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O que mais te diverte nos jogos?

Jazz Masculino

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Acho que esse assunto é bem pessoal.

Afinal, somos diferentes, não é mesmo?

Legend_of_Zelda_NES.PNG


O jogo da imagem acima é o primeiro Zelda.

Foi um dos jogos retrôs que eu mais curti jogar -- apesar de nunca ter zerado o maldito.

Eu gostei bastante da liberdade que o jogo me trouxe - tanto é que decidi escrever a matéria sobre "Diversão por Descobertas" na Make the Game - justamente por causa dele e do Breath of the Wild.

Pois uma das coisas que mais me diverte nos jogos é ter escolhas. E em especial, quando minhas escolhas moldam a história, a jogabilidade e a forma como eu desvendo o universo fictício dos jogos.




Symphony_of_the_Night_screenshot.jpg


O Castlevania Symphony of the Night é um de meus favoritos.

Eu posso escolher rotas diferentes para chegar em objetivos semelhantes,

armas que abrem estratégias distintas

e até optar por jogabilidades diferentes -- usar muita magia ou nenhuma, evitar a maioria dos inimigos em vez de lutar, etc.

Sempre há algo novo a ser descoberto. Sempre há um leque de opções!

pointing-finger-hand-pointing-47604.png


MAS E VOCÊ? O QUE MAIS TE DIVERTE NOS JOGOS?

 
Excelente Tópico! Cara são tantas coisas que me divertem nos jogos! Um mix de sentimentos, mas eu diria que o fator principal é a imersão, como o jogo me prende, o que ele faz para eu deitar na cama para dormir e ficar pensando "Como eu faço para passar daquela fase/chefe" eu acho que isso acontece fundamentalmente pela união de diversos fatores, além de uma proposta visual concisa (se for um pixel arte, poligonal, 3D de alta performance) a parte gráfica precisa ser harmônica, a complexidade em si eu não vejo como determinante, um bom recurso sonoro, musica é extremamente imersivo.
Citando SON, que é o Castlevania (saudoso Akumajou Dracula) que mais adoro, todas aquelas músicas com ar gótico, a trilha "Vampire Killer" é de arrepiar, dá vontade de sair na rua chicoteando as pessoas só não faço isso por que tenho medo de ser preso (e de descobrirem que na verdade eu sou um Belmont).
Jogabilidade também é essencial, gosto de jogos com puzzles e investigativos, mas acredito que cada jogo deve construir seu climax e suas mecânicas conforme sua temática exija.

É isso. :) Parabéns pelo tópico @Caio Varalta
 
... a trilha "Vampire Killer" é de arrepiar, dá vontade de sair na rua chicoteando as pessoas só não faço isso por que tenho medo de ser preso (e de descobrirem que na verdade eu sou um Belmont).
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Massa, Ricky! o/

A imersão é realmente algo muito importante.

E tem muitas formas dos jogos alcançarem boas imersões, né?

Essa diversidade de gêneros, plataformas e estilos artísticos abre pra muitas possibilidades.

Eu gosto de como o SOTN se abriu pras diferentes formas de exploração. Com o sistema de XP, personagens alternativos, loja do veínho e tal. É massa demais cara!

Symphony of the Night e Curse of Darkness são obras de arte. Não que eu não curta os Castlevanias mais clássicos, até pq eu não curto muito memo mas esses dois foram uns dos jogos que mais joguei na vida kkkkk

E, pô, o que é aquela OST? A Michiru Yamane é de outro planeta!

Ontem mesmo, eu tava viajando ouvindo a dance of pales, haha

 
Eu adoro Castlevania, acho SOTN uma obra prima, maaaaaaaas...
Se tem um jogo que realmente me fez ter uma imersão absurda (além de Final Fantasy 6, que é meu xodózinho '3') foi justamente o responsável pela fama do SOTN ser de um "metroidvania":
71Dy2YaTGuL._SL1000_.jpg

