🤔 Para Refletir :
"Publique seu jogo. Dê a cara a tapa. Vai ter hater? Sim, porque você foi lá e fez, tem gente que nem faz!"
- HenriqueGibi

Quando o jogo trata de um assunto sério como suicídio

Player Banzai Masculino

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04 de Julho de 2017
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Olá pessoal! Que joga Doki Doki Literature Club, aqui vai ter spoiler!

Bom, pra quem acompanha o meu canal viram que eu fiz a série do jogo Doki Doki Literature Club. No primeiro final do jogo a Sayori, uma das personagens, suicida numa corda por causa da depressão que sentia ultimamente.

Eu fiquei refletindo se o jogo deveria realmente tratar de assunto tão sério. Ainda mais da polêmica do Logan Paul que riu do suposto corpo do japonês que suicidou na Floresta do Suicídio. O que vejo é que muitos ficam chocados com a cena, mas também vejo gente tirando sarro com a situação. O que me preocupa é se alguém seja influenciado pela situação do jogo e suicide também.

Percebo que o jogo tenta ensinar uma coisa que ultimamente acontece no mundo que é sobre o egoísmo. No jogo, todos os personagens, incluindo o protagonistas, tem um tipo de egoísmo. Entre os personagens, a pior de todas é Monika que sabe que tudo é um jogo e consegue manipular as outras personagens até o ponto de deleta-las. Tudo isso para ficar não com o protagonista, mas com o próprio jogador. No mundo real não tem como deletar uma pessoal, mas de manipular sim ao ponto da pessoa egoísta manipuladora conseguir o que quer.

Existe vários tipo egoístas, Logan Paul é um deles. Mesmo ele tenha falando que suicídio não é uma opção e tal, ficou rindo da situação como não importasse o que o suicida passou e se tinha uma família que dependia dele. Não vou ser hipócrita, o suicida pode ter sido egoísta, pois se ele tinha uma família e dependia dele, deixou essa família sozinha e desemparada.

Sinceramente, os japoneses são um povo mais fechado e materialistas. Ocorre mais mortes por suicídios do que morte por acidente em geral. Eu vi um comentário de quem foi no Japão que os japoneses são pobres de espírito. Eu comentei isso com minha mãe e ela me falou que quem faz isso não tem Deus no coração. O problema é que são poucos japoneses cristão no Japão. Pra completar, os costumes deles ajudam a esse ponto de suicidar.

Enfim, o jogo Doki Doki Literature Club mostra uma realidade que acontece muito em todo mundo e precisa ser evitada da maneira certa. O que vocês acham?
 
No caso dos japoneses, sou descendente de japoneses, o que acontece é que desde crianças eles são muito exigidos dos pais e da sociedade a ser alguém de "sucesso". Portanto tem que estudar em períodos integrais e até durante a noite.

Isso deve levar um stress sem igual aos jovens, há também a repressão social, afetiva até por parte dos pais, por isso você vê tanto nos animes e mangas jovens tão pudicos em seus namoros e ao mesmo tempo conteúdo sexual tanto digital quanto impresso tão "pesado e excêntrico".

Tudo isso gera um fácil cenário de depressão nos jovens, e até nos adultos. Deve ser uma vida incrivelmente difícil.

Claro que esse assunto é trilhões de vezes mais abrangente do que eu resumi acima tem vários outros fatores, e a questão da personalidade e do bullyng envolvido.

Não acho polemico, acho inclusive importante discutir, as pessoas apenas deveriam saber como tocar no assunto e guiar a discussão para um viés mais positivo e criar mais canais de acesso a ajuda para as pessoas que sofrem desse mal terrível que é a depressão.
 
É um assunto complicadíssimo.
Tem gente que acha fácil e que deveria ser um assunto mais falado, porém, falo por experiencia própria: Qualquer coisa serve de gatilho.
Mas para os japoneses, de fato e infelizmente, é uma coisa de certa forma comum devido as pressões que a sociedade deles exerce sobre as pessoas. Tem influencia também em fatores culturais, não vou entrar em detalhes.
Acho que há hoje em dia, e isso é comentado, uma "glamurização" do suicídio e da depressão. Quando na verdade, a depressão pode acontecer com qualquer um, até quem viva relativamente bem com um emprego e família estável. E a depressão pode levar sim ao suicídio se não for tratada.
Na minha opinião pessoal, se a pessoa quer retratar algo como isso, que tente fazer de uma maneira que respeite a sensibilidade das pessoas, sendo realista e conciso. Talvez sempre com uma indicação de que se você sente algo, procurar tratamento ou algo assim.
 
