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"O mais importante não é a história, mas como você conta ela."
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Marvel ou DC? Uma reflexão sobre a necessidade dessa escolha.

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02 de Setembro de 2018
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Um amigo me perguntou se eu preferia "Marvel" ou "DC" sem saber ele que faz algum tempo que deixei de acompanhar esse tipo de produção americana. Na verdade faz mito tempo que "desencanei" desses super-heróis.

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Sempre achei Lobo mais "maneiro" do que Wolverine.

Eu sempre fui muito mais antenado à histórias em quadrinhos produzidas no Japão do que na América do Norte, exceto talvez por algumas coisas que eram "underground" na época (inicio dos anos 90). Ainda assim eu seguia religiosamente os quadrinhos do Homem-Aranha, do Batman e do Superman (na época que podíamos comprar uma revista com o troco do mercado).

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Biblioteca Monteiro Lobato, Salvador-BA.

Em Salvador (onde eu morava) havia um biblioteca chamada Monteiro Lobato e as vezes eu passava as manhãs por lá (fazendo trabalho pra escola) e lendo quadrinhos que haviam à disposição (inclusive para empréstimo). Na biblioteca tive contato com outros super-heróis que eu até então desconhecia (como por exemplo, o Surfista Prateado, manto, olho e Homem de Ferro). Me lembro de uma história onde em que pela primeira vez eu vi o Homem-Aranha e os vingadores juntos e que no final o aracnídeo recusava o pedido para entrar no grupo liderado pelo Capitão América.

Naquela época de certa forma eu acredito que acompanhava esses super-heróis mais por falta de opção mesmo. Meus adorados mangás não existiam em solo nacional e "o que vinha de fora eram caros demais" e ainda por cima em inglês ou japonês. Outro tipo de quadrinho que eu costumava consumir eram as histórias do Zagor e esporadicamente do Tex. Na verdade nunca consegui gostar do muito do Tex mas adorava "a pegada" sobrenatural das aventuras do Zagor.

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Tinha o Connan também e eu adorava aquelas páginas em preto e branco. Acredito que foi nas páginas de algum almanaque do Connan que conheci Solomon Kane e Red Sonja. Foi vasculhando a banca de revista a procura de histórias do Connan que eu conheci o Monstro do Pântano e Constantine. Um pouco depois eu viria a conhecer o selo Image Comics e me apaixonar por GEN13.

Até então eu nunca havia comprado quadrinhos por causa de um "selo", mas depois de GEN13 eu passei consumir tudo que meu dinheiro podia comprar da Image Comics. Isso me afastou um pouco do "heróis tradicionais da época". Mas voltemos um pouco no tempo uns dois anos antes (estamos por volta de 1994).
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Nunca (?) Entendi por que a FairChild sempre acabava com as roupas rasgada...

Eu não posso afirmar mas acredito que a crise econômica gerada pela Guerra do Golfo abalaram de alguma forma a indústria de quadrinhos e as vendas não iam muito bem. Constato isso a partido do fato de que eu costumava comprar na banca duas revistas pelo preço de uma (revistas encalhadas e relançadas à exaustão). O Brasil vivia um momento difícil como Governo Collor.

Eis então que chego na banca e me deparo com o anúncio de que o super-homem havia morrido. Aquele fato provocou um alvoroço entre os consumidores de quadrinhos da região onde eu morava e na escola onde eu estudava. Digo isso por que em todas as bancas às quais eu buscava aquele quadrinho me deparava com a mesma situação: Todas as unidades da revista (A morte do super-homem) haviam se esgotado.

Foi então que eu soube de que na escola um cara tinha a revista e mesmo sem conhecê-lo foi a sua procura. O cara não me emprestou a revista mas me contou o que aconteceu e levou a revista um outro dia para que eu e outros garotos pudéssemos folheá-la durante o "recreio". Claro que eu um "pequeno gafanhoto" fiquei muito abalado já que a partir daquele dia eu não voltaria mais a ler as aventuras do "Homem-de-Aço". Eu estava enganado pois em pouco tempo me deparei com a noticia de que o super-homem havia "retornado. Foi então que caiu minha ficha: eu estava sendo feito de trouxa.

