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"O que e um game dev? Uma miseravel pequena pilha de projetos !"
- codingkitsune

Gincana de Halloween: O Medo da Noite

rafaelrocha00

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19 de Junho de 2015
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O MEDO DA NOITE
Gincana do evento de halloween.

Pegue uma bebida com nosso vampiros e sente-se em nossa fogueira de ossos, pois está na hora de algumas histórias de terror.
Já presenciou algo terrível? Esconde algum medo que lhe assombra até hoje?

Venha nos contar sobre e ganhe 1 Bala por cada história!
Você deverá enviar sua participação neste tópico.

Bônus: A história deve citar uma abóbora.
(+1 Bala)

Dica: Tente encaixar da melhor forma possível esta abóbora na história, seja ela parte do cenário ou um objeto importante.








Tarefa: Escreva uma pequena história de terror sobre alguma criatura. Você pode utilizar as criaturas feitas no Caldeirão dos Mortos para ilustrar melhor sua história. Seria uma boa homenagem à algum criador (e vocês ainda podem combinar).
Cada participação enviada, caso seja aprovada pelo organizador, receberá 1 bala (sem contar os bônus).
Vale lembrar que você pode participar quantas vezes desejar, exceto o bônus, ele você poderá completar apenas UMA vez


» PARTICIPANTES

• Bruce Azkan: 2 Balas
• Ninek: 2 Balas
• King Ragnar: 2 Balas
• Eranot: 2 Balas
• HammerStrike: 2 Balas
• Uddra: 2 Balas



» REGRAS

• A história deve ser original, criada por você;
• Ela deve ter no mínimo 2000 caracteres com espaço;

Confira todas as regras no tópico principal do evento.


UTILIZEM O TÓPICO PRINCIPAL DO EVENTO PARA DÚVIDAS REFERENTES À
ELE OU GINCANAS. ESTE SERÁ UTILIZADO APENAS PARA PARTICIPAÇÕES.


Bom evento a todos e que o Senhor Sorriso esteja com vocês.​
 
Olá!
Minha participação nos contos.
Acho que passei um pouco dos 2000 caracteres ><


Quer que eu te cubra?

Vivíamos em uma fazenda.
Meu pai havia herdado ela do seu antigo patrão, como era localizada perto da cidade, resolvemos nos mudar pra lá. Eu podia continuar meus estudos sem maiores problemas, pois era bem fácil ir até a escola todos os dias com minha bicicleta.
Minha mãe gostava muito de como era a vida por lá. Ar puro, cheiro de natureza, contato com a terra, eram coisas que ela prezava muito.
Sua atividade diária era cuidar das plantas e de uma grande horta que deixava nossos jantares sempre muito abastados com os mais variados tipos de comida.

Um certo dia, voltando da escola, como sempre em minha bicicleta, acabei me atrasando por causa de uma apresentação de halloween e quando estava no caminho pra casa, que era uma estradinha de terra batida passando ao lado da horta de minha mãe, acabei perdendo o controle e caindo. A roda de trás enroscou em um ramo de pé de abóbora e não quis soltar, mesmo eu fazendo muita força. Não era de se espantar, as abóboras de minha mãe eram famosas na feira por serem fortes e apetitosas, muito grandes.

Acabei fazendo o resto do caminho à pé, pensei em pedir ajuda pro meu pai quando chegasse em casa. Ninguém passava ali normalmente, não teria problema deixa-la por uma noite.
Acabei esquecendo do fato da bicicleta quando cheguei em casa, já tendo anoitecido.
Meu pai estava com o semblante sério e minha mãe não estava tricotando na varanda como fazia todo fim de tarde.

— Cadê a mamãe, pai?  — perguntei um pouco preocupado

Ele ficou em silêncio por alguns momentos, depois colocou a mão sobre meu ombro e começou a falar, bem vagarosamente, com um certo pesar na voz.

— Ela está descansando, filho. Mamãe teve um dia difícil, agora está no quarto repousando. Eu preparei o jantar, mas hoje não está tão bom como o que ela faz normalmente.

— Vou falar com ela, quero saber o que ela tem. — Soltei as palavras, com medo e não me importando com o que ele havia dito sobre o jantar

— Melhor deixar ela descansar hoje, filho. Ela já está dormindo. Amanhã você pode conversar com ela.  — dessa vez meu pai apertou um pouco a mão que estava em meu ombro, eu pude sentir o nervosismo dele

Apenas consenti com a cabeça e fui para a mesa de jantar. De fato, a comida não estava tão boa, talvez por falta de habilidade do meu pai, talvez por eu não estar gostando do clima que se passava em casa aquela noite. Eu tinha calafrios sempre que olhada pra escada que dava no quarto deles.

Demorei pra adormecer. Sonhei algo estranho e um pouco apavorante. Eu estava no meio da noite, tentando pegar minha bicicleta, pois não queria incomodar meu pai, que estava atarefado cuidando da mamãe. E num momento o ramo de abobreira que estava preso na roda, pareceu se tornar uma mão, que a segurava ainda mais forte. Eu ouvi alguns barulhos da plantação, o que me deixou bastante assustado. Caí pra trás e soltei a bicicleta quando abóboras com olhos pareciam se aproximar. Tentei correr mas meu corpo parecia muito pesado. Foram se aproximando. Pareciam as lanternas festivas, mas... vivas! Comecei a tremer e tentei gritar por ajuda, mas também não saía nada de minha boca. Elas me rodearam, senti que seria meu fim.