Bem, olá [member=1528]Player Banzai[/member] acredito que esse jogo influenciaria tanto quanto um "GTA" ou "Call of Duty" ou quaisquer outro jogo de Ação que possa ser violento ou de tiroteio por exemplo.

Não é de hoje que essa questão é levantada, sendo por jornalistas ou políticos, "jogos são mesmo capazes de influenciar as pessoas a terem comportamentos violentos ou suicidas?". A meu ver não influencia se você for uma pessoa "mentalmente estável", é claro que crianças podem ser facilmente influenciadas por jogos, assim como adultos, não só os jogos mas como os cartazes que a gente ver na rua, filmes, desenhos e até músicas. Já pensou o que passaria na cabeça de uma criança se ela assistisse "Happy Tree Friends"? Além disso temos séries de televisão que tratam mais desse assunto que você está abordando, se não me engano um exemplo é "13 Reasons Why":

"A série gira em torno de uma estudante que se mata após uma série de falhas culminantes, provocadas por indivíduos selecionados dentro de sua escola. Uma caixa de fitas cassetes gravadas por Hannah antes de se suicidar relata treze motivos pelas quais ela tirou sua própria vida. Atraiu controvérsias de alguns críticos em relação à descrição gráfica da série de edições, tais como suicídio e estupro, juntamente com outros índices maduros."

Em maio de 2017 essa série foi renovada para estrear esse ano de 2018 e até agora graças a qualquer coisa, eu não soube de nenhum caso de suicídio relacionado à essa série. Também não vi ela sendo banida de nenhum país, diferente de alguns jogos, como "Call Of Duty: Black Ops II" e "Medal Of Honor" que foram banidos do Paquistão.

Acabei desviando do assunto mas eu acredito que esse jogo pode acabar influenciando sim, assim como várias coisas, o ruim é só a discriminação, pois se uma pessoa tem algum problema que foi acarretado por um jogo em particular, ele poderia ter acontecido por assistir um filme, ouvir uma certa música ou presenciar qualquer outra coisa.

Edit: Esqueci de citar o fato dos japoneses, eu acredito que muitos problemas é por conta da grande pressão imposta neles pela família desde cedo, se não me engano a maioria dos suicídios lá são de estudantes.

Abraços do Vythar, The Old King Ragnar
 
Nunca joguei esse jogo, mas esse assunto me fez lembrar bastante daquele tal jogo da Baleia Azul (que felizmente sumiu), onde um curador incentivava o jogador a fazer desafios, até chegar ao ponto onde o último desafio seria tirar a sua própria vida. Talvez o suicídio pareça como um ato egoísta, mas esquecemos as influências das quais levaram a vítima a cometer tal ato, que muitas vezes, podem ter sido influências por outras pessoas maldosas.

Recentemente vi um caso na Austrália, de uma menina de 14 anos que tirou sua própria vida, por ter sido alvo de bullying no facebook, ela acabou  virando meme por conta de um comercial de um chapéu que fez aos 8 anos de idade. Me falaram que ela foi uma pessoa fraca de espírito, mas será mesmo? Ela era apenas uma criança e isso acabou pesando muito para ela. No final o pai dela convidou para o funeral os envolvidos no bullying e fez um apelo para que as pessoas tenham mais consciência sobre o problema, para que a trágica história da filha não seja em vão.

Influenciar alguém não é algo tão difícil assim. Os casos acima são provas disso, por tanto, esse é um assunto que deve ser abordado com cuidado. Pessoas que sofrem depressão, estão mentalmente sensíveis e instáveis, sujeitas a influências que podem levar a consequências trágicas.
 
Acho errado esse termo fraco de espirito, tem muita gente que acha que depressão da pra resistir tendo força de espirito, felicidade, vontade de ferro. Tivemos 3 casos de depressão na minha família, e já ouvi todo tipo de chacota de gente ignorante.

E afirmo com toda a certeza até alguém cercado de amor, feliz, cristão ou não está vulnerável a depressão.

Por isso mesmo eu acho que o assunto deve sim ser comentado, discutido mais nunca banalizado, existe uma grande diferença. E se um jogo ajudar a diagnosticar ou até mesmo ajudar no tratamento acho muito válido.

