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Práticas Desonestas das Grandes Produtoras - O que vocês acham?

Rafael_Sol_MAKER

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05 de Abril de 2015
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Bom, esse tópico de discussão tinha que chegar cedo ou tarde.

Eu estava vendo as análises para um jogo que comprei recentemente, o Deus Ex Mankind Divided, e a recepção dele estava além do esperado, sendo um dos principais motivos o fato do jogo ter microtransações, isso é, compras dentro do jogo, sendo que o jogo já é um triple A vendido por $60. (Ainda piora pelo fato de que elas só podem ser usadas uma única vez)

Juntando com outros problemas nas campanhas de pré-venda desse mesmo jogo, entre outros casos que eu já vi que levantaram polêmica (como o Street Fighter que o DLC já vinha incluso no disco, só pagando a mais para desbloquear) é que decidi fazer esse tópico para poder comentar a questão com vocês.

O que quero saber é até onde vocês acham válidas tais práticas e em que contexto. Dessa vez vamos fazer o reduto para jogos de grandes produtoras. Os problemas dos indie (e suas campanhas no KickStarter) podem ficar pra outra ocasião.

Entre as práticas consideradas danosas, incluem, porem não se limitam à:
[info]
- O próprio sistema de pré-venda, na qual você paga por um produto que ainda não está pronto, e que por você não saber exatamente como é, pode se sentir enganado pela hype gerada;

- DLCs já no disco ou DLCs no dia um, que são conteúdos já existentes, mas que vocês tem que pagar a mais para conseguir (a não ser que tenha o bendito Season Pass ou afins);

- Microtransações em jogos que não são freemium, isso é, você já paga um valor cheio pelo jogo, mas ele ainda oferece vantagens do sistema pague-para-ganhar;

- Jogos lançados por capítulos ou partes talvez, pelos mesmos problemas dos jogos pré-venda, sem contar que o custo final pro consumidor ser maior já que o jogo será fatiado e as partes terão custo separado em valores "cheios".

- Jogos "incompletos" ou cortados alguma parte, justamente forçando os jogadores a adquirir alguma coisa que complete a experiência do jogo, como uma DLC ou uma sequência.

- Talvez alguma outra prática que eu não lembre agora, hehe.[/info]
Lembrando que essas práticas são danosas pro consumidor, pois geralmente implicam em mais custo e frustração.

Me digam aí, quero ver o que vocês acham dessas práticas, se são éticas ou não, se são justas, etc. Enfim, fiquem a vontade pra discutir.

Qualquer um que almeje ser um criador de jogos um dia terá que enfrentar essas questões, então é bom já irmos começando por aqui.
 
Acho as DLCs viáveis, quando o jogo apresenta de forma a não influenciar na experiência de jogabilidade, por exemplo: Itens, Skins ou sistemas que vão afetar apenas a estética do jogo e que não mudará em nada na mecânica de jogabilidade.
 
Como jogador eu detesto DLCs pagos, apesar de curtir alguns esquemas Freemiums como os do DOTA 2. Se o conteúdo pago for apenas Skins, formas de ganhar recursos do jogo mais rapidamente ou instantaneamente, eu não vejo problema algum.

A menos as produtoras que realmente mentem na proposta, eu não vejo desonestidade nenhuma em oferecer essas coisas. O problema é de quem compra!

O próprio sistema de pré-venda, na qual você paga por um produto que ainda não está pronto, e que por você não saber exatamente como é, pode se sentir enganado pela hype gerada;
Você ganha um benefício para comprar antes (menor preço ou bônus) e corre esse risco. A escolha é de cada um.

[info]- DLCs já no disco ou DLCs no dia um, que são conteúdos já existentes, mas que vocês tem que pagar a mais para conseguir (a não ser que tenha o bendito Season Pass ou afins);

- Microtransações em jogos que não são freemium, isso é, você já paga um valor cheio pelo jogo, mas ele ainda oferece vantagens do sistema pague-para-ganhar;

- Jogos lançados por capítulos ou partes talvez, pelos mesmos problemas dos jogos pré-venda, sem contar que o custo final pro consumidor ser maior já que o jogo será fatiado e as partes terão custo separado em valores "cheios".

- Jogos "incompletos" ou cortados alguma parte, justamente forçando os jogadores a adquirir alguma coisa que complete a experiência do jogo, como uma DLC ou uma sequência.[/info]
Não vejo problema. Se incomoda, não dê dinheiro pra esse tipo de coisa, assim como ocorre com todo serviço que o consumir julga que não vale o preço.

Qualquer um que almeje ser um criador de jogos um dia terá que enfrentar essas questões, então é bom já irmos começando por aqui.
A partir do momento que você está em uma empresa, então o foco passa a ser o lucro e não necessariamente a qualidade. Aliás, aprendam com essas produtoras! No entanto, se esses artifícios forem utilizados demais, isso pode fazer a fanbase diminuir. A chave está em encontrar o equilíbrio correto que gere o maior lucro para a franquia.
 
[member=470]Akinos[/member]
DLCs e expansões no geral são sempre bem-vindas. Veja o caso de The Witcher 3, por exemplo, e de muitos outros jogos antigos ou novos. A sacanagem é quando você se sente obrigado contra a sua vontade a ter que pagar mais pois sentiu que o produto que você adquiriu veio, de alguma forma, incompleto.

[member=779]FL[/member]
Tenho que concordar com você, mas em partes. Eu não sou um fã-boy do tipo que deixa comentários negativos na Steam apenas por conta disso. Também imagino que os custos de produção dos jogos são astronômicos e os riscos muito altos, e que esse dinheiro precisa vir de algum lugar.