[...]

Mas para minha surpresa, apenas ficaram me circulando, como se eu fosse o centro de uma dança esquisita delas.

Acordei assustado, olhei ao meu redor. Estava tudo bem. Não passava de um sonho esquisito com abóboras roubando minha bicicleta, afinal.

Saí do quarto e mal comecei a virar a porta, já ouvia algum burburinho estranho vindo lá debaixo. Como a casa era de madeira, era fácil ouvir. Havia suspiros, sussurros, com certeza tínhamos visitas. Meu corpo estava estranhamente dolorido, eu me sentia como se estivesse ficado na mesma posição muito tempo.

Quando desci as escadas, meu coração quase parou. Estava nevando lá fora. Havia um.... funeral! Na minha casa! Um caixão, velas, várias pessoas conhecidas que eu não via há muito tempo. Não entendi nada, fiquei perdido e pensei ainda estar sonhando. Avistei meu pai, corri até ele, perguntei o que estava acontecendo. Ele apenas me olhou com os olhos cheios de lágrimas.

— Pelo menos você finalmente acordou, meu filho. — Disse enquanto me abraçava e parecia querer virar meu rosto pra longe do caixão que estava ao seu lado.

Fiquei em silêncio por alguns instantes. Olhando pra baixo percebi que eu não estava com as roupas de quando fui dormir. Eu estava com medo. Era tão real, mas não fazia sentido. Virei a cabeça devagar e me apoiei na ponta dos pés, afastando o corpo um pouco do abraço de meu pai. Tomei coragem e olhei vagarosamente para dentro do caixão.

Era minha mãe.

[...]

Véspera de halloween. Quase um ano havia se passado e eu já havia me acostumado ao vazio daquela casa. A horta de minha mãe pareceu nunca mais sair do inverno. Nada crescia ali. Exceto as abóboras. Talvez por causa do terreno sem plantas, elas pareciam ainda mais vivas, mais bonitas.
Meu pai se tornou um homem amargurado, mas ainda um bom pai. Continuava com suas atividades, parecia tão parado no tempo quanto um relógio quebrado, o seu olhar permanecia vazio como os cômodos daquela casa sem minha mãe e suas madeixas esvoaçantes.
Eu continuava tendo pesadelos todas as noites. Evitava passar perto daquelas abóboras que continuavam crescendo sem nenhum cuidado dado a elas.
Adquiri sonambulismo, caminhava pela casa enquanto sonhava. E o mais estranho de tudo, que nem mesmo meu pai entendia o porquê, sempre acordava com os pés sujos de terra e algumas abóboras colhidas no orvalho da noite ali, ao lado da minha cama.

Se tornou algo tão normal, com a desculpa de que eu fazia devido a ter me tornado sonâmbulo, que nem me assustava ou tentava entender aquilo mais. Era até vantajoso. Poupava o trabalho durante o dia.

A noite de halloween chegou e eu não foi pro colégio. Não queria ver todas aquelas decorações de monstros, músicas estranhas e temas fantasmagóricos. Eu via abóboras com frequência, não queria mais contato ainda com um monte de lamparinas festivas.
Passei o dia debruçado na varanda, revivendo os pesadelos que se passavam pela minha cabeça, olhando pra cadeira de balanço que minha mãe ficava tricotando. Sentindo saudade, sentindo medo. Me perdi em pensamentos e ali fiquei até que meu pai voltou da plantação, estava anoitecendo.

Jantamos em silêncio. Essa data era uma lembrança triste que carregaríamos pro resto da vida.
Depois de lavar a louça e tomar um banho, fui pro quarto. Ali fiquei, novamente absorto em pensamentos, até que adormeci.

Não sei se dormi por muito tempo, mas tinha algum clarão no quarto me incomodando, pensei ter deixado a janela aberta. Estava frio, relutei em levantar ou mesmo abrir os olhos. Mas algo me fez despertar.

— Quer que eu te cubra, filho? — Disse uma voz suave no meu ouvido, inconfundível.

Do meu lado, na cabeceira, estava um lampião de abóbora, aceso e sorridente.

 
O esqueleto ao seu lado caiu de seu lugar ao ouvir a ultima frase. Ele levantou, deu uma risada de sua própria vergonha e lhe entregou seus doces.

Não se preocupe muito em ultrapassar o numero de caracteres, aquilo ali é apenas para que ninguém venha aqui com apenas dois parágrafos de texto e diga que é literatura pós-moderna, se me intende. Tem alguns deslizes de pontuação, e acho que você ganharia bastante estudando pronomes, mas é apenas questão de edição, mesmo. A historia está boa, e cumpriu os requisitos de bônus.

[member=426]Bruce Azkan[/member] : + 1 bala, pelo conto
                        + 1 bala, pelo bônus.
 
rafaelrocha00 comentou:
O esqueleto ao seu lado caiu de seu lugar ao ouvir a ultima frase. Ele levantou, deu uma risada de sua própria vergonha e lhe entregou seus doces.

Não se preocupe muito em ultrapassar o numero de caracteres, aquilo ali é apenas para que ninguém venha aqui com apenas dois parágrafos de texto e diga que é literatura pós-moderna, se me intende. Tem alguns deslizes de pontuação, e acho que você ganharia bastante estudando pronomes, mas é apenas questão de edição, mesmo. A historia está boa, e cumpriu os requisitos de bônus.

[member=426]Bruce Azkan[/member] : + 1 bala, pelo conto
                        + 1 bala, pelo bônus.