Outro ponto eu acho que as pessoas ao redor da pessoa com indícios de depressão devem ficar atentos, pois a pessoa que está se afundando em depressão, raramente vai ter forças pra procurar ajuda sozinho. E pior, se na primeira tentativa de ajuda ela receber escárnio ela vai se afundar mais ainda. Então é primordial as pessoas ao redor cuidarem daqueles que forem queridos.

E para aqueles que vivem sozinhos, em outro pais, cidade ou tem dificuldade para contatar familiares e amigos, não exite em procurar ajuda em hospitais ou lugares especializados, porque pra cada 10 pessoas que não ligam pra você tem aquele 1 que liga e vai fazer toda a diferença.
 
Depende muito mesmo do jeito que você retrata o suicídio.

Se você tivesse depressão e estivesse cogitando suicídio, por exemplo, e visse esse tipo de comportamento retratado numa personagem, que tipo de efeito isso teria em você?
Primeiro, isso vai variar muito de acordo com quão bem o criador do jogo faz o jogador se identificar com essa personagem, se for só um personagem genérico tirando a própria vida isso dificilmente traz algum impacto.
A forma como as consequências daquilo e a relevância dada pro motivo usado são mostrados pelo jogo têm um papel bem importante em determinar se a pessoa sai dali pensando em se matar, porque realmente, a menina estava sofrendo e foi pra um lugar melhor depois de morrer, ou se desiste, porque realmente não faz sentido, não resolve nada e etc.

Eu acho é que é preciso pensar muito bem antes de incluir qualquer coisa que possa diminuir o valor que você dá à vida em alguma obra que você vá distribuir por aí, refletir se é realmente necessário e se vale a pena.
Eu lembro bem de ter pensado umas boas vezes em suicídio depois de ver Re:Zero, e isso não só por causa da cena onde o Subaru pula do penhasco (efetivamente, se mata) mas por todo aquele contexto onde ele "morre só que não", que botou na minha cabecinha inocente a ideia de que talvez morrer nem fosse tãaao problemático assim: eu começo de novo, horas, e fica tudo melhor depois.

Espero que minha opinião tenha servido de alguma coisa ^-^



Mudando um pouco de voz agora: Achei bem retardado esse argumento do suicida egoísta.

Começando pelo ponto de que pra ser egoísta você tem que se importar com si próprio, e pra pensar em se matar não é esse o caso, concorda?
Dizer que essas pessoas são "FRACAS DE ESPÍRITO" (ah, por favor né?) SIM, É UMA PUTA FALTA DE SACANAGEM. Não digo pior que a cometida pelo youtuber infeliz, mas pelo menos ali, do mesmo nível.
AQUI Ó, que pra sair da depressão você só tem que ter espírito forte. Pode acreditar em Deus, Coelinho da Páscoa ou o Papai Noel, depressão é um problema sério e é ridículo dizer que essas pessoas são fracas por isso ou aquilo.

Sinceramente, os japoneses são um povo mais fechado e materialistas. Ocorre mais mortes por suicídios do que morte por acidente em geral. Eu vi um comentário de quem foi no Japão que os japoneses são pobres de espírito. Eu comentei isso com minha mãe e ela me falou que quem faz isso não tem Deus no coração. O problema é que são poucos japoneses cristão no Japão. Pra completar, os costumes deles ajudam a esse ponto de suicidar.

Sinceramente, a cultura japonesa é diferente da nossa, mas nem por isso inferior. Temos muito o que aprender com eles. Essa pessoa que foi pro Japão e fez esse tipo de comentário provavelmente tem mente fechada e nunca sentiu nem de longe o problema que quis julgar. Fala pra sua mãe que quem reclama do suicida não do suicídio não tem Deus, Buda, Alá nem o Pikachu (amém) no coração. O problema é que ainda tem cristão que acha que sua religião é a solução pra todas as coisas e não pensa direito antes de falar. Pra completar, provavelmente a rigorosidade e pressão que os japoneses poem sobre si talvez ajude nesse ponto do suicídio, mas de forma alguma é apropriado dizer que eles são fracos ou que a cultura deles é "errada" por isso.

Ih, meu rage pegou mais espaço que minha resposta pro tópico em si, foi mal.



Edit:
Tsuya comentou:
Acho errado esse termo fraco de espirito, tem muita gente que acha que depressão da pra resistir tendo força de espirito, felicidade, vontade de ferro. Tivemos 3 casos de depressão na minha família, e já ouvi todo tipo de chacota de gente ignorante.

