[warning]Essa história é uma continuação da história: http://www.condadobraveheart.com/forum/index.php?topic=3490.0
É recomendável ler esta primeiro! Abraços![/warning]
Após o último episódio envolvendo a Equipe X, eu estava extremamente estressado com tudo que tinha acontecido mesmo meu coração cheio de felicidade ainda tinha uma parte que não conseguia compreender tudo que tinha acabado de acontecer. Eu precisava fazer uma viagem, aproveitando que era final de ano e eu estava de férias finalmente, resolvi viajar para o Brasil, um país próximo, então eu não gastaria muito dinheiro com passagens aéreas. E foi isso que eu fiz.
Comecei a juntar minhas malas com tudo que fosse necessário. Levei comida enlatada, dinheiro, roupas para um bom tempo, utensílios de cozinha, meu notebook, e tudo mais que eu precisaria nessa viagem. As passagens aéreas para o país estavam em desconto, então resolvi compra-las e fui para a cidade que estava mais em conta. Meus amigos e colegas de trabalho sempre me falavam muito bem desta cidade, que era uma das melhores que qualquer turista poderia ir. Chamava-se Bonito Horizonte.
Depois de uma viagem extremamente curta, como eu estava acostumado a viajar de ônibus, viagens de avião me pareciam muito curtas, é impressionante como esta invenção pode facilitar nossa vida, eu cheguei ao aeroporto. Resolvi ficar no hotelzinho mais barato que consegui encontrar, pois não queria gastar muito dinheiro, e resolvi explorar um pouco a cidade.
No centro da cidade, eu comecei a ver um falatório e um monte de gente olhando uma espécie de apresentação. Comecei a chegar perto para ver do que se tratava. O pessoal estava olhando um grande espetáculo de atiradores de facas. A placa dizia: Não perca: Atiradores de Facas: Eduardo e Mônica! e estava escrito em letras menores abaixo: Caso queira contribuir com qualquer quantia, agradecemos. Jogue o dinheiro no chapéu. Resolvi começar a assistir para ver do que se tratava.
Eduardo estava com duas facas, uma em cada mão, e Mônica estava numa espécie de alvo. As pessoas estavam observando atentamente o espetáculo, e num momento, Eduardo lançou a primeira faca, e acertou bem do lado da orelha de Mônica. Parecia algo milimetricamente calculado, e que a faca estaria encostada na orelha dela, mas não tinha acertado, era algo impressionante. As pessoas começaram a aplaudir, e eu comecei a aplaudir junto. Estava muito bem entretido naquilo.
Eu já estava ficando animado com aquele espetáculo, e já tinha jogado algum dinheiro no chapéu, quando eles anunciaram:
- Muito bem, pessoal! Chegou o momento mais esperado de nosso espetáculo! Chamaremos um de vocês para participar conosco. Eu vou escolher... Você! E ela aponta pra quem? Adivinha? Claro que não foi pra mim, né. Está achando o quê? Ela chamou um garotinho loiro de óculos que parecia ter saído de uma novela mexicana. Então, eu respirei aliviado, pois eu morria de medo de facas. Porém... Mônica me viu respirando de alívio por não ter sido chamado, e fez uma careta.
- Então você não confia nas nossas habilidades, não é? Eu vi. Diz Mônica. Eu sei que você está desconfiado, então eu chamarei justamente você, para provar que realmente somos bons, e fazer você perder esse medo. Venha. Ela dizia com uma voz ameaçadora, eu comecei a ficar com medo e fui. Ordem de mulher, você só aceita e obedece, senão é pior pra você.
Então, eu fui pra aquele alvo, tremendo. Eu tremia, eu quase chorava, eu rezava, eu pedia pra que meu dia não chegasse tão cedo. Eu poderia ter negado, poderia ter reclamado, poderia ter fugido, mas eu não fiz isso. E agora era muito tarde para desistir. Eduardo começou a observar de fora, com um sorriso de canto de boca no rosto. Talvez ele só estivesse rindo do meu pânico, mas na minha cabeça ele pensava algo como: Você morreu, você morreu, o problema é seu. Mas isso era apenas paranoia da minha parte, eu acho. Respirei fundo, e aguardei Mônica terminar de amolar a faca. Cada segundo que ela demorava, pareciam mil anos para mim. Após estar tudo pronto, ela fez uma cara maligna que me deu um extremo medo, preparou sua posição de tiro (de facas, claro), e atirou a faca. Naquele momento, toda minha trajetória de vida passou pelos meus olhos. Minhas realizações. Tudo que eu tinha feito, e deixado de fazer, eu pensei que nunca mais faria, ou me lembraria de que tinha feito. A faca foi se aproximando, foi se aproximando, se aproximando... E acertou. Acertou o alvo e não eu. Meu coração quase saía pela boca, e eu congelei. A plateia apenas aplaudia, gritava, jogava cada vez mais dinheiro. Mônica começava a rir descontroladamente, e Eduardo fazia malabarismo com facas.
