Texto redigido por Skallet.
Mãe
Mãe, estou escrevendo aqui pois você não vai me ver. Não fique triste, eu só estou indo embora, talvez um pouco antes. Eu lembro do primeiro dia, que você me ensinou a levantar quando caí. Você me segurou e eu consegui. Eu lembro minha mãe, que quando eu cortei meu dedo, você me ensinou a usar a faca para não me machucar mais. E também não consigo esquecer de quando eu falei palavrão contra você e você novamente me ensinou o certo. Você me ensinou a te amar da mesma maneira que você me ama, e hoje eu posso dizer que você é a pessoa que eu mais amo neste planeta.
Me disse para criar planos, e assim criei. Planejei meu futuro com todo meu coração e eu sempre quis te deixar orgulhosa. Você me ensinou a como tratar meninas, e o porque de elas serem diferentes e ao mesmo tempo iguais a mim. Você me ensinou ser carinhoso, me ensinou a cuidar, a escutar, entender e respeitar. Você me criou mãe e eu nunca vou deixar isso para trás.
Eu fui mimado por você. Você me dava as coisas sem nunca esperar nada, a única relação sem interesse nesse planeta é a de mãe para o filho. Você fazia as coisas e não esperava nada de volta, você fazia porque você simplesmente me amava e não precisava de outro motivo. Mãe, eu te agradeço por tudo. Eu não consigo esquecer de todas as vezes que você arrumou minha cama quando eu esquecia, e não falava nada. Ou quando eu deixava a tampa do vaso levantada ou mesmo deixar um pouco de louça suja, você sempre foi a melhor mãe do mundo.
Mãe, estou indo embora. Por quê? Mãe, você me ensinou a levantar, mas a vida me ensinou a cair. Você me ensinou a não me cortar, e mesmo assim o faço. Eu aprendi a não falar palavrões, mas as pessoas continuam a usar isso contra mim. Mãe, você me ensinou a amar da mesma forma que amam, mas mãe, quando eu vou encontrar alguém que me ame realmente?
Mãe, eu criei planos e vida destruiu eles de mim. Eu não fui capaz de realizar nenhum, eu tenho receio que vou lhe decepcionar. Mãe, todas as meninas que conheci eu tratei-as como princesas, do jeito que você me ensinou. E todas que eu me relacionei, me esqueceram, me traíram, me enganaram, desistiram, me fizeram chorar, me deixaram com raiva e no final de tudo, nunca me amaram como eu amei cada uma. Como elas são parecidas se são tão diferentes de mim, mãe? Eu fui carinhoso, eu cuidei, escutei, entendi e respeitei cada pessoa da minha vida. Mas mãe, tenho receio de que você seja a única pessoa que retribuiu isso.
Pode ser dramático, mas essa foi minha vida quando saí de casa. Eu quero dizer, enquanto eu estava em casa, eu tinha você, agora que não estou, eu me sinto sozinho. Desculpa minha mãe, mas vou te decepcionar. Eu não sou capaz de continuar. Eu queria ter o poder de mãe de fazer as coisas sem esperar. Mas eu não consigo suportar a dor de como as pessoas são cruéis umas com as outras. Todos os relacionamentos tem interesse, não existe amor.
Mas que tipo de amor alguém define com interesse, de vontades premeditadas, de risadas sem profundidade? Eu sou diferente, eu entendi que não sou especial. Eu não tenho dom de ser ignorante. Eu não consigo suportar dor alheia. Existem pessoas puras mas elas desistem de serem elas mesmas pra se adaptar à esse mundo de ódio e crueldade.
Dramático de novo? Talvez. Mas eu não vou mudar o jeito que eu sou para me encaixar nesse mundo. Minha mãe, estou indo embora. E retiro o que eu disse, existe amor. Aquele que vem de você pra mim. Desculpa te decepcionar, mas eu não posso dizer que te amo da mesma maneira. Eu gostaria de escrever uma última linha pra você.
O amor não tem razão, não tem sentido e não tem porquê. Em anos em busca do amor da minha vida e você estava ali, desde quando eu nasci. Eu te amo mãe, você é minha rosa, e eu como seu filho, sou sua rosa negra.