E afirmo com toda a certeza até alguém cercado de amor, feliz, cristão ou não está vulnerável a depressão.

Por isso mesmo eu acho que o assunto deve sim ser comentado, discutido mais nunca banalizado, existe uma grande diferença. E se um jogo ajudar a diagnosticar ou até mesmo ajudar no tratamento acho muito válido.

Outro ponto eu acho que as pessoas ao redor da pessoa com indícios de depressão devem ficar atentos, pois a pessoa que está se afundando em depressão, raramente vai ter forças pra procurar ajuda sozinho. E pior, se na primeira tentativa de ajuda ela receber escárnio ela vai se afundar mais ainda. Então é primordial as pessoas ao redor cuidarem daqueles que forem queridos.

E para aqueles que vivem sozinhos, em outro pais, cidade ou tem dificuldade para contatar familiares e amigos, não exite em procurar ajuda em hospitais ou lugares especializados, porque pra cada 10 pessoas que não ligam pra você tem aquele 1 que liga e vai fazer toda a diferença.

Dá pra dar like duas vezes?
 
Brandt comentou:
Mudando um pouco de voz agora: Achei bem retardado esse argumento do suicida egoísta.

Começando pelo ponto de que pra ser egoísta você tem que se importar com si próprio, e pra pensar em se matar não é esse o caso, concorda?

Não estou falando que todo suicida é egoísta. Sobre o caso do Baleia Azul que [member=470]Akinos[/member] mencionou, as pessoas foram obrigadas a suicidar. E não disse que aquele japonês que suicidou foi egoísta, eu disse que ele PODE TER SIDO egoísta. Pode ser por vários motivos, como pode ser que a mulher que o suicida ama, mas ela não o ama e ele não aceita a rejeição e suicida. Isso é muito relativo, tem pessoas que falam que os suicidas são egoístas e outras falam que não. Eu só quis colocar esse assunto para debatermos. E lamento pela morte daquele japonês, caso você não saiba, pois trata-se uma pessoa que tirou a própria vida.

Brandt comentou:
Dizer que essas pessoas são "FRACAS DE ESPÍRITO" (ah, por favor né?) SIM, É UMA PUTA FALTA DE SACANAGEM. Não digo pior que a cometida pelo youtuber infeliz, mas pelo menos ali, do mesmo nível.
AQUI Ó, que pra sair da depressão você só tem que ter espírito forte. Pode acreditar em Deus, Coelinho da Páscoa ou o Papai Noel, depressão é um problema sério e é ridículo dizer que essas pessoas são fracas por isso ou aquilo.

Eu disse que são POBRES DE ESPÍRITO, que é uma coisa diferente. E não É a minha opinião, foi de alguém que disse nos comentários de um vídeo que vi.

Brandt comentou:
Sinceramente, a cultura japonesa é diferente da nossa, mas nem por isso inferior. Temos muito o que aprender com eles. Essa pessoa que foi pro Japão e fez esse tipo de comentário provavelmente tem mente fechada e nunca sentiu nem de longe o problema que quis julgar. Fala pra sua mãe que quem reclama do suicida não do suicídio não tem Deus, Buda, Alá nem o Pikachu (amém) no coração. O problema é que ainda tem cristão que acha que sua religião é a solução pra todas as coisas e não pensa direito antes de falar. Pra completar, provavelmente a rigorosidade e pressão que os japoneses poem sobre si talvez ajude nesse ponto do suicídio, mas de forma alguma é apropriado dizer que eles são fracos ou que a cultura deles é "errada" por isso.

Ih, meu rage pegou mais espaço que minha resposta pro tópico em si, foi mal.

Primeiro, eu nunca disse que era a cultura japonesa era inferior ou errada, diferente sim, mas inferior e errada não. Aonde eu falei isso no meu post? O problema é mesmo com toda educação, tecnologia e outras maravilhas, a taxa de suicídio no Japão é mais alta, senão uma das mais altas do mundo. Nada contra a cultura japonesa, eu adoro e tenho vontade imensa de viajar para o Japão.

Segundo, você não sabe o que esse cara que foi no Japão passou pra fazer esse comentário. Mente fechada? Você nem conhece ele e quer julga-lo pelo que disse?