Tadinho do esqueleto!
raouhraoruhara
Acho que exagerei no uso de vírgulas.
Eu não sou muito bom com histórias de terror.
E anotei a dica sobre os pronomes(anotei mesmo), porque estou participando como personagem de uma obra literária. Mesmo tendo um responsável pela correção e revisão, preciso refinar o máximo possível. Obrigado pelas balas!  :Kawai_Desu:
 
"• Staffers podem participar do evento;"

Quem quer criar um dilema ético? Eu!! Se Ryan pode participar, eu posso. Balas são belas demais para jogar fora. Brincadeira.

Eu acho que vocês estão desperdiçando uma oportunidade muito boa aqui. Essa área é basicamente balas de graça, e até agora, apenas uma pessoa veio pegar. Que seja.

É claro que eu não posso julgar meu próprio trabalho, só vou deixar aqui mesmo, então, né.

Um conto pequeno, para dizer que participei.

Fadas

Ele cuspiu o cigarro e o amassou com um pisar rápido. Existia algo que estava perdendo, algo obvio. O homem na ruela se virou, atrás de si, a lua era bloqueada por uma densa cobertura de prédios e fumaça. O cheiro de ferro e piche fugia de uma poça de lixo até seu nariz. Mal conseguia ver o brilho dos aviões e helicópteros passando por sua cabeça e enchendo seu ouvido com uma melodia morta de engrenagens rodando. Ele tocou em um dos fios elétricos que caia por um dos postes da ruela. Estava frio, mas algo não estava certo.

Ele se virou novamente. Havia algo ali, escondido no canto de seu olho. Não sabia dizer o que era, mas podia sentir o bafo gelado da existência, murmurando maldiçoes em uma língua que já se foi. Mas ele não conseguia pegar o que era, sempre quando olhava para trás, a coisa desaparecia em um instante, como se nunca tivesse existido. Quem sabe nunca existiu, mas ele não ligava.
John apenas queria fugir, nada mais que isso. Tinha sido uma noite cansativa demais, estressante demais. Uma pessoa como ele não deveria ter de andar por tanto tempo, em uma noite tão feia como aquela. Mas ele não queria ir para casa.

Ainda não. Não com ela lá. Não sem terminar o que tem de fazer.

Ele preferiu continuar no seu caminho, mesmo que algo em sua mente mordesse sua cabeça e o obrigasse a pensar demais. Ele tirou seus óculos escuros e leu a mensagem na placa de neon verde do bar. Uma das letras piscava, assim como sua vontade de entrar. Ele hesitou por alguns minutos e decidiu prosseguir. Já estava ali, de qualquer forma.

John abriu a porta devagar, para não chamar atenções. Mas para sua surpresa, ou falta dela, não havia nenhum cliente a essas horas. Apenas um homem no bar, limpando as taças com um pano vetusto. Ele não desviou a atenção de seu trabalho enquanto o advogado entrou e se sentou. Estava sem paciência, John imaginava.
E de fato, aquele homem não estava esperando ninguém, principalmente passado as duas horas da noite, já ia fechar o bar e dar seu dia por completo, se não fosse a interferência de mais um. Porque há sempre mais um.
— O que vai ser? — repetiu o homem, tirando John de sua observação.
— Hm. Pode… Pode ser qualquer coisa. — Ele lançou a mão na carteira e jogou o pouco que tinha para o garçom, antes de cair a cabeça em suas mãos. Estava realmente cansado aquela noite.
— Festa a fantasia? — perguntou, rindo, sem tirar os olhos da abóbora jogada em um canto do bar, logo atrás de umas cadeiras. Era realmente grande, maior do que qualquer abóbora artificial que John já vira.
— Já é aquele feriado? Ham? — Ele tomou um gole do líquido roxo — As coisas realmente passam rápido.
O garçom suspirou. Realmente não estava de bom humor.

— Sabe. Eu lembro quando enchiam as ruas com essas coisas. Já faz muito tempo mesmo.

Ele se lembrava bem. Quando vivia na rua verde, número oitenta e um, todo dia, por mais ridículo que fosse o feriado, era sempre alguma razão para comemorar. As pessoas daquele bairro sempre tentavam encontrar algum motivo para poderem fugir de suas responsabilidades, mesmo que fosse o efêmero cheiro de abóbora assada e as fantasias mal feitas das crianças do quarterão. Eram tempos bons aqueles.

— Você não faz ideia, Jonh — disse o garçom, enquanto abaixava o copo.

— Pessoas como você, da cidade grande, não conhecem. Mas quando chegava o início do outono, era quando a noite era mais… limpa. Com tudo lá fora, não dá para ver muito, se me entende.
— As estrelas eram bonitas naquelas tardes. Eu ri tanto quando descobri a ironia daquilo. Era uma peça, uma brincadeira ruim de deus.
John tomou uma outra taça, enquanto tentava encontrar mais moedas em sua carteira. Ele parou por um minuto, quando uma ponta de curiosidade o atacou.
— Era tão bonito como diziam?
O homem olhou para o advogado, e se sentou em uma cadeira, também com um gole de whiskey em mãos.
— Eram maravilhosas. Isso é verdade. Não importa o quanto neguem.
Ele mostrou uma das mãos para John. Havia vários arranhados e cortes profundos, além dos buracos leprosos, provavelmente um carregador de corpos em algum momento da vida. Esses, nesses tempos, eram bem raros de se encontrar.

