lo) ou para seu coleguinha querido da escola (que não quer te desmotivar), mas sim de várias pessoas pela internet. Claro, há opiniões que não contam como por exemplo uma pessoa que gosta de “Action RPG” dizendo que seu jogo está meio parado porque é um “SRPG” (tático), cabe a você saber diferenciar uma crítica lógica de uma opinião pessoal.
Continuando, tenha algo em mãos, não adianta sair dizendo que vai fazer um projeto que irá revolucionar o mundo, você precisa explicar o que pretende fazer pelo menos. Geralmente as pessoas que irão ser alvos do jogo precisam ver algumas imagens ou vídeo para começarem a acreditar na sua ideia. Segundo os Sites Kickstarter e Catarse que são especializados em projetos, um vídeo aumenta em cerca de 80% a credibilidade do projeto. Então imagine-se no lugar de quem irá receber a informação do seu projeto.



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Aqui está a seção mais importante dessa matéria, gostaria antes de mais nada garantir que dá sim para ganhar dinheiro com programação de jogos independentes mesmo não tendo muitas habilidades de programação ou design, e sim, usando o RPG Maker mas com muita dedicação e paciência.
Crowdfunding? O que é esse palavrão? – É a solução para jogos independentes! Grave isso!
Crowdfunding traduzido significa “Financiamento Coletivo” e como o nome sugere, basicamente reúne dinheiro vivo para financiar o seu projeto, vamos começar a entender?
Primeiramente o Financiamento Coletivo funciona via internet através de sites que expõe o seu proejto, detre eles o que mais se destaca é o www.kickstarter.com que já ajudou a financiar 87.000 projetos rendendo 1.8 bilhões para esses projetos! Pronto, já animou né?
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Financiamento Coletivo não é doação, as pessoas irão basicamente investir dinheiro em seu projeto e devem receber algo em troca do investimento.
Dica: Prometa recompensas (que se pode cumprir) como por exemplo oferecer o download do seu game de graça no lançamento, materiais gráficos, cheats, homenagens nos créditos, publicidade e qualquer outra coisa criativa que parecer interessante aos olhos do seu público alvo.
Bem, para começar você precisa se cadastrar em um site de crowfunding, o Kickstarter só aceita de alguns países, mas não o brasil, porém tem outro site o www.indiegogo.com que permite ser de qualquer país, tem uma versão brasileira que é o www.catarse.me, idêntico ao Kickstarter.
Crie o seu projeto dando informações consistentes e garantindo a certeza de que você tem capacidade para terminar o projeto, passe segurança, mostre a cara, evite colocar avatares do anime naruto porque ninguém vai querer investir em um projeto feito pelo clã uchiha, seja você mesmo lá e não um fake estilo dark Pikachu.
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Estabeleça um valor em dinheiro para determinar o valor inicial do seu projeto, por exemplo, eu mostro uma boa proposta, estabeleço uma meta, por exemplo $10.000,00, se em 30 ou 60 dias os investidores não baterem a meta o projeto não é lançado e o dinheiro retorna aos investidores (chamados de backers). Ou seja, você não precisa ter um projeto em andamento avançado nas mãos para fazer isso, mas certeza plena de cumprir caso a meta seja batida, afinal você estará dizendo que precisa de $10.000,00 de investimento para dar início ao projeto, mas não para por aí, depois de cumprir a meta você terá o compromisso de entregar o game como definido, no entanto você ainda pode por exemplo estabelecer uma segunda meta para adicionar algo que não tinha antes no seu projeto e por aí vai, desses 10.000 pode render até centenas de milhares. Se o projeto não arrecadar e for cancelado, com a experiência você pode fazer uma nova tentativa quando quiser, apenas pense, não teve retorno então algo não agradou.
Não se desanime se for usar o RTP do rpg maker, tem vários assim, e outros com gráficos de qualidade bem desagradável provando que o importante mesmo é uma ideia realmente criativa.