Terceiro, minha mãe não reclamou, apenas comentou. Não distorce as coisas. E eu sei que cristianismo não é solução pra tudo, mas é parte pra ajudar uma pessoa. Não fale como se todos os cristão são iguais e ficam só falando de Deus 24 horas por dia. Cristão de verdade vai dar atenção que precisa para a pessoa que quer suicidar e vai orienta-lo que tem muitos motivos para viver. Se tiver algo mais que precise, pode encaminha-lo para psiquiatra, psicologo ou um profissional que possa ajudar. Eu sei que não é só trazer para a igreja e pronto acabou. Tem um todo trabalho pra resgatar a pessoa e depende muito não só das pessoas que querem salva-la, como também também da própria. Na minha igreja teve muitos casos que pessoas queriam suicidar, mas depois de entrar na igreja ou uma célula que as mesmas desistiram e teve suas vidas transformadas. Algumas foram mais rápidas, outras levou um certo tempo a serem transformadas. É tudo questão de tempo.

E quarto, eu só quis levantar um assunto polêmico que precise ser discutido. Eu não estou querendo achar o dono da razão ou criar polêmica aqui no fórum. Então vamos manter a calma e o respeito.
 
Esse tipo de obra sempre afeta as pessoas de forma diferentes, aquela séria da Netflix (13 Reasons Why) teve o mesmo apelo, algumas pessoas acharam importante e outras acharam um incentivo negativo para pessoas em situações difíceis. O fato é que suicídio não é brincadeira, eu acho importante ele ser retratado e falado, mas é preciso muito cuidado ao se falar sobre isso, pois pode ter o mesmo efeito da série da Netflix, ajudar umas pessoas e incentivar negativamente outras.
 
[member=1897]Hizashi_Brum[/member] na última semana tivemos o caso do Youtuber Logan Paul que mostrou o corpo de um suicida em uma floresta do Japão popularmente conhecida como "Floresta suicídio" e pelo o que eu soube ele tratou isso de forma irônica e agora está sendo duramente criticado por fazer chacota com um assunto tão sério.

Eu acabei entendendo um pouco mais essas pessoas por conta de umas informações que a [member=162]NineK[/member] ou foi a [member=611]Niara[/member] falou no chat.

Agora a nova pérola da Netflix é a série "The End Of The F***ing World" que mostra um garoto psicopata e sua "namorada" que é meio que ninfomaníaca.
 
[member=1591]Vythar[/member]  é complicado demais, o que o babaca do Paul fez foi uma vergonha, toda punição que o Youtube der pra ele é pouco. Não vi a 13 Reasons Why e essa outra aí também não me chamou atenção pra ver também, mas o que falam da 13RW é que ela foi bem polarizada, muita gente criticou por ver pessoas em situações complicadas se sentirem incentivadas ao suicídio, inclusive tem depoimentos de alguns psicólogos sobre isso, é complicado demais, isso de fato afeta as pessoas de forma diferente.
 
[member=1528]Player Banzai[/member]

Não estou falando que todo suicida é egoísta. Sobre o caso do Baleia Azul que [member=470]Akinos[/member] mencionou, as pessoas foram obrigadas a suicidar. E não disse que aquele japonês que suicidou foi egoísta, eu disse que ele PODE TER SIDO egoísta. Pode ser por vários motivos, como pode ser que a mulher que o suicida ama, mas ela não o ama e ele não aceita a rejeição e suicida. Isso é muito relativo, tem pessoas que falam que os suicidas são egoístas e outras falam que não. Eu só quis colocar esse assunto para debatermos. E lamento pela morte daquele japonês, caso você não saiba, pois trata-se uma pessoa que tirou a própria vida.

Ainda acho estúpido. Se a pessoa chega ao ponto de se matar, não tem cabimento você apontar o dedo e dizer que ela foi egoísta por isso ou aquilo. Eu te garanto que essa pessoa estava passando pro pronlemas emocionais realmente muito sérios, e que sofreu muito pra chegar à conclusão de queria mesmo tirar a própria vida, e com certeza pensou muito antes de fazer isso.
Sei que lamenta pela morte do japonês, você não é nenhum psicopata.

Eu disse que são POBRES DE ESPÍRITO, que é uma coisa diferente. E não É a minha opinião, foi de alguém que disse nos comentários de um vídeo que vi.
Same shit. E a partir do momento que você coloca isso no seu tópico sem iniciar uma reflexão a respeito, vira sua opinião, sim.

E eu nunca disse que era sua opinião, nem que aquilo era endereçado a você, ué.