— Vê isso daqui? — Ele apertou o punho — Foi o último presente que sobrou da minha cidade. Esses idiotas ricos que vivem por ai não conhecem nada desse mundo. Nadinha. Eu conheço tipos como você que dariam a vida para ver o que vi. E mesmo assim, não teriam a mínima coragem de pular para fora das casinhas que colonizam.

Isso não era certo, pensava John. Quando foi que a conversa tinha se tornado uma guerra de insultos. O que sequer tinha dito de errado? Mas mesmo assim, decidiu não se levantar e sair, como planejara a algum segundo. Fazia um bom tempo que alguém não o chamava de idiota, ele tinha saudades dessas discussões de bar.

— Não parece tão impressionante assim — disse ele, engolindo o sarcasmo da voz.

As criaturas que habitam nas abóboras, as fadas. Seres grotescos que são atraídos pela luz das estrelas, da lua e da chama. Na cidade grande não são vistas, mas onde os fios e os painéis de LED não encontram, bem no fundo do país, é possível encontrar coisas assim. Desde que descobriram que essas criaturas existem, as abóboras foram banidas.

São pequenas demais para ver, se escondem bem na luz, e podem formar enxames. Sem falar que o seu gosto por carne só é comparado ao de um abatedouro. Começam aos poucos, pelos dedos, depois os pés, os braços, as pernas, os olhos. Quando as pessoas começaram a morrer, e o caos se instalou, foi quando perceberam que a hora para comemorar havia acabado. O festival virou, anos depois, um dia de velar para os mortos.

— Você não sabe a sorte que tem. Já faz anos, é verdade. Mas elas não morreram. Coisas ruins nunca morrem. Eu apenas espero que vocês não tenham de conhecer essas pragas.— Ele suspirou — Nós estávamos preparados. Eramos fortes. Conhecíamos uns aos outros. Por isso percebemos rápido. Já vocês...

Ele se levantou e fechou as prateleiras.

— Não é uma boa noite para estar em um bar. Isso é bem desrespeitoso, mesmo para um advogado — disse o garçom. Não estava realmente irritado, meio triste, inclusive.

— É Halloween. É sempre uma boa noite para estar em um bar.

John voltou a olhar para a abóbora parada naquele canto. Era realmente uma boa noite. Uma ótima noite de Halloween.

— Já marcaram a data.

O homem parou. Ele olhou para o copo que segurava.

— Eu entendo.

Como você diz a alguém que a morte é a unica bebida que o espera?

Ele trancou a última prateleira e passou a mão pela madeira atra das mesas de seu bar.
— Eu vou sentir saudades daqui, sabe, John? Até mesmo de bêbados como você.
— Desculpe. Eu pensei em te dizer pessoalmente. Eu sei que prometi te ganhar mais um ano….
— Não se martirize. — Ele tirou o copo da mão do advogado. — Eu apenas quero que cuide daqui, e lembre-se bem.
— Eu não soltei aquelas coisas, John.
— Eu sei.
— Eu não matei aquele homem, John. Alguém o fez. Algo. E essa coisa ainda está ai.
— Eu acredito.
O advogado se levantou e o garçom pegou seu casaco. Ambos seguiram para a porta. John olhou para trás mais uma vez, tinha passado muito tempo ali. Mas agora não passava de um quarto sem cor.
Em seu ouvido, um chiado horrível e morto de engrenagens. Algo no canto de seu olho, que não conseguia bem identificar. Que não conseguia ver de fato, mas que estava ali. Sua presença sussurrava para ele, em uma linguá morta.

De fato, uma ótima noite de Halloween.
 
rafaelrocha00 comentou:
"• Staffers podem participar do evento;"

Eita, pode?!

Postar um mini-contozinho que fiz, então. Apesar que gostei tanto que irei desenvolver para uma história maior e mais concreta <3


Halloween sem fim


Tudo parecia nublado. Piscava meus olhos para tentar me situar de onde estava. Meus olhos pesavam, meu corpo também. Estava tudo escuro e girando lentamente, além do efeito dos zumbidos que me incomodava bastante. Me ergui com muito esforço e comecei a observar o ambiente ao meu redor... Nada... Não sabia distinguir entre nevoeiro ou se havia caído em um buraco onde a luz não alcançava, era tudo tão sombrio e frio que comecei a pensar que estava morta.

— Não, minha jovem, não estar morta. Relaxe, estamos apenas começando! — uma voz rouca e fria reverberou naquela escuridão sem fim; Meu corpo tremia, não de frio, mas sim de medo — Veja bem, — continuo a falar a voz gélida e aterrorizante — eu apenas quero me divertir nessa brincadeirinha que vocês humanos criaram as minhas custas. Sinto muito, mas apenas a ingenuidade das crianças me satisfaz. Sabe por quê? — uma risada maquiavélica, sem traços de piedade, tomou o lugar, fazendo um frio percorrer da minha espinha até a nuca. — Ora, não teria graça falar. Vamos ver como você se sai no meu joguinho. Boa sorte, criança. Ah, lembre-se bem destas palavras: Doces ou... Travessuras?! Hahahahahaaha.

Ao dizer tais palavras, três formas de luzes se fizeram um pouco mais a minha frente, brilhando de forma incandescente, como se tivessem pegando fogo. Pareciam dois olhos e uma boca... Sorrindo?! Sim, e muito! Antes que pudesse entender e reagir, aquelas formas foram ficando maiores... Não! Elas estavam vindo em minha direção! Quando menos pensei, a boca se alargou e me engoliu...