Eu estava acostumado com as histórias de animes japoneses onde a morte do personagem era definitiva. Um dos meus traumas de infância aconteceu quando Roy Focker da série Macross morreu. Também fiquei extremamente chocado quando Macgaren (inimigo do Jaspion) morreu. Eu levava essa história de que "um personagem pode morrer" muito a sério.

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O Retorno do Super-Homem me decepcionou bastante. Por que eu finalmente percebi que aquilo tudo havia sido apenas uma jogada de marketing para "alavancar as vendas" do quadrinho. Definitivamente aquele foi o ponto em que abandonei meu apreço pelo "Homem-de-Aço". Segui em frente com o Batman e com o Homem Aranha. Vale a pena lembrar que Batman sempre foi muito popular especialmente por causa do filmes do Tim Burton (de 1989) ao tempo em que o Homem Aranha era menos conhecido do grande público (cuja maior referência era um seriado de 1977).

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O filme "Batman Eternamente" de 1995 me pareceu uma verdadeira aberração e por essa opinião eu meio que entrava em conflito com "a galera" que era fã do Batman na escola. Por causa da cegueira dos fãs eu "larguei mão" do Batman e a essa altura eu já estava "em lua de mel" com a Image Comics então "segui adiante". Naquele ano eu também já estava viciado em coisas como Vampiro a Máscara, GURPS e Magic. Então não foi muito difícil parar de comprar Revistas do Homem Aranha já que eu não tinha grana para comprar tudo.


No final de 1995 minha única ligação com os super-heróis fora do universo da Image Comics era o Game de Luta Marvel Super Heroes da Capcom que invadiu os Arcades. Foi esse jogo que me fez redescobrir um super-herói que marcou minha infância graças a um seriado de final de tarde: O incrível Hulk. Todas as minhas fichas no fliperama eram usadas para jogar com Hulk e com o Homem Aranha.

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Vale lembrar que existia um suplemente de RPG para o sistema GURPS chamado GURPS SUPERS. Com ele podíamos criar personagens superpoderosos e "sair na porrada" contra outros personagens de 800+ pontos! Só pra ter uma ideia em GURPS personagens dos jogadores são criados com cerca de 100 pontos. Me lembro que a revista Dragão Brasil em algum momento chegou a publicar uma "ficha" de heróis da Marvel e dos perosnagens de street fighter (e naquela época isso era incrível).

Segui com a Image Comics até meados de 1998 quando "a vida toma outros rumos" e surgiram outras prioridades. Nessa altura já existiam algumas publicações de mangá "aqui e acolá" pelo Brasil e eu já possuía acesso a "mangás importados". Depois disso não voltei a consumir quadrinhos americanos (exceto por velharias do selo Heavy Metal e revistas do Connan).

Acreditem, tudo isso me passou pela cabeça quando meu amigo me perguntou se eu preferia Marvel ou DC. Então finalmente eu respondi: Nenhum dos dois, mas ninguém precisa gostar apenas de uma coisa. Você pode gostar de coisas hoje que amanhã irá detestar. E pode ser que passe a gostar de coisas que antes detestava. O importante é que você seja livre para gostar do que te faz feliz.

Postado originalmente em Tecnoanalogica
 

Anexos

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Que tópico! Foi incrível ler como funcionava essa questão da revista nas bancas porque eu cheguei atrasada nisso...meu pai sempre comprou a assinatura de revistas e jornais então eu recebia tudo em casa, meu contato com bancas foi mínimo.

Já na questão de heróis, DC e Marvel, conheci pelo meu pai. Me lembro de vê-lo assistindo Batman Begins na sala de estar, com a estante expondo figuras de ação. Mas eu era bem pequena e as coisas que ele assistia me davam medo -o que eu gostava mesmo era de princesas e Disney! As únicas "HQs" as quais eu tinha acesso eram as da Turma da Mônica, tanto as que meu pai assinava para mim como as da coleção pessoal dele, com revistinhas até de 1990!

Então meu interesse por esse universo surgiu mesmo quando eu tinha meus 10 anos e meu pai comprou um PS3...um dos primeiros jogos que joguei: Batman Arkham City! E aí eu fiquei perdidamente apaixonada pelo herói e seu complexo universo cheio de personagens tão ricos e histórias tão interessantes.

Mais tarde, com meus 13/14 anos, visitei um sebo e vi essas revistinhas a venda! Eram MUITO baratas, uns 50 centavos o pacote com 2 e aí eu fiz uma pequena coleção de HQs, tanto Marvel quanto DC. Amareladas e com aquele cheirinho de papel antigo, foram meu conforto e entretenimento durante muito tempo. Cheguei até a encontrar algumas edições dessa "Gen13"! Se tornou uma das minhas preferidas, junto com Capitão América, Superboy e Marvel98.

Porém, mesmo discordando de algumas coisas que eu encontrava nas revistas e filmes, eu ainda ficava muito empolgada com outras...então nunca fui de um time em específico.

Trazendo para um contexto mais atual: Marvel estava fazendo filmes incríveis enquanto a DC fazia séries incríveis. E jogos incríveis! Então meu amor sempre foi distribuído entre todas essas marcas (além da Vertigo que também ocupa um enorme espaço no meu coração).

Respondendo ao título do tópico: amo as duas!
 
@Coralium Estou realmente impressionado com seu depoimento. Imaginando que seu pai deve ter uma idade bem próxima da minha eu fico contente que ele tenha permitido que você tivesse a possibilidade de conhecer esse "universo maravilhoso dos quadrinhos". E falo isso em parte pela experiência que tive com alguns amigos que após "se tornarem adultos" passaram a agir como se as suas experiências de infância/adolescência fossem algo "ruim para seus filhos".

Eu cresci indo com meu pai à banca de revista para comprar jornal aos domingos. Dessa "aventura" eu sempre retornava com alguma revista em quadrinhos e ele com sua edição do jornal "A Tarde". Foi com ele que aprendi a gostar de jogos de tabuleiro (de todos os tipos) e de ler meio que e tudo (desde revistas a livros técnicos). Não tenho dúvidas quanto os pais são responsáveis por influenciar seus filhos a respeito do "adulto" que eles se tornarão. E por suas palavras acredito que seu pai, se me permite dizer, fez um bom trabalho.

Eu tenho uma sobrinha de apenas 4 anos que é superfã do "Batimo" e da "Mulher Maravilha". Diferente de mim, o pai dela é fissurado em todo e qualquer tipo de super-herói e a menina está indo pelo esmo caminho. Fico contente que nossa sociedade finalmente tenha entendio que esse tipo de coisa não é apenas "coisa de menino" como era na minha época.

À época eu nunca entedia muito bem como funcionavam as bancas de revistas na cidade onde eu morava. No meu bairro haviam 2 e cada uma parecia ser um universo totalmente diferente. Revistas que existiam em uma, eram totalmente desconhecida em outra e vice-versa. As vezes a mesma revista possuíam preços diferentes (quando não eram "lançamento). Acho que o cara da banca simplesmente remarcava o preço (com etiquetas tipo as de mercado mesmo).

Outra coisa estranha era por exmeplo: a edição #122 de um quadrinho chegar na banca antes da edição #120 (??). Acho que a distribuição era complicada e "enrolada" naquela época (anos 80/90). Eu colecionava a revista Dragão Brasil e era um verdadeiro "sofrimento" saber quando a revista chegaria às bancas (simplesmente não havia data certa nem previsão). Acredito que isso acontecia com outras revistas também.

Esse tipo de coisa me fez desistir no longo prazo de colecionar GEN13 e WildCats (Image Comics). E dessas revistas a única que guardo até hoje é um encadernado "versão mangá". Aliás tenho um Mangá do Batman e do "Xis-men" também.