Primeiro, eu nunca disse que era a cultura japonesa era inferior ou errada, diferente sim, mas inferior e errada não. Aonde eu falei isso no meu post?

Realmente, interpretei errado o último parágrafo, me desculpe.

Segundo, você não sabe o que esse cara que foi no Japão passou pra fazer esse comentário. Mente fechada? Você nem conhece ele e quer julga-lo pelo que disse?

Acho que o aspecto "mente fechada" é bem fácil de identificar só vendo o que a pessoa diz. Eu não preciso passar minha vida inteira do lado de aluém que defende que "viado tem que morrer mesmo" ou "bandido bom é bandido morto" pra afirmar que essa pessoa tem mente fechada. Lógico que a afirmação dele não foi desse nível, mas dá bem pra identificar uma certa limitação cognitiva ali.
Digo isso porque, provavelmente, o "pobre de espírito" ali quer dizer alguma coisa do tipo "não seguem minha religião" (conhece esse argumento?). O Japão não é desprovido de espiritualidade, apesar de boa parte ser ateu (mas ateu ? sem religião).

Terceiro, minha mãe não reclamou, apenas comentou. Não distorce as coisas.

Eu também só comentei, não reclamei não. Não distorce as coisas.

E eu sei que cristianismo não é solução pra tudo, mas é parte pra ajudar uma pessoa. Não fale como se todos os cristão são iguais e ficam só falando de Deus 24 horas por dia.

Aí é que tá, o cristianismo traz sim uma ideologia de ajuda ao próximo, mas não é a única opção, nem a melhor (não que exista uma!). Você dizer que o problema é que falta cristão no Japão é dizer que "só Deus salva", bem literalmente.
Eu nunca disse que os cristãos são todos assim. Boa parte das pessoas que eu mais amo na vida é cristã, e nenhum deles tem problena pra aceitar que existem outras soluções.

Cristão de verdade vai dar atenção que precisa para a pessoa que quer suicidar e vai orienta-lo que tem muitos motivos para viver.
Aí é que tá, não é só "cristão de verdade". Qualquer ser humano que se preze, independente de sexo, gênero, cor de pele ou religião vai fazer isso.

E quarto, eu só quis levantar um assunto polêmico que precise ser discutido.
...
Eu não estou querendo achar o dono da razão ou criar polêmica aqui no fórum.
Mas ué.

Então vamos manter a calma e o respeito.
Sim, por favor.

Vamos só tentar não fugir do assunto, então de preferência não ignore as partes dos comentários que tem mais a ver com o tópico e se tiver algum problema pessoal pra resolver, que seja por MP.

Peço desculpas pela treta pessoal, carry on.
 
Tem coisas aproveitáveis e boas no que disseram,  então vou colaborar com um pouco do que já consumi, refleti e discorri sobre esse assunto. Eu sou totalmente contra a romantização e também a banalização e transformação em tabu do tema suicídio. Minha mãe, ao chegar aos 40 e ver seu marido com outra, tentou se matar, só que foi descuidada e eu saquei a jogada antes dela. Depois de um tempo de tratamento ela foi aprendendo a encontrar o prazer nos desprazeres da vida. Claro, isso foi um momento de sorte, embora ela insista em dizer que foi Deus que me colocou lá no momento pra impedir. Eu sou agnóstico, mas respeito a visão dela e até incentivo pra que ela tenha onde se apoiar, não tendo problema ser Deus.

O que eu acho do tema? Pra mim o suicídio é a AUSÊNCIA TOTAL DE ESPERANÇA. Acabou. Não tem mais onde se apoiar e as poucas vezes que a pessoa teve coragem e força pra pedir ajuda, não foi levada a sério. Não acho um ato egoísta, pois é a procura final da pessoa por descanso do sofrimento que já vem ruminando há anos. Mas eu sei que se alguém, uma única pessoa que fosse, conseguisse amparar o indivíduo mostrando pra ele algum motivo pra ainda ter esperança, ele seria eternamente grato, como foi o caso de minha mãe. Ela foi criada pra servir os irmãos mais velhos em casa, como numa bela família tradicional, onde a mulher é submissa e cuida de tudo. Mal chegou na maioridade e já foi "entregue" para o meu pai, que era um bom partido e ia dar um futuro pra ela. Minha avó já tinha falecido e não morávamos perto de parentes. A única coisa para a qual ela foi doutrinada, criada e adestrada para exercer, acabou em fracasso. Ou seja. A esperança acabou ali. Mas por algum motivo eu pude segura-la e mostrar que não estava sozinha, que não era o fim do mundo e a vida ainda ia surpreende-la de várias formas.


