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"Nunca desista se tiver uma ideia em mente, se tiver inicie-a."
- Samuel Augusto

[Preguiça] A Ordem de Alcântara

Iroh

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02 de Abril de 2018
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A ORDEM DE ALCÂNTARA
Capítulo 1 (E aparentemente o único)​


Nosso mundo havia alcançado finalmente uma relativa paz. Os grandes monstros foram isolados em Ërûn e o nosso continente inteiro possuía apenas seres pacíficos. Exceto os anões.... Aquelas criaturas jamais são pacíficas. Eles ainda odeiam os elfos, os humanos, os kobolds e qualquer outra criatura que seja maior do que eles. Nosso reino ainda possui alguns anões que não foram para as Minas Centrais. Acho que eles não conseguiram se adequar àquela região.... Quente até para mim. Bem, meu nome é Bartolomeu, mas você pode me chamar de “Bato”. E essa é a minha história. 
Eu moro no Reino de Viana, sendo ainda mais exato, na Cidade de Galena. Nossa cidade é muito pacata na maioria das vezes.... Exceto quando o Príncipe Alberto vai para caçar. É uma desgraça quando isso acontece.... Ele sempre vem com seus guardas, bebe, faz sexo com todas as prostitutas do Bordel da Emília e vão para a Capital. Queria eu poder fazer algo assim um dia. Só que desta vez foi um pouco diferente....
_ Malaquias, será que hoje aparece alguma puta nova para a gente?
_ Alteza, ouvi falar de uma jovem nova. Dizem por aí que é muito bonita e que ela só quer se relacionar com príncipes.
_ Tipo eu? – Riu Alberto.
_ E quem mais seria senão o senhor?
Aquela trupe de gente sem pudor acabou entrando de novo no Bordel da Emília chutando a porta como se fossem donos do lugar. A velhota nunca se incomodou, afinal, eles traziam sempre muito dinheiro para ela.
_ Olha só quem veio aqui novamente.... Como foram as caçadas, príncipe?
_ Desta vez caçamos um alce gigante. Ele devia ter uns quatro metros de altura, não é Malaquias?
_ Sim, alteza. Aquele alce deve ser o maior que já pegamos até hoje.
_ Que incrível.... Estou começando a achar que o príncipe deve ser o maior caçador deste reino.
Inacreditável.... A velhota sensualizando para o Alberto. Será que ela não tem nem um pingo de vergonha naquela cara? Ela é dona de bordel... O que você esperaria, sabichão?
_ Mas então velhota... *cof cof* Quem é a jovem que tomo mundo tá dizendo aí que me quer?
A velha riu. Até eu riria. Tipo, o Alberto até era uma pessoa “elegante e razoável de feição”, mas quem iria querer uma criatura arrogante daquelas?
_ Então Beto, é aquela ali no canto – A velha apontou para um canto lá perto do bar.
Aos deuses, uma reclamação.... Como é que aquela garota não estava na minha casa? Ou melhor.... Sendo minha namorada. A jovem que a velhota apontou era uma garota de cabelo cobreado, vestida em uma blusa azul marinho e uma saia também azul só que com uma faixa de tecido marrom amarrada na cintura. Calçava uma bota marrom de couro e aquilo a deixava com uma aparência ainda mais valente. Isto contrastava com seu rosto suave e olhos verdes, só que aparentemente bem mais nova do que demonstrava ser.
_ É ela quem eu quero, Emília – exclamou o príncipe ajeitando sua gola.
_ Toda sua alteza – A velhota olhou para os demais – E vocês senhores? O de sempre?