Estava tudo extremamente divertido, e quando o pessoal começou a olhar para trás, pois estava tocando uma música muito familiar... Eu tentava lembrar qual música era, puxava na memória, e comecei a perceber quem estava tocando. Era uma bandinha russa! Era a música do Tetris! Então um homem com uma grande barba pegou seu microfone no meio da rua, abriu uma espécie de pergaminho e começou a dizer:
- Estamos à procura de Giovanni Druída, que roubou um dos maiores artefatos russos, a Joia da Vida Eterna e da Saúde. Ouvimos relatos de sua presença aqui. O homem barbado disse. Eu pensei: Droga, eles me encontraram! Não é possível. Você deve estar bem confuso, o que está acontecendo? Eu vou explicar.
Após o incidente da Equipe X, eu fiquei extremamente chateado e depressivo, pois eu realmente acreditava na possibilidade de aumentar sua expectativa de vida, ou até mesmo viver eternamente. Então, fiz alguma pesquisa, e descobri, nos fundos da internet, que os russos estavam trabalhando numa coisa semelhante. Resolvi então, me preparar e viajar para a Rússia e roubar aquele artefato a todo custo. Vesti minha roupa de Ninja Negro que comprei numa loja de fantasias, levei minhas armas de fogo que escondia numa gaveta, e fui para a Rússia, ao Cofre do Artefato Secreto.
Foi uma viagem difícil, para entrar na Rússia tive que usar uma identidade falsa para que não desconfiasse que fosse eu, autor de outros crimes a outros países, que estava querendo roubar o artefato.
Após dias e dias de viagens, muita pesquisa e preparação, chegou o dia de invadir o Cofre do Artefato Secreto. Não foi nada fácil, ele tinha muitos seguranças, câmeras de seguranças espalhadas por todo canto. Minha primeira missão era despistar as câmeras de segurança, ou simplesmente as destruir. Resolvi ir com a segunda opção. O primeiro corredor tinha várias câmeras de seguranças, eu observava por um pequeno buraco no teto. Decido utilizar uma aranha mecânica para instalar um vírus e infectar todas as câmeras de segurança por controle remoto. A aranha bem lentamente começa a andar pelo teto sem ser percebida pelos seguranças e consegue infectar a primeira câmera. Porém, o homem que observa as câmeras de segurança, provavelmente notaria que uma câmera foi infectada por um vírus, por estar sem funcionar. Então, calculei que ele demoraria cerca de 3 minutos para verificar a câmera de segurança, descobrir o vírus, e possivelmente, que eu estava ali. Resolvi acelerar ainda mais a aranha, mas isso foi uma ideia errada. Um dos seguranças percebeu a aranha e começou a tentar atirar nela. Isso atraiu outros seguranças, que também começaram a atirar na aranha.
Isso provavelmente estragaria todo meu disfarce, mas então antes de deixar a aranha ser atingida e provavelmente permitir que os guardas descubram que a aranha estava carregando um vírus, eu ativo o modo de suicídio na aranha, e então todas as peças da aranha foram despedaçadas. Os seguranças não notaram nada de muito errado, pois esperavam algo do tipo de uma aranha. Eu tinha pouco menos de 2 minutos antes que o observador das câmeras verificasse o que estava acontecendo. Então resolvo partir para o Plano B.
O plano B se resumia a simplesmente matar o máximo de pessoas possível, esquecer totalmente sobre invadir como um fantasma. E foi isso que eu fiz. Comecei a invadir, atirando nos guardas. Quando os primeiros caíram, mais reforços foram chamados. Consegui passar pelo primeiro corredor, não foi muito difícil, a maioria dos ladrões conseguem passar.