Esse é o exemplo mais próximo que eu posso dar com relação a ter tido experiência com o tema. Acho que isso já me torna apto pra falar um pouquinho do assunto.



Pois bem, o [member=78]Brandt[/member]  deu o exemplo dele com Re:Zero e a cena com o Subaru. Se buscarem com atenção, verão notícias de crianças que se mataram sem querer, pois estavam a imitar personagens de alguns desenhos animados. Vi um grande levante de notícias e casos assim entre 2000 e 2005. Geralmente o(a) colequinha que estava na brincadeira, contava o que aconteceu e como aconteceu.

Então, com os jogos não é diferente. Eu tinha "colegas" de escola que vinham com brincadeiras estúpidas, dizendo ser "tal personagem de tal jogo". Na época, Street Fighter, Mortal Kombat e Cadillacs and Dinosaurs (sim, sou da época dos fliperamas de esquina). Jogos, músicas, séries, etc que geralmente tratam algo violento como normal, tem uma parcelinha de influencia sim nesses tristes casos. PRINCIPALMENTE, quando a faixa etária do expectador não é condizente com o conteúdo exibido para o mesmo.

Nós, que desenvolvemos jogos para todas as idades praticamente, precisamos sim pensar bastante sobre o que enfiamos em nossos games. Estamos em uma era de completa acessibilidade. Então um estudo de público-alvo, ambiente de desenvolvimento e de distribuição, faixa-etária e temas propostos no enredo é essencial.



Pra complementar o assunto, gostaria de deixar dois vídeos aqui pra vocês. Um deles é de um professor um pouco conhecido, que fala de modo indiferente, discutindo os dois lados da coisa sobre o suicídio. O outro, de um canal que todo mundo deve conhecer aqui, fala de modo mais abrangente e discute mais detalhes sobre o assunto.

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=ocS8kM0aTxs[/youtube]


[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=gJBlY3opAVU[/youtube]​



Pra finalizar, eu gostaria de deixar aqui o meu convite para todos que estejam passando por momentos estressantes e que estejam sentindo as esperanças se esvaindo, ou simplesmente esteja triste(tendo ciência do motivo ou não) e queira conversar, filosofar, desabafar, bater um papo pra espairecer.

[greenalert]VOCÊ PODE CONTAR COMIGO, BELEZA?  :awesome:[/greenalert]

Tá aqui, diversas maneiras de se comunicar comigo:

Facebook: https://www.facebook.com/bruceazkan
Discord: Bruce Azkan#8075
E-mail: bruceazkan@gmail.com / bruce@azkan.net
Celular/Whatsapp: +5519987472657

Edit: MP aqui no fórum também vale, é onde eu vejo mais rápido inclusive.
 
Concordo com as palavras da maioria. Apareceram pessoas com textos decentes e respeitosos. "Discordo", por assim dizer, apenas de um ponto que irei comentar de forma mais detalhada para não aparecer ninguém me sacrificando.

O ponto em questão é o conceito de "egoísmo" na forma genérica, como se a pessoa fosse culpada ou de esta ser a índole dela, e sim, porque ela não tem estrutura psicológica para perceber e discernir certas atitudes, como o dito "egoísmo". Apesar de eu ser uma pessoa bem reservada, irei complementar este texto com algo que já ouvi e li muito, para assim poder prosseguir e falar um pouco sobre meu pessoal, já que estão todos se abrindo:

Ah, mas você não passou por isso, aí é fácil julgar

Bem, não só passei, como convivi com uma depressão profunda que adquiri aos 6 anos de idade, após uma cirurgia para retirada de um tumor no braço direito. Lembro-me que pela minha idade, eu não podia ser submetido a anestesia geral, então minha mãe assinou um termo de responsabilidade, caso algo desse errado.

Eu sempre tive uma alergia(todas as "ites" possíveis) muito forte, e fui privado de muitos alimentos que uma criança gosta, para não ir parar no balão de oxigênio. Creio que isto tenha colaborado para constatarem uma depressão latente em meu ser. Então receitaram alguns remédios tarjados(que por algum motivo não faziam o efeito desejado, talvez por causa de minha insônia crônica).

