Não lembro qual foi a última edição que eu li antes de sair a seguinte, mas dessa vez não queria deixar isso reincidir. Agradeço ao
Kazzter por ter me noticiado no lançamento desta edição. Senti essa com um ar mais... nostálgico, histórico. Estou certo ou equivocado? Reviver um mito, entrevistar outro, voltar às várias ruínas de antigas comunidades e o trabalho com recursos do Super Nintendo. Talvez seja coincidência ou a idade começa a manifestar-se, haha.
Enfim, começando pelo começo, cada vez me surpreendo mais pelo quão cru sou em relação às raízes do RPG Maker, pois realmente não me lembro de ter lido o nome Naramura alguma vez, tampouco visto suas artes. Mas já olhando-as, não é pra menos que o cara tenha recebido tantos fãs, são, de fato, incríveis, ainda mais se comparadas às imagens dos
battlers que vinham por padrão na XP - que imagino que seja a engine que estava em alta na época.
O La-Mulana eu já conhecia, ao menos de nome e sobre o nome. Já fora citado em dois dos podcasts que acompanho sobre jogos e positivamente. Infelizmente não o joguei, mas por ter saído em 2013, antes dessa enxurrada de indies metroidvanias que vêm saído nos últimos anos (principalmente em 2018), quem o jogou na época deve guardar boas lembranças e, quiçá, idolatrá-lo. Tenho receio de jogá-lo hoje e ficar frustrado por compará-lo a títulos atuais, mas diante do contexto que o jogo ganhou agora, de ter um autor que lidava com o que eu lido hoje, o game ganhou um valor acrescido. Muito bom esse conteúdo, não fossem vocês, não conheceria o Naramura.
Pulando para a matéria de direitos autorais, é um assunto bastante etéreo. O que deve ser resguardado pelo direito autoral? No caso de imagens, músicas, obras singulares e independentes é mais simples, afinal aquela arte que eu fiz é um arquivo, finalizado, de tantos por tantos pixels e será aquilo o resto da vida. Muda-se de cenário em uma questão como a apresentada da matéria: uma roupa, por exemplo. Enquanto lidando com jogos e arte, sempre fecho meu foco para esse meio, mas realmente, vendemos coisas usadas sem possuirmos, legalmente, direito algum sobre a marca do que estamos vendendo, e até aí está tudo normal. Todavia, se eu comprar uma arte digital e revendê-la, ainda que por um preço inferior, não será visto de igual forma.
Portanto é como pisar em ovos estabelecer uma lei que abrange todas criações sendo que elas divergem tanto de propósito, e o pior é que quem está criando essas leis é, em grande maioria, ignorante nesse assunto. Um deputado no parlamento francês quer direitos sobre músicas, não sobre uma arte no DeviantArt. Ele sequer sabe o que é DeviantArt. Dá um debate extenso mesmo sobre esse assunto e, pra provar que a introdução dessa matéria é factível,
já aconteceu com gente dos fóruns. Ah, e vale citar
o caso das danças em Fortnite.
Quanto ao texto que redigi, minha opinião está lá logo não tenho o que falar sobre aqui. Só peço perdão pois, lendo-a novamente, encontrei alguns errinhos que achei que eram inexistentes na última vez que a revisei. Lamentável minha rara participação ter irregularidades, mas prometo ter mais cuidados em uma vindoura, se possível. No mais, agradeço pelo espaço.
Passei o olho pelos demais textos, mantém-se um conteúdo vasto. Qualquer um que pegar pra ler vai achar, ao menos, uma ou outra matéria que desperta seu interesse, e é muito bacana que a revista permaneça assim mesmo próxima à sua vigésima edição. Imagino que a busca por conteúdos novos aumenta um nível a cada lançamento e admiro-vos que isso não os aflija. Parabéns pelo trabalho e que consigam continuá-lo por bastante tempo.