Rafael_Sol_MAKER comentou:
Bom, esse tópico de discussão tinha que chegar cedo ou tarde.
Eu estava vendo as análises para um jogo que comprei recentemente, o Deus Ex Mankind Divided, e a recepção dele estava além do esperado, sendo um dos principais motivos o fato do jogo ter microtransações, isso é, compras dentro do jogo, sendo que o jogo já é um triple A vendido por $60. (Ainda piora pelo fato de que elas só podem ser usadas uma única vez)
Juntando com outros problemas nas campanhas de pré-venda desse mesmo jogo, entre outros casos que eu já vi que levantaram polêmica (como o Street Fighter que o DLC já vinha incluso no disco, só pagando a mais para desbloquear) é que decidi fazer esse tópico para poder comentar a questão com vocês.
O que quero saber é até onde vocês acham válidas tais práticas e em que contexto. Dessa vez vamos fazer o reduto para jogos de grandes produtoras. Os problemas dos indie (e suas campanhas no KickStarter) podem ficar pra outra ocasião.
Entre as práticas consideradas danosas, incluem, porem não se limitam à:
[info]
- O próprio sistema de pré-venda, na qual você paga por um produto que ainda não está pronto, e que por você não saber exatamente como é, pode se sentir enganado pela hype gerada;
- DLCs já no disco ou DLCs no dia um, que são conteúdos já existentes, mas que vocês tem que pagar a mais para conseguir (a não ser que tenha o bendito Season Pass ou afins);
- Microtransações em jogos que não são freemium, isso é, você já paga um valor cheio pelo jogo, mas ele ainda oferece vantagens do sistema pague-para-ganhar;
- Jogos lançados por capítulos ou partes talvez, pelos mesmos problemas dos jogos pré-venda, sem contar que o custo final pro consumidor ser maior já que o jogo será fatiado e as partes terão custo separado em valores "cheios".
- Jogos "incompletos" ou cortados alguma parte, justamente forçando os jogadores a adquirir alguma coisa que complete a experiência do jogo, como uma DLC ou uma sequência.
- Talvez alguma outra prática que eu não lembre agora, hehe.[/info]
Lembrando que essas práticas são danosas pro consumidor, pois geralmente implicam em mais custo e frustração.
Me digam aí, quero ver o que vocês acham dessas práticas, se são éticas ou não, se são justas, etc. Enfim, fiquem a vontade pra discutir.
Qualquer um que almeje ser um criador de jogos um dia terá que enfrentar essas questões, então é bom já irmos começando por aqui.
Deus Ex é um jogão, mas não é pra qualquer um. O anterior, Human Revolution acho que foi mais enganador ainda(mudou daquela parada Matrix que tinha no PS2 ainda), mas continuou sendo um RPG de tiro em 1ª pessoa hi-tech/cyberpunk.
O que aconteceu com ele, acontece com muita coisa hoje em dia se comparar. Jogos, séries, filmes(Esquadrão Suicida tá ai que não me deixa mentir. 1 ano de trailers, fotos, cenas, detalhes...do Coringa e o cara mal aparece no filme porque se ligaram que mostraram tudo). Com jogos, o Hype se forma sempre de um modo como se tudo fosse perfeito naquele jogo, ai o jogo sai e a galera vê que não é bem assim. Mas quem cria o hype? As empresas? Os canais de notícia que viraram um bando de fanboys de games, alguns pendendo pra alguma produtora ou algum estilo de jogo? Sabe aquelas críticas da SuperGamePower(até antes da fusão da Game Power e da Super Games)? Que tinha um especialista em cada estilo e ele dava sua opinião sobre isso. Depois começaram a botar especialistas de games diferentes pra comentar e dar sua visão, o que também era bacana porque você podia se identificar com o cara que gostava mais de jogos de luta e jogou aquele RPG locão lindo que todo mundo tá falando. Ainda era uma opinião, mas era mais sincera do que hoje em dia esses Youtubers fracos que não entendem lhufas de nada e ficaram famosos porque as pessoas não conseguem ter opinião própria. Se tem uma espécie de sub-celebridade lixo pra mim, são esses youtubers. Caras engraçados e que opinam sobre a vida, e escrevem livros e fazem filmes, que não agregam realmente em nada de conteúdo.
Juntando com outros problemas nas campanhas de pré-venda desse mesmo jogo, entre outros casos que eu já vi que levantaram polêmica (como o Street Fighter que o DLC já vinha incluso no disco, só pagando a mais para desbloquear) é que decidi fazer esse tópico para poder comentar a questão com vocês.
Tô por fora disso ai. Street Fighter V vem o game, que teve sua grande falha vir com pouco ou quase nenhum conteúdo. Poucos personagens e foco total no online. A DLC é basicamente uma roupinha extra pra um personagem especifico(Cammy por ex a minha já que jogo com ela =D). É sua, você não paga. Mas tem muito conteúdo extra, que você pode comprar com Fight Money(dindin que vc adquire jogando e cumprindo missões, que agora é bacana porque no começo tinha pouca coisa pra se fazer) ou com dinheiro real(acho um absurdo 12 reais por uma roupa especial). Comprei o pack 1 de personagens por 40 pilas(teve promoção que o pack tava com 50% de desconto e ainda tinha um cupom de + 10% de desconto, o pack normalmente custava 91 pilas). Detalhe é que agora começou a sair o pack 2(mais 91 pilas pra 6 personagens, que fora Akuma e Sodom(acho eu) nenhum personagem foi anunciado claramente(porém, eu comprei Akuma com 100.000 fight moneys e tenho quase mais 100.000 pontos já pra comprar o próximo personagem).
Final Fantasy XV foi vendido anteriormente com um pacote que dava acesso a um game retro e mais umas dlcs basiconas. A edição de dia 1 vinha com a Masamune que basicamente é uma espada útil no começo do jogo e só.
Eu entendo as expansões(e ai vieram os Passes de Temporada que lhe dão direito a um conjunto de expansões e extras) , mas acho injusto quando você paga muito por pouco(em Dragon Age Inquisition, tem 3 expansões, cada uma em média custou 40 pilas e pra mim pelo menos, por pouco de acrescento ao game, fora que, você só zera, de ver o final, terminar a história e entender tudo que se passou se comprar elas)...OFFREVOLTA: Pow Iron Bull....não me traia cara....eu te tratei tão bem....~~
Dark Souls 3 tem 2 expansões que podem ser compradas a parte, mas não influenciam diretamente no jogo, mas acrescentam, aprofundam conhecimentos. O 2 tem 3 e já acho que influencia mais no entendimento da história.
The Witcher 3 pra mim é aquele game que mostrou como as coisas devem ser feitas. DLCs gratuitas acrescentando equipamentos, algumas missões, roupas extras, etc, detalhes que não vão influenciar mas vão complementar seu gameplay. E ai tinha desde o começo 2 expansões anunciadas, e nuss, valeu muito a pena comprar o passe de temporada por 60 pilas porque acrescenta e MUITO em conteúdo de jogo(não influencia na história principal do game e acrescenta muito em termos de aventura, até sistemas na Blood and Wine, caramba, é um game, uma aventura a parte e emocionante com histórias e tramas bem trabalhadas).
Acho que é óbvio que a gente gostaria de pagar um valor e ter tudo, mas vamos pegar Street Fighter IV e V como ex:
Street Fighter IV saiu. alguns personagens, jogo legal. Saiu Super SF IV com o dobro de personagens e fez quem tinha Street Fighter IV ter que comprar a versão mais completa, nada de dlc, tinha que comprar outro jogo(a mesma coisa aconteceu com Marvel Vs. Capcom 3, que depois saiu Ultimamte Marvel Vs. Capcom 3). Ambos da Capcom e comeram muito dinheiro dos gamers. Street Fighter foi mais longe ainda porque ainda teve o Super SF IV Arcade Edition(que trazia mais personagens) e ai veio o Ultra SF IV(que foi a versão final). Lembro quando anunciaram Omega Street Fighter...povo endoidou de ódio, mas se tratava apenas de uma expansão gratuita pro Ultra SFIV que dava efeitos e golpes psicodelicos e roubões ao game(aquele choque teleport de Blanka foi o golpe mais apelão da história do game).
O problema é que conteúdo extra é uma possibilidade, como os updates, os fix, as correções de bugs(estamos na geração dos bugs, vide estória de Assassin's Creed Unit =3) e existem novas possibilidades benéficas, mas as empresas também aproveitam pra cobrar, as vezes injustamente, as vezes como parte de um update que você recebe "gratuitamente pra corrigir erros dos games", mas sempre bolando algo pra lucrarem mais e mais.
Jogos online hoje se abastecem de primariamente de vendas feitas no jogo. Equipamentos, roupas, transportes, etc e etc, tudo se inventa dependendo do tipo do game. Eu mesmo jogo Neverwinter Nights do PS4(e agora no XBox One) que é um MMORPG gratuito e nunca gastei 1 real, nem gastarei. Do mesmo modo que eu jogava Elder Scrolls Online e a única coisa que fiz foi comprar o game pro PS4(ele antigamente você pagava uma mensalidade, uma prática em extinção nos games online, mas que ainda existe em alguns(Final Fantasy XIV por ex), e me diverti muito, até fiz uma assinatura opcional pra ganhar lv mais rápido por 1 mês só, mas me diverti muito sem gastar dinheiro).
Sobre jogos com capítulos, eu já pensei em fazer no RPG Maker, algo por capítulos, ou algo que desse pra dar updates(sem ter que ficar baixando um novo game atualizado toda vez), até porque pensei que isso fosse legal por tornar algo grandioso(um game) mais dividido, e podendo entregar à galera o jogo, e acompanhar e melhorar o game conforme atualizasse, quem sabe até me gerasse uma maior empolgação, não sei, mas admito que gosto da ideia).
No caso de jogos, Hitman por ex agora mais recentemente e o anúncio do Final Fantasy VII refeito, eu não curto. Nem de ir comprando e jogando a parte, nem a ideia de jogar somente depois que estiver tudo pronto(depois de todo mundo ¬¬').
Remasters. Eles fazem muito por conta da ideia de que muitos não jogaram aquele game naquele console anterior. Eu gosto do que a Microsoft faz com o XBox One e sua retrocompatibilidade com o XBox 360. A Sony demorou uma eternidade pra ter o catálogo de PS1 e PS2 no PS3 e alguns, nada de todos(mas ai depende muito das empresas também).
Resident Evil 4, Resident Evil 5 relançado, Resident Evil 6 relançado, fora os recentes Resident Evil HD e Resident Evil 0, tudo no embalo do lançamento de Resident Evil VII. Enfim, compra quem quer saca. Eu comprei Skyrim, que joguei e muito no 360, mas quero jogar novamente no PS4, quero ter pra mim na minha coleção, etc. Acho caro, as vezes podiam pegar mais leve, mas sempre que se fala da parte de grana a gente ta ferrado porque como diria Dominic Toretto "Aqui é o Brasil!" e não, isso não é bom nem um elogio. A gente se ferra com os impostos. É barra pesada pro gamer. Eu sou gamer e sou lojista, e meus 2 "eu" se lascam com os impostos. Vocês vêem Resident Evil II sendo vendido a 249,90(eu comprei ele bem antes pra vender na loja e consigo vender a R$ 200,00 tirando meu lucro básico de jogo, que é...entre 20 e 40 reais. 30 é a média). É, você vende um game de 200 pilas e lucra muito quando lucra 30 reais. Lembrando que desses 30 você vendeu no cartão(que não é meu caso que só vendo à vista hoje), perde + uma % pro cartão e + uma partezinha pro governo(ontem você quando comprou pagou e o cara que lhe vendeu pagou também).
Então, muito dos preços que pagamos achamos injustos pela simples resposta que é o mal do Brasil. Imposto.
Você no exterior paga muitos impostos, mas você recebe retorno disso. Você tem benefícios em troca de investir no seu país, e quando você compra algo, comida, games, carros, você paga MUITOOOOOOO menos do que aqui.
See ya!