O segundo corredor começou a dificultar mais as coisas. Naquele ponto tinham mais guardas, e ainda os reforços que foram chamados. Tentei atirar o mais rápido que eu podia, mas infelizmente levei alguns tiros. Naquele momento, a dor pensou mais que eu, pensei em abaixar, chorar e ir embora, ou me deixar ser preso, ou até mesmo morto. Mas eu não desisti, resolvi começar o Plano B-1.
B-1 era basicamente, uma bomba que explodia rapidamente, e poderia matar uma grande quantidade de guardas mais facilmente, impedindo que mais tiros fossem levados. Respirei fundo (eu respiro fundo muitas vezes nessa história) e joguei a bomba. De começo, os guardas começaram a se assustar e saíram correndo o mais rápido possível, mas não foi efetivo. Explodiram do mesmo jeito e até algumas câmeras foram tapadas com o sangue dos guardas. Um dos últimos guardas vivos percebeu que o cofre se encontrava numa situação de emergência, e resolveram ativar a sua arma secreta, para defender o artefato a todo custo. A Rehtom Aissur, ou R.A.
Um grande portão se abre, e uma monstruosidade aparece. Um tanque de guerra maligno, que parecia coisa de outro mundo. Com as palavras REHTOM e AISSUR escritas numa letra ensanguentada. E o capitão da guarda russa controlando. Eu ouço alguém gritar palavras como:
- Pela Mãe Rússia! Prepararei este sistema maléfico e este poder magnífico, que o destruirá. Reze, pois esta máquina mortífera o levará para o outro mundo, contido... E continuou o falatório. Eu, calmamente comecei a me dirigir à sala da relíquia, e ele continuava: - Todos que se oporem a Mãe Rússia morrerão de uma forma tão sangrenta, que nem sua própria mãe os reconheceria, e eu tenho certeza que...
Depois de muito falatório, e de andar um pouco finalmente cheguei à sala do tesouro, e roubei facilmente a relíquia, a coloquei em minha mochila e saí do país como se nada tivesse acontecido. É muito provável que ele esteja naquele falatório até hoje. E foi esta a história de como eu roubei a Joia da Vida Eterna e Saúde, apenas para descobrir que a joia era inútil, não fazia nada, e era apenas um suposto símbolo russo de poder para que os cidadãos acreditassem no poder do governo. Coisa besta, não. Eu nunca me importei em devolver a joia, pois como eles tinham noção que aquela joia era estúpida e não fazia nada de interessante, creio que nem iriam se importar com ela. Nem valor comercial tinha.
Mas, infelizmente, eu tive que pagar pelos meus pecados a Mãe Rússia, pois eles vieram atrás de mim, e provavelmente rodaram o mundo inteiro para me encontrar, ou simplesmente a joia tem alguma espécie de GPS e eu não sabia. O problema neste caso é que eu fui encontrado, e eles querem a joia inútil de volta.
- Então, o ladrãozinho não quer se revelar. Utilizaremos um recurso ainda mais interessante. Faremos ele se revelar do nosso jeito. Então, eles trouxeram um gerador, uma televisão bem antiga e um Super Nuntintendo. O homem barbudo fez uma cara maligna, e ligou a televisão, colocou uma fita de Super Zario World.
- Agora você descobrirá o verdadeiro terror. Dizia o homem barbudo, tirando sua máscara, e revelando ser o líder atual da Rússia, Hellish Men. Ele deu uma risada maligna, e revelou a última tecnologia russa: O escaneador de videogames. Ele então apontou o escaneador para a tela, e o personagem Zario saiu da tela e veio para a vida real, montado em seu companheiro Tamayoshi, soltando bolas de fogo pela mão.
- Eu sou Hellish Men, o líder da Rússia. Eu o trouxe à vida, poderás me agradecer, assassinando Giovanni Druída. Com seus poderes, poderás localiza-lo. Localize-o e mate-o. Zario concorda, e começa a correr montado em Tamayoshi, correndo direto para mim. Ele me olha por alguns segundos, eu olho para Zario por outros segundos. Zario nega-se a me matar, e eu agradeço-o aliviado. Hellish fica extremamente irritado e começa a escanear novamente a tela de televisão, e sai dela, o vilão do jogo, Lowzer, um dragão montado em sua mini nave de palhaço que mal o cabe dentro dela.