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Complementando a seção anterior, os investidores não virão do nada, é preciso divulgar em toda mídia possível, lembrando que você está fazendo jogos para jogadores e não makers. Então abuse de youtube, facebook, twitter, canais no youtube, e tudo mais que a criatividade mandar. O Nandikki está preparando uma matéria falando sobre a propaganda e deve sair em breve, aconselho verificar essa parte mais a fundo lá.​



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Apresentação do seu projeto: Esse assunto já foi discutido muitas vezes, entre nós makers realmente o certo é não julgar livro pela capa mas para jogadores é bom ter uma ótima apresentação do seu jogo, afinal se seu jogo for maravilhoso mas você não conseguir passar essa ideia na divulgação de nada valerá, porém se você tiver um projeto ruim mas um bom marketing você irá conquistar muitos jogadores mesmo que seja para depois receber críticas.
Licença para comercializar: Compre o RPG Maker, simplesmente compre-o para poder ter o direito de vender o seu material. As vezes tem promoções na Steam.
Recursos Originais: Você pode usar o RTP do RPG Maker, ele é lindo, é a melhor coisa para se usar com o maker mas um projeto com gráficos próprios, musicas, mapas e chars criados pelos autores muda tudo, deixa de ser o padrão, o arroz com feijão para ser algo novo. Nem todo mundo consegue fazer seus próprios recursos mas com o financiamento é possível pagar pessoas que o fazem ou comprar pacotes na internet.
Alguns projetos de RPG Maker em Crowdfunding:
Toby's Island (kickstarter)
Actual Sunlight – Interactive Story (indiegogo)
Ancient Dystopia (kickstarter)
Echoes of Eternia (kickstarter)
Eternal Eden – Eclesia (indiegogo)
Project Panic-Ko (Indiegogo)
Steel & Steam (Kickstarter)
The Recue of Amberlina (kickstarter)
You Are not The Hero (kickstarter)


 
Não acho que a ideia de Crowdfunding seja tão simples quanto você tenta passar, e nem que funcione muito bem para jogos (sejam de RPG Maker ou de Indie). Não vou me alongar demais, então serei bem breve e tentarei colocar os pés no chão.

A primeira razão é óbvia: a ideia de um crowdfunding é financiar um projeto, não "ganhar dinheiro" com isso. O que eu quero dizer é que o dinheiro existe para só e somente tirar o projeto do papel - em geral, pagando funcionários (e a si mesmo) ou afins; se você for tentar se capitalizar com isso, o custo do projeto tende a ficar exacerbadamente elevado e, assim, suas chances de atingir a meta caem drasticamente.

A ideia de que todo o dinheiro arrecadado "vai para você" é bem falha simplesmente porque existe algo chamado "qualidade". As pessoas que financiam não querem algo de qualidade duvidosa, de forma que, a não ser que você seja alguém com talentos excepcionais para música, desenho e programação (o que é bem improvável), muito provavelmente você acabará usando boa parte do dinheiro para pagar outras pessoas (freelancers ou não) ou comprando assets (composições, gráficos, etc).

Próximo ponto: a não ser que seu projeto seja bastante ambicioso, você necessitará ter um nome na praça. Cá entre nós, quem diabos financia um joguinho mediano de RPG Maker de um Zé Ninguém? O Oculus Rift era extremamente ambicioso em seu conceito e muitos decidiram apostar, mesmo que, na época, tenha sido anunciado por pessoas desconhecidas. No outro extremo, temos projetos como Bloostained: Ritual of the Night e Might No.9 que estão longe de ser jogos Triplo-A (principalmente no tocante aos gráficos), mas por possuírem nomes de peso como Koji Igarashi (Castlevania) e Keiji Inafune (Rockman) chamaram atenção o suficiente para serem financiados. Tendo em vista a situação dos desenvolvedores de jogos do país, eles muito provavelmente terão que se situar em um desses extremos para conseguir algo. É possível financiar coisas medianas, mas provavelmente não dentro do RPG Maker.

Terceiro ponto: os valores reais para um desenvolvimento de jogo são bem altos. Quem participa de projetos assim provavelmente "não depende da mãe" e tem contas a pagar, vivendo exclusivamente pelo projeto. Mesmo que o projeto seja só você (coloque 1000 reais de pagamento por mês, o que é uma merreca, e multiplique pela quantidade de meses que o jogo vai levar a ser desenvolvido e pelo número de "funcionários" que você terá) e a cifra já se torna bem alta para os padrões indie. Outra coisa interessante que se tem comentado ultimamente é sobre o fato de grandes "jogos indie" estarem "matando" os jogos indies de fato. Aqueles dois jogos que mostrei acima arrecadaram a meta de milhões, mas aquilo não é o custo real do jogo! Mesmo Shenmue 3, que arrecadou 3 milhões de dólares em algumas horas, não tem aquele custo todo anunciado no Kickstarter, é muito maior. Não vou me alongar com isso, mas a percepção que os backers tem sobre o dinheiro pedido a cada projeto está mudando (sugiro ler o link acima).