O príncipe começou a andar todo confiante em direção àquela garota. Sai daí coisa chata.... Ela não está nem te dando bola. Mas o cara não para de caminhar. Ela mexia na borda de uma taça de vinho sem nem um pingo de interesse na bagunça que estava rolando entre os guardas do príncipe e as outras prostitutas.
_ Boa tarde, donzela.
_ Lorena.
A jovem respondeu sem ao menos olhar nos olhos do Alberto. O copo aparentava estar bem mais interessante que dar atenção para ele.
_ Como é que é?
_ Me chame de Lorena.
O príncipe se ergueu do banco como se quisesse discutir com ela. Ele era um pé do saco. Literalmente.
_ Seguinte, ô garota. Eu sou o Príncipe Alberto Luiz Eduardo Henrique de Ávila, filho do Príncipe Dom Afons....
_ E eu com isso?
O príncipe subitamente se sentou. Ele não sabia como reagir, afinal, ela não tinha nem medo e nem interesse nele. Ela só se interessava em mexer no copo e observar o Whisky que estava dentro do mesmo.
_ Me desculpe se me exaltei – Já dizia não tão confiante mais – Meu nome é Alberto.
_ O que deseja, alteza?
_  Gostaria de me divertir um pouco nesta noite e boatos me chegaram que você só deseja membros da realeza. Bem, hoje é seu dia de sorte.
_ Ora ora ora.... Eu acredito que sim.
Não! Não faz isso Lorena! A garota se desviou do copo para olhar dentro dos olhos de Alberto. Ele estava sorrindo com um olhar de interesse e, ao mesmo tempo, de maldade. Cara safado.... Acabou fisgando ela. Ela se levantou, o pegou pelo braço e levou escadas acima. Não havia mais o que fazer.
Cerca de vinte minutos depois, ouvem-se disparos e cheiro de pólvora do ar. Algo estava muito errado e vinha do andar de cima.
_ Alteza! – Gritou Malaquias.
O guarda do príncipe subiu correndo desesperadamente atrás de Alberto. Alguma coisa havia acontecido e possivelmente vinha do quarto do príncipe. Malaquias, desesperadamente, arromba a porta. O príncipe, totalmente despido, está amarrado com uma das mãos na cama enquanto a outra segurava um revólver. Lorena não estava ali. Algo havia acontecido.
_ O que houve senhor?
_ Aquela vagabunda! Ela tentou me matar!
_ Para onde ela foi alteza?
_ Ela fugiu pela janela!
Malaquias correu para a janela e viu a jovem montada em seu cavalo andando em círculos e olhando de volta para a janela.
_ Avisa teu principezinho brocha que eu volto mais tarde para acabar com ele.
_ Como ousa?
_ Sou Lorena Navarro, filha de Heitor, o legítimo herdeiro deste Reino!
O príncipe, já desamarrado, corre para fora armado e aponta seu revólver para Lorena.
_ Como é que é? Sua família deveria estar morta!
_ Pois é.... Manda o velhote tentar de novo porque eu vou pegar ele também.
Alberto dispara uma vez contra Lorena mas erra. Ela ri.
_ Precisa treinar mais, Betinho. Ficar de vagabundagem não vai te salvar de mim.
Ela sobe no cavalo, manda um beijo para o príncipe e foge. Ele ainda efetua mais um disparo mas acerta a janela de uma casa. A senhora da casa se irrita e joga uma garrafa de volta no príncipe, que não percebe e acaba desmaiando vestindo somente calças na porta do bordel.
Bem, é aqui que eu entro. Estava eu passando todo formoso pela estrada com a minha carruagem quando vi Lorena passando com seu cavalo à todo vapor. Curiosamente ela estava indo para a mesma direção que eu.​
 