Até.
Mãe
Mãe, estou escrevendo aqui pois você não vai me ver. Não fique triste, eu só estou indo embora, talvez um pouco antes. Eu lembro do primeiro dia, que você me ensinou a levantar quando caí. Você me segurou e eu consegui. Eu lembro minha mãe, que quando eu cortei meu dedo, você me ensinou a usar a faca para não me machucar mais. E também não consigo esquecer de quando eu falei palavrão contra você e você novamente me ensinou o certo. Você me ensinou a te amar da mesma maneira que você me ama, e hoje eu posso dizer que você é a pessoa que eu mais amo neste planeta.
Me disse para criar planos, e assim criei. Planejei meu futuro com todo meu coração e eu sempre quis te deixar orgulhosa. Você me ensinou a como tratar meninas, e o porque de elas serem diferentes e ao mesmo tempo iguais a mim. Você me ensinou ser carinhoso, me ensinou a cuidar, a escutar, entender e respeitar. Você me criou mãe e eu nunca vou deixar isso para trás.
Eu fui mimado por você. Você me dava as coisas sem nunca esperar nada, a única relação sem interesse nesse planeta é a de mãe para o filho. Você fazia as coisas e não esperava nada de volta, você fazia porque você simplesmente me amava e não precisava de outro motivo. Mãe, eu te agradeço por tudo. Eu não consigo esquecer de todas as vezes que você arrumou minha cama quando eu esquecia, e não falava nada. Ou quando eu deixava a tampa do vaso levantada ou mesmo deixar um pouco de louça suja, você sempre foi a melhor mãe do mundo.
Mãe, estou indo embora. Por quê? Mãe, você me ensinou a levantar, mas a vida me ensinou a cair. Você me ensinou a não me cortar, e mesmo assim o faço. Eu aprendi a não falar palavrões, mas as pessoas continuam a usar isso contra mim. Mãe, você me ensinou a amar da mesma forma que amam, mas mãe, quando eu vou encontrar alguém que me ame realmente?
Mãe, eu criei planos e vida destruiu eles de mim. Eu não fui capaz de realizar nenhum, eu tenho receio que vou lhe decepcionar. Mãe, todas as meninas que conheci eu tratei-as como princesas, do jeito que você me ensinou. E todas que eu me relacionei, me esqueceram, me traíram, me enganaram, desistiram, me fizeram chorar, me deixaram com raiva e no final de tudo, nunca me amaram como eu amei cada uma. Como elas são parecidas se são tão diferentes de mim, mãe? Eu fui carinhoso, eu cuidei, escutei, entendi e respeitei cada pessoa da minha vida. Mas mãe, tenho receio de que você seja a única pessoa que retribuiu isso.
Pode ser dramático, mas essa foi minha vida quando saí de casa. Eu quero dizer, enquanto eu estava em casa, eu tinha você, agora que não estou, eu me sinto sozinho. Desculpa minha mãe, mas vou te decepcionar. Eu não sou capaz de continuar. Eu queria ter o poder de mãe de fazer as coisas sem esperar. Mas eu não consigo suportar a dor de como as pessoas são cruéis umas com as outras. Todos os relacionamentos tem interesse, não existe amor.
Mas que tipo de amor alguém define com interesse, de vontades premeditadas, de risadas sem profundidade? Eu sou diferente, eu entendi que não sou especial. Eu não tenho dom de ser ignorante. Eu não consigo suportar dor alheia. Existem pessoas puras mas elas desistem de serem elas mesmas pra se adaptar à esse mundo de ódio e crueldade.
Dramático de novo? Talvez. Mas eu não vou mudar o jeito que eu sou para me encaixar nesse mundo. Minha mãe, estou indo embora. E retiro o que eu disse, existe amor. Aquele que vem de você pra mim. Desculpa te decepcionar, mas eu não posso dizer que te amo da mesma maneira. Eu gostaria de escrever uma última linha pra você.
O amor não tem razão, não tem sentido e não tem porquê. Em anos em busca do amor da minha vida e você estava ali, desde quando eu nasci. Eu te amo mãe, você é minha rosa, e eu como seu filho, sou sua rosa negra.
Até.