Quarto ponto: a cultura de financiamento coletivo no Brasil, principalmente quanto a jogos eletrônicos, ainda é fraquíssima (não diria o mesmo para quadrinhos - basta ver o sucesso do livro do Fábio Yabu ou do Will Leite). É interessante reparar que praticamente todos os jogos no Catarse são de tabuleiro ("físicos") ou, quando não, tem algum nome importante por trás (algum youtuber, uma empresa, etc). Além disso, muitos dos jogos que você mostrou não atingiram a meta ou tem metas muito baixas, o que não é interessante.

Meu objetivo aqui era só explicar porque o Crowdfunding não funciona muito bem para isso, mas depois posso escrever algo como ganhar dinheiro de verdade com jogos no Brasil (independente de ser RM ou não). Existem desenvolvedoras brasileiras que receberam investimento e que conseguem andar com seus próprios pés; basta ver os editais do Ministério da Cultura e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (muitos tem recorrido a isso, pelo que vi); existem muitos institutos e universidades com incubadoras também, a possibilidade de financiamento por parte do BNDES, Lei Rouanet, etc.

Abraços~~~
 
Não li toda sua mensagem contudo tenho que discordar de alguns pontos seus.

Não acho que a ideia de Crowdfunding seja tão simples quanto você tenta passar

A matéria não passou essa ideia.

A ideia de que todo o dinheiro arrecadado "vai para você" é bem falha simplesmente porque existe algo chamado "qualidade".

A matéria complementou a ideia de ser viável um financiamento e a ideia de que é possível lucrar vendendo jogos. Não foi incentivado que se pegasse o dinheiro dos fiadores pra colocar nos bolsos.

Cá entre nós, quem diabos financia um joguinho mediano de RPG Maker de um Zé Ninguém?
Muitos financiam. O fato é que para financiadores não importa o motor que o jogo está sendo feito, mas a proposta.

No resto, discordo quase de tudo que falastes, mas parte para a questão opinativa mesmo.
 
A matéria não passou essa ideia.
A matéria só disse "usem Crowdfunding, ele deve funcionar!" e deu exemplos de jogos que sequer chegaram perto de atingir a meta, mas apenas estiveram lá na plataforma. Esqueceu de falar sobre planejamento, esqueceu de falar como se joga algo nessa plataforma (escrever uma proposta para ser analisada pelo Comitê, já que elas não entram "automaticamente" no sistema), esqueceu de falar que a ideia não dessas plataformas não é ficar "vendendo jogo" (diferentemente do Steam e afins), esqueceu de falar que existem custos a serem levados em conta (5% do Kickstarter/Catarse + 12% do cartão de crédito), esqueceu de falar que existem riscos (nunca viu os problemas que as pessoas já tiveram com o Paypal travando o dinheiro?), esqueceu de citar exemplos brasileiros (porque é muito fácil falar a nível mundial), esqueceu de citar que já é necessário ter um protótipo na hora de pedir financiamento, esqueceu de citar que isso tudo não é sucesso absoluto nem imediato, esqueceu de citar que se você não concluir o projeto no prazo, teria que devolver todo o dinheiro às pessoas que financiaram.

Se você se propõe a escrever algo desse tipo, como ganhar dinheiro vendendo jogo, o mínimo que se espera é que se tenha informações úteis o suficiente para deixarem as pessoas mais interessadas, não apenas "vago", lançando uma ideia. Meu post acima não surgiu como uma crítica ao autor, mas apenas como relato de minhas experiências (já fui atrás disso, sim), de outras pessoas que conheço que já de fato passaram por campanhas assim e de várias outras histórias que tenho acompanhado há algum tempo.

A matéria complementou a ideia de ser viável um financiamento e a ideia de que é possível lucrar vendendo jogos. Não foi incentivado que se pegasse o dinheiro dos fiadores pra colocar nos bolsos.
Lucro: s.m. (1) Aquilo que se pode conseguir ou tirar de algo ou alguém; vantagem, privilégio, proveito: lucro financeiro, lucro sentimental, lucro moral ou intelectual. (2) Economia. O que foi ganho e/ou recebido através de uma comercialização ou ato econômico.

Agora vamos olhar a definição de "Crowdfunding" do Catarse: "Prática em que pessoas contribuem com pequenas quantias para financiarem projetos". 