Céus, como esse jogo é bom! Completei ele recentemente e posso lhes dizer que tive um sentimento de imersão maior do que em SOTN, pois, este aqui recompensa melhor os exploradores de plantão e praticamente todos os itens secretos serão úteis, ao contrário de SOTN, que possui muita coisa inútil que só estará lá para encher o inventário X3. O clima de suspense constante e solidão durante toda a jornada é outro ponto a ser levado em consideração (yep, você passa o tempo todo sozinha tendo que se virar para acessar novas áreas, sendo que o único contato "caloroso" que terá com alguém será em momentos de tensão contra os difíceis chefes e inimigos). A trilha sonora, assim como em SOTN, é maravilhosa e a ambientação e surpreendente!
Fiquei impressionada com a área Brinstar (Como toda aquela vegetação e pétalas flutuando pelo ar):
WiiUVC_SuperMetroid_10.bmp

E a bela trilha que toca ali:
Vivendo e aprendendo, preciso rever outros grandes títulos do passado, é impressionante como tem relíquias que valem muito a pena serem jogadas atualmente, que transmitem um sentimento único e especial do tipo que não encontramos nos jogos filmes de hoje em dia. Lembrando que não estou comparando questões técnicas, mas é nítido que os jogos de antigamente eram feitos com mais capricho, ainda mais se levarmos em conta as limitações da época, notava-se esforço e empenho das desenvolvedoras para entregar algo de qualidade e não apenas mais do mesmo.
Não sei vocês, mas eu prefiro comprar um jogo e saber que não terei que adquirir uma expansão ou DLC para ter a experiência completa, isso por si só já me diverte bastante X3
Com Super Metroid tive essa sensação de "missão cumprida" literalmente hahahá!

OFF:
Rick O Belmont comentou:
a trilha "Vampire Killer" é de arrepiar, dá vontade de sair na rua chicoteando as pessoas só não faço isso por que tenho medo de ser preso (e de descobrirem que na verdade eu sou um Belmont).
Morra de inveja @Ricky O Bardo, eu faço isso na redação da revista há anos hahahá não que eu deveria me orgulhar disso...!
 
Acho que o que mais me diverte em um jogo é a sensação de vitória após superar um desafio muito desafiador, essa sensação é algo indescritível. Aquele instante onde você está a 5 horas tentando matar um chefão ou passar uma fase e você já tentou todo tipo de estratégia e artimanha até que em um surto de adrenalina você consegue vencer por um triz, esse breve momento é o que chamo de felicidade.
Mas para isso o desafio tem que ser justo, você tem que sentir que a única explicação de você estar sendo derrotado é você mesmo e não o próprio jogo tentando te sabotar igual acontecia antigamente com Ninja Gaiden e Castlevania que tudo era bolado pra algum treco bater em você do nada e te derrubar em um buraco.
 
Cara...

Muito interessante, essa sua pergunta. Oq me diverte nos jogos?
É simples: é a possibilidade de explorar um novo mundo, viver novas histórias... (Talvez, nessa hora, alguém que me conheça iria perguntar: "Mas vc gosta de jogar jogos que se passam no fim do mundo! Ou após ele. Oq tem de legal nisso?") Eu diria: as mesmas coisas que podem ser encontradas num RPG medieval. Pq a questão não é oq está acontecendo com o mundo do game, mas sim a oportunidade de sair da mecanicidade da nossa realidade e entrar numa aventura qualquer que o jogo te proporciona.

Hoje em dia eu não gosto muito de jogo de terror, tipo Resident Evil, Dead Space, ou algum outro parecido. Pq, pra mim, eles não fazem muito sentido. Eu prefiro jogos que exploram e expandem a nossa realidade (mesmo que seja em outra dimensão ou mundo). Oq me diverte é isso: poder criar, construir, explorar, descobrir, ficar forte, evoluir e se aventurar pelos mapas dos jogos.

Gostei da sua pergunta.
Até mais.
 
Opaa! Mas que belo tópico, Sir. Caio!

Realmente gostei bastante da proposta. Não poderia simplesmente ignorá-lo, pois.
A minha resposta a sua pergunta acaba por ser semelhante à do meu caro Ricky: a imersão. Portanto, construirei ela usando como exemplo um dos meus jogos favoritos =).


- The Legend of Zelda: Minish Cap -

SI_GBA_TheLegendOfZeldaTheMinishCap_image1600w.jpg

A série Zelda é muito aclamada pelo seu padrão de alta qualidade e nesse título não é diferente (embora este não tenha sido produzido pela Nintendo e a sua equipe. Conta apenas com a supervisão do Miyamoto e do senhor Kondo).

TLoZ: MC é um jogo produzido pela Flagship (extinta desenvolvedora indie financiada pela Capcom) e lançado em 2004 para o GBA. O enredo é simples: "O jovem Link — acompanhado de seu novo amigo, Ezlo (um capuz falante) — precisa restaurar a Picori Blade a fim de salvar a princesa Zelda que foi transformada em pedra pelo maligno feiticeiro Vaati". Embora o enredo indique uma progressão bem linear, o jogo te faz querer mais do que apenas seguir com a história.

Duas mecânicas importantes deste título (e também as que fornecem a sua identidade) são: diminuir de tamanho usando a magia de Ezlo, podendo assim acessar lugares específicos e a fusão de Kinstones, "As pedras místicas que trazem a felicidade" — como o próprio jogo descreve. Dessas duas mecânicas, a segunda em especial é interessante citar pois a mesma incentiva o jogador a interagir com todos os NPCs até encontrar alguém que possua uma metade que combine com a sua (e ainda trazendo boas recompensas quando são fusionadas; desde baús cheios de rupees até passagens, inimigos e itens secretos fora as famosas Heart Pieces) e acredite: fundir todas NÃO É FÁCIL.

Não só essas que citei mas como várias outras mecânicas são usadas recorrentemente até o fim do jogo, seja para alcançar o seu objetivo ou para chegar a lugares secretos que são apresentados ao jogador de forma bem natural, fazendo com que ele mesmo procure por si próprio.

E é essa mistura de uma história linear em um mundo cativante com sistemas únicos e um grande conteúdo a disposição para ser explorado que constrói toda a imersão de Minish Cap. O jogo te faz gastar tanto tempo com objetivos secundários, explorando o mapa, resolvendo puzzles e enfrentando os chefes, que se torna fácil jogar novamente do início (porém, o mais interessante é que haverá algo que você ainda não viu da outra vez — a não ser que tenha feito um detonado :v, huehue).

Bom, escrevi demais e já elogiei demais este jogo, husahusa. Mas, pra mim, o que é apresentado nele é uma aula de Game Design para desenvolvedores em geral e, com certeza, foi um dos jogos mais divertidos que já joguei. xD
~É isso... Inté!

PS: Me condenariam se eu dissesse que nunca joguei Super Metroid e SotN? Preciso experimentar algum dia...
 
Última edição:
Vivendo e aprendendo, preciso rever outros grandes títulos do passado, é impressionante como tem relíquias que valem muito a pena serem jogadas atualmente, que transmitem um sentimento único e especial do tipo que não encontramos nos jogos filmes de hoje em dia. Lembrando que não estou comparando questões técnicas, mas é nítido que os jogos de antigamente eram feitos com mais capricho, ainda mais se levarmos em conta as limitações da época, notava-se esforço e empenho das desenvolvedoras para entregar algo de qualidade e não apenas mais do mesmo.
Não sei vocês, mas eu prefiro comprar um jogo e saber que não terei que adquirir uma expansão ou DLC para ter a experiência completa, isso por si só já me diverte bastante X3
Esses modelos atuais de DLCs e episódios também não me agrada muito, Ju, na maioria das vezes.

É legal como nessa época não existia muita referência e o pessoal criou essas masterpieces. Hoje que a gente tem tantas referências parece que não evoluímos o tanto que poderíamos. :v

então super metroid rewarda mais que sotn? fiquei curioso agr. nunca joguei pra valer
Acho que o que mais me diverte em um jogo é a sensação de vitória após superar um desafio muito desafiador, essa sensação é algo indescritível. Aquele instante onde você está a 5 horas tentando matar um chefão ou passar uma fase e você já tentou todo tipo de estratégia e artimanha até que em um surto de adrenalina você consegue vencer por um triz, esse breve momento é o que chamo de felicidade.
Mas para isso o desafio tem que ser justo, você tem que sentir que a única explicação de você estar sendo derrotado é você mesmo e não o próprio jogo tentando te sabotar igual acontecia antigamente com Ninja Gaiden e Castlevania que tudo era bolado pra algum treco bater em você do nada e te derrubar em um buraco.
kkkk que legal, mano!