Me encontrei sentada na cama, suando frio... E muito! Foi um sonho?! Digo, pesadelo? Não sabia, porém, pelo estado do meu corpo, deseja que tivesse sido apenas isso. Levantei pesarosamente da cama, me sentia fraca, como se minhas forças tivessem sido sugadas e como se meu corpo tivesse lutado uma guerra de tão exausto que estava. De repente ouvir uma voz que me tirou de todos aqueles pensamentos, era vovó avisando que o café da manhã estava pronto. Nossa, como aquilo me animou! Comida de avó é incrível, venhamos e convenhamos! Saí correndo e deixando tudo que tinha "sonhado" para trás, porém, algo em mim estava diferente, mas não queria pensar naquilo por ora. Claro, não poderia, pois aquele dia era o que mais adorava em todo o ano! Finalmente o dia de Halloween havia chegado!

Como de praxe, vovó decorou a casa inteira, havia teias de aranhas e morcegos pendurados pelas paredes, velas, panos furados, caldeirões e... Abóboras. Ao notá-las, sentir um frio na minha espinha, porém meu corpo enrijeceu ao encarar minha cesta de abóbora que iria recolher os doces, ela me assustava pois parecia me encarar e desafiar.

Vovó chegou e colocou a mão sobre meu ombro. Dei um pulo e gritei, não esperava por aquilo. Ela se desculpou, disse que eu não respondia ao que falava. Comecei a me assustar e ao mesmo tempo minha mente começou a latejar, estava tentar relembrar algo, mas não conseguia e isso começou a me incomodar. Era algo importante, algum aviso talvez.

— Você está bem, Lin? Está pálida! Se não estiver se sentindo bem, melhor ficar em casa descansando.
— Não, vovó, estou bem! Nem morta irei perder o Halloween!
— Hum, se você piorar, me avise. Bom, vamos comer? Fiz o de sempre deste dia, só que incrementei um pouco mais por aqui pois achei no porão algumas coisinhas. Espero que goste.
— Obrigada, Vovó!

O Halloween havia começado e Lin mal sabia o que lhe aguardava.​





Ah, parabéns aos contos dos dois! Adorei as histórias  :Kawai_Desu:
 
Ao terminar o conto, você nota que os sons da floresta parecem mais altos do que o normal, o vento parece mais gelado e a saliva de sua boca parece mais seca. Os vampiros tremem uma sinfonia deliciosa. Você olha para a fogueira mais uma vez e encontra balas.

O conto está bom, mesmo que pequeno, e cumpri os requisitos para o bônus. Ele tem uma personalidade interessante, e um vilão bem capaz que poderia ser mais explorado, em historias futuras. Deu-me até certa nostalgia daqueles tricksters com cartola e olhares malignos, por algum motivo. Eu apenas acho que você ganharia estudando os verbos dicendi e a forma correta da pontuação do travessão, que é um erro comum. A utilização do ponto e virgula ou apenas do ponto final, para substituir algumas virgulas, poderia ajudar com o dinamismo (pacing), também.

Como já disse, é uma boa historia, e espero que continue a escreve-la.

[member=162]NineK[/member], + 1 bala pelo conto.
            + 1 bala pelo bônus.
 
De antemão vou pedindo desculpas pelos possíveis erros de português. (Escrever também não é o meu forte).
Vamos ao Conto:
Era finalmente Halloween, todos estavam ansiosos para mostrar as fantasias que foram planejas durante meses, o fato é que durante a noite do dia das bruxas, "rola" todo tipo de fantasia. Alguns queriam vestir algo sexy, outros algo divertido (uma abóbora ou se pintar de laranja), enquanto algumas pessoas vestiam algo intimidador. Se você faz parte dos que curtem o Halloween, veio ao lugar certo(Ou talvez não), aqui no Condado Central levamos o dia das bruxas a sério, junto com todas as suas histórias assustadoras, pois sentimos na pele.


Para começar realmente essa história, saiba que tudo começou no ano 1997, a causa disso? não sabemos, ou pelo menos não descobrimos, existem lendas e falácias à cada metro quadrado, umas dizem que é um castigo de Jesus Cristo para os pagãos da cidade, enquanto eles se defendem dizendo que é um emissário de Odin, o pai de todos, que veio para purificar o "câncer" que são os cristãos. O fato é que, o que acontece nas noites de Halloween, não tem quaisquer ligações com uma divindade ou quaisquer religião.


Acredito que para você entender o que acontece aqui no Condado Central, devo te dizer o que eu já presenciei e sofri aqui. Antes de começar, eu queria dar um aviso, controle-se, aquela coisa vai sentir o cheiro do seu medo e nós dois seremos pegos. Vou começar dizendo como ela é: Tem um capuz junto com uma burca preta, já bem desgastada e rasgada, acredito que chegaria até os pés, só que o porém, é que não existe pés, aquela coisa aparenta flutuar. Não sei se foi por tentar controlar o medo, mas ao mesmo tempo que ela emanava calor, eu senti algo gelado percorrer por toda a minha espinha; E em um piscar de olhos, ela ficou a certa de 1m (Um metro) de mim, senti uma temperatura maior ainda, enquanto à encarava, eu estático, notei suas mãos, a sua esquerda parecia uma mão humana, só que era vermelha como sangue, a outra com certeza não há como explicar, era algo parecido com a lava de um vulcão, só que ainda parecia uma mão. Antes de eu piscar novamente, aquilo estava com o que era pra ser um nariz, junto ao meu. Olhei pra aqueles olhos que ascenderam em um vermelho ardente enquanto ele falava algo em uma língua que eu sequer reconhecia. Pareceu que ele estava falando algum feitiço ou magia, quando me dei conta, eu vi o meu corpo esquartejado no chão e eu olhando pra aquilo sem entender, talvez ele me mostrou o que aconteceria comigo, ou o que ela vai fazer, eu só pensei que eu não poderia ficar ali sem fazer nada, daí saquei a minha arma que recebi por trabalhar como Perito Criminal na FPMI (Força Policial e Militar Inteligência); O problema é que atirar não fazia efeito com algo como aquilo, o único jeito foi correr até o carro e sair em alta velocidade. Eu fui até o lugar mais longe que eu pude, mas quando eu desci do carro, uma voz falou comigo.