Primeira coisa que já disse e repito: Financiamento coletivo não tem como objetivo "vender jogos". Aquilo ali é essencialmente para você ter a capacidade de terminar o jogo ou poder melhorá-lo. Se você percebe que tem a capacidade de terminar um jogo sem necessitar dessa ajuda financeira, você está fazendo errado - como disse acima, existem locais mais apropriados para "lucrar"; assim sendo, o Crowdfunding vai fazer você, essencialmente "botar o dinheiro dos backers nos bolsos" sim, já que ele não era necessário para muita coisa.

Segundo: no momento em que você usa palavras como "lucrar", você inegavelmente está esquecendo a essência do Crowdfunding. Afinal, se você lucra é porque sobrou dinheiro do seu projeto e ele provavelmente foi concebido de forma errada desde o início; o lucro implica que o custo dele estava errado desde o começo e que sobrou dinheiro. É maior a chance de não atingir a meta porque provavelmente o que você propôs foi maior do que o necessário - e isso NÃO pode ocorrer em projetos reais com metas maiores.

Muitos financiam. O fato é que para financiadores não importa o motor que o jogo está sendo feito, mas a proposta.
Ué, e onde que estou errado no que falei? Se a proposta for ruim (ou seja, mediana), o jogo não será financiado porque ninguém vai querer - basta ver que tem jogos que arrecadaram menos de 50 dólares. Citei o "RPG Maker" apenas como exemplo e porque inúmeros jogos feitos com ele são toscos, mas mesmo se fosse a Unreal Engine 4 ou CryEngine3,  isso poderia acontecer da mesma forma.

Sinta-se livre para discordar de meu ponto de vista; adoro conversar e ler, discutir até onde der, desde que se tenha argumentos plausíveis. Só reitero o que disse: existem formas mais interessantes de se lucrar do que o Crowdfunding, e temos quase nenhum exemplo brasileiro mesmo para jogos eletrônicos (no sentido amplo, não apenas de RPG Maker) porque ele traz uma série de problemas.

Abraços~~~~~~
 
Essa visao passada pelo OP sobre crowdfunding eh um pouco errada.

Voce quer ganhar dinheiro com o seu o jogo? Pois bem. Venda-o, coloque ads, monetize o seu jogo.

Crowdfunding NAO foi feito para que a pessoa possa obter profit sobre o seu projeto, e sim para conseguir tranformar esse mesmo projeto em um jogo completo.




 
Lucro: s.m. (1) Aquilo que se pode conseguir ou tirar de algo ou alguém; vantagem, privilégio, proveito: lucro financeiro, lucro sentimental, lucro moral ou intelectual. (2) Economia. O que foi ganho e/ou recebido através de uma comercialização ou ato econômico.

Agora vamos olhar a definição de "Crowdfunding" do Catarse: "Prática em que pessoas contribuem com pequenas quantias para financiarem projetos".

Primeira coisa que já disse e repito: Financiamento coletivo não tem como objetivo "vender jogos". Aquilo ali é essencialmente para você ter a capacidade de terminar o jogo ou poder melhorá-lo. Se você percebe que tem a capacidade de terminar um jogo sem necessitar dessa ajuda financeira, você está fazendo errado - como disse acima, existem locais mais apropriados para "lucrar"; assim sendo, o Crowdfunding vai fazer você, essencialmente "botar o dinheiro dos backers nos bolsos" sim, já que ele não era necessário para muita coisa.

Segundo: no momento em que você usa palavras como "lucrar", você inegavelmente está esquecendo a essência do Crowdfunding. Afinal, se você lucra é porque sobrou dinheiro do seu projeto e ele provavelmente foi concebido de forma errada desde o início; o lucro implica que o custo dele estava errado desde o começo e que sobrou dinheiro. É maior a chance de não atingir a meta porque provavelmente o que você propôs foi maior do que o necessário - e isso NÃO pode ocorrer em projetos reais com metas maiores.
Eu disse:
A matéria complementou a ideia de ser viável um financiamento e a ideia de que é possível lucrar vendendo jogos. Não foi incentivado que se pegasse o dinheiro dos fiadores pra colocar nos bolsos.
Não disse que a ideia de lucrar e a ideia de ser viável um financiamento são a mesma coisa.

Ideia 1: Obter um financiamento para seu projeto é possível.
Ideia 2: É possível lucrar com seu jogo.

Não distorça o que eu disse. Ou melhor, não entenda equivocadamente.
 