Meu ponto aqui não é me rebelar contra as práticas, talvez discutir a moralidade delas, mas vim mesmo para alertar para o fato de que elas destroem a relação de confiança entre as produtoras e o consumidor a partir do momento que este se sente enganado ou extorquido de alguma maneira.

Claro, "se não gostou não compre" é e deveria ser a regra, sem direito a mimimi, até por que quem é precavido espera o jogo sair antes para ver as análises, ganhar as devidas correções e baixar um pouco o preço (foi o que eu fiz).

Mas veja bem, você está disposto a gastar seu suado dinheirinho num jogo, por um valor que acha justo (os benditos $60, que seja) e de alguma forma prejudicam a sua experiência lançando um produto incompleto, ou um produto na qual que você tenha que pagar para ganhar (sem ser jogo freemium), não acha isso uma baita sacanagem ou desrespeito ao consumidor?
 
Sinceramente, faz muito tempo que não compro um jogo original ou algo do tipo, porque minha situação financeira não é lá muito boa, mas se eu tivesse como sem dúvidas iria pagar sim!

Acho a questão da DLC paga relativa, se você pensar em uma DLC onde vai adicionar certa jogabilidade diferente no jogo, algo grande mesmo, que faça você desempenhar mais horas de diversão e jogabilidade, eu apoio sim que ela sejá cobrada, afinal aquilo será como um "novo jogo" e tu vai usar bastante.
Agora acho ridículo pagar pelo "final do jogo", por exemplo, ou pagar por coisas inúteis que não fazem o menor sentido, ainda sim nesse ultimo, vai mas de quem quer mesmo, se você tiver grana e quiser ver seu personagem com uma skin diferente ou adicionar um efeito diferente no jogo, você poderá fazer isso, pois isso existe! Mas em questão de partes do jogo, acho certo abuso...

Questão de pré-venda eu acho que realmente você corre o risco, mas isso eu creio ser coisa de fan doido mesmo kkkk
Acho que se eu tivesse grana pra jogar pra cima e nadar o único jogo que eu compraria pré-venda (Que nem sei se teve)seria o Smash Bros 4, quando lançou a tempos ai.

E realmente concordo com as palavras do FL, existe sim a questão de ganhar lucro, todos sabemos disso, você não vende algo se não quiser ganhar com aquilo, mas o abuso excessivo disso pode fazer perder a credibilidade na empresa, mancham ela no mercado
 
Rafael_Sol_MAKER comentou:
Mas veja bem, você está disposto a gastar seu suado dinheirinho num jogo, por um valor que acha justo (os benditos $60, que seja) e de alguma forma prejudicam a sua experiência lançando um produto incompleto, ou um produto na qual que você tenha que pagar para ganhar (sem ser jogo freemium), não acha isso uma baita sacanagem ou desrespeito ao consumidor?
Tirando quando eles falam e não cumprem, o que inclui até mesmo datas de lançamento dependendo de como forem divulgadas, eu não vejo um problema. Como expliquei, comprar algo antes do produto ficar pronto já é uma aposta, e não se limita a jogos. Pode acontecer com livros, filmes e o que mais tiver pré-venda sem uma análise antes.

Mas coisas como "Pagar pra liberar o final" precisam ser avisadas já na pré-venda, né? Tenhamos bom senso, produtoras.
 
DLC's pra mim são mais que viáveis, claro, tem aquelas produtoras que exageram e forçam a barra, mas existem casos que faz a coisa valer a pena, como The Witcher, ou um game que adoro citar quando o assunto é DLC, que simplesmente renova ele sempre que você compra uma, que a pesar do preço sempre acaba valendo a pena, o The Binding of Isaac.

Microtransações são bem comuns, até em jogos de grandes nomes, como os atuais jogos da Blizzard, que muitas vezes pesam muito no seu bolso. Acho bem de boa quando as coisas tratam-se de cosméticos, mas tem jogo que te obriga a comprar quase o valor do game de novo só para poder jogar direito, o que já vira meio sacanagem. No fim compensa bem mais se aventurar nos Let it Die da vida, olhando por esse lado.


You See!~
 
- Pré-Venda: Desde que não removam algo do jogo pra dar para quem comprou na pré-venda, não vejo mal algum, nesse caso você não estaria sendo obrigado a comprar o jogo na pré-venda pra poder aproveitar 100% do mesmo.

- DLCs: Novamente, se for conteúdo EXTRA, ou seja, você não precisa dele pra aproveitar 100% do jogo, não me importo de existir, seja no dia 1 ou 2 anos depois do lançamento do jogo. Ser lançado no dia 1 não significa que removeram do jogo, eles podem ter uma equipe separada pra criação da DLC enquanto o jogo principal é feito por outro equipe.

- Microtransações: P2W não é válido nem em jogos freemium, LOL é um ótimo exemplo, é um jogo F2P COM microtransação porém não é P2W. "Despesa de servidor" não é desculpa pra tornar um jogo P2W, e o jogo mais jogado do mundo é a melhor prova disso.

Agora, microtransação sem o bendito P2W num jogo online, eu não me importo, pois existe sim despesas com o servidor, e por mais que você já tenha pagado pelo jogo, o valor que você pagou na compra não vai cair na conta deles todos os mêses, e eles tem que lucrar queira você ou não..

- Jogos lançados por capítulos: Não gosto disso. Mas se o preço no total(comprando só depois que saiu tudo) sair no mesmo preço que um jogo full, não me importo. Assim, pra aqueles que comprou por capítulos ter um desconto no total (Ex: R$2 por capítulo) ser algo viável e favorável.