Eu acho mt massa esse tipo de experiência também, mas particularmente prefiro mais a questão de exploração, possibilidades etc. do que o desafio em si. =)

Tem até o Bartle taxonomy of player types que fala bastante sobre os tipos diferentes de jogadores. É um tópico bem bacana que tem a ver com essa discussão XD

Cara...

Muito interessante, essa sua pergunta. Oq me diverte nos jogos?
É simples: é a possibilidade de explorar um novo mundo, viver novas histórias... (Talvez, nessa hora, alguém que me conheça iria perguntar: "Mas vc gosta de jogar jogos que se passam no fim do mundo! Ou após ele. Oq tem de legal nisso?") Eu diria: as mesmas coisas que podem ser encontradas num RPG medieval. Pq a questão não é oq está acontecendo com o mundo do game, mas sim a oportunidade de sair da mecanicidade da nossa realidade e entrar numa aventura qualquer que o jogo te proporciona.

Hoje em dia eu não gosto muito de jogo de terror, tipo Resident Evil, Dead Space, ou algum outro parecido. Pq, pra mim, eles não fazem muito sentido. Eu prefiro jogos que exploram e expandem a nossa realidade (mesmo que seja em outra dimensão ou mundo). Oq me diverte é isso: poder criar, construir, explorar, descobrir, ficar forte, evoluir e se aventurar pelos mapas dos jogos.

Gostei da sua pergunta.
Até mais.
Massa, Inter!

Essas possibilidades que você citou no final batem bastante com o que me diverte também.

Especialmente a questão de você explorar o universo do jogo, entender as regras e interagir com ele. Quanto melhor os jogos fazem isso, mais imerso eu me sinto! =)

dont starve é rei pra mim
Opaa! Mas que belo tópico, Sir. Caio!

Realmente gostei bastante da proposta. Não poderia simplesmente ignorá-lo, pois.
A minha resposta a sua pergunta acaba por ser semelhante à do meu caro Ricky: a imersão. Portanto, construirei ela usando como exemplo um dos meus jogos favoritos =).


- The Legend of Zelda: Minish Cap -

SI_GBA_TheLegendOfZeldaTheMinishCap_image1600w.jpg

A série Zelda é muito aclamada pelo seu padrão de alta qualidade e nesse título não é diferente (embora este não tenha sido produzido pela Nintendo e a sua equipe. Conta apenas com a supervisão do Miyamoto e do senhor Kondo).

TLoZ: MC é um jogo produzido pela Flagship (extinta desenvolvedora indie financiada pela Capcom) e lançado em 2004 para o GBA. O enredo é simples: "O jovem Link — acompanhado de seu novo amigo, Ezlo (um capuz falante) — precisa restaurar a Picori Blade a fim de salvar a princesa Zelda que foi transformada em pedra pelo maligno feiticeiro Vaati". Embora o enredo indique uma progressão bem linear, o jogo te faz querer mais do que apenas seguir com a história.

Duas mecânicas importantes deste título (e também as que fornecem a sua identidade) são: diminuir de tamanho usando a magia de Ezlo, podendo assim acessar lugares específicos e a fusão de Kinstones, "As pedras místicas que trazem a felicidade" — como o próprio jogo descreve. Dessas duas mecânicas, a segunda em especial é interessante citar pois a mesma incentiva o jogador a interagir com todos os NPCs até encontrar alguém que possua uma metade que combine com a sua (e ainda trazendo boas recompensas quando são fusionadas; desde baús cheios de rupees até passagens, inimigos e itens secretos fora as famosas Heart Pieces) e acredite: fundir todas NÃO É FÁCIL.

Não só essas que citei mas como várias outras mecânicas são usadas recorrentemente até o fim do jogo, seja para alcançar o seu objetivo ou para chegar a lugares secretos que são apresentados ao jogador de forma bem natural, fazendo com que ele mesmo procure por si próprio.