Interessante a maneira como foram dispostas as imagens e como o texto fora produzido.
Crowdfunding é um ponto bem interessante, e deve ser explorado por todos nós, que atuamos num cenário mais individual (indie).
Parabéns pela matéria!
 
Raijenki
Não acho que a ideia de Crowdfunding seja tão simples quanto você tenta passar, e nem que funcione muito bem para jogos (sejam de RPG Maker ou de Indie). Não vou me alongar demais, então serei bem breve e tentarei colocar os pés no chão.
Estamos em uma comunidade maker, o assunto é direcionado a ganhar dinheiro com RPG Maker, não confunda com uma matéria sobre Crowdfunding, não era objetivo explicar minuciosamente o como negociar lá.

A primeira razão é óbvia: a ideia de um crowdfunding é financiar um projeto, não "ganhar dinheiro" com isso. O que eu quero dizer é que o dinheiro existe para só e somente tirar o projeto do papel - em geral, pagando funcionários (e a si mesmo) ou afins; se você for tentar se capitalizar com isso, o custo do projeto tende a ficar exacerbadamente elevado e, assim, suas chances de atingir a meta caem drasticamente.
Claro, por isso o nome é financiamento, porém mesmo sendo apenas para financiamento ainda é “ganhar dinheiro com isso”, o financiamento só serve para isso, iniciar a geração de lucro. Duvido que você seja inocente a ponto de acreditar que o dinheiro arrecadado é usado unicamente para tirar projeto do papel, ou você acha que vão pedir nota fiscal dos recursos.

quem diabos financia um joguinho mediano de RPG Maker de um Zé Ninguém?
A cada comentário seu fica claro o seu preconceito com RPG Maker como se fosse uma ferramenta que servisse apenas para joguinhos noobs de RTP e historinhas de princesas ou copias de naruto como vemos hoje em dia. A engine é poderosa e quem levar realmente a sério pode desenvolver um grande jogo com ela. Veja o exemplo Toby's Island, claro que não preciso dizer pra ninguém que é de RPG Maker porque não se diz  a engine em que se está trabalhando.
Quer uma resposta? Praticamente ninguém vai querer financiar um “projetinho de rpg maker” mas vai querer financiar uma boa idéia, generalizar tudo torna esse argumento inválido.

os valores reais para um desenvolvimento de jogo são bem altos. Quem participa de projetos assim provavelmente "não depende da mãe" e tem contas a pagar, vivendo exclusivamente pelo projeto
Grave isso, ninguém, ninguém, ninguém vive exclusivamente para algo no qual busca financiamento, e essa garotinha de 9 anos discorda de sua opinião.

Enfim, seus comentários, os quais alguns eu concordo, são para alguém que não quer enfrentar dificuldades para chegar ao objetivo, é difícil, mas não é impossível.


Atilla comentou:
Essa visao passada pelo OP sobre crowdfunding eh um pouco errada.
Voce quer ganhar dinheiro com o seu o jogo? Pois bem. Venda-o, coloque ads, monetize o seu jogo.
Crowdfunding NAO foi feito para que a pessoa possa obter profit sobre o seu projeto, e sim para conseguir tranformar esse mesmo projeto em um jogo completo.

Claro que o Crowfunding serve para ganhar dinheiro, é lógico que a grande maioria usa para tirar um projeto do papel, mas pense, tirar do papel pra quê??? Pra não ganhar nada com isso? Você acha que não é preciso dinheiro para financiar recursos, pagar por bons scripts (todo mundo sabe que para projetos comerciais tem que pagar tudo direitinho), como vai pagar a propaganda sem ter um capital inicial???

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Para todos que já conhecem crowdfunding, já passaram por isso ou ainda vão conhecer.
Frustrações são inevitáveis como tudo que se faz esperando que seja bom
Se você pensa pequeno, em criar um "PROJETINHO DE RPG MAKER" então desista! Mas se você tem boas idais, verifica a aceitação das mesmas, e pretende ter responsabilidade e foco no "PROJETO" que vai fazer aí sim pode dar certo. Eu sei disso, eu nunca gostei de jogar jogos de RPG Maker mas um que vi no Kickstarter eu vou comprar com certeza, virei fã. Outra coisa, meu primeiro projeto noob rendeu até hoje mais de 100.000 downloads, o qual eu nem pensava em comercializar, recebi e-mails de pessoas querendo comprar. Eu não sei se vou conseguir, mas vou correr o risco porque sou persistente, sonhador, mas de pé no chão pronto pra suportar o fracasso de um projeto.

