A ORDEM DE ALCÂNTARA
Capítulo 1 (E aparentemente o único)
Capítulo 1 (E aparentemente o único)
Nosso mundo havia alcançado finalmente uma relativa paz. Os grandes monstros foram isolados em Ërûn e o nosso continente inteiro possuía apenas seres pacíficos. Exceto os anões.... Aquelas criaturas jamais são pacíficas. Eles ainda odeiam os elfos, os humanos, os kobolds e qualquer outra criatura que seja maior do que eles. Nosso reino ainda possui alguns anões que não foram para as Minas Centrais. Acho que eles não conseguiram se adequar àquela região.... Quente até para mim. Bem, meu nome é Bartolomeu, mas você pode me chamar de Bato. E essa é a minha história.
Eu moro no Reino de Viana, sendo ainda mais exato, na Cidade de Galena. Nossa cidade é muito pacata na maioria das vezes.... Exceto quando o Príncipe Alberto vai para caçar. É uma desgraça quando isso acontece.... Ele sempre vem com seus guardas, bebe, faz sexo com todas as prostitutas do Bordel da Emília e vão para a Capital. Queria eu poder fazer algo assim um dia. Só que desta vez foi um pouco diferente....
_ Malaquias, será que hoje aparece alguma puta nova para a gente?
_ Alteza, ouvi falar de uma jovem nova. Dizem por aí que é muito bonita e que ela só quer se relacionar com príncipes.
_ Tipo eu? Riu Alberto.
_ E quem mais seria senão o senhor?
Aquela trupe de gente sem pudor acabou entrando de novo no Bordel da Emília chutando a porta como se fossem donos do lugar. A velhota nunca se incomodou, afinal, eles traziam sempre muito dinheiro para ela.
_ Olha só quem veio aqui novamente.... Como foram as caçadas, príncipe?
_ Desta vez caçamos um alce gigante. Ele devia ter uns quatro metros de altura, não é Malaquias?
_ Sim, alteza. Aquele alce deve ser o maior que já pegamos até hoje.
_ Que incrível.... Estou começando a achar que o príncipe deve ser o maior caçador deste reino.
Inacreditável.... A velhota sensualizando para o Alberto. Será que ela não tem nem um pingo de vergonha naquela cara? Ela é dona de bordel... O que você esperaria, sabichão?
_ Mas então velhota... *cof cof* Quem é a jovem que tomo mundo tá dizendo aí que me quer?
A velha riu. Até eu riria. Tipo, o Alberto até era uma pessoa elegante e razoável de feição, mas quem iria querer uma criatura arrogante daquelas?
_ Então Beto, é aquela ali no canto A velha apontou para um canto lá perto do bar.
Aos deuses, uma reclamação.... Como é que aquela garota não estava na minha casa? Ou melhor.... Sendo minha namorada. A jovem que a velhota apontou era uma garota de cabelo cobreado, vestida em uma blusa azul marinho e uma saia também azul só que com uma faixa de tecido marrom amarrada na cintura. Calçava uma bota marrom de couro e aquilo a deixava com uma aparência ainda mais valente. Isto contrastava com seu rosto suave e olhos verdes, só que aparentemente bem mais nova do que demonstrava ser.
_ É ela quem eu quero, Emília exclamou o príncipe ajeitando sua gola.
_ Toda sua alteza A velhota olhou para os demais E vocês senhores? O de sempre?
O príncipe começou a andar todo confiante em direção àquela garota. Sai daí coisa chata.... Ela não está nem te dando bola. Mas o cara não para de caminhar. Ela mexia na borda de uma taça de vinho sem nem um pingo de interesse na bagunça que estava rolando entre os guardas do príncipe e as outras prostitutas.
_ Boa tarde, donzela.
_ Lorena.
A jovem respondeu sem ao menos olhar nos olhos do Alberto. O copo aparentava estar bem mais interessante que dar atenção para ele.
_ Como é que é?
_ Me chame de Lorena.
O príncipe se ergueu do banco como se quisesse discutir com ela. Ele era um pé do saco. Literalmente.
_ Seguinte, ô garota. Eu sou o Príncipe Alberto Luiz Eduardo Henrique de Ávila, filho do Príncipe Dom Afons....
_ E eu com isso?
O príncipe subitamente se sentou. Ele não sabia como reagir, afinal, ela não tinha nem medo e nem interesse nele. Ela só se interessava em mexer no copo e observar o Whisky que estava dentro do mesmo.
_ Me desculpe se me exaltei Já dizia não tão confiante mais Meu nome é Alberto.
_ O que deseja, alteza?
_ Gostaria de me divertir um pouco nesta noite e boatos me chegaram que você só deseja membros da realeza. Bem, hoje é seu dia de sorte.
_ Ora ora ora.... Eu acredito que sim.
Não! Não faz isso Lorena! A garota se desviou do copo para olhar dentro dos olhos de Alberto. Ele estava sorrindo com um olhar de interesse e, ao mesmo tempo, de maldade. Cara safado.... Acabou fisgando ela. Ela se levantou, o pegou pelo braço e levou escadas acima. Não havia mais o que fazer.
Cerca de vinte minutos depois, ouvem-se disparos e cheiro de pólvora do ar. Algo estava muito errado e vinha do andar de cima.
_ Alteza! Gritou Malaquias.
O guarda do príncipe subiu correndo desesperadamente atrás de Alberto. Alguma coisa havia acontecido e possivelmente vinha do quarto do príncipe. Malaquias, desesperadamente, arromba a porta. O príncipe, totalmente despido, está amarrado com uma das mãos na cama enquanto a outra segurava um revólver. Lorena não estava ali. Algo havia acontecido.
_ O que houve senhor?
_ Aquela vagabunda! Ela tentou me matar!
_ Para onde ela foi alteza?
_ Ela fugiu pela janela!
Malaquias correu para a janela e viu a jovem montada em seu cavalo andando em círculos e olhando de volta para a janela.
_ Avisa teu principezinho brocha que eu volto mais tarde para acabar com ele.
_ Como ousa?
_ Sou Lorena Navarro, filha de Heitor, o legítimo herdeiro deste Reino!
O príncipe, já desamarrado, corre para fora armado e aponta seu revólver para Lorena.
_ Como é que é? Sua família deveria estar morta!
_ Pois é.... Manda o velhote tentar de novo porque eu vou pegar ele também.
Alberto dispara uma vez contra Lorena mas erra. Ela ri.
_ Precisa treinar mais, Betinho. Ficar de vagabundagem não vai te salvar de mim.
Ela sobe no cavalo, manda um beijo para o príncipe e foge. Ele ainda efetua mais um disparo mas acerta a janela de uma casa. A senhora da casa se irrita e joga uma garrafa de volta no príncipe, que não percebe e acaba desmaiando vestindo somente calças na porta do bordel.
Bem, é aqui que eu entro. Estava eu passando todo formoso pela estrada com a minha carruagem quando vi Lorena passando com seu cavalo à todo vapor. Curiosamente ela estava indo para a mesma direção que eu.
Eu moro no Reino de Viana, sendo ainda mais exato, na Cidade de Galena. Nossa cidade é muito pacata na maioria das vezes.... Exceto quando o Príncipe Alberto vai para caçar. É uma desgraça quando isso acontece.... Ele sempre vem com seus guardas, bebe, faz sexo com todas as prostitutas do Bordel da Emília e vão para a Capital. Queria eu poder fazer algo assim um dia. Só que desta vez foi um pouco diferente....
_ Malaquias, será que hoje aparece alguma puta nova para a gente?
_ Alteza, ouvi falar de uma jovem nova. Dizem por aí que é muito bonita e que ela só quer se relacionar com príncipes.
_ Tipo eu? Riu Alberto.
_ E quem mais seria senão o senhor?
Aquela trupe de gente sem pudor acabou entrando de novo no Bordel da Emília chutando a porta como se fossem donos do lugar. A velhota nunca se incomodou, afinal, eles traziam sempre muito dinheiro para ela.
_ Olha só quem veio aqui novamente.... Como foram as caçadas, príncipe?
_ Desta vez caçamos um alce gigante. Ele devia ter uns quatro metros de altura, não é Malaquias?
_ Sim, alteza. Aquele alce deve ser o maior que já pegamos até hoje.
_ Que incrível.... Estou começando a achar que o príncipe deve ser o maior caçador deste reino.
Inacreditável.... A velhota sensualizando para o Alberto. Será que ela não tem nem um pingo de vergonha naquela cara? Ela é dona de bordel... O que você esperaria, sabichão?
_ Mas então velhota... *cof cof* Quem é a jovem que tomo mundo tá dizendo aí que me quer?
A velha riu. Até eu riria. Tipo, o Alberto até era uma pessoa elegante e razoável de feição, mas quem iria querer uma criatura arrogante daquelas?
_ Então Beto, é aquela ali no canto A velha apontou para um canto lá perto do bar.
Aos deuses, uma reclamação.... Como é que aquela garota não estava na minha casa? Ou melhor.... Sendo minha namorada. A jovem que a velhota apontou era uma garota de cabelo cobreado, vestida em uma blusa azul marinho e uma saia também azul só que com uma faixa de tecido marrom amarrada na cintura. Calçava uma bota marrom de couro e aquilo a deixava com uma aparência ainda mais valente. Isto contrastava com seu rosto suave e olhos verdes, só que aparentemente bem mais nova do que demonstrava ser.
_ É ela quem eu quero, Emília exclamou o príncipe ajeitando sua gola.
_ Toda sua alteza A velhota olhou para os demais E vocês senhores? O de sempre?
O príncipe começou a andar todo confiante em direção àquela garota. Sai daí coisa chata.... Ela não está nem te dando bola. Mas o cara não para de caminhar. Ela mexia na borda de uma taça de vinho sem nem um pingo de interesse na bagunça que estava rolando entre os guardas do príncipe e as outras prostitutas.
_ Boa tarde, donzela.
_ Lorena.
A jovem respondeu sem ao menos olhar nos olhos do Alberto. O copo aparentava estar bem mais interessante que dar atenção para ele.
_ Como é que é?
_ Me chame de Lorena.
O príncipe se ergueu do banco como se quisesse discutir com ela. Ele era um pé do saco. Literalmente.
_ Seguinte, ô garota. Eu sou o Príncipe Alberto Luiz Eduardo Henrique de Ávila, filho do Príncipe Dom Afons....
_ E eu com isso?
O príncipe subitamente se sentou. Ele não sabia como reagir, afinal, ela não tinha nem medo e nem interesse nele. Ela só se interessava em mexer no copo e observar o Whisky que estava dentro do mesmo.
_ Me desculpe se me exaltei Já dizia não tão confiante mais Meu nome é Alberto.
_ O que deseja, alteza?
_ Gostaria de me divertir um pouco nesta noite e boatos me chegaram que você só deseja membros da realeza. Bem, hoje é seu dia de sorte.
_ Ora ora ora.... Eu acredito que sim.
Não! Não faz isso Lorena! A garota se desviou do copo para olhar dentro dos olhos de Alberto. Ele estava sorrindo com um olhar de interesse e, ao mesmo tempo, de maldade. Cara safado.... Acabou fisgando ela. Ela se levantou, o pegou pelo braço e levou escadas acima. Não havia mais o que fazer.
Cerca de vinte minutos depois, ouvem-se disparos e cheiro de pólvora do ar. Algo estava muito errado e vinha do andar de cima.
_ Alteza! Gritou Malaquias.
O guarda do príncipe subiu correndo desesperadamente atrás de Alberto. Alguma coisa havia acontecido e possivelmente vinha do quarto do príncipe. Malaquias, desesperadamente, arromba a porta. O príncipe, totalmente despido, está amarrado com uma das mãos na cama enquanto a outra segurava um revólver. Lorena não estava ali. Algo havia acontecido.
_ O que houve senhor?
_ Aquela vagabunda! Ela tentou me matar!
_ Para onde ela foi alteza?
_ Ela fugiu pela janela!
Malaquias correu para a janela e viu a jovem montada em seu cavalo andando em círculos e olhando de volta para a janela.
_ Avisa teu principezinho brocha que eu volto mais tarde para acabar com ele.
_ Como ousa?
_ Sou Lorena Navarro, filha de Heitor, o legítimo herdeiro deste Reino!
O príncipe, já desamarrado, corre para fora armado e aponta seu revólver para Lorena.
_ Como é que é? Sua família deveria estar morta!
_ Pois é.... Manda o velhote tentar de novo porque eu vou pegar ele também.
Alberto dispara uma vez contra Lorena mas erra. Ela ri.
_ Precisa treinar mais, Betinho. Ficar de vagabundagem não vai te salvar de mim.
Ela sobe no cavalo, manda um beijo para o príncipe e foge. Ele ainda efetua mais um disparo mas acerta a janela de uma casa. A senhora da casa se irrita e joga uma garrafa de volta no príncipe, que não percebe e acaba desmaiando vestindo somente calças na porta do bordel.
Bem, é aqui que eu entro. Estava eu passando todo formoso pela estrada com a minha carruagem quando vi Lorena passando com seu cavalo à todo vapor. Curiosamente ela estava indo para a mesma direção que eu.