Olhando por outro lado, até pode ser bom, colher feedback de um capítulo e melhor no outro, ou adaptar a história de acordo com as escolhas ou feedback das pessoas(Jogos da telltale com aquele sistema de porcentagem, mudar a história por aquilo deixaria o jogo MUITO mais dinâmico e interessante). Incentivaria as pessoas a comprar e participar no desenvolver da história.

- Jogos "incompletos" ou cortados alguma parte: Como já disse na parte das DLC, não apoio remover do jogo pra vender separado. Mas caso o jogo fosse ficar muito maior do que eles esperam do jogo(imagina um jogo casual de 150 horas?(estou quase falando de você the witcher)) não me importo deles dividirem o jogo em uma sequência. Obviamente, se o preço do primeiro jogo for de um game full sem nem conter um final, eu não compraria.
 
Pronto, aí que está o ponto. Jogos são caros de se fazer (e tão ficando cada vez mais), mas é um mercado que move grana demais. Se parar pra pensar, jogos são um produto de massa e não são nada baratos (tirando promo de jogo da Steam/similares, só jogos de PC aqui no Brasil que são tradicionalmente baratos). Não estamos fazendo caridade quando desembolsamos grana num jogo Triple A, mas também vemos que a culpa é boa parte nossa por cair nesses esquemas por não saber gerenciar a expectativa.

Mas vamos aos fatos concretos. As mega-publishers de hoje em dia tem medo dos jogos encalharem (as perdas são grandes), e por isso mesmo não gostam de arriscar alto, fazendo jogos que apelem a um maior número de pessoas. Por isso saem muitos jogos semelhantes apenas com fórmulas testadas-e-aprovadas, sem nada de novo. Até aí, beleza. O bom é só que isso destaca uma ou duas boas surpresas que aparecem. (Por mais que isso mate o potencial de muitos jogos)

Só que a coisa pode ficar muito pior a partir daí. A meu ver, o que deveriam procurar é manter a qualidade, pois entendo que isso é o que atrai e mantém a clientela. Só que no mercado corporativo as coisas não são bem assim, o lucro é quem reina supremo, pois há metas para atingir, prazos para cumprir, etc. e vejo que muitos jogos estão saindo prejudicados no lançamento por conta disso. (Imagina se não existissem as atualizações online como era no passado...) Casos pra comprovar, há vários e vocês sabem bem de tanto jogo que sofreu com isso...

Eu até concordo que deve haver lucro pra mover os negócios (é óbvio!), mas um jogo é um processo muito artístico e delicado. No fim acabamos tendo jogos incompletos, ceifados, bugados ou mal portados e as produtoras insatisfeitas com a grana que vem (não é o caso geral, mas os jogos tem saído tão ruins que não dá vontade de gastar minha grana com quase nenhum mais, principalmente no lançamento e acho que isso vale pra muitos aqui) então arrumam alguns esquemas para conseguir grana rápida. Aí muitas vezes não é nem culpa de quem fez o jogo e sim dos benditos publishers que querem agradar seus acionistas...

Até agora não fizeram nada de muito grave que trave a experiência dos jogos, até onde tenho notícia. Mas eu, assim como muitos, teme que um dia isso se torne o padrão, e que aquela grana que você dá seja só a parcela de entrada para você ter a experiência completa. Ou que precise pagar para poder se dar bem no jogo, já que os freemium são todos limitados, né. Já imaginou um pseudo-freemium (que de free não tem nada) que você paga pra entrar e depois pra sair? Pois é...

O revoltante disso tudo? Jogos não nasceram assim e nem precisam ser assim, eu entendo que as publishers tenham que aquietar o facho e parar com tanto contrato de marketing ou sei lá o quê pra lá e pra cá, com toda essa pressa infeliz que tá matando os jogos, e fiquem esperando um pouco mais, para que os jogos saiam bem feitos e tenhamos menos revoltados online queimando as suas reputações (é o que tá acontecendo, vejam lá a prova na Steam) e prejudicando seus próprios negócios. Ou seja, parem de atirar nos próprios pés, pensem no sucesso duradouro ao invés da grana imediata.

A chave é a qualidade, um jogo bem feito, com os desenvolvedores honestos e abertos é algo possível e muito lucrativo por sinal. The Witcher 3 não pára de gritar isso o tempo todo na minha cara, o que eles tem que mudar é o modelo de negócios ao invés de ficar tentando arrancar dinheiro a todo custo com jogos meio-assados.
 
Excelente tópico [member=7]Rafael_Sol_MAKER[/member] 

Concordo com todos os apontamentos levantados por você e já que estamos falando de praticas desonesta... Gostaria de humildemente acrescentar mais uma:

Quanto tempo demora aproximadamente para baixar um jogo em mídia digital (digo completo) para Xbox One, PS4 e PS3?

Vou tentar responder sendo um morador de “área rural” no município de Suzano-SP

Isso depende muito de alguns fatores, sabemos que o Brasil não tem a melhor internet do mundo (e a tendência é piorar), porém uma conexão de 5mb demora aproximadamente 12 horas para baixar (segundo um conhecido meu que trabalha para uma empresa que fornece internet) "um game de tamanho médio, leia-se 20GB. Com certeza você terá que esperar muito menos do que o frete dos correios" (caso compre jogo em mídia física). O que vocês acham?

Acredito que os vídeos games da 8 geração e  posteriores são inviáveis para a maioria dos brasileiros, pois mesmo comprando o disco físico é preciso baixar as atualizações... Eu possuo uma internet de apenas 2mb segundo eles (mentira pura) e desisti completamente da oitava geração.