-Meu rapaz, não tem como escapar da morte, mas você pode batalhar do jeito dela.
-Como eu faria isso?
-Ela ganha poder matando, você vai ganhar poder salvando pessoas e evitando futuras mortes.
-Eu... Eu... Eu posso fazer isso

A parte que aquela voz esqueceu de me contar foi que eu estava morto, a propósito você também está, por isso está aqui conhecendo essa história...


... mas nós ainda podemos lutar.

Morte à Fantasia, King Ragnar.

Edit: Essa é uma idéia inicial que tive pra um projeto.
 
Espírito de Halloween

Acordei assustado, tive pesadelos de novo. Já era a terceira vez na semana. Como de costume, passei algum tempo deitado na cama de olhos abertos tentando lembrar-me de meus sonhos, em vão. Despertar aterrorizado sem saber o porquê era um terror diferente, me agonizava a ponto de evitar dormir às noites, missão que sempre falhava por culpa do forte cansaço após longos dias de trabalho e estudo. Depois de 10 minutos deitado, levantei de minha cama e fui até a cozinha comer algo, minha mãe fazia seus afazeres lá.
- Bom dia filho, dormiu bem? - Perguntou-me ao me ver.
- Dormi – Respondi. Ela sabia que eu eventualmente tinha pesadelos e dormia mal, mas não queria que se preocupasse.
- Que bom, coma algo que à tarde precisamos nos preparar para amanhã, tem muito trabalho a fazer.
Era véspera de Halloween de novo, me pergunto quando comecei a ver essa data apenas como mais um dia do ano. Costumava gostar da festa, me fantasiar, pedir doces nas ruas, enfeitar a casa e entalhar as abóboras.  Talvez eu tenha apenas crescido.
- Precisamos enfeitar a casa e o jardim e esculpir nossas abóboras, recupere seu espírito de Halloween!. - Disse minha mãe, depois de um tempo sem eu responder.
- Tudo bem. - Tentei parecer um pouco animado por ela, ri internamente do espírito de Halloween.
A tarde começamos a trabalhar, desencaixotamos os enfeites e penduramos nas árvores da frente de casa, montamos alguns esqueletos de brinquedo e algumas mãos de zumbis que saíam da terra. Ajudei minha mãe com sua fantasia e depois comecei a tirar as abóboras da dispensa. O entalhamento era meu trabalho, ela deixou-me para ajudar nos preparativos da festa da escola em que lecionava. Já era tarde quando comecei a cortá-las, criando sorrisos macabros de lado a lado e olhos irônicos. Me cansei depois de algum tempo, o dia tinha sido longo e ainda faltava 5 ou 6 abóboras para serem finalizadas. Estava escuro e eu sonolento, não me dei o trabalho de ligar a luz, a única iluminação vinha de dentro dos sorrisos grandes com dentes pontudos que eu já tinha ligado a fiação. Sentei do sofá para descansar, aos poucos me senti mais pesado e adormeci. Quando acordei parecia que horas haviam se passado, mas não sabia ao certo. Minha mãe ainda não havia chegado, pelo menos poderia acabar o trabalho antes dela aparecer. Esfreguei os olhos e me levantei, voltei para o chão. A luz agora era mais fraca, pois toda claridade do dia já havia se ido. Peguei uma das abóboras e a virei. Soltei-a rapidamente. Ela não deveria estar esculpida, mas ao invés disso, um rosto macabro me olhou. Ainda pior, ela me iluminava com um vela em seu interior, coisa que eu não usava há anos. Não era exclusividade dessa, as outras compartilhavam as mesmas características, os olhos e bocas eram raivosos e apavorantes, todas reluzindo com fogo. Me levantei e dei passos para trás. Não adiantou, de uma só vez, todas elas me olharam com suas velas amarelas e olhos deformados, algumas se arrastavam fazendo um barulho alto e aterrorizante contra o chão de madeira. Uma enorme agonia tomou meu coração, fiquei paralisado enquanto as via me cercando e esfregando suas cascas frias contra meu corpo. Acordei assustado. Me manti na cama por algum tempo. Minha mãe veio me acordar.
- Acorda filho, é Halloween, cadê o seu espírito? Bom trabalho com as abóboras, não achei que iria usar as velas - Me falou.
Eu ainda estava tentando me lembrar do sonho.
 
