O que vocês geralmente fazem pra conseguir inspiração?

[Wesley Jesus]

Saudações!

Bem, o título do tópico já diz a pergunta! O que vocês fazem quando querem conseguir inspiração para alguma história? Eu vou falar o que eu faço aqui como um exemplo: Eu costumo ouvir músicas! Músicas sem vozes e geralmente de jogos!

Teve uma vez que o meu amigo [member=1882]Seki[/member] me passou algumas músicas, e só de ouvi-las, eu comecei a imaginar várias situações no meu cérebro, que foram "criadas" apenas ouvindo a música! Eu consegui dividir essa música em específico em "quatro partes" e aqui está o que a minha mente conseguiu criar: (Conversa tirada do Facebook!)

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A primeira parte mais lenta eu mentalizei algo como um grupo de heróis em um epílogo. Algo como "Você conseguiu, amigo. Graças a seus esforços, o mundo está salvo! Aproveite essa paz! Você merece!"

Depois a música mudou um pouco

E eu mentalizei algo parecido com uma que eu tinha dito antes, que é um momento crucial, onde toda a esperança está depositada em uma ação. Exemplo: Tem fulano que precisa acertar um golpe na cabeça de um monstro, e ele só tem uma chance. Todo mundo tá torcendo pra ele lá de longe, vendo e rezando, pensando o que será o destino de tudo... eu consigo imaginar todo mundo vendo esse duelo e depositando toda a sua fé esperança, além da simples vontade de viver nesse fulano, e ele sabe disso, e está pronto e com determinação pra realizar o que todos estão esperando e salvar o mundo, como se ele soubesse que essa é o seu objetivo. Eu mentalizei o momento em slow motion dele tendo a unica chance de derrotar o monstro acertando a sua cabeça

Depois a música meio que teve um tom mais... "melancolico"? Então quer dizer que o fulano falhou em dar o golpe? Eu mentalizei algo meio assim: O fulano falhou em dar o golpe, mas pra evitar que o monstro destrua o mundo, ele de certa forma se sacrificou de alguma maneira, mas não adiantou? E então o seu corpo foi possuido pelo monstro e usado como um escravo? E ai mais no futuro, com o mundo dominado pelo monstro, surge um jovem heroi que acredita que o fulano não fracassou por fraqueza, e sim porque o monstro "trapaceou" ou jogo sujo. Ai esse jovem ve a imagem do fulano como algo que ele tambem quer se tornar? Ele tem o desejo de derrotar o monstro e poder "limpar" o nome do seu idolo? E eu mentalizei que o jovem encontra o fulano possuido pelo monstro, e mesmo não querendo lutar, o jovem é obrigado a ter que batalhar contra o idolo que ele tanto idolatrava, e no final, o jovem acaba tendo que matar o fulano, que havia sido possuido de uma maneira onde não havia mais salvação

A quarta e ultima eu imagino a batalha final. Algo como por exemplo esse jovem que precisou matar o seu proprio idolo batalhando o monstro. Mas também tem um certo clima triste... Talvez o jovem perdeu suas esperanças e vontade de continuar? Ou então talvez ele quer derrotar o monstro, mas mais pelo lado da vingança do que pelo desejo de salvar o mundo? Talvez o plano do monstro era tornar o jovem ainda mais poderoso pela raiva para possui-lo da mesma maneira que fez com o fulano? Como essa história termina? O jovem é possuído pelo monstro e o mundo é fadado a um caos completo eterno? Ou então o jovem consegue superar as influências e derrota o monstro. além de se purificar das intenções malignas que o monstro tava fazendo? Ou então talvez o jovem derrotou o monstro, mas os sentimentos de revolta continuou o atormentando e ele... err... se matou ou algo assim? Tá bom, então ele se isolou e se tornou uma lenda? Algo como "Existe uma lenda que jovem derrotou monstro e agora vive isolado nas montanhas blablabla"

Como mais um exemplo, se eu quiser imaginar uma situação triste, eu geralmente escuto essa música:

Spoiler

https://www.youtube.com/watch?v=wpZzJOIxM0w
Ouvindo ela, eu começo a procurar em minha mente imaginas ou cenas que fizeram eu me emocionar ou chorar no passado, e combino elas com a situação atual que eu quero ter inspiração...