Eu era muito antisocial, melancólico, raivoso, revoltado e fechado. Saí apenas para casa de um único amigo que não me entendia, mas me ajudava a distrair a mente com nossas brincadeiras de criança, como carrinhos e card games. Bem, aos 8 anos comecei a estudar muitos assuntos desde novo por não ter muitas amizades, e isto era o meu refúgio: o conhecimento.

Enfim, de alguma forma, resolvi largar os remédios perto dos 16 anos e tentei me induzir uma autocura baseada na lógica passada em livros didáticos de neurologia e psicologia que adquiri ilegamente(um professor pra me ajudar, me doou alguns), e creio que hoje ela não me afete tanto a ponto de ser considerada "profunda". Mas foi um caminho longo...lento...e doloroso.

Sim, Lobo. Mas o quê tem a ver com suicídio?

Bom, como eu disse, sou um ser muito reservado, e odeio lembrar e expor certas coisas, mas suponho que todos tenham entendido que cheguei neste patamar. Uma boa dose de comprimidos tarja-preta e um litro de vodka poderiam ser fatais. Mas não foram. O "quase" tênue entre a vida e a morte impediu que eu não estivesse aqui com vocês hoje.

E eu juro que mando hackear o computador de quem aparecer aqui zombando dos tópicos falando que é "frescura"  :Okay_fix: (cheiro de possível BAN  :saintroy:)

Isso significa que devemos chegar para a pessoa e dizer que ela é egoísta? Logicamente que não. Como eu disse, a pessoa afetada não vai entender este termo como alguém com a mente "clara". Esqueça de fazer com quê a pessoa pense ou veja a situação como você vê. Eu digo isso porque EU não conseguia ver da forma que enxergo hoje.

Por isso eu disse que não era algo "genérico" na simples forma da definição. A diferença entre a pessoa demonstrar que está sendo egoísta e dela estar ciente disto, é completamente distinto. Se você tem algum amigo que sofra disto, NUNCA diga pra ele que é egoísta, pois ele não compreenderá. Não é egoísmo na definição propriamente dita. Ele precisa se tratar para entender tal termo. E em nenhuma hipótese o culpe. Ninguém tem culpa. É uma condição psicológica. E não fique pressionando ele caso decida ajudá-lo. Ele terá que ter um espaço para refletir sozinho. Precisamos deixar um pouco de lado para não sufocá-lo, mas não abandoná-lo. Nunca.

Ninguém sabe o sofrimento que é até passar por isso. Não é tristeza. Não é melancolia. É algo inexplicável. É como se você estar perdido e tentando procurar uma solução que aparentemente não existe. Nem amor, nem dinheiro, nem amizade ou qualquer tipo de glória ou sucesso pessoal(desculpem o termo chulo, mas "nem porra nenhuma") parece ter o poder de tirar isto de dentro de nós. Não é "uma tristeza que se cura com alegria", pois alegria só existe para quem acreditar nela. E mesmo que dê certa forma eu esteja "curado" hoje(hehehe entre aspas mesmo, isso não tem cura definitiva), não consigo ter paz pensando que tentei tirar minha própria vida, e apesar de não pensar em suicídio atualmente, a noite ainda precisa de tarefas para que eu me distraia e não comece a pensar coisas sufocantes. É sabido de todos aqui que mesmo trabalhando e chegando tarde, raramente durmo cedo.

Hoje me dedico a ajudar qualquer pessoa que sofra disso, e apesar de fugir da violência, com certeza corro o risco de perder a cabeça ao ouvir alguém falar "é frescura", "é falta de Deus no coração", "é falta de surra pra aprender viver". Já ouvi tudo isso, e com certeza entendo quem sofre com isso.

Quem sofre disso não quer sentimentos de "ô, dó, tadinho". Todos querem compreensão da sociedade, e claro, não uma babá, pois todos precisam de espaço, não querem se sentir "especiais". Mas uma amizade sincera é bem vinda. E quem precisar também, estarei à disposição pra ouvir qualquer assunto, pois acredito ter a mente aberta pra qualquer tipo de pessoa, independente de credo, filosofia ou orientação sexual.


Enfim, existe um serviço que já ajudou muitas pessoas, e mesmo que não esteja pensando em suicídio, a maioria liga apenas para conversar quando se está mal: o CVV (Centro de Valorização a Vida). A ligação é gratuita e você pode ligar em qualquer hora do dia ou da noite.

https://www.cvv.org.br


E gostaria de parabenizar a todos que deram pontos importantes e principalmente o Sr. [member=426]Bruce Azkan[/member](aliás, sou agnