O quê? Você realmente ia ler aquilo até o final?
Olá!
Esses dias eu andei revendo uns diálogos do meu projeto, mais especificamente da personagem Kiche... É normal o criador de um enredo colocar aspectos dele mesmo em um dos personagens, foi isso que eu fiz, coloquei nela pensamentos, dilemas e um pouco da minha personalidade baseados na minha infância. Á partir de um certo momento, eu comecei a ficar meio reflexivo... Fui rever novamente os diálogos e percebi que as semelhanças não estavam tão leves quanto eu esperava.
Essa personagem que eu citei tem problemas de sociabilidade e comumente hesita em mostrar o que sente, duas características que eu possuía na infância e até hoje me identifico um pouco. Onde eu quero chegar? Bem... É normal se identificar mais com personagens do que com pessoas reais?
Na minha época de criança, as pessoas sempre diziam que eu era antissocial. Mesmo eu tendo certos problemas em me aproximar (Também no sentido literal) de outras pessoas, eu não me considerei uma pessoa antissocial. Eu passava grande parte do meu tempo jogando videogame, assistindo desenhos e correndo pela casa sozinho, mas não era porque eu não gostava das outras pessoas, era porque na minha cabeça, tudo aquilo era bem menos artificial que as outras pessoas.
Eu frequentemente escuto parte da conversa de outras pessoas quando não estou fazendo nada, principalmente adolescentes e isso não me dá muito esperança... Não sei se você que está lendo vai entender 100% que eu estou querendo dizer, mas aquilo é uma coisa tão artificial, tão robotizada... Parece que as pessoas só querem falar o que o chamamos de mainstream, ou seja, tudo aquilo que qualquer pessoa vai achar normal, até o tom de voz eu acho artificial.
Por outro lado, eu vejo personagens de qualquer tipo de obra como o contrário disso tudo. Não parece que eles irão falar aquilo que tudo mundo vai achar socialmente comum, parece que eles irão falar algo que eles falariam. Pergunte-se a si mesmo: De todas as pessoas que você conhece, o que diferencia umas das outras além do tom de voz e da aparência?
Nessa minha reflexão, eu percebi que as pessoas me tratavam mais como um personagem do que como uma pessoa... Quando eu era mais novo, elas tinham a tendência de falar de mim na 3ª pessoa mesmo quando eu estava por perto, isso particularmente me constrangia às vezes. Uma coisa tipo "Aquele menino é meio err... Você já viu a nova série do Netflix?". As pessoas à minha volta tem uma certa dificuldade em entender o que eu quero dizer, tanto é que pessoalmente eu falo da forma mais resumida e objetiva possível pra evitar desentendimento ou eu ter que explicar de novo. Não sei se é maluquice minha, mas não seria mais fácil entender o que uma pessoa quer dizer do que entender o que um personagem quer dizer? O que diferencia uma pessoa de um personagem além do fato de um existir e outro não?
Isso é tudo!
Esses dias eu andei revendo uns diálogos do meu projeto, mais especificamente da personagem Kiche... É normal o criador de um enredo colocar aspectos dele mesmo em um dos personagens, foi isso que eu fiz, coloquei nela pensamentos, dilemas e um pouco da minha personalidade baseados na minha infância. Á partir de um certo momento, eu comecei a ficar meio reflexivo... Fui rever novamente os diálogos e percebi que as semelhanças não estavam tão leves quanto eu esperava.
Essa personagem que eu citei tem problemas de sociabilidade e comumente hesita em mostrar o que sente, duas características que eu possuía na infância e até hoje me identifico um pouco. Onde eu quero chegar? Bem... É normal se identificar mais com personagens do que com pessoas reais?
Na minha época de criança, as pessoas sempre diziam que eu era antissocial. Mesmo eu tendo certos problemas em me aproximar (Também no sentido literal) de outras pessoas, eu não me considerei uma pessoa antissocial. Eu passava grande parte do meu tempo jogando videogame, assistindo desenhos e correndo pela casa sozinho, mas não era porque eu não gostava das outras pessoas, era porque na minha cabeça, tudo aquilo era bem menos artificial que as outras pessoas.
Eu frequentemente escuto parte da conversa de outras pessoas quando não estou fazendo nada, principalmente adolescentes e isso não me dá muito esperança... Não sei se você que está lendo vai entender 100% que eu estou querendo dizer, mas aquilo é uma coisa tão artificial, tão robotizada... Parece que as pessoas só querem falar o que o chamamos de mainstream, ou seja, tudo aquilo que qualquer pessoa vai achar normal, até o tom de voz eu acho artificial.
Por outro lado, eu vejo personagens de qualquer tipo de obra como o contrário disso tudo. Não parece que eles irão falar aquilo que tudo mundo vai achar socialmente comum, parece que eles irão falar algo que eles falariam. Pergunte-se a si mesmo: De todas as pessoas que você conhece, o que diferencia umas das outras além do tom de voz e da aparência?
Nessa minha reflexão, eu percebi que as pessoas me tratavam mais como um personagem do que como uma pessoa... Quando eu era mais novo, elas tinham a tendência de falar de mim na 3ª pessoa mesmo quando eu estava por perto, isso particularmente me constrangia às vezes. Uma coisa tipo "Aquele menino é meio err... Você já viu a nova série do Netflix?". As pessoas à minha volta tem uma certa dificuldade em entender o que eu quero dizer, tanto é que pessoalmente eu falo da forma mais resumida e objetiva possível pra evitar desentendimento ou eu ter que explicar de novo. Não sei se é maluquice minha, mas não seria mais fácil entender o que uma pessoa quer dizer do que entender o que um personagem quer dizer? O que diferencia uma pessoa de um personagem além do fato de um existir e outro não?
Isso é tudo!