E é essa mistura de uma história linear em um mundo cativante com sistemas únicos e um grande conteúdo a disposição para ser explorado que constrói toda a imersão de Minish Cap. O jogo te faz gastar tanto tempo com objetivos secundários, explorando o mapa, resolvendo puzzles e enfrentando os chefes, que se torna fácil jogar novamente do início (porém, o mais interessante é que haverá algo que você ainda não viu da outra vez — a não ser que tenha feito um detonado :v, huehue).

Bom, escrevi demais e já elogiei demais este jogo, husahusa. Mas, pra mim, o que é apresentado nele é uma aula de Game Design para desenvolvedores em geral e, com certeza, foi um dos jogos mais divertidos que já joguei. xD
~É isso... Inté!

PS: Me condenariam se eu dissesse que nunca joguei Super Metroid e SotN? Preciso experimentar algum dia...
Caraca, Draks! Isso aqui é quase uma matéria, em? :Gamers_Rise_Up:

Bacana demais tu aplicar essa opinião com um jogo de forma tão descritiva assim.

Eu nunca joguei Minish Cap, mas parece ter umas mecânicas bem diferentes dos Zeldas que joguei.

Esse ponto de "explorar quests e objetivos secundários" para mim, é algo que às vezes dá muito errado. Mas quando dá certo, deixa o jogo muito mais real. Tu escolhe quando vai continuar a jornada e quando vai ajudar o npc X que tem uma side story bacana.

Gosto bastante! =)

Mas parabéns pela bela resposta! E já deixo o Minish Cap na minha wishlist kkkkk

PS: São dois jogos muito bons! Pelo seu tipo de preferência, provavelmente serão jogos que trarão bastante diversão (a menos que você não goste de platformers). =)

PS²: Quando o Metroid/Super Metroid ou o SOTN foram criados, a principal inspiração foi Zelda 1 para um dos dois jogos - não lembro qual. Apesar de se chamar metroidvania, tem bastantes traços de Zeldinha nos dois jogos -- principalmente no que tange a exploração. Alguém leu sobre isso em algum lugar? Adoraria reler sobre esse assunto. Lembro de ser uma matéria de curiosidades bem massa. xP
 
Sei que não sou parâmetro, mas sou o tipo de pessoa que se diverte com muito pouco. Sou um tanto quanto exigente come relação ao que vou jogar, pois disponho pouco tempo para esse tipo de diversão - fato este que justamente, me obriga a otimizar minha experiência de jogo.

Dependendo do momento, me divirto de forma diferente. Algumas vezes quero apenar curtir o som do jogo, principalmente quando estamos falando daquela coisa sintética e grudenta, como eram os sons da geração 8-bits. Outras vezes quero reunir a galera numa partida online pra jogar qualquer coisa - nessas horas o que menos importa é o jogo.

Então, pra mim, a diversão acontece em função do que quero vivenciar num momento bastante particular. Considero todos os elementos que os/as colegas citaram anteriormente são importantes. Mas não precisa necessariamente estar jogando pra que eu possa me divertir, as vezes me divirto organizando-os na prateleira ou nas caixas. Mas o que pra mim, com certeza é tão ou mais divertido que jogar em si é conversar com os amigos/as sobre um jogo que tenhamos gostado.

Depois que você faz amigos pelo Brasil e pelo mundo e descobre que falar sobre algum jogo é aquilo que os une, você percebe que para além da jogatina, existe essa cultura "esquisita" de se importar com personagens e coisas que só existem em bits, mas que é compartilhada por gente tão maluca quanto você.

Falar sobre jogos, criar mods, editar mapas, estudar as soluções que os desenvolvedores usaram para superar algumas dificuldades de tecnologia, ou limitação de projeto. Acho que é o que mais me diverte, hoje, nos jogos. Não a toa, me divirto tanto jogando coisas feitas em rpg maker. Por mais que seja um joguinho de 3 ou 5 minutos.
 
Outras vezes quero reunir a galera numa partida online pra jogar qualquer coisa - nessas horas o que menos importa é o jogo.
Adorei essa parte, Dado.