Enfim, todos os levantamentos feitos pelo amigo Rafael são extremamente louváveis e deveria ser encaminhados e discutidos pela mídia especializada e também sendo levado para as produtoras que ainda... Acreditam no Brasil.
 
Cara, pra mim é tudo safadeza. Mas, enquanto houver público que aceite essa forma de comercialização (e sempre haverá), vão continuar explorando formas de venda que garantam renda o quanto antes. Jogos podem ser hobby ou diversão pra gente, mas pra eles é um produto que deve gerar lucro, e toda tática, seja justa, honrada, transparente, ou o oposto disso tudo, serão utilizadas. Mas ninguém te força a comprar um jogo ou, sei lá, um pedaço dele. Como o FL bem disse: "o problema é de quem compra". Ele quem coloca a mão no fogo.

Acho DLC justo, enquanto adicionam conteúdo, seja inerente ao enredo ou não, nem precisa ser como em The Witcher 3 pois é sacanagem comparar (não que Blood and Wine seja barata, mas ainda é justo). Pré-venda e acesso antecipado são forma de, creio eu, o desenvolvedor conseguir um valor em prol do próprio jogo, coisa que eu acho válido mais no mercado indie. Blockbusters aproveitarem-se disso é falta de vergonha na cara. Microtransações (a.k.a. otário coin)... bom, em multiplayers eu até compreendo. Skins, boosters, coisa e tal pra um jogador se diferenciar do outro, mas desconhecia essa de Deus Ex usar isso. Nesse caso em específico acho abuso da confiança que os fiéis amantes da saga depositam na empresa. A divisão de capítulos eu já acho até ruim pra própria jogabilidade. Se eu tiver de ficar seis meses sem jogar um jogo para dar continuidade, quando eu voltar não vou estar na mesma vibe, ter a mesma disponibilidade, então acho muito incerto. Mas volto a dizer: tudo é válido no mercado.

Agora, a CD Projekt Red ter lançado o The Witcher 2 em 2011, que até vendeu bem pra caramba ao longo dos quatro anos seguintes, e fazer o terceiro game, que saiu imensamente mais caro, com um marketing muuuito maior, em qualidade... puts, isso sobrevivendo o lucro do segundo game e sem usar nenhuma dessas estratégias... É motivo suficiente pra eu achar todas essas táticas de mercado que demais empresas usam desonestas. Me senti até mal em ter esperado promoção pra comprar esse game depois de jogá-lo.

Podemos falar em remaster? Tipo """remasterizar""" um jogo de quatro anos atrás, mas manter os mesmos bugs, não incluir traduções que já estavam prontas, não adicionar nada além da propaganda de melhoria gráfica, que pra mim sequer teve e mesmo se tivesse já era obtida em resultados melhores por mods e ainda cobrar o valor de um AAA lançamento? Sério, eu ainda to muito puto com isso u_u
 
Rafael_Sol_MAKER comentou:
As mega-publishers de hoje em dia tem medo dos jogos encalharem (as perdas são grandes), e por isso mesmo não gostam de arriscar alto, fazendo jogos que apelem a um maior número de pessoas. Por isso saem muitos jogos semelhantes apenas com fórmulas testadas-e-aprovadas, sem nada de novo.

Olha o Resident Evil 7 aí de exemplo, parecendo o Outlast :X

Mas enfim,

Eu vou falar de coisa que eu conheço, que é o The Sims. A EA tem muita fama de ser mercenária no quesito expansões e DLC's, além de conteúdos na store. O pessoal reclama muito, porque principalmente no TS4, eles estão lançando muitos pacotes de objetos com poucas coisas, e fazendo os jogadores gastarem um bocado em vários packs de 20 e 30 reais. Mas que no final, essa conta fica alta.
Mas eu não acho errado, tendo em vista que as expansões e DLC's, e conteúdos da store adicionam mais conteúdo jogável (mesmo que as vezes seja uma coisa meio patética).

Mas isso eu estou falando de jogos offline, que você compra e joga sem precisar dos servidores da empresa mesmo (o máximo um backup em cloud). Não acho justo ter que pagar por coisas como desbloquear capítulos ou trechos essenciais para a jogabilidade (e não informar isso com antecedência! - o principal agravante.). As vezes a pessoa compra alguma coisa prometida, e chega lá, aí para ter a experiência completa que o jogo propõe, tem que pagar... Ok, se isso fosse avisado antes, algo como: "existem partes desse jogo que são pagas". Mas na maioria das vezes a empresa faz por enganação mesmo.

Mas, em jogos online, eu acho justo, porque tem todo um custo com servidor, moderação, manutenção e etc. Mesmo que você pague pelo jogo em si, sendo coisas que não sejam P2W (porque aí sim é complicado), acho que não tem problema...
 
Ronaldo Bento comentou:
Isso depende muito de alguns fatores, sabemos que o Brasil não tem a melhor internet do mundo (e a tendência é piorar), porém uma conexão de 5mb demora aproximadamente 12 horas para baixar (segundo um conhecido meu que trabalha para uma empresa que fornece internet) "um game de tamanho médio, leia-se 20GB. Com certeza você terá que esperar muito menos do que o frete dos correios" (caso compre jogo em mídia física). O que vocês acham?

Então rapaz, por mais que POSSA ser problema do servidor do console (PSN, Xbox Live e afins...) é muito provável que seja sua internet também. Na verdade é bem mais plausível já que, se fosse um problema generalizado, não seria a minoria que estaria reclamando.

Btw, internet de 2MB é um tanto quanto... Anh.. Ultrapassada? Sinceramente, esperar baixar um Shadow of Mordor em 2 horas com uma internet desse velocidade, é um pouco demais.

