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"O segredo para desenvolver ótimos jogos é... ahm... bom, se eu contasse, não seria mais segredo."
- Jazz

O Garoto perseguido pela escuridão

rafaelrocha00

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19 de Junho de 2015
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O que acham dessa introdução? Adjetivos de mais? descrição demais? clichê demais?


Você gosta de seu professor? Provavelmente não. Ele ensinou a maior parte do que você sabe, eram grandes papeis que definiam a vida de alguém; e ainda são, mas não damos tanto valor a eles, não gostamos de aceitar nossa própria pequenez diante de tal autoridade, por isso tentamos ignorar; fugir; esquecer;

O professor de Scizel se chamava morte.

A morte é uma ótima professora, ela enterra as fraquezas no fundo de um desentendimento e um desejo perpétuo, e ao contrario da maioria dos professores; você não pode ignorar a morte; não pode fugir dela; não pode esquecer-se dela; ela estará sempre na sua frente; sempre esperando atrás da porta da fraqueza e do fatal.

E o que a morte lhe ensinou, usando o fogo como caneta e o sangue como tinta, é que mesmo em frente ao próprio fracasso e o ultimo dos dias; eles são capazes de manter a tristeza longe — mesmo que através da ignorância, ou quem sabe da força que ela esconde — eles são capazes de estupidamente ignorar seu destino triste e sorrir. Por mais ridículo que seja, eles conseguem continuar andando pelo frio e pelos corpos em ruas geladas; conseguem continuar vivendo e sorrindo mesmo depois de serem marcados pelo sangue borbulhante em um vilarejo queimado; conseguem continuar lutando, mesmo marcados pela perda, pelo ódio, ou pela loucura de seus iguais.

Mesmo presos a um destino inevitável de morte e sofrimento, ele conseguem falar e dizer o que pensam de uma maneira aberta e feliz; mesmo que não dure muito, é um momento que fica gravado no quadro universal, são as memórias que se prendem a nos com mais força, são aquelas memórias que nos cegam e nos fazem acreditar que independente do sofrimento que passamos e passaremos, a vida pode ser feliz; são esses momentos que definem a vida de uma pessoa, que definem o jeito que essa pessoa verá o mundo, seja para o bem ou para o mau.

Eles continuam a lutar... E isso era incrível, isso fazia Scizel acreditar — no fundo de seu coração — que as pessoas podem ser melhores, é só dar a oportunidade correta. E mesmo quando estava preso na ilha do desespero e apatia, ele conseguiu ver aquela vela brilhar no peito e no sorriso das pessoas que encontrou, ele conseguiu manter essa idéia, essa fé irracional na humanidade; mesmo quando teve que de abandonar-la para cumprir seus ideais egoístas, ele ainda assim continuou a acreditar.

E mesmo agora preso nessa caixa negra de arrependimentos e tristeza, selado pelos próprios pecados, ele continua a ver essa vela brilhando no coração dos mais desafortunados, dos mais traídos pelos seus ideais e sonhos, traídos pela sociedade em que viveram; a sociedade que deixaram para trás. Essa não é então uma historia de malefícios e tortura, é uma historia de continuidade, de aventura pelas pequenas e grandes lutas que os decaídos batalham todo dia, para atingir seus ideais nobres ou seus desejos egoístas; para atingir o futuro; algo que ninguém — nem mesmo Deus — pode proporcionar para esses peregrinos.

Essa então não é uma historia sobre a morte, mas sim sobre os alunos que ela educou ao longo de eternos anos tristes e chuvosos, é a historia do destino dessas pessoas, da sua luta para vencerem e ultrapassarem seu professor. É uma ode a batalha.
 
Interessante, além disso usar clichê não é um problema.

Essa assertiva é perigosa.
claro, os jogos podem compensar os piores clichês com diversos fatores, mas com livros e contos a coisa muda de questão.
de fato, existem ótimos contos por ai que se apegam muito a clichês, alguns até conseguem desconstruí-los e fazer coisas muito divertidas.
porem, isso é diferente para o clichê de estilo, nesse caso existe apenas uma repetição, não só de conteúdo, mas no estilo das descrições também, e isso é ruim. ler trés livros falando sobre morte é uma coisa, vê-los falando do mesmo jeito, com as mesmas palavras e a mesma escrita é enfadonho, é um clichê que deveria ser evitado.
Bom, é algo para pensar.
 
rafaelrocha00 comentou:
Interessante, além disso usar clichê não é um problema.

Essa assertiva é perigosa.
claro, os jogos podem compensar os piores clichês com diversos fatores, mas com livros e contos a coisa muda de questão.
de fato, existem ótimos contos por ai que se apegam muito a clichês, alguns até conseguem desconstruí-los e fazer coisas muito divertidas.
porem, isso é diferente para o clichê de estilo, nesse caso existe apenas uma repetição, não só de conteúdo, mas no estilo das descrições também, e isso é ruim. ler trés livros falando sobre morte é uma coisa, vê-los falando do mesmo jeito, com as mesmas palavras e a mesma escrita é enfadonho, é um clichê que deveria ser evitado.
Bom, é algo para pensar.

Isso é, mais sei la eu mesmo me divirto com qualquer coisa sendo clichês ou não fala a verdade a maioria dos anime e tudo clichê mais mesmo assim eu me divirto acho que vai da pessoa não sei, mais fazer algo sempre igual e tenso eu mesmo não gosto da saturação de fps que tem hj em dia mais amo jogar de vez em quando um unreal ou quake....isso vai da uma discussão muito boa..
 
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