Ah, seu miserável, agora fiquei curioso para saber como a Lorena vai se vingar contra os caras que usurparam o trono da família dela. Pode escrever o resto, se vira! kkkkkkkkkk

Brincadeiras à parte, ficou bem legal o texto. Precisava só ter uma lapidada melhor nos comentários do Narrador. Os comentários foram postos em certos momentos que confundiam se era realmente o Narrador quem estava falando ou se era algum dos personagens. Ficou algo parecido com o Todo Mundo Odeia o Cris, só que sem o Audio-Visual para auxiliar, pode ficar confuso as vezes.

Como eu disse, se vira e escreve o resto kkkkk Bom trabalho.
 
Hizashi_Brum comentou:
Ah, seu miserável, agora fiquei curioso para saber como a Lorena vai se vingar contra os caras que usurparam o trono da família dela. Pode escrever o resto, se vira! kkkkkkkkkk

Brincadeiras à parte, ficou bem legal o texto. Precisava só ter uma lapidada melhor nos comentários do Narrador. Os comentários foram postos em certos momentos que confundiam se era realmente o Narrador quem estava falando ou se era algum dos personagens. Ficou algo parecido com o Todo Mundo Odeia o Cris, só que sem o Audio-Visual para auxiliar, pode ficar confuso as vezes.

Como eu disse, se vira e escreve o resto kkkkk Bom trabalho.
Quando eu postei direto aqui, tinha tudo separado por itálico. Não sei o que houve, mas sumiram kkkkkkkkkkk Mas agradeço de verdade por ter gostado da história e, com seu apoio, quem sabe não faço o segundo.  :Beijinho2: :ksksks:

Edit: Resolvido!
 