PS²: Seu amigo está equivocado. Tenho internet de 10MB (download a 2MB/s) e levei ~4 horas pra baixar shadow of mordor que tem em torno de 60 GB.

Ronaldo Bento comentou:
Acredito que os vídeos games da 8 geração e  posteriores são inviáveis para a maioria dos brasileiros, pois mesmo comprando o disco físico é preciso baixar as atualizações... Eu possuo uma internet de apenas 2mb segundo eles (mentira pura) e desisti completamente da oitava geração.

Pequena correção: a minoria. Um internet de 5MB é mais que o suficiente pra baixar as atualizações do próprio console. Em relação ao jogo, mídia digital é pura opção, não muda absolutamente nada em relação ao jogo.

King Gerar comentou:
Podemos falar em remaster? Tipo """remasterizar""" um jogo de quatro anos atrás, mas manter os mesmos bugs, não incluir traduções que já estavam prontas, não adicionar nada além da propaganda de melhoria gráfica, que pra mim sequer teve e mesmo se tivesse já era obtida em resultados melhores por mods e ainda cobrar o valor de um AAA lançamento? Sério, eu ainda to muito puto com isso u_u

Remaster é algo relativo ao meu ver. O exemplo que você deu é um ótimo de uma prática desonesta feita só pra tirar dinheiro dos fans, mas nem todo remaster é ruim e muitas vezes é ótimo ter um remaster daquele jogo que você amava jogar na infância;

 
Rafael_Sol_MAKER comentou:
Bom, esse tópico de discussão tinha que chegar cedo ou tarde.

Eu estava vendo as análises para um jogo que comprei recentemente, o Deus Ex Mankind Divided, e a recepção dele estava além do esperado, sendo um dos principais motivos o fato do jogo ter microtransações, isso é, compras dentro do jogo, sendo que o jogo já é um triple A vendido por $60. (Ainda piora pelo fato de que elas só podem ser usadas uma única vez)

Juntando com outros problemas nas campanhas de pré-venda desse mesmo jogo, entre outros casos que eu já vi que levantaram polêmica (como o Street Fighter que o DLC já vinha incluso no disco, só pagando a mais para desbloquear) é que decidi fazer esse tópico para poder comentar a questão com vocês.

O que quero saber é até onde vocês acham válidas tais práticas e em que contexto. Dessa vez vamos fazer o reduto para jogos de grandes produtoras. Os problemas dos indie (e suas campanhas no KickStarter) podem ficar pra outra ocasião.

Entre as práticas consideradas danosas, incluem, porem não se limitam à:
[info]
- O próprio sistema de pré-venda, na qual você paga por um produto que ainda não está pronto, e que por você não saber exatamente como é, pode se sentir enganado pela hype gerada;

- DLCs já no disco ou DLCs no dia um, que são conteúdos já existentes, mas que vocês tem que pagar a mais para conseguir (a não ser que tenha o bendito Season Pass ou afins);

- Microtransações em jogos que não são freemium, isso é, você já paga um valor cheio pelo jogo, mas ele ainda oferece vantagens do sistema pague-para-ganhar;

- Jogos lançados por capítulos ou partes talvez, pelos mesmos problemas dos jogos pré-venda, sem contar que o custo final pro consumidor ser maior já que o jogo será fatiado e as partes terão custo separado em valores "cheios".

- Jogos "incompletos" ou cortados alguma parte, justamente forçando os jogadores a adquirir alguma coisa que complete a experiência do jogo, como uma DLC ou uma sequência.

- Talvez alguma outra prática que eu não lembre agora, hehe.[/info]
Lembrando que essas práticas são danosas pro consumidor, pois geralmente implicam em mais custo e frustração.

Me digam aí, quero ver o que vocês acham dessas práticas, se são éticas ou não, se são justas, etc. Enfim, fiquem a vontade pra discutir.

Qualquer um que almeje ser um criador de jogos um dia terá que enfrentar essas questões, então é bom já irmos começando por aqui.
Deus Ex é um jogão, mas não é pra qualquer um. O anterior, Human Revolution acho que foi mais enganador ainda(mudou daquela parada Matrix que tinha no PS2 ainda), mas continuou sendo um RPG de tiro em 1ª pessoa hi-tech/cyberpunk.
O que aconteceu com ele, acontece com muita coisa hoje em dia se comparar. Jogos, séries, filmes(Esquadrão Suicida tá ai que não me deixa mentir. 1 ano de trailers, fotos, cenas, detalhes...do Coringa e o cara mal aparece no filme porque se ligaram que mostraram tudo). Com jogos, o Hype se forma sempre de um modo como se tudo fosse perfeito naquele jogo, ai o jogo sai e a galera vê que não é bem assim. Mas quem cria o hype? As empresas? Os canais de notícia que viraram um bando de fanboys de games, alguns pendendo pra alguma produtora ou algum estilo de jogo? Sabe aquelas críticas da SuperGamePower(até antes da fusão da Game Power e da Super Games)? Que tinha um especialista em cada estilo e ele dava sua opinião sobre isso. Depois começaram a botar especialistas de games diferentes pra comentar e dar sua visão, o que também era bacana porque você podia se identificar com o cara que gostava mais de jogos de luta e jogou aquele RPG locão lindo que todo mundo tá falando. Ainda era uma opinião, mas era mais sincera do que hoje em dia esses Youtubers fracos que não entendem lhufas de nada e ficaram famosos porque as pessoas não conseguem ter opinião própria. Se tem uma espécie de sub-celebridade lixo pra mim, são esses youtubers. Caras engraçados e que opinam sobre a vida, e escrevem livros e fazem filmes, que não agregam realmente em nada de conteúdo.

Juntando com outros problemas nas campanhas de pré-venda desse mesmo jogo, entre outros casos que eu já vi que levantaram polêmica (como o Street Fighter que o DLC já vinha incluso no disco, só pagando a mais para desbloquear) é que decidi fazer esse tópico para poder comentar a questão com vocês.
Tô por fora disso ai. Street Fighter V vem o game, que teve sua grande falha vir com pouco ou quase nenhum conteúdo. Poucos personagens e foco total no online. A DLC é basicamente uma roupinha extra pra um personagem especifico(Cammy por ex a minha já que jogo com ela =D). É sua, você não paga. Mas tem muito conteúdo extra, que você pode comprar com Fight Money(dindin que vc adquire jogando e cumprindo missões, que agora é bacana porque no começo tinha pouca coisa pra se fazer) ou com dinheiro real(acho um absurdo 12 reais por uma roupa especial). Comprei o pack 1 de personagens por 40 pilas(teve promoção que o pack tava com 50% de desconto e ainda tinha um cupom de + 10% de desconto, o pack normalmente custava 91 pilas). Detalhe é que agora começou a sair o pack 2(mais 91 pilas pra 6 personagens, que fora Akuma e Sodom(acho eu) nenhum personagem foi anunciado claramente(porém, eu comprei Akuma com 100.000 fight moneys e tenho quase mais 100.000 pontos já pra comprar o próximo personagem).

Final Fantasy XV foi vendido anteriormente com um pacote que dava acesso a um game retro e mais umas dlcs basiconas. A edição de dia 1 vinha com a Masamune que basicamente é uma espada útil no começo do jogo e só.

Eu entendo as expansões(e ai vieram os Passes de Temporada que lhe dão direito a um conjunto de expansões e extras) , mas acho injusto quando você paga muito por pouco(em Dragon Age Inquisition, tem 3 expansões, cada uma em média custou 40 pilas e pra mim pelo menos, por pouco de acrescento ao game, fora que, você só zera, de ver o final, terminar a história e entender tudo que se passou se comprar elas)...OFFREVOLTA: Pow Iron Bull....não me traia cara....eu te tratei tão bem....~~

Dark Souls 3 tem 2 expansões que podem ser compradas a parte, mas não influenciam diretamente no jogo, mas acrescentam, aprofundam conhecimentos. O 2 tem 3 e já acho que influencia mais no entendimento da história.
The Witcher 3 pra mim é aquele game que mostrou como as coisas devem ser feitas. DLCs gratuitas acrescentando equipamentos, algumas missões, roupas extras, etc, detalhes que não vão influenciar mas vão complementar seu gameplay. E ai tinha desde o começo 2 expansões anunciadas, e nuss, valeu muito a pena comprar o passe de temporada por 60 pilas porque acrescenta e MUITO em conteúdo de jogo(não influencia na história principal do game e acrescenta muito em termos de aventura, até sistemas na Blood and Wine, caramba, é um game, uma aventura a parte e emocionante com histórias e tramas bem trabalhadas).

Acho que é óbvio que a gente gostaria de pagar um valor e ter tudo, mas vamos pegar Street Fighter IV e V como ex:
Street Fighter IV saiu. alguns personagens, jogo legal. Saiu Super SF IV com o dobro de personagens e fez quem tinha Street Fighter IV ter que comprar a versão mais completa, nada de dlc, tinha que comprar outro jogo(a mesma coisa aconteceu com Marvel Vs. Capcom 3, que depois saiu Ultimamte Marvel Vs. Capcom 3). Ambos da Capcom e comeram muito dinheiro dos gamers. Street Fighter foi mais longe ainda porque ainda teve o Super SF IV Arcade Edition(que trazia mais personagens) e ai veio o Ultra SF IV(que foi a versão final). Lembro quando anunciaram Omega Street Fighter...povo endoidou de ódio, mas se tratava apenas de uma expansão gratuita pro Ultra SFIV que dava efeitos e golpes psicodelicos e roubões ao game(aquele choque teleport de Blanka foi o golpe mais apelão da história do game).

O problema é que conteúdo extra é uma possibilidade, como os updates, os fix, as correções de bugs(estamos na geração dos bugs, vide estória de Assassin's Creed Unit =3) e existem novas possibilidades benéficas, mas as empresas também aproveitam pra cobrar, as vezes injustamente, as vezes como parte de um update que você recebe "gratuitamente pra corrigir erros dos games", mas sempre bolando algo pra lucrarem mais e mais.

Jogos online hoje se abastecem de  primariamente de vendas feitas no jogo. Equipamentos, roupas, transportes, etc e etc, tudo se inventa dependendo do tipo do game. Eu mesmo jogo Neverwinter Nights do PS4(e agora no XBox One) que é um MMORPG gratuito e nunca gastei 1 real, nem gastarei. Do mesmo modo que eu jogava Elder Scrolls Online e a única coisa que fiz foi comprar o game pro PS4(ele antigamente você pagava uma mensalidade, uma prática em extinção nos games online, mas que ainda existe em alguns(Final Fantasy XIV por ex), e me diverti muito, até fiz uma assinatura opcional pra ganhar lv mais rápido por 1 mês só, mas me diverti muito sem gastar dinheiro).