Sobre os filmes de super-heróis, confesso que "dropei" a maioria. Não mais me interesso por super-heróis americanos (desses tradicionais) e por isso sou totalmente alienígena quanto ao assunto. Me lembro de ter assitido o primeiro Homem-Aranha, a adaptação de "O cavaleiro das Trevas", Homem-de-Ferro, Capitão América e Esquadrão Suícida. Assiti mais pelas companhias do que por vontade própria (arrisco até a dizer que dormi na maior parte do tempo).

Por fim, acho estranho essa tendência atual de que "você tem que escolher entre duas coisas". Antigamente não era assim: você podia gostar de tudo sem excluir nada. Claro que rolava aquelas discussões: quem é melhor Wolverine ou Lobo (por exemplo), mas não passava disso. Ninguém xingava ninguém por gostar desse ou daquele personagem.

Como diz a Lulu: "Vamos usar todas as cores".





muito do meu goto por leitura, por jogos
 
Resumidamente nos cinemas prefiro MARVEL, mas gostei de algumas adptações da DC (V de vingança. Batman,por exemplo,)
Já nos quadrinhos li e leio mais Marvel, mas depende muito da saga.

Ótimo tópico! Ambas são importantes e relevantes. Portanto, gosto de ambas, assim como Nintendo e SEGA (apesar que meu amor é para SNK e o NEOGEO AES), ou seja, curto e apoio todo tipo de conteúdo (desde que me agrada). Valeu!
 
Resumidamente nos cinemas prefiro MARVEL, mas gostei de algumas adaptações da DC (V de vingança. Batman,por exemplo,)
Já nos quadrinhos li e leio mais Marvel, mas depende muito da saga.

Ótimo tópico! Ambas são importantes e relevantes. Portanto, gosto de ambas, assim como Nintendo e SEGA (apesar que meu amor é para SNK e o NEOGEO AES), ou seja, curto e apoio todo tipo de conteúdo (desde que me agrada). Valeu!

Sou obrigado a dizer que torço o nariz para a nintendo desde sempre. Não gosto da empresa. Eu arrisco dizer que ela foi tão ou mais tóxica para o mundo dos games quanto a EA. Apesar disso gosto dos jogos que foram publicados para seus consoles.

Como disse anteriormente sou a pior pessoa do mundo para falar sobre as adaptações para o cinema, mas eu percebo que a DC está muito "mortal kombatilizada" nas telonas. Desde que a Warner passou a publicar e distribuir a saga Mortal Kombat, os tons das produções da DC ficaram bastante sombrias. Não sei dizer se é de todo ruim já que a DC sempre flertou com coisas mais "sobrenaturais" ao tempo em que a Marvel sempre teve um pé na "pseudo-ciência".

Aqui no Brasil, pra quem é mais antigo deve lembrar que sempre fomos muito mais influenciados pela DC. Isso é em parte culpa daquele desenho seriado "Os super-amigos", os filmes do Batman, e pela saudoso Superman de Christoper Reeve. Da parte da Marvel, tudo o que tivemos nos anos 90 foi uma série animada do x-man e uma outra do homem-aranha.

Não fosse pelos games da Capcom acho que a Marvel teria caído no limbo nos anos 90 e inicio de 2000.
 
Sempre gostei mais dessas histórias fechadas que têm um começo, meio e fim. Imagino que seja por isso que na época de ensino médio que eu tinha mais tempo livro eu comecei a ler mais mangás do que HQs, já que era fácil de acompanhar por ter uma história linear. Por esse motivo, quando eu entrei em HQs, eu fui ler essas clássicas da Vertigo (V de Vingança e Watchmen) e gostei muito, pois elas te dão o entretenimento e finalizam sem tu precisa assumir o compromisso de ter que acompanhar por anos as histórias (apesar da DC ter colocado os personagens de Watchmen no universo recentemente, que eu não li).