Habitantes do Oculto

O vento soprava frio, e as gotas geladas por vezes respingavam no rosto de Lucio anunciando a chegada das nuvens de chuva, o cheiro da aboboras podres que vinha da plantação agora destruída irritava seu nariz. Lucio tirou o capuz ao chegar no terreiro que ficava ao norte do Pântano Soturno, cumprimento com um aceno seus camaradas Taylor, Maria e Montenegro.
- Está atraso Lucio - Reclamou Maria enquanto retirava da bolsa pedras esteatito com signos impresso em sua superfície.
- Não fale comigo como se eu fosse uma criança, tive que despistar alguns portadores do Dom no meio do caminho - Respondeu rispidamente.
Montenegro marcavam o solo com símbolos e círculos com seu bastão já meio gastos e cheio de farpas e no centro disso tudo fez um pentagrama, enquanto isso Maria posicionava as pedras rúnicas nas extremidades do círculos exterior.
- Rápido se a chuva cair pode estragar a conjuração - Apressava Maria.
As marcas ficaram prontas, Taylor ficou joelhos em frente ao pentagrama enquanto os outros ficavam ao redor das marcações.
- Tem certeza que isso vai dar certo Lucio? - Perguntou Taylor dando uma ultima olhada pra trás.
- Vocês não querem o poder dos infernais emprestados? Essa é a única forma de chamá-los até aqui, já disse.
Taylor puxou de sua bainha uma adaga e com um corte rápido em seu pulso fez o sangue escorrer preenchendo todo o pentagrama. Em seguida os demais começaram a recitar em coro.

Atenda ao chamado filho do fogo - Apareça entidade do oculto - Revele se majestade dos aflitos - Ouça nos, Escuta me - Seus vassalos suplicam - Venha e erga a espada da justiça - Nos dê a força -  Que seu sangue venha purificar este mundo tomado por reis de coisa alguma - Filho de satã - Lorde das trevas - Descendente da luz negra - Rubrum Diabulus - Divinum Satãnica - In hoc ludo meretur illud in ignem!

E nas ultimas palavras os olhos de todos se tornaram por alguns segundos brancos como as nuvens e da frente de todos um enorme espelho negro que refletia apenas as almas daqueles que estavam presentes surgiu. De dentro daquele negrume algo tentava sair, primeiro uma de suas mãos dava apoio, possuía garras do tamanho de cutelos grossos como chifres de touro. A perna saiu em seguida, gigante em com patas que se pareciam com as de um bode, não demorou muito para que todo seus corpo de mais de dois metros saísse do espelho negro revelando sua forma completa. Pele vermelha escarlate em um corpo esguio e musculoso, boca projetada pra frente com grandes dentes, olhos negros como uma noite escura e cornos dourados que lembravam o ouro mais cintilante imensos como os de um búfalo.
- De quem é o sangue que me chamou aqui - Disse o demônio com sua voz alta e gutural enquanto exalava de sua boca um hálito acido que empesteava o lugar.
- Meu, senhor das trevas - Respondeu Taylor com o corpo tremulo.
A entidade rapidamente agarrou o homem ao meio e com uma única mordida arrancou metade de seu corpo.
- O que vieram me pedir mortais? - Disse o demônio enquanto devorava o homem.
Lucio, Maria e Montenegro permaneciam olhando a cena aterrorizante  ainda em choque e com as pernas bambas. Montenegro esboçava uma fala mais sua voz não saia.
- E então, me chamaram aqui pra nada? FALE ALGUMA COISA!
- Lorde das trevas eu me chamo Lucio e nós o convocamos para que nos ajude a ter poder para destruir aqueles que nos oprimem.
- Aaaaa sim, eu me lembro de você, me prometeu alimento da outra vez que nos encontrássemos. Cumpriu sua promessa humano, entretanto, ainda tenho fome.
Montenegro com as botas cheias de urina correu desesperado  para a arvores mas de nada adiantou, o demônio gigante correu como um vulto em alta velocidade e com uma de suas patas o esmagou contra uma das arvores. Dos olhos de Maria lagrimas escorriam, as pernas pesadas encontraram o chão.
- Pós bem, você cumpriu o acordo Lucio, deixarei com você alguns de meus lacaios sob o seu comando, mas fique sabendo humano que na próxima vez vou exigir um banquete duas vezes maior.
Diabretes e outros demônios de olhos vermelhos saiam da escuridão da noite armados de espadas e lanças e foram em direção a Lucio.
- Vamos Maria - Disse Lucio enquanto estendia uma das mãos - Já conseguimos o que viemos buscar, agora poderá se vingar daqueles nobres que tiraram as terras de sua família e mataram seu pai.
- Não sei se era bem isso que eu queria - Respondeu enquanto levantava e limpava o rosto.
- Tarde demais, você não tem mais opção.


OBS:
Na primeira versão do conto que eu criei tinha um gore elevado, se ainda assim a historia ficou pesada demais me avisem por favor, grato.
 
O PRETO VELHO


Essa história aconteceu no interior de uma pequena cidade do norte. Ele, nosso protagonista, voltava de um antigo poço de onde coletava água em grandes galões para sua pobre família. Coisa que se fazia durante alguns dias na semana, para garantir água limpa e fresca. Era uma estrada de terra, se aproximava das 19h e o caminho já estava bem escuro. Havia pouca iluminação graças aos pequenos postes de madeira, mas o suficiente para enxergar a estrada.

Chegando próximo a primeira, das duas fazendas em que a estrada se aproximava, uma grande plantação de abóboras estendia-se pela lateral direita. Embora tenha visto algo que não seja o matagal pelo caminho todo, isso não era um bom sinal. Ele deveria ter chegado a plantação pouco antes de escurecer, mas agora já era tarde... João já tinha se atrasado.