É bem isso mesmo. A gente pode gostar de jogar futebol só por jogar -- mas jogar com amigos/família torna a experiência muito mais divertida.

Quando estou com amigos, é exatamente essa sensação - o jogo é só uma ferramenta pra gente 'organizar' nossa interação social.

Colocando essa perspectiva de multiplayer, para mim, passar tempo com a galera jogando online é melhor que qualquer jogo singleplayer, XD
 
Eu acho muito bacana o fato de você ter coisas para descobrir, mistérios para desvendar, lugares novos para ir. Também acho muito divertido jogar partidas com outros jogadores, o próprio estímulo à socialização. É possível até que algumas pessoas criem certos vínculos e amizades, além de muito interessante essa interação direta com outras culturas que é proporcionada pelos jogos online.

O que me preocupa hoje é que alguns jogos de grandes empresas não passam de missões guiadas. Você praticamente segue uma história pronta, com opções prontas, muitas cut scenes. Não sei até que ponto esses jogos estão ficando ou não divertidos.

Outra coisa que me perturba é o fato dos consoles estarem vinculados à uma estrutura onde você precisa pagar pelo console, pagar pelo jogo, pagar a conexão de internet, pagar mensalmente para jogar online e o jogo ainda vai te oferecer também opções de compra. Os consoles estão cada vez mais caros, uma certa exclusão social está se formando em torno deles e eu acho sinceramente que isso deveria ser debatido. Até que ponto esses consoles são realmente uma boa opção? Acho que na busca pelo lucro a indústria vem transformando o video game em algo não tão divertido e puramente comercial. Existem jogos muito bons logicamente mas a coisa vem pendendo para isso mesmo.

Ao menos uma boa notícia dentro desse cenário é que sobra espaço para quem quer desenvolver jogos bacanas e torna possível que muitos pequenos estúdios tenham condições de se desenvolver e trazerem consigo jogos realmente divertidos e de qualidade. É um cenário muito bom e muito forte para toda a comunidade indie, de certa forma, os jogos indie se tornam os responsáveis em manter certa essência e trazer o que é bom e falta nos jogos de grandes franquias.

Não acredito que nem todos os jogos precisam ter cenas de alta qualidade com muitos efeitos caríssimos para serem divertidos. Podemos ver que é justamente o contrário o que acontece. Cores vivas, boas histórias, mistérios, cooperação e etc. Existem muitos elementos que fazem com que jogos pequenos sejam infinitamente mais interessantes e divertidos.
 
Descobertas e exploração em um geral parece ser uma constante no tópico. Pessoalmente eu me sinto obrigado a concordar.​
A maioria dos jogos que eu adoro costumam cair em três categorias: jogos que te dão várias ferramentas, jogos que promovem uma exploração (literal ou meta) e jogos que são mecanicamente satisfatórios.​
miku magician absoluta.png
Em questão de mecânica é bem simples pra mim. Eu gosto de coisas consistentes que respeitem bem tanto as próprias regras quanto o meu tempo. Por isso eu acabo gostando bastante de coisas bem arcade tipo os Project Diva, um jogo de ritmo bem simples e intuitivo que aos poucos você vai cultivando uma habilidade no próprio ritmo, enquanto ele te oferece várias escolhas pro que jogar, como jogar e ainda dando várias opções visuais que podem mudar diretamente a música ou interferir em modos separados que te dão muito pra escolher e criar os próprios objetivos pessoais.​
Até por isso eu dediquei tanto tempo ao jogo, aprendendo os extremes das músicas divertidas, desbloqueando todos os modules da Miku para ter várias opções pra olhar e pensar como a Magician Miku é superior a todas elas e arrumando o quarto de todos os Vocaloids para ver eles interagir entre si enquanto eu estava fora dos jogos.​
I am the ultimate lifeform.jpg