Todas as pessoas começam a se desesperar, assistindo aquela cena, e fogem o mais rápido possível para longe dali, e se escondem no Mac Donuts para assistir a batalha. Lowzer atinge Zario na cabeça com sua nave de palhaço, e ele fica inconsciente.
- Já chega Lowzer! Eu já joguei Super Zario World, sei como te derrotar! Eu digo, com o máximo de confiança possível, e apenas viro um pouco o olhar e percebo Eduardo e Mônica escondidos no Mac Donuts assistindo tudo enquanto comem um sanduíche.
Lowzer joga um de seus MechaVoopas no chão, mini robôs mecânicos que totalmente não se parecem com ele. Piso na cabeça de um desses robôs, e ele desmaia. Então, jogo o robô na cabeça de Lowzer, e consigo acertá-lo. Ele sente uma dor aguda na cabeça, e desaparece. No mesmo momento, fogo começa a cair dos céus, mas nada muito alarmante. Então, Lowzer volta à batalha, e joga uma bola de boliche gigante, direto para um prédio, destruindo a portaria e causando muito prejuízo. Então ele joga mais de seus MechaVoopas, e o porteiro irritado, joga os MechaVoopas de volta para Lowzer, e acerta sua cabeça duas vezes. A dor aguda chega a ser tão intensa que ele então desaparece e volta para seu próprio mundo junto com Zario.
Após isso, os russos começam a perceber que perderam, e voltam correndo de volta para sua terra natal chorando e implorando por perdão. Quando as pessoas perceberam que estava tudo bem novamente, saíram do Mac Donuts para aplaudir e me agradecer. Os atiradores de facas chegaram a mim aplaudindo, e parabenizaram minhas habilidades como atirador, e me ofereceram para trabalhar com eles, como um trio. Eu, como sou uma pessoa extremamente bondosa, neguei. Disse que estava ali apenas como turista e que em muito breve voltaria para meu país. Eles entenderam, e eu me despedi de todos, e fui embora de volta para o hotel descansar, depois de um dia cheio. No dia seguinte voltei para o meu país, mas acabei sendo preso lá, por ter roubado a relíquia russa. E estou preso até hoje. Parece que minha história não teve um final feliz.
É recomendável ler esta primeiro! Abraços![/warning]
Após o último episódio envolvendo a Equipe X, eu estava extremamente estressado com tudo que tinha acontecido mesmo meu coração cheio de felicidade ainda tinha uma parte que não conseguia compreender tudo que tinha acabado de acontecer. Eu precisava fazer uma viagem, aproveitando que era final de ano e eu estava de férias finalmente, resolvi viajar para o Brasil, um país próximo, então eu não gastaria muito dinheiro com passagens aéreas. E foi isso que eu fiz.
Comecei a juntar minhas malas com tudo que fosse necessário. Levei comida enlatada, dinheiro, roupas para um bom tempo, utensílios de cozinha, meu notebook, e tudo mais que eu precisaria nessa viagem. As passagens aéreas para o país estavam em desconto, então resolvi compra-las e fui para a cidade que estava mais em conta. Meus amigos e colegas de trabalho sempre me falavam muito bem desta cidade, que era uma das melhores que qualquer turista poderia ir. Chamava-se Bonito Horizonte.
Depois de uma viagem extremamente curta, como eu estava acostumado a viajar de ônibus, viagens de avião me pareciam muito curtas, é impressionante como esta invenção pode facilitar nossa vida, eu cheguei ao aeroporto. Resolvi ficar no hotelzinho mais barato que consegui encontrar, pois não queria gastar muito dinheiro, e resolvi explorar um pouco a cidade.
No centro da cidade, eu comecei a ver um falatório e um monte de gente olhando uma espécie de apresentação. Comecei a chegar perto para ver do que se tratava. O pessoal estava olhando um grande espetáculo de atiradores de facas. A placa dizia: Não perca: Atiradores de Facas: Eduardo e Mônica! e estava escrito em letras menores abaixo: Caso queira contribuir com qualquer quantia, agradecemos. Jogue o dinheiro no chapéu. Resolvi começar a assistir para ver do que se tratava.