Infelizmente a viajem até sua casa era longa e fazer o percurso a pé e de noite seria muito perigoso. Haviam relatos de assassinos nos arredores, que perambulavam pelas estradas e alguns corpos também já haviam sido encontrados perto da plantação das abóboras.

João parou no caminho, tirou os galões de suas costas e os colocou no chão. Olhou para o vasto caminho a sua frente... ele sabia que não poderia continuar, mesmo que odiasse a ideia, ele sabia que deveria parar e continuar ao amanhecer. Então o fez.

João foi em direção a grama alta, que apesar de fazer parte da lateral da estrada, era alto o suficiente para esconder-se durante a noite. Deitou e deixou os galões próximos. Ele se sentia muito desconfortável e também com muito medo... e se alguém o encontrasse por ali? Ele poderia ser roubado ou até mesmo morrer ali mesmo, sem motivo algum.

Barulhos ecoavam dos arredores, ele não fazia ideia do que eram, só conseguia ver deitado o céu estrelado acima dele e rezando para que o sol nascesse e poder seguir seu rumo... mas a noite parecia interminável, meia hora naquele lugar parecia uma eternidade. Dificilmente ele iria pegar no sono.

De repente, o vento cessou e os sons dos insetos ficaram mais baixos, lentamente misturando-se com outro som distante que chegava cada vez mais perto. No começo era difícil dizer o que era, mas o ronco do motor a distância não o deixava enganar. Era um carro que vinha pela estrada...

João sentiu como se estivesse sendo salvo. Quem sabe, poderia ser algum dos donos de fazenda que conhecia, talvez ele conseguisse uma carona para sair daquele inferno verde e escuro... e então, rapidamente ele se levantou.

Apenas acompanhando os faróis, ele viu o carro se aproximando e preparou-se para abordar acenando no meio da rua. O motorista respeitou o sinal e parou, era um carro antigo e desgastado mas era sua chance de sair de lá. João chegou em frente a porta do motorista, o vidro abaixou e a figura se revelou... Um homem negro, velho, com uma grande barba branca e um cachimbo em mãos.

Ele sorriu, deu uma tragada em seu cachimbo e perguntou:
- “Tá precisando de carona meu jovem?”

Antes mesmo que pudesse responder o velho completou:
- “Entra, te levo até a sua casa. Não esquece os galão d’água!”

João pensou que tivesse escondido bem os galões... mas como o velho sabia o que havia dentro? Isso deve ter acontecido outras vezes...

João percebeu gentileza em seu rosto. Era arriscado mas ao mesmo tempo ele gostava muito mais da ideia de pegar uma carona do que passar a noite inteira sozinho no canteiro da estrada. E sem pensar duas vezes ele pegou os galões e entrou no carro.

Ainda estava bem escuro, mal conseguia-se ver um palmo a frente. Enquanto João estava no carro, ele não pôde deixar de observar o velho: Com roupas grossas e simples feitas de algodão, brancas mas bem manchadas e chapéu feito de palha... Fumava seu cachimbo feito de espiga de milho enquanto sorria, olhando para frente.

— "Então meu jovem, qual o seu nome?" — Perguntou o velho, risonho.

— “Jo-João.” —Respondi com exitação.

— “Hmmm... É bem perigoso andar sozinho de noite aqui.” — Disse o velho, dando uma tragada e gargalhando.

— “Ainda bem que eu cheguei né? Hehehehe” — Finalizou o velho, balançando sua cabeça de baixo para cima enquanto gargalhava.

Eu fiquei sem resposta para aquela pergunta tão simples, não sabia o que dizer... O silêncio tomou conta do carro até que chegássemos no meu destino. Desci do carro, fui em direção a lateral esquerda da estrada, larguei os galões próximo ao poste de madeira e virei para agradecer o senhor... e qual a surpresa? O velho tinha desaparecido, sem sinal das rodas do carro na terra e muito menos do carro no horizonte da estrada.

João chamou pelo velho, mas nada... apenas o som dos grilos e da leve brisa na mata...


Coloquei os galões nas costas e entrei no matagal rumo a minha casa. Mas aquele cheiro... aquele cheiro forte de tabaco, ainda estava lá...

Ficou bem longo mas melhor do que nada hehe
Até mais :Okay_fix:
 
" A brisa ártica de outono ia embora, navegando-se por matagais e florestas de todas as cores, desde o vermelhão das folhas mortas ao amarelado do novo começo. Elas voavam pelo fim da noite e, no seu vento, como um milagre, carregavam balas. Era o epílogo do ontem e o inicio de um novo dia. "

Quantas inscrições, é feriado, por acaso? XD

Para falar a verdade, a gramatica dos textos deixa a desejar, todos, em diferentes níveis. Mas isso é comum, são os mesmos erros que já comentei anteriormente, com o acréscimo do uso do hífen no lugar do travessão, que também está errado, pois ambos são diferentes. Algo que também têm deixado passar é a virgula antes da conjunção de oposição, tal como o mas. De qualquer forma, todos conseguiram as balas. E como todos citaram aboboras; em um nível ou em outro, como dito pela descrição, ganharam o bônus.

[member=1591]King Ragnar[/member]  + 2 balas
[member=1324]Eranot[/member] + 2 balas
[member=929]HammerStrike[/member] + 2 balas
[member=546]Uddra[/member] + 2 balas

Tantas balas.
 
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