Mas sobre as diferenças entre DC e Marvel, acho que que elas são muito bem explicada por Maurílio dos Anjos:
A Marvel é uma é uma violência mais moleque, é como se fosse uma coça de mãe, já a DC é mais agressiva, como se fosse um espancamento de pai alcoólatra
 
- Marvel, DC, DC Marvel, Nintendo, Sony, Sega, Microsoft... sinceramente essas divisões, brigas, discussões a respeito desses temas uma enorme bobagem, assim como o senhor CWB, sinto falta dos anos que todo mundo gostava de tudo e podia consumir tudo sem precisar explicar ou entrar em conflito com ninguém... Claro só não podia dizer que Sonic era melhor que Mario... por que todo mundo sabe que Mario empala o Sonic de olhos fechados, abandonando o Yoshi e sem estrelinha... brincadeira... por favor, sem brigas meus bons e saudosos fãs. Eu sempre tive a preferencia pela DC, sou apaixonado por Superman, nunca fui um assíduo leitor de quadrinhos de heróis, mas sempre dava um jeito de procurar as sagas fechadas que são as que mais gosto, verdadeiras perolas como Entre a Foice e o Martelo, O Reino do Amanhã, A Morte do Superman, entre outras... Todo mundo deve consumir o que fizer bem para si mesmo, seria tão mais fácil se as pessoas lembrassem disso nos tempos de hoje.
 
Acredito que tudo começou a ruir quando pessoas físicas passaram a idolatrar CNPJ. Então as empresas passaram a ser as "divindades" do mundo contemporâneo ao tempo em que seus sectários passaram a guerrear em nome dessas divindades. No fim das contas apenas as empresas ganham.

Eu gosto de jogos. Se está rodando em um PS1 ou em um XONE tanto faz. Gosto do jogo. Não conheço ninguém que goste dessa ou daquela torradeira, o que as pessoas querem comer é torrada. Claro que eu não gosto da Nintendo por todo o seu histórico tóxico para com a indústria de jogos que aliás foi o principal motivo pelo qual perdeu território para a Sony na época do PS1.o.

Claro que todos temos algumas preferências. Por exemplo: eu não tenho paciência para jogar Super Mário (nunca tive) acho ele muito lento e pesado. Contrapartida acho irado o "penteado do sonic" e toda aquela velocidade na tela (sempre achei). Mas acho importante que deixar claro que preferência é algo subjetivo e que pode coexistir pacificamente com as preferências alheias.

"Larguei mão" das história dos heróis quando percebi que assim como @Eranot gosto muito mais de histórias fechadas (ainda que se prolonguem por muitos episódios). Acho que por isso gosto tanto de animes (não de battle shonen peloamordedios).
 
Eu gosto de colecionar Star Wars, mas nunca me importei se o material é Canon ou Legends, por exemplo. Eu tenho vários quadrinhos de Star Wars que teoricamente não tem valor nenhum porque a Disney deu um empurrão em boa parte dele. Eu gosto do material Canon, mas tem muita coisa nele que não se iguala ao Legends por exemplo.
 
Bom...

No meu caso, não sou fã de nenhum super-herói e de nenhuma franquia em específico. Seja de filmes ou de qualquer outra coisa. Eu sou fã mesmo é de bons efeitos visuais gerados por computador [VFX para os íntimos]. Além disso eu gosto quando um filme ou série ou anime tem uma boa história e aventura. Por isso que, levando isso em consideração, sou fã tanto de Marvel quanto da DC.

E é por isso também que eu assisto animes. Os poderes que os personagens têm são como VFX pra mim. Sem falar que anime que não têm uma boa aventura geralmente é bem sem graça, né? Então...

Por isso também eu prefiro assistir filmes em 3D, hoje em dia. Amo todos os Harry Potter pelo mesmo motivo. Assistia a série Small Ville pelo mesmo motivo e também leio boas histórias escritas procurando estas mesmas coisas...

Como eu sei o quanto é difícil conseguir fazer um bom VFX a ponto de parecer que é real, eu consigo apreciar muito o que esse pessoal invisível faz por trás da telona. E por isso também eu assisto as novelas da Record. Os caras têm evoluído muito nesse quesito.

E é isso também que eu busco e aprecio nos jogos que jogo. Pq é como se os VFX não fossem apenas algo pra parecer que é real. Nos jogs, os VFX são reais. Sem falar na aventura, né?

É isso.
Belo tópico.
 
Um amigo me perguntou se eu preferia "Marvel" ou "DC" sem saber ele que faz algum tempo que deixei de acompanhar esse tipo de produção americana. Na verdade faz mito tempo que "desencanei" desses super-heróis.

Visualizar anexo 2236
Sempre achei Lobo mais "maneiro" do que Wolverine.

Eu sempre fui muito mais antenado à histórias em quadrinhos produzidas no Japão do que na América do Norte, exceto talvez por algumas coisas que eram "underground" na época (inicio dos anos 90). Ainda assim eu seguia religiosamente os quadrinhos do Homem-Aranha, do Batman e do Superman (na época que podíamos comprar uma revista com o troco do mercado).

Visualizar anexo 2237
Biblioteca Monteiro Lobato, Salvador-BA.

Em Salvador (onde eu morava) havia um biblioteca chamada Monteiro Lobato e as vezes eu passava as manhãs por lá (fazendo trabalho pra escola) e lendo quadrinhos que haviam à disposição (inclusive para empréstimo). Na biblioteca tive contato com outros super-heróis que eu até então desconhecia (como por exemplo, o Surfista Prateado, manto, olho e Homem de Ferro). Me lembro de uma história onde em que pela primeira vez eu vi o Homem-Aranha e os vingadores juntos e que no final o aracnídeo recusava o pedido para entrar no grupo liderado pelo Capitão América.

Naquela época de certa forma eu acredito que acompanhava esses super-heróis mais por falta de opção mesmo. Meus adorados mangás não existiam em solo nacional e "o que vinha de fora eram caros demais" e ainda por cima em inglês ou japonês. Outro tipo de quadrinho que eu costumava consumir eram as histórias do Zagor e esporadicamente do Tex. Na verdade nunca consegui gostar do muito do Tex mas adorava "a pegada" sobrenatural das aventuras do Zagor.

Tinha o Connan também e eu adorava aquelas páginas em preto e branco. Acredito que foi nas páginas de algum almanaque do Connan que conheci Solomon Kane e Red Sonja. Foi vasculhando a banca de revista a procura de histórias do Connan que eu conheci o Monstro do Pântano e Constantine. Um pouco depois eu viria a conhecer o selo Image Comics e me apaixonar por GEN13.

Até então eu nunca havia comprado quadrinhos por causa de um "selo", mas depois de GEN13 eu passei consumir tudo que meu dinheiro podia comprar da Image Comics. Isso me afastou um pouco do "heróis tradicionais da época". Mas voltemos um pouco no tempo uns dois anos antes (estamos por volta de 1994).
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Nunca (?) Entendi por que a FairChild sempre acabava com as roupas rasgada...

Eu não posso afirmar mas acredito que a crise econômica gerada pela Guerra do Golfo abalaram de alguma forma a indústria de quadrinhos e as vendas não iam muito bem. Constato isso a partido do fato de que eu costumava comprar na banca duas revistas pelo preço de uma (revistas encalhadas e relançadas à exaustão). O Brasil vivia um momento difícil como Governo Collor.

Eis então que chego na banca e me deparo com o anúncio de que o super-homem havia morrido. Aquele fato provocou um alvoroço entre os consumidores de quadrinhos da região onde eu morava e na escola onde eu estudava. Digo isso por que em todas as bancas às quais eu buscava aquele quadrinho me deparava com a mesma situação: Todas as unidades da revista (A morte do super-homem) haviam se esgotado.

Foi então que eu soube de que na escola um cara tinha a revista e mesmo sem conhecê-lo foi a sua procura. O cara não me emprestou a revista mas me contou o que aconteceu e levou a revista um outro dia para que eu e outros garotos pudéssemos folheá-la durante o "recreio". Claro que eu um "pequeno gafanhoto" fiquei muito abalado já que a partir daquele dia eu não voltaria mais a ler as aventuras do "Homem-de-Aço". Eu estava enganado pois em pouco tempo me deparei com a noticia de que o super-homem havia "retornado. Foi então que caiu minha ficha: eu estava sendo feito de trouxa.