Sobre jogos com capítulos, eu já pensei em fazer no RPG Maker, algo por capítulos, ou algo que desse pra dar updates(sem ter que ficar baixando um novo game atualizado toda vez), até porque pensei que isso fosse legal por tornar algo grandioso(um game) mais dividido, e podendo entregar à galera o jogo, e acompanhar e melhorar o game conforme atualizasse, quem sabe até me gerasse uma maior empolgação, não sei, mas admito que gosto da ideia).
No caso de jogos, Hitman por ex agora mais recentemente e o anúncio do Final Fantasy VII refeito, eu não curto. Nem de ir comprando e jogando a parte, nem a ideia de jogar somente depois que estiver tudo pronto(depois de todo mundo ¬¬').

Remasters. Eles fazem muito por conta da ideia de que muitos não jogaram aquele game naquele console anterior. Eu gosto do que a Microsoft faz com o XBox One e sua retrocompatibilidade com o XBox 360. A Sony demorou uma eternidade pra ter o catálogo de PS1 e PS2 no PS3 e alguns, nada de todos(mas ai depende muito das empresas também).
Resident Evil 4, Resident Evil 5 relançado, Resident Evil 6 relançado, fora os recentes Resident Evil HD e Resident Evil 0, tudo no embalo do lançamento de Resident Evil VII. Enfim, compra quem quer saca. Eu comprei Skyrim, que joguei e muito no 360, mas quero jogar novamente no PS4, quero ter pra mim na minha coleção, etc. Acho caro, as vezes podiam pegar mais leve, mas sempre que se fala da parte de grana a gente ta ferrado porque como diria Dominic Toretto "Aqui é o Brasil!" e não, isso não é bom nem um elogio. A gente se ferra com os impostos. É barra pesada pro gamer. Eu sou gamer e sou lojista, e meus 2 "eu" se lascam com os impostos. Vocês vêem Resident Evil II sendo vendido a 249,90(eu comprei ele bem antes pra vender na loja e consigo vender a R$ 200,00 tirando meu lucro básico de jogo, que é...entre 20 e 40 reais. 30 é a média). É, você vende um game de 200 pilas e lucra muito quando lucra 30 reais. Lembrando que desses 30 você vendeu no cartão(que não é meu caso que só vendo à vista hoje), perde + uma % pro cartão e + uma partezinha pro governo(ontem você quando comprou pagou e o cara que lhe vendeu pagou também).

Então, muito dos preços que pagamos achamos injustos pela simples resposta que é o mal do Brasil. Imposto.
Você no exterior paga muitos impostos, mas você recebe retorno disso. Você tem benefícios em troca de investir no seu país, e quando você compra algo, comida, games, carros, você paga MUITOOOOOOO menos do que aqui.
See ya!
 
Olha, já que o Shade falou(grande figuraça, falou a voz da experiência!), talvez os tais remasters e remakes sejam uma forma rápida de levantar um ca$h. Mas ao contrário das práticas supracitadas, eu não vejo elas como danosas, por alguns motivos:

Ambas:
- Permitem jogar jogos que você ainda não jogou de outra forma;
- Geralmente vem em alta definição, pra quem curte mais qualidade;

Remakes:
- Tem a chance de corrigir as principais falhas de design do jogo anterior, ou modernizá-los;

Remasters:
- Normalmente eles vem com as DLCs  já inclusas;
- O preço não vem como uma guilhotina no pescoço

Ou seja, é um "cash grab" mas que pelo menos disponibiliza conteúdo "sem cortes" para o consumidor final, e normalmente você tem que pagar apenas uma vez, já sabendo o que esperar.

Agora fazer que nem a Capcom tá fazendo com Street Fighter, velho, aquilo é sacanagem...
 
Deixando minha opinião resumida de tudo.

Desde que não seja danoso pro consumidor, não vejo mal em nenhuma dessas práticas. Alguém reclamar da existência de DLC paga sendo que não é necessária pra experiência principal do jogo, acho sacanagem.

Remaster e remake existem mas você não é obrigado a comprar...
 
Kawthar comentou:
Deixando minha opinião resumida de tudo.

Desde que não seja danoso pro consumidor, não vejo mal em nenhuma dessas práticas. Alguém reclamar da existência de DLC paga sendo que não é necessária pra experiência principal do jogo, acho sacanagem.

Remaster e remake existem mas você não é obrigado a comprar...

Justíssimo! Isso dá um bom fechamento e acho que serve até para puxar o próximo ponto da discussão que é...

Voltando aqui pro caso de Deus Ex, ouvi boatos dizerem que o jogo já estava praticamente finalizado e balanceado pela Eidos Montreal (o estúdio) até que a Square Enix (publisher) decidiu empurrar o esquema de última hora, goela a baixo. Por isso que as vezes eu digo que o problema está mais nas grandes produtoras do que nos pequenos estúdios que normalmente são comprados por elas. Mas vamos ver por outro ângulo...

1. Tudo bem que cada um é livre para jogar como bem entender, gastar seu dinheiro como quer, etc, etc etc. Mas vocês acham que os jogadores que adentram nesses esquemas (compram em pré-venda, compram microtransações não-cosméticas, pagam horrores pra ter alguma "exclusividade" que seja...) são parte do problema?

2. Lembrando que uma vez que você aceita alguma prática, ela passa a ser parte da normalidade, o cotidiano, o comum... E aos poucos as produtoras vão ganhando mais e mais espaço nas nossas carteiras... Como não conseguem aumentar o jogo acima dos $60 sem causar uma revolta geral, vão tentando outros meios... Será que não seria mais justo então dar mais grana logo de uma vez para ter uma melhor experiência? Ou pelas produtoras esse valor (que não é barato) continuaria a aumentar indefinidamente (enquanto tivesse demanda que justificasse)?

Deixem aí suas opiniões...
 
