Caríssimos,
Como vão? Hoje, trago-lhes um vídeo deveras interessante - e polêmico -, de um canal que aborda temas relativos à cultura pop, sobre a forma pela qual a violência e, consequentemente, a masculinidade, é representada nos games e como isso implica numa profunda falta de criatividade da indústria de jogos eletrônicos. A meu ver, assim como é deveras importante discutir a representação feminina nos jogos, também a representação da masculinidade merece ser analisada, isto é, posta em questão. O argumento central do vídeo - não entrarei em detalhes, pois espero que vocês tenham assistido ao vídeo - consiste em demonstrar, a partir de dados estatísticos, o quanto as desenvolvedoras não inovam em mecânicas que permitam formas de interação plurais entre os jogadores e os universos ficcionais dos jogos eletrônicos. E que essa falta de criatividade está ligada, de certa forma, à representação que se faz da masculinidade nos games em geral. O homem é normalmente representado como aquele que resolve todos os seus problemas, sejam eles pessoais (no caso de uma vingança), sejam eles de outra ordem (salvar o mundo de uma grande ameaça) deixando pilhas de cadáveres por onde passa. Ele é sempre o mais frio e sem compaixão, um verdadeiro macho alfa que prova o seu valor e a importância dos seus ideais pelo uso primário da força.
De um modo geral, a única forma (ou a forma privilegiada) de interação permitida ao jogador se dá através da mira de um rifle ou da lâmina de uma espada. Mas, será que com os avanços tecnológicos, somados à imensa gama de possibilidades que os jogos eletrônicos abrem, não poderíamos usar nossa imaginação e criatividade no sentido de criar novas formas de interação (de mecânicas) que não sejam pura e simplesmente pautadas na violência e na hostilidade? A única forma de vivermos uma história é apertando o gatilho de um revolver?
Obviamente, não se trata de dizer que jogos violentos são ruins ou que influenciam negativamente as pessoas, não é essa a questão, pois já ficou mais do que demonstrado que essa abordagem não passa de um delírio moralista do pior tipo. A questão que realmente importa é que esse fetiche pela violência limita drasticamente as possibilidades de interação com os mundos virtuais. Tantas histórias poderiam ser contadas, não fosse a profunda falta de criatividade das desenvolvedoras em sair do lugar comum segundo o qual, para variar, a única forma de se resolver conflitos é apertando o gatilho de uma escopeta.
Eu diria que sucessos como Undertale, game no qual o jogador tem a liberdade de, ao invés de matar seus inimigos, conversar com eles ou até mesmo lhes dar um abraço, mostram o quanto outras formas de narrativa não só são possíveis como capazes de capturar o interesse dos jogadores.
Mas, e vocês, o que acham? E, por gentileza, ASSISTAM ao vídeo, para terem um contexto de discussão.
De um modo geral, a única forma (ou a forma privilegiada) de interação permitida ao jogador se dá através da mira de um rifle ou da lâmina de uma espada. Mas, será que com os avanços tecnológicos, somados à imensa gama de possibilidades que os jogos eletrônicos abrem, não poderíamos usar nossa imaginação e criatividade no sentido de criar novas formas de interação (de mecânicas) que não sejam pura e simplesmente pautadas na violência e na hostilidade? A única forma de vivermos uma história é apertando o gatilho de um revolver?
Obviamente, não se trata de dizer que jogos violentos são ruins ou que influenciam negativamente as pessoas, não é essa a questão, pois já ficou mais do que demonstrado que essa abordagem não passa de um delírio moralista do pior tipo. A questão que realmente importa é que esse fetiche pela violência limita drasticamente as possibilidades de interação com os mundos virtuais. Tantas histórias poderiam ser contadas, não fosse a profunda falta de criatividade das desenvolvedoras em sair do lugar comum segundo o qual, para variar, a única forma de se resolver conflitos é apertando o gatilho de uma escopeta.
Eu diria que sucessos como Undertale, game no qual o jogador tem a liberdade de, ao invés de matar seus inimigos, conversar com eles ou até mesmo lhes dar um abraço, mostram o quanto outras formas de narrativa não só são possíveis como capazes de capturar o interesse dos jogadores.
Mas, e vocês, o que acham? E, por gentileza, ASSISTAM ao vídeo, para terem um contexto de discussão.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=9Sq-EjKYp_Q[/youtube]