E como um último exemplo, se eu quiser por exemplo pensar em algo épico, eu escuto essa:

Spoiler

https://www.youtube.com/watch?v=a8xRPcSgOgU
Ouvindo essa, eu consegui realmente sentir a "vibe" de "Esse é o fim! Vamos lá, pessoal! A gente consegue salvar o mundo"

Bom, eu uso a música para me inspirar... e vocês? Me digam!

 

[DanTheLion]

Olá, Wesley, como vai?

Então, algumas inspirações que consigo são com base em:

Estórias já inventadas: Estórias que outras pessoas já fizeram que se baseiam em fatos da vida real. Quando eu quero fazer um jogo com um certo gênero (Plataforma, aventura, ação, tiro, terror...) eu procuro em contos de outras pessoas para basear nelas uma estória diferente, alternativa.

Música: Geralmente quando eu começo a escutar música, assim como você, Wesley, imagino a cena na mente e começo a inventar vários contos baseado no sentimento que a música está passando. Pode ser uma estória feliz, triste, dramática, de terror, de comédia... depende da música, é claro.

Não tenho exemplos pra dar porque a maioria dos contos que invento são instantaneamente evaporados da minha cabeça, então... sem contos. Sorry.

É isso.

~ Abraços!
Até mais!

 

[CleanWater]

Eu corto meu jardim, arranco o mato que cresce no quintal, lavo meu fusca, lavo as roupas...
É terapêutico esse tipo de atividade. :XD:

 

[BlackCatFM]

Minhas fontes de inspiração são múltiplas, e às vezes até mesmo inesperadas. Músicas, certamente, fazem parte delas. Ouvir uma música que de alguma maneira transmite um sentimento ou sensação ajuda-me a construir cenas e diálogos, por exemplo. Eu também costumo ler. Estou sempre com a minha edição da trilogia do Senhor dos Anéis, e costumo ler tanto a história quanto os apêndices; muitos elementos do meu projeto foram criados a partir desse exercício de leitura. Outras vezes - muitas vezes, na verdade - as ideias, ou o esboço delas, simplesmente surgem quando estou pensando de forma mais livre, sem a obrigação de pensar necessariamente no projeto; ou quando estou jogando, fumando meu cigarro sob o sol, pensando na vida... vez ou outra eu acabo pescando alguma ideia a partir de algo que ouço, vejo etc. Basicamente, qualquer atividade ou objeto pode servir-me de inspiração, desde que se mostre de alguma forma interessante para a minha imaginação. Eu sou um sujeito que vive no mundo da lua, então, ideias vem e vão constantemente. Mas, se eu pudesse afirmar alguma coisa absolutamente necessária para que eu possa pensar e criar, eu diria que é o ócio, a possibilidade de não fazer nada de "útil", simplesmente parar e deixar-se levar pelo fluxo do pensamento.​

 

[SimonMuran]

Eu leio histórias, de preferência independentes, sem Game Of Thrones da vida, ajuda muito ver a visão das outras pessoas sobre o tema no qual estou trabalhando, no caso, RPG/Fantasia/Idade Média.

 

[EdmarDev]

Hoje mesmo eu me sentei para desenvolver a história do meu jogo, e a primeira coisa que eu fiz foi um mapa:

Spoiler

Eu fiz esse mapa em uns 15 minutos, e é bem provável que o mapa final do jogo seja completamente diferente, mas só de fazer esse mapa já pude extrair várias idéias de pontos de interesse que eu fui identificando no mapa.

Para estimular as idéias, eu começo a pensar em todos os elementos que podem me ser úteis: Lugares(O mapa no meu exemplo nada mais é do que uma coleção aleatória de lugares), personagens, objetos, culturas, etc. e daí eu começo a imaginar que situações interessantes podem ser criadas utilizando desses elementos, sempre acompanhado de pesquisas para descobrir mais sobre aquele elemento, e quais papéis ele pode desempenhar. Ah, e é claro, sempre anotando tudo de interessante que passar pela cabeça, as vezes eu anoto até as idéias ruins, porque idéias são a matéria prima para o desenvolvimento criativo, e não existe tal coisa como idéias em excesso.

 

[Cross Maker]

Minhas maiores inspirações são jogos diferenciados com um estilo único de gameplay ex: Quando penso em jogo tactics lembro do diretor Yasumi Matsuno diretor de Tactics ogre, Final Fantasy Tactics entre outros, quando penso em jogos com uma temática de guerra me lembro de Metal Gear e seu estilo de anime misturado com realidade, quando penso em jogos de RPG penso em Final Fantasy, Dragon Quest, entre diversos outros, pra mim para ter uma inspiração é necessário conhecer varias obras daquilo que você gosta e pesquisar a fundo cada uma delas (historia jogabilidade e etc) para poder construir uma base sólida e desenvolver sua própria narrativa mas principalmente QUESTIONAR, questione tudo em seu projeto e busque o máximo de profundidades logicas e coerências dentro de seu universo para deixar a história o enredo e a jogabilidade com a melhor qualidade possível, e com uma estrutura bem construída, quando menos você questionar sua própria obra mais furos de enredo você terá (o que acontece muito) e mesmo que você crie uma história em aberto (onde não é  explicado muitas coisas propositalmente) até nisso você deve questionar pois não basta apenas criar um enredo incoerente por si só e ta por isso mesmo, pelo contrário acho que é ainda mais desafiador esta proposta já que você deve criar um enredo logico mas ao mesmo tempo deixar em aberto muitas perguntas que ao longo de toda a proposta tinha uma explicação e uma coerencia

 

[Resque]

Olá  [member=1361]Wesley Jesus[/member], como vai?

Bom, eu sempre procuro inspirações em filmes de Ficção Científica antes de uma sessão de programação.

Filmes como Matrix, Eu Robo e A.I, que tratam de inteligência artificial, me deixam com muita vontade de virar a noite escrevendo código.

Ultimamente venho buscado inspirações em Filmes/Séries sobre Astronomia (Astrologia não), algo como Interestelar, Perdido em Marte, Sunshine, A Lua de Júpiter e Defying Gravity.

Fico muito inspirado para outras atividades quando assisto filmes de baseados em fatos reais de pessoas fora da curva, tipo: O Jogo da Imitação, A Teoria de Tudo e O Homem que Descobriu o Infinito.

 

[bussoli]

Saudações!
Minha inspiração é assim.
Como se trata de um fangame do Final Fantasy VII,
eu me inspiro assistindo os diálogos dos personagens no YouTube, através dos diálogo eu vou me baseando na criação de uma história nova para a continuação do Final Fantasy VII.
A partir das conversas dos personagens eu vou criando uma história nova do jogo.

 

[Wesley Jesus]

Saudações!
Minha inspiração é assim.
Como se trata de um fangame do Final Fantasy VII,
eu me inspiro assistindo os diálogos dos personagens no YouTube, através dos diálogo eu vou me baseando na criação de uma história nova para a continuação do Final Fantasy VII.
A partir das conversas dos personagens eu vou criando uma história nova do jogo.

Yoo! Saudações! o/

Ah sim! Conseguir "captar" como cada personagem atua é algo incrível! Tipo, é como se um personagem fosse tão complexo, que você passa a imaginar como ele agiria em certas situações!

Na questão de Final Fantasy VII, eu infelizmente não cheguei a zerar (Sim, eu sei! Eu estou perdendo muita coisa! Sorry! :S), mas com as músicas, eu consigo sentir levemente como o clima da história impacta o jogador! Principalmente aquela música chamada "JENOVA" que é uma das que eu mais escuto! Ah, e também tem aquele do "Mako Reactor" que eu também escuto bastante!

Mas em geral, eu entendo sim o que você disse! Obrigado por comentar este tópico! (Nem me toquei que era um tópico que eu mesmo criei! Huehue! )

Até mais e boa sorte em seu fangame de Final Fantasy VII! o/
​

 

[Siquieri]

Muito bacana essa discussão.
Vamos lá:

Eu, Siquieri, tenho algumas convicções de vida, e para tentar explicar como me inspiro, precisa explicar como essas convicções se organizam na minha cabeça:

Primeiro de tudo:

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.
Eclesiastes 1:9,10

Independente de sua crença, religião, tente pensar nessa frase. Pra mim, não existe nada novo, e sim recriações e transformações. Ora, um computador nada mais é do que alguns minerais transformados. É algo novo? Não, apenas algo repensado de forma a ter uma nova função.

Então o primeiro ponto do meu pensamento, não é tentar criar algo, e sim, transformar alguma coisa, agregando uma nova função, um valor para tal.

Segundo ponto do meu pensamento:

O ser humano é movido por emoções. Não? Tente se manter sem alguma emoção, você simplesmente não consegue. Quando você está feliz, quer fazer várias coisas, está confiante, animado. Quando está triste, não quer fazer nada, acha que tudo pode dar errado. Quando está com raiva e tem que fazer algo, tenta fazer de qualquer jeito, sem se importar. Quando você gosta muito de algo, faz com o maior cuidado do mundo, curtindo, tendo prazer em fazer. Não, não existe pessoas sem emoções. Até um psicopata, um serial killer, tem emoção. A diferença, é que cada individuo tem gatilhos comportamentais diferentes, baseados em várias coisas. Não vamos entrar em discussões psicológicas sobre, mas é importante entender que sem emoções, não existimos.

Terceiro ponto:

As emoções são ativadas de forma diferente em cada pessoa, isso é fato. Porém, as emoções estão intimamente ligadas com nossos sentidos. Ver algum brinquedo que lembra sua infância, faz te sentir nostálgico. Sentir o cheiro de perfume que lembra sua ex, pode te deixar feliz, ou triste, ou com raiva, depende do que aconteceu haha. Ouvir uma música que gosta muito, te deixa feliz, assim como ouvir uma música que você não gosta, te deixa com raiva, e claro, vai do climax da música também. Estar andando na rua e ser esbarrado por uma pessoa sem educação, é chato. Ser tocado por uma pessoa que gosta muito de você, é bom. E por ai vai...

Logo, para eu me inspirar, eu uso esses três pensamentos:

O que quero transformar? (objeto, ação, pensamento)
Porque quero transformar? (que emoção me trás essa sensação)
Como vou transformar? (qual sentido preciso estimular para)

Por exemplo:
Preciso criar um mapa para um jogo, um mapa de uma floresta.
Bom, eu quero transformar tiles. Quero juntar vários tiles, para dar um sentido a eles, tornarem eles uma representação visual de uma floresta.
Meu jogo precisa de uma floresta, porque foi onde o pai do protagonista morreu. Epa, pera lá, preciso de uma floresta, que remeta tristeza. Então preciso criar a emoção de tristeza no jogador.
Como? A tristeza pode ser estimulada de várias formas. Visualmente, posso usar cores frias e escuras. Pode ser um ambiente sem vida, sem movimento. A música, pode ser lenta, em tons menores, notas bem situadas e espaçadas. Não consigo colocar cheiro no mapa, certo? Errado! Visualmente e sonoramente, posso também provocar a sensação de cheiro. Acha que não? E se estiver chovendo? o barulho das gotas de chuva pingando na terra e em algumas poças de água, mas a maioria caindo nas folhas, e meu personagem nota isso, e nota um cheiro de chuva na floresta, um cheiro de folhas e terra molhada, aquele cheiro de natureza. Quem já esteve nessa situação, com certeza vai imaginar o cheiro. Frio? Bem, já está chovendo, é uma floresta, uma pequena neblina, e meu personagem observou que está frio. Você também sentiu?

Ok, até agora falei como criei esse mapa.
Mas, o que fiz para me inspirar e conseguir criar esse mapa?
Simples:
Peguei a minha necessidade (criar uma floresta com ambientação triste), defini o porque, e agreguei emoções, sensações que me trazem isso. Claro, tive que me sentir assim. Me coloquei nessa floresta, senti tudo isso, para poder cria-la. Ou melhor, transforma-la.

Outro ponto, é justamente esse:
A natureza, para mim, é a maior provocadora de sensações, emoções, e inspiradora. Você olha por horas para uma plantinha, e ainda não consegue captar todos os detalhes. A cor, a textura, a construção, o formato, a estrutura, a silhueta, em uma mesma plantinha, isso se muda várias vezes.

Tanto que para os Designers, um dos maiores pontos de referência, se não o maior, é a famosa proporção áurea, que nada mais é, do que a proporção da natureza. A proporção que rege como a natureza se forma, e cresce.