Meu primeiro extreme perfect na série, não é uma música tão difícil, mas foi super satisfatório de fazer o timing chato da parte do Len enquanto eu estava tenso por ter passado a música inteira sem errar.
Pode parecer um exemplo meio estranho, mas pra ilustrar a diversão de exploração em videogame eu usaria Yume Nikki de Kikiyama. O jogo na superfície é bem um "walking simulator", mas a quantidade de cuidado posto nele realmente te faz mudar a visão do produto quando você dá uma chance genuína.​
Logo de cara no nexus você tem vários lugares para ir e explorar, cada área te levando pra ainda mais áreas que vão ficando mais e mais interessantes enquanto você pula entre as conexões e descobre novos efeitos que, apesar de poucos serem necessários para progredir no jogo, muitos deles desbloqueiam novas interações com diferentes coisas de cenário com novas animações, chamando NPCs, repelindo eles e causando eventos super intrigantes que te fazem reconhecer o quanto de planejamento e cuidado o jogo precisou pra chegar nesse resultado que de fora pra muitos pode parecer um jogo bem preguiçoso.​
um clássico.png

Eu sinto minha pré-adolescência voltando só de olhar.
Mas um jogo que me fez repensar diversão em video game como um pacote completo foi com certeza a versão de NDS de Dragon Quest V: Hand of the Heavenly Bride. Ele não só tem uma progressão bem amigável que não me forçou a grindar uma única vez em jogo, como usa muito bem o que na superfície seria sistemas bem padrões de RPG e tempera tudo como uma ótima pitada de bons personagens, universo interessante e muita personalidade.​
Era bem divertido ficar indo em todo canto do mapa quando criança e vendo as piadas idiotas nos cenários e todas as conversinhas com os NPCs que tomavam uma nova visão quando você revisitava as mesmas áreas depois de adulto. Eles poderiam muito bem parar nessa camada, mas eles vão além com a opção de conversar com o seu grupo, o que faz de todas as áreas que você já explorou uma experiência super legal de voltar com sua esposa e filhos, pra compartilhar memórias tristes e felizes e criar conversas com base no que algum NPC diz em relação a seu grupo.​
filho lindo.png

Gerhard reagindo a um NPC depositando toda a fé dele no garoto.
Eu lembro que passei HORAS voltando em todas as cidades e pontos importantes só pra ler o que eles tinham pra dizer e me surpreendi muito como não só eles tinham falas pros lugares, como pra interações específicas bem complexas que entregavam bastante informação que numa jogatina normal você nem saberia ao invés de te recompensar com uma linha de texto super irrelevante por serem muitos mapas que a maioria dos devs nem devem ter esperado que alguém de fato voltaria por seja lá qual motivo.​
E nem é só texto durante mapas. Todos os inimigos tem várias animaçõezinhas, interações nicho entre si que abusam de mecânicas e do nada mostram habilidades que você nunca percebeu depois de derrota-los centenas de vezes e memes bem legais que te dão uma assustada, um dos meus preferidos sendo o grupo completo de slimes que ao invés de tomar ações como slimes fracos que vão no máximo te causar 1 de dano, se juntam pra formar um King Slime no lugar.​
wtf.png
Esse tipo de coisa ajudava o jogo a parecer vivo de um jeito que eu realmente via dificuldade de comprar em outros jogos do tipo que as vezes até ignoravam detalhes super legais como texto em objetos/mobílias e botou um sorriso no meu rosto consumir o trabalho duro de uma equipe dedicada até demais.​
Talvez seja o game dev dormente dentro de mim, mas acho super divertido explorar e abusar do fruto de um time claramente esforçado pra nos dar um belo jogo seja ele destacado em universo, plot ou mecânica.​
 
Os jogos que mais me impressionam são aqueles com opções de escolha, Mass Effect 2 foi um marco pra mim e outros jogos começaram a adotar mais e mais toda essa programática que nos levam a finais diferentes.

Aqui uma cena do game com a mecânica:

...
Jogos assim são incríveis. <3
 
Bem o que mais me diverte nos jogos e
Musica, se tiver uma boa musica como megaman x, tales of fantasia, undertale, deltarune
Pixel art, se o jogo tiver uma boa pixel art
Mecanicas, eu adoro uma mecanica bem feita
Dificuldade: se o jogo for facil ou mais ou menos eu fico mais tempo jogando ele
 
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