Tem pessoas que tem o pensamento assim:
Se quase ninguém consegue eu também não
Outras assim:
Se quase ninguém consegue, eu vou conseguir.
 
É uma questão interessante, Lu. As opiniões opostas do Raijenki levantam também algumas questões que devem ser levadas em consideração, por isso de certa forma se completam com as suas.

Fora a questão "ética" óbvia que tanto está causando impasse aqui [como vai ser usado o dinheiro arrecadado], o mais importante que ainda não foi falado por aqui é que é obrigatório entregar o que foi prometido a aqueles que o estão financiando. Cada um daqueles caras que deu um pouquinho tem um mínimo de expectativas a ser atendidas. Não adianta tanta propaganda pra vender a ideia, se o resultado final ficar aquém do esperado. No mínimo isso deve queimar a reputação do cara, não é mesmo?

*  *  *  *  *

Não importa se é um jogo de $1000 ou $10000000, pois muitas vezes o resultado é um produto comercial e as cifras vão continuar rolando depois de pronto. Que diferença faz "o lucro" vir antes ou depois? E se o financiamento ultrapassar muito, mas muito mesmo as metas, é obrigação investir aquele dinheiro todo?

Claro, eu entendo a opinião de quem diz que a grana levantada da vaquinha coletiva é pra ser usada no projeto. E é mesmo, pois há algo que precisa ser feito com o dindin. Não basta arrecadar o dinheiro todo e depois sumir, isso é crime. Mas também não é errado ganhar algo com isso. Vejam:

O valor do financiamento só deve ser pensado pra cobrir exatamente os custos se a pretensão for fazer algo para ser disponibilizado de graça ou a um preço muito baixo de custo, pois aí você vai mostrar que não quer lucrar com isso. Mas pense bem, quem vai querer elaborar um projeto, gastar suor e trabalho, e não querer ganhar nada com isso? [nem que seja apenas fama] Quem vai financiar um projeto que vai ser disponibilizado gratuitamente, ou quase de graça, depois? [excluindo os caçadores dos goodies que vem de extra]

Ou seja financiamento coletivo é como qualquer outro financiamento: é pra ganhar dinheiro sim, mas também pra mostrar resultados. Ganhar dinheiro com isso não é nada antiético ou errado. Cada um está ciente do que está "comprando" e o financiado do que está "fazendo". A única coisa errada é não entregar o que foi prometido. É propaganda enganosa, e deveria dar até cadeia.

Claro que "o ganho de lucros" é contrabalanceado, a meta tem que se manter o menor o possível para ser atingida mais facilmente. Não tem como sobrar "rios de dinheiro" aqui. Ninguém vai dar muito dinheiro se não ver futuro na proposta. E outra coisa já citada aqui, sim, pode ocorrer do projeto ser subdimensionado e requerer mais dinheiro do que fora originalmente planejado.
 
Sábias palavras.

Muitas pessoas focam no financiamento como se fosse necessário apenas para recursos.
Eu por exemplo não pretendo comprar nenhum recurso com o financiamento (talvez precise), pretendo deixar para após o final do jogo investir em propaganda, o que é altamente necessário. Mesmo assim não considero faude ganhar dinheiro do financiamento, a não ser que haja enganação da parte do criador para seus financiadores, mas se há consentimento o que importa mesmo é o que você falou, cumprir o que promete.


 
Bom, vamos separar as coisas também. É diferente o espírito do maker que quer aprender ou ajudar os outros, sem ganhar nada com isso -- o hobbie que muitos de nós exercemos aqui.

Talvez o que o [member=52]Atilla[/member] tenha achado é que o tópico faz uma associação forçosa entre fazer o financiamento coletivo e o de ganhar dinheiro fácil. Claro, está certo que o dinheiro é pra ser gasto no projeto. Mas como já bem explicado, as coisas não são apenas isso, há outra dimensão nesse problema.

Os kickstarters já começam a sair da liga dos indies anônimos e entrar pro mundo dos negócios. Quando entra dinheiro na equação, entram também interesses das várias partes envolvidas.

Grandes títulos AAA também provém de financiamentos por partes dos estúdios e distribuidoras, portanto, na verdade a única grande diferença irreconciliável entre jogos de crowdfunding e os normais é a fonte, pois muitas vezes até o intermédio do publisher já é previamente resolvido, por exemplo, como no caso da Steam e outros serviços semelhantes.

O resto pode ser tudo igual, pois no crowdfunding você pode fazer orçamento para contratar equipe.
 
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