Rafael_Sol_MAKER comentou:
1. Tudo bem que cada um é livre para jogar como bem entender, gastar seu dinheiro como quer, etc, etc etc. Mas vocês acham que os jogadores que adentram nesses esquemas (compram em pré-venda, compram microtransações não-cosméticas, pagam horrores pra ter alguma "exclusividade" que seja...) são parte do problema?

Digamos que sim e não.

Sim, faz parte do problema por que se alguém suporta isso, eles não vêem motivos pra parar, lógica simples.

Não, pois eles, provavelmente, não fazem isso pensando "Vou foder quem não tem dinheiro pra comprar" e sim compram pois eles tem condições e acham que é válido pra eles.

2. Lembrando que uma vez que você aceita alguma prática, ela passa a ser parte da normalidade, o cotidiano, o comum... E aos poucos as produtoras vão ganhando mais e mais espaço nas nossas carteiras... Como não conseguem aumentar o jogo acima dos $60 sem causar uma revolta geral, vão tentando outros meios... Será que não seria mais justo então dar mais grana logo de uma vez para ter uma melhor experiência? Ou pelas produtoras esse valor (que não é barato) continuaria a aumentar indefinidamente (enquanto tivesse demanda que justificasse)?
Um "video-jogo" não é algo que "acaba", são bits, é algo virtual, não existe limite pra existência de um jogo. Não existe a lei da oferta e da demanda quando se trata de mídia digital então não vejo um motivo bom o suficiente pra aumentar o valor com o passar do tempo...

"Ah, mas aumenta a qualidade" relativo. Se um xbox360 tivesse a capacidade de um xone, seriam lançados os mesmos jogos(em qualidade) naquela época, e o preço de lançamento seria igual o que já era, isso é uma desculpa fraca.

Além disso, o mercado de games tende só a crescer e crescer, vender por $50 dólares hoje vale muito mais a pena que vender a $50 na última geração. Não precisa aumentar o preço pra ganhar mais, é só continuar mantendo qualidade(caso já tenha) e só o fato de ter mais gente pra comprar vai fazer você lucrar mais.

PS: Devo ter me enrolado em alguma parte ai em cima, to morrendo de sono e tentei me expressar ainda assim e.e
 
Relaxa, Kawthar. Quem devia estar com mais sono era eu...

Bom, a questão da oferta e demanda, não falo do produto (que por ser digital não sofre escassez por ser replicável indefinidamente...), mas sim da demanda de compra, ou seja de quanto dinheiro você está disposto a pagar, algo bem palpável. A oferta é infinita e a disponibilidade ilimitada, mas não o dinheiro nem o número dos potenciais compradores. Quanto mais caro um jogo, menor a demanda, acho que isso você já sacou...

A questão da qualidade também acho relativo, mas para poder produzir um jogo tecnicamente mais avançado, quase todos os custos também aumentam. Não é só a qualidade final do que vemos na tela, como se ampliar a resolução e compactar menos as texturas funcionasse. Modelos 3D mais detalhados precisam de modeladores e animadores melhores, precisam de programadores melhores também para poder trabalhar em efeitos e engines cada vez mais complexas, etc. Um jogo mais complexo também precisa de mais testadores e definitivamente pode demorar mais tempo e gastar mais grana para ficarem prontos. Enfim, são muitas coisas que entram na equação, fazer um jogo hoje em dia são muitos milhões, dinheiro que dá pra fazer filmes em Hollywood.

Não que nada disso seja desculpa para aumentar o preço, que acho que pra mim já é caro demais. Os $60 (R$250 por aqui, em média) são muitas vezes mais caros (chega a 10X) do que uma entrada no cinema, apesar de que os jogos não tem o mesmo alcance do cinema ainda.

Eu também creio que aumentar o preço não é uma solução. Isso só me faria esperar mais ainda ter promoções pra comprar e seria menos um incentivo pra ter um jogo logo no lançamento. (Tem um vídeo bom do Sidão dos Games no Youtube que fala bem disso...)
 
O mercado de games desceu, caiu ladeira abaixo nos últimos anos(quando falo mercado de games, é a venda de videogames e jogos). Caiu pelo aumento insano do dólar pra os padrões de não tão muito tempo atrás, e pelo excesso de peso dos impostos nos lojistas. Caiu também porque lojas menores(como a minha) começaram a ter a concorrência brutal de grandes varejos(Lojas Americanas, Extra, etc) e claro, como é tudo farinha do mesmo saco no fim das contas, as lojas virtuais desses grandes varejos e as que eram exclusivamente virtuais(Shoptime e Submarino por ex, que junto com Americanas, é tudo do mesmo grupo), aportaram nessas terras gamers. Ai ferrou tudo.
Os caras lucram pouco ou nada, dão descontos, cupons, o caramba a quatro e o resultado é(aqui em Pernambuco pelo menos), as principais lojas(fora a minha) de games fecharam. E isso porque sempre me mantive pequeno. Cresci, mas sempre me mantendo pequeno pela minha própria existência.
Também considero uma parte da queda ao fim da pirataria dos XBox 360(que era disparado o videogame mais vendido enquanto destravável). Com os modelos fabricados a partir de 2015 não tendo como desbloquear, morreu pro XBox 360(acabou meio que juntando isso aos quase nenhum lançamentos dele em 2016).
A geração se resume a 2 videogames(XBox One e PS4) onde quem tem o One tá na dúvida do que vai acontecer com ele quando chegar o Scorpion(pra mim é outro sistema), e ai temos o Nintendo Switch pra ver se melhora, se aquece o mercado, se o dólar cai.
See ya!
 
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