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O deslize devidamente encoberto da Sociedade Vril

Zugzwang

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17 de Junho de 2015
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O deslize devidamente encoberto da Sociedade Vril

O sr. Willy Ley pode ter sido o mais espirituoso detrator dos interesses científicos nórdicos. Mas os alvos de seu deboche no PSEUDOWISSENSCHAFT IM LAND DER NATIONALSOZIALISTEN apenas provaram a ignorância e visão rasa do próprio autor quanto aos círculos secretos que anteciparam a ascensão do Füher – com isso perdendo a total compreensão do fenômeno que transformou o século 20.

Hörbiger realmente se empenhava em espalhar a Welteislehre (aproximadamente, Teoria do Gelo Cósmico) contra toda Ciência Judaica. O Homem Nórdico nasceu e cresceu na neve. Sua herança é antecipar a queda da Lua, composta por gelo, desabar sobre a Terra e extinguir toda a vida, por causa da resistência do hidrogênio no espaço. A humanidade primitiva sobreviveu ao impacto de uma lua menor que submergiu Atlântida, e descreveu com sua imaginação mítica este acontecimento no Ragnarök.

A Sociedade de Pesquisa Científica do Pêndulo poderia determinar se um casal daria certo, se um empregado tinha o perfil da empresa e, o mais útil, se um navio inimigo estava numa posição determinada do mapa. Estes poderes, evidentemente, não eram o bastante.

O general Karl Haushofer precisava ir além. A história alternativa consagrou seu nome, junto com o de Maria Orsic, convenientemente ocultou a médium apelidada de Sigrun (teoricamente, não tendo envelhecido após 140 anos). Mas a Sociedade Vril soube esconder seus podres e os enterrar junto de suas missões de resultados questionáveis.

Patrocinar a mais profunda escavação possível para debaixo da Terra, sob a desculpa de exploração mineral, não exigiu nada mais do que um jogo de poder entre as figuras influentes do grupo secreto. As publicações iniciadas em 1871 (por exemplo, The Coming Race) romantizavam tantos as visões paranormais dos médiuns quanto as tentativas e seus respectivos contatos com a raça subterrânea Vril-ya. Próximos e visionários da queda da última lua, anteciparam-se e cavaram fundo o bastante para escaparem do dilúvio. Ainda preservavam a aparência de anjos e foram coroados com poderes inimagináveis devido à subjugação da natureza que implantaram.

Os contatos telepáticos possibilitaram o diálogo entre as duas raças. Os agentes da missão, após um período intensivo com os habitantes do subterrâneo, convenceram-nos de que o Vril poria fim às disputas por recursos da Humanidade. E nada melhor do que este poder – o princípio divino capaz de gerar energia sem destruir, segundo dr. Schumann – nas mãos de um povo culto, seleto e maltratado, economicamente afundado por punições cruéis do Tratado de Versalhes (observação: os relatos mais confiáveis deste caso o situam após 1919).

Conduzida uma porção em forma sólida, a unidade desejou experimentar o poder do Vril por sua conta e risco. Seria esta a Prima materia, a substância caótica constituinte de tudo? Era o que o adepto suíço do grupo indagava-se. Havendo conversado com Jung, ele sabia dos paralelos entre a alquimia e a psicologia antes da famigerada obra ser publicada. Extrair o ouro do que é podre, a virtude de suas mais profundas sombras interiores. Os rapazes bebiam em sua sala privada, debatiam em tom nada sério se as tais criaturas eram potenciais destruidores da humanidade ou nobres guias espirituais, como Blavatsky – sem se importarem com nada disso.

Até que o líder tomou posse do artefato e o utilizou. Ele exagerou nos procedimentos, seguiu mal os ritos (que, obviamente, não podem ser ensinados ao público). A exposição de todos ao Vril foi alta. O homem repentinamente parecia sóbrio e, mais do que isso, profundamente sério. Logo no primeiro olhar, todo o resto do grupo ficou amedrontado. Encolhiam-se, choravam, escondiam-se atrás da mesa e se esgueiravam pelas paredes. As mentes estavam quebradas. Eles balbuciavam, se debatiam. Como que plenamente loucos e fascinados pela figura de seu líder.

A organização rastreou e localizou a unidade. O primeiro adepto abriu a porta e, imediatamente, sua face estava aterrorizada, ao mesmo tempo que ficou hipnotizado e entrou na sala. Felizmente, para a Sociedade Vril, o grupo de rastreamento estava devidamente preparado e armado para a situação. Fuzilavam as paredes enquanto não alcançassem o silêncio completo. Cuidadosamente, o Vril foi retornado e guardado para uso moderado daquele que um dia se provaria digno de exercer tal persuasão..

“Tal como é acima, é abaixo e Tal como é dentro, é fora”, diz o princípio Hermético. O que ocorreu no microcosmo, anos depois, aconteceria no macrocosmo, numa sociedade. Para muitos, essa foi a amostra do que pavimenta O Quarto Caminho de Gurdjieff, quem, ironicamente, alimentou as mesmas correntes que os próprios nacionalistas acusariam de corroer o Ocidente.
 
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