Eduardo estava com duas facas, uma em cada mão, e Mônica estava numa espécie de alvo. As pessoas estavam observando atentamente o espetáculo, e num momento, Eduardo lançou a primeira faca, e acertou bem do lado da orelha de Mônica. Parecia algo milimetricamente calculado, e que a faca estaria encostada na orelha dela, mas não tinha acertado, era algo impressionante. As pessoas começaram a aplaudir, e eu comecei a aplaudir junto. Estava muito bem entretido naquilo.
Eu já estava ficando animado com aquele espetáculo, e já tinha jogado algum dinheiro no chapéu, quando eles anunciaram:
- Muito bem, pessoal! Chegou o momento mais esperado de nosso espetáculo! Chamaremos um de vocês para participar conosco. Eu vou escolher... Você! E ela aponta pra quem? Adivinha? Claro que não foi pra mim, né. Está achando o quê? Ela chamou um garotinho loiro de óculos que parecia ter saído de uma novela mexicana. Então, eu respirei aliviado, pois eu morria de medo de facas. Porém... Mônica me viu respirando de alívio por não ter sido chamado, e fez uma careta.
- Então você não confia nas nossas habilidades, não é? Eu vi. Diz Mônica. Eu sei que você está desconfiado, então eu chamarei justamente você, para provar que realmente somos bons, e fazer você perder esse medo. Venha. Ela dizia com uma voz ameaçadora, eu comecei a ficar com medo e fui. Ordem de mulher, você só aceita e obedece, senão é pior pra você.
Então, eu fui pra aquele alvo, tremendo. Eu tremia, eu quase chorava, eu rezava, eu pedia pra que meu dia não chegasse tão cedo. Eu poderia ter negado, poderia ter reclamado, poderia ter fugido, mas eu não fiz isso. E agora era muito tarde para desistir. Eduardo começou a observar de fora, com um sorriso de canto de boca no rosto. Talvez ele só estivesse rindo do meu pânico, mas na minha cabeça ele pensava algo como: Você morreu, você morreu, o problema é seu. Mas isso era apenas paranoia da minha parte, eu acho. Respirei fundo, e aguardei Mônica terminar de amolar a faca. Cada segundo que ela demorava, pareciam mil anos para mim. Após estar tudo pronto, ela fez uma cara maligna que me deu um extremo medo, preparou sua posição de tiro (de facas, claro), e atirou a faca. Naquele momento, toda minha trajetória de vida passou pelos meus olhos. Minhas realizações. Tudo que eu tinha feito, e deixado de fazer, eu pensei que nunca mais faria, ou me lembraria de que tinha feito. A faca foi se aproximando, foi se aproximando, se aproximando... E acertou. Acertou o alvo e não eu. Meu coração quase saía pela boca, e eu congelei. A plateia apenas aplaudia, gritava, jogava cada vez mais dinheiro. Mônica começava a rir descontroladamente, e Eduardo fazia malabarismo com facas.
Estava tudo extremamente divertido, e quando o pessoal começou a olhar para trás, pois estava tocando uma música muito familiar... Eu tentava lembrar qual música era, puxava na memória, e comecei a perceber quem estava tocando. Era uma bandinha russa! Era a música do Tetris! Então um homem com uma grande barba pegou seu microfone no meio da rua, abriu uma espécie de pergaminho e começou a dizer:
- Estamos à procura de Giovanni Druída, que roubou um dos maiores artefatos russos, a Joia da Vida Eterna e da Saúde. Ouvimos relatos de sua presença aqui. O homem barbado disse. Eu pensei: Droga, eles me encontraram! Não é possível. Você deve estar bem confuso, o que está acontecendo? Eu vou explicar.
Após o incidente da Equipe X, eu fiquei extremamente chateado e depressivo, pois eu realmente acreditava na possibilidade de aumentar sua expectativa de vida, ou até mesmo viver eternamente. Então, fiz alguma pesquisa, e descobri, nos fundos da internet, que os russos estavam trabalhando numa coisa semelhante. Resolvi então, me preparar e viajar para a Rússia e roubar aquele artefato a todo custo. Vesti minha roupa de Ninja Negro que comprei numa loja de fantasias, levei minhas armas de fogo que escondia numa gaveta, e fui para a Rússia, ao Cofre do Artefato Secreto.
Foi uma viagem difícil, para entrar na Rússia tive que usar uma identidade falsa para que não desconfiasse que fosse eu, autor de outros crimes a outros países, que estava querendo roubar o artefato.
Após dias e dias de viagens, muita pesquisa e preparação, chegou o dia de invadir o Cofre do Artefato Secreto. Não foi nada fácil, ele tinha muitos seguranças, câmeras de seguranças espalhadas por todo canto. Minha primeira missão era despistar as câmeras de segurança, ou simplesmente as destruir. Resolvi ir com a segunda opção. O primeiro corredor tinha várias câmeras de seguranças, eu observava por um pequeno buraco no teto. Decido utilizar uma aranha mecânica para instalar um vírus e infectar todas as câmeras de segurança por controle remoto. A aranha bem lentamente começa a andar pelo teto sem ser percebida pelos seguranças e consegue infectar a primeira câmera. Porém, o homem que observa as câmeras de segurança, provavelmente notaria que uma câmera foi infectada por um vírus, por estar sem funcionar. Então, calculei que ele demoraria cerca de 3 minutos para verificar a câmera de segurança, descobrir o vírus, e possivelmente, que eu estava ali. Resolvi acelerar ainda mais a aranha, mas isso foi uma ideia errada. Um dos seguranças percebeu a aranha e começou a tentar atirar nela. Isso atraiu outros seguranças, que também começaram a atirar na aranha.
Isso provavelmente estragaria todo meu disfarce, mas então antes de deixar a aranha ser atingida e provavelmente permitir que os guardas descubram que a aranha estava carregando um vírus, eu ativo o modo de suicídio na aranha, e então todas as peças da aranha foram despedaçadas. Os seguranças não notaram nada de muito errado, pois esperavam algo do tipo de uma aranha. Eu tinha pouco menos de 2 minutos antes que o observador das câmeras verificasse o que estava acontecendo. Então resolvo partir para o Plano B.
O plano B se resumia a simplesmente matar o máximo de pessoas possível, esquecer totalmente sobre invadir como um fantasma. E foi isso que eu fiz. Comecei a invadir, atirando nos guardas. Quando os primeiros caíram, mais reforços foram chamados. Consegui passar pelo primeiro corredor, não foi muito difícil, a maioria dos ladrões conseguem passar.
O segundo corredor começou a dificultar mais as coisas. Naquele ponto tinham mais guardas, e ainda os reforços que foram chamados. Tentei atirar o mais rápido que eu podia, mas infelizmente levei alguns tiros. Naquele momento, a dor pensou mais que eu, pensei em abaixar, chorar e ir embora, ou me deixar ser preso, ou até mesmo morto. Mas eu não desisti, resolvi começar o Plano B-1.
B-1 era basicamente, uma bomba que explodia rapidamente, e poderia matar uma grande quantidade de guardas mais facilmente, impedindo que mais tiros fossem levados. Respirei fundo (eu respiro fundo muitas vezes nessa história) e joguei a bomba. De começo, os guardas começaram a se assustar e saíram correndo o mais rápido possível, mas não foi efetivo. Explodiram do mesmo jeito e até algumas câmeras foram tapadas com o sangue dos guardas. Um dos últimos guardas vivos percebeu que o cofre se encontrava numa situação de emergência, e resolveram ativar a sua arma secreta, para defender o artefato a todo custo. A Rehtom Aissur, ou R.A.
Um grande portão se abre, e uma monstruosidade aparece. Um tanque de guerra maligno, que parecia coisa de outro mundo. Com as palavras REHTOM e AISSUR escritas numa letra ensanguentada. E o capitão da guarda russa controlando. Eu ouço alguém gritar palavras como:
- Pela Mãe Rússia! Prepararei este sistema maléfico e este poder magnífico, que o destruirá. Reze, pois esta máquina mortífera o levará para o outro mundo, contido... E continuou o falatório. Eu, calmamente comecei a me dirigir à sala da relíquia, e ele continuava: - Todos que se oporem a Mãe Rússia morrerão de uma forma tão sangrenta, que nem sua própria mãe os reconheceria, e eu tenho certeza que...
Depois de muito falatório, e de andar um pouco finalmente cheguei à sala do tesouro, e roubei facilmente a relíquia, a coloquei em minha mochila e saí do país como se nada tivesse acontecido. É muito provável que ele esteja naquele falatório até hoje. E foi esta a história de como eu roubei a Joia da Vida Eterna e Saúde, apenas para descobrir que a joia era inútil, não fazia nada, e era apenas um suposto símbolo russo de poder para que os cidadãos acreditassem no poder do governo. Coisa besta, não. Eu nunca me importei em devolver a joia, pois como eles tinham noção que aquela joia era estúpida e não fazia nada de interessante, creio que nem iriam se importar com ela. Nem valor comercial tinha.
Mas, infelizmente, eu tive que pagar pelos meus pecados a Mãe Rússia, pois eles vieram atrás de mim, e provavelmente rodaram o mundo inteiro para me encontrar, ou simplesmente a joia tem alguma espécie de GPS e eu não sabia. O problema neste caso é que eu fui encontrado, e eles querem a joia inútil de volta.
- Então, o ladrãozinho não quer se revelar. Utilizaremos um recurso ainda mais interessante. Faremos ele se revelar do nosso jeito. Então, eles trouxeram um gerador, uma televisão bem antiga e um Super Nuntintendo. O homem barbudo fez uma cara maligna, e ligou a televisão, colocou uma fita de Super Zario World.
- Agora você descobrirá o verdadeiro terror. Dizia o homem barbudo, tirando sua máscara, e revelando ser o líder atual da Rússia, Hellish Men. Ele deu uma risada maligna, e revelou a última tecnologia russa: O escaneador de videogames. Ele então apontou o escaneador para a tela, e o personagem Zario saiu da tela e veio para a vida real, montado em seu companheiro Tamayoshi, soltando bolas de fogo pela mão.
- Eu sou Hellish Men, o líder da Rússia. Eu o trouxe à vida, poderás me agradecer, assassinando Giovanni Druída. Com seus poderes, poderás localiza-lo. Localize-o e mate-o. Zario concorda, e começa a correr montado em Tamayoshi, correndo direto para mim. Ele me olha por alguns segundos, eu olho para Zario por outros segundos. Zario nega-se a me matar, e eu agradeço-o aliviado. Hellish fica extremamente irritado e começa a escanear novamente a tela de televisão, e sai dela, o vilão do jogo, Lowzer, um dragão montado em sua mini nave de palhaço que mal o cabe dentro dela.
Todas as pessoas começam a se desesperar, assistindo aquela cena, e fogem o mais rápido possível para longe dali, e se escondem no Mac Donuts para assistir a batalha. Lowzer atinge Zario na cabeça com sua nave de palhaço, e ele fica inconsciente.
- Já chega Lowzer! Eu já joguei Super Zario World, sei como te derrotar! Eu digo, com o máximo de confiança possível, e apenas viro um pouco o olhar e percebo Eduardo e Mônica escondidos no Mac Donuts assistindo tudo enquanto comem um sanduíche.
Lowzer joga um de seus MechaVoopas no chão, mini robôs mecânicos que totalmente não se parecem com ele. Piso na cabeça de um desses robôs, e ele desmaia. Então, jogo o robô na cabeça de Lowzer, e consigo acertá-lo. Ele sente uma dor aguda na cabeça, e desaparece. No mesmo momento, fogo começa a cair dos céus, mas nada muito alarmante. Então, Lowzer volta à batalha, e joga uma bola de boliche gigante, direto para um prédio, destruindo a portaria e causando muito prejuízo. Então ele joga mais de seus MechaVoopas, e o porteiro irritado, joga os MechaVoopas de volta para Lowzer, e acerta sua cabeça duas vezes. A dor aguda chega a ser tão intensa que ele então desaparece e volta para seu próprio mundo junto com Zario.
Após isso, os russos começam a perceber que perderam, e voltam correndo de volta para sua terra natal chorando e implorando por perdão. Quando as pessoas perceberam que estava tudo bem novamente, saíram do Mac Donuts para aplaudir e me agradecer. Os atiradores de facas chegaram a mim aplaudindo, e parabenizaram minhas habilidades como atirador, e me ofereceram para trabalhar com eles, como um trio. Eu, como sou uma pessoa extremamente bondosa, neguei. Disse que estava ali apenas como turista e que em muito breve voltaria para meu país. Eles entenderam, e eu me despedi de todos, e fui embora de volta para o hotel descansar, depois de um dia cheio. No dia seguinte voltei para o meu país, mas acabei sendo preso lá, por ter roubado a relíquia russa. E estou preso até hoje. Parece que minha história não teve um final feliz.