A ORDEM DE ALCÂNTARA
Capítulo 2


Estávamos eu e meu avô carregando algumas de nossas mercadorias para Galena, mas o mercado onde nós sempre vendemos acabou fechando. O negócio não está indo bem aqui mais.... Nisto, resolvemos partir para Olivares, uma cidade mais ao sul. O problema é que isto desanimava demais vovô. Vovô já era um senhor de idade avançada, de cabelos bem grisalhos e estatura baixa, levemente avantajada. Seu olhar inspirava as pessoas a lutar por seus sonhos, mas aquele mesmo olhar já tinha visto muitas batalhas, guerras e, principalmente, perdas. Vovó tinha falecido fazia cinco meses e ele ainda não tinha nem começado a superar a perda. Vovô...
_ Bato, acho que o Emanuel foi tentar a sorte nas Minas Centrais de novo...
_ Mas os anões de lá deixam humanos entrarem de boa?
_ Nem sempre. O diferente é que Emanuel cresceu na fronteira, então meio que cresceu perto deles.
_ Ah sim...
De repente, uma moça passa em seu cavalo correndo para a cidade de Olivares. Que linda... Ela, parecendo que tinha me ouvido, olhou para trás por um breve instante. Ainda mais linda que imaginei.
_ Bato?
_ Oi vô.
_ Dá pra você trazer a carroça pro lado ou vai ficar babando naquela ruiva?
_ Quem?
Vovô simplesmente me ignorou. O que uma moça daquelas faz em Galena? Ou pior... Por que a pressa? Eu nem fazia ideia do que acontecia, mas continuamos seguindo viagem falando sobre tudo. Chá, mulheres, mais chá. Meu avô amava chá. Até demais...
Chegando em Olivares, meu avô aponta para uma loja de chá que tinha logo na entrada.
_ O melhor chá da cidade! – Diz todo sorridente.
Existiam poucas coisas que animavam meu avô desde quando minha avó faleceu. Uma delas era chá. Aliás, minha avó acabou falecendo de infarto súbito. Ela tinha acabado de estender as roupas no varal e foi preparar o café da manhã para o meu avô que vinha do serviço.
Aquele serviço nem era necessário, mas ele foi porque ele queria muito comprar um vaso antigo para minha avó. Após preparar o café, ela se sentou em uma cadeira e acabou falecendo. Meu avô, quando chegou do trabalho, abriu a porta da casa e logo caiu em prantos. Derrubando, inclusive, o vaso. Hoje ele está todo remendado na casa dele. Complicado.... Queria ter cuidado mais dela.
_ Vai indo lá vovô. Já encontro o senhor.
_ Vai atrás dela?
_ Err.... Vou.
Ele havia notado desde a nossa chegada. Ele me conhece melhor que ninguém. Ele só sorriu e foi quase que correndo para a loja de chá. Bem, era a minha vez agora de procurar saber quem é aquela garota.
Cerca de três horas mais tarde, nada. Nenhuma garota ruiva na cidade toda. Não é possível que ela tenha partido.... Ela veio para cá. Só se ela foi para algum outro lugar depois. Mas nem demoramos.... Poxa. Minha cabeça estava começando a querer surtar comigo quando eu vejo, logo dentro da loja de chá a tal garota. Tá de sacanagem. E ela estava adorando falar com meu avô.
_ Olha, seu Castro... – Ria Lorena.
_ Por favor, me chame de Amaro, minha jovem – Riu meu avô.
_ Então Amaro... Nunca vi alguém mais cheio de energia como o senhor.
_ Fico agradecido.
Eu observava aqui e me senti um pouco enojado. Meu avô estava dando em cima dela ou o contrário?
_ Vovô?
_ Oii Bato... Como vai? Você viu que bela coincidência? – Ria meu avô.
Lorena me fitou nos olhos.
_ Então esse é o Bato? – Ela cerrou os olhos por um tempo – Ele é até bonitinho.
_ Até bonitinho? – Exclamei notavelmente surpreso.
_ Hummmm... Só não pode forçar muito. É bonitinho.
Meu avô ria demais com toda a situação.
_ Dá pra parar vovô?
_ Me desculpe, Bato – Dizia enquanto limpava as lágrimas de riso – É que esta jovem vem me alegrando desde quando saiu.
_ Aliás, qual o seu nome? – Perguntei a ela.
_ Lorena.
Enquanto ela dizia olhando em meus olhos, eu não conseguia não reparar no sorriso dela. Que mulher... Acho que me apaixonei. Será que ela me daria umas bitoquinhas agora?
_ Tem como se afastar?
Eu não tinha reparado, mas enquanto eu caia em deslumbres por ela, desejando seu beijo, eu também estava me aproximando para beijar ela. Opa.
_ Eu adoro imitar um peixinho... É... Normal. Às vezes.
Meu avô se indagava sobre minha frase. Antes que pudesse me negar, eu já tentei quebrar o clima estranho de novo.
_ Onde ia com tanta pressa aquela hora? – Puxei uma cadeira e me sentei.
_ Eu estava em Galena e um príncipe lá tentou abusar de mim.
Sério? Minha mente flertava com a maldade. Não conseguia não imaginar como seria. Só que, ao abrir meu sorriso levemente, ela sacou um revólver a apontou em minha cabeça.
_ Sorria assim novamente e eu te enterro aqui mesmo.
_ Me desculpe por meu neto. Ele não tem bons modos e não sabe apreciar uma beleza tão rara.
Ela guardou a arma.
_ Amaro, assim eu fico sem jeito...
Meu avô tá realmente flertando com ela... Eu acho. Ela continuou falando.
_ Então Bato, eu estava em Galena e ele tentou abusar de mim. Obviamente, eu não gostei e tentei, de certa forma, capar ele. Mas ele se desamarrou e tentou atirar em mim.
Velho, ela é louca ou é corajosa demais. Um príncipe! Meu avô olhava para a xícara de chá enquanto ouvia. Nem parecia estar ligando muito. Ele assoprava o chá, tomava um gole. No último gole, ele olhou para ela.
_ Você é filha de Heitor, não é?
Ela gelou. Lorena simplesmente gelou e arregalou os olhos.
_ Como o senhor sabe?
_ Seu cabelo condena. Seu jeito condena. Suas piadas condenam.
_ Mas como? – Lorena parecia estarrecida.
_ Eu vendi frutas pra ele. E lembro de você quando deveria ter uns três anos... Suponho que tenha dezessete hoje.
Ela ficou quieta. Ela não sabia o que dizer. Tinha alguém que ainda lembrava do pai dela ainda naquele reino e que não fosse algum rebelde inspirado por suas realizações. Por alguns instantes, ela parecia querer chorar.
_ Espera gente... Quem é Heitor? – Questionei a ela.
Imediatamente após minha pergunta, ouvimos um barulho na entrada da loja de chá. Quando notei, era um grupo de soldados do Reino aparentemente com um mandado de prisão. Só pode ser para Lorena. O que eu faço agora? O grupo se divide em dois, deixando uma passagem no entre eles e, por esse caminho, surge uma pessoa.  Droga...
_ Olá, minha linda Lorena de Barbarossa – sorriu o Príncipe Alberto.​
 
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