Eu estava acostumado com as histórias de animes japoneses onde a morte do personagem era definitiva. Um dos meus traumas de infância aconteceu quando Roy Focker da série Macross morreu. Também fiquei extremamente chocado quando Macgaren (inimigo do Jaspion) morreu. Eu levava essa história de que "um personagem pode morrer" muito a sério.


O Retorno do Super-Homem me decepcionou bastante. Por que eu finalmente percebi que aquilo tudo havia sido apenas uma jogada de marketing para "alavancar as vendas" do quadrinho. Definitivamente aquele foi o ponto em que abandonei meu apreço pelo "Homem-de-Aço". Segui em frente com o Batman e com o Homem Aranha. Vale a pena lembrar que Batman sempre foi muito popular especialmente por causa do filmes do Tim Burton (de 1989) ao tempo em que o Homem Aranha era menos conhecido do grande público (cuja maior referência era um seriado de 1977).


O filme "Batman Eternamente" de 1995 me pareceu uma verdadeira aberração e por essa opinião eu meio que entrava em conflito com "a galera" que era fã do Batman na escola. Por causa da cegueira dos fãs eu "larguei mão" do Batman e a essa altura eu já estava "em lua de mel" com a Image Comics então "segui adiante". Naquele ano eu também já estava viciado em coisas como Vampiro a Máscara, GURPS e Magic. Então não foi muito difícil parar de comprar Revistas do Homem Aranha já que eu não tinha grana para comprar tudo.


No final de 1995 minha única ligação com os super-heróis fora do universo da Image Comics era o Game de Luta Marvel Super Heroes da Capcom que invadiu os Arcades. Foi esse jogo que me fez redescobrir um super-herói que marcou minha infância graças a um seriado de final de tarde: O incrível Hulk. Todas as minhas fichas no fliperama eram usadas para jogar com Hulk e com o Homem Aranha.

Vale lembrar que existia um suplemente de RPG para o sistema GURPS chamado GURPS SUPERS. Com ele podíamos criar personagens superpoderosos e "sair na porrada" contra outros personagens de 800+ pontos! Só pra ter uma ideia em GURPS personagens dos jogadores são criados com cerca de 100 pontos. Me lembro que a revista Dragão Brasil em algum momento chegou a publicar uma "ficha" de heróis da Marvel e dos perosnagens de street fighter (e naquela época isso era incrível).

Segui com a Image Comics até meados de 1998 quando "a vida toma outros rumos" e surgiram outras prioridades. Nessa altura já existiam algumas publicações de mangá "aqui e acolá" pelo Brasil e eu já possuía acesso a "mangás importados". Depois disso não voltei a consumir quadrinhos americanos (exceto por velharias do selo Heavy Metal e revistas do Connan).

Acreditem, tudo isso me passou pela cabeça quando meu amigo me perguntou se eu preferia Marvel ou DC. Então finalmente eu respondi: Nenhum dos dois, mas ninguém precisa gostar apenas de uma coisa. Você pode gostar de coisas hoje que amanhã irá detestar. E pode ser que passe a gostar de coisas que antes detestava. O importante é que você seja livre para gostar do que te faz feliz.

Postado originalmente em Tecnoanalogica

Confesso que sou da época mais Nutella, porque eu nunca fui em uma biblioteca e essas coisas, meu contato com bancas também foi mínimo assim como a Coralium, o único gibi que eu tive foi um do Batman que havia ganhado de aniversário, porque eu sinceramente, nunca me interessei por gibis de super-heróis ou coisa do tipo.
 
Descobri recentemente que minha sobrinha de 4 anos é fã da Mulher Maravilha e do Bátimo. Ela simplesmente adora esses dois heróis.

Tentando confundir a cabeça da pobre criança eu perguntei se ela gostava do Coringa. Ela disse que não, por que ele temo cabelo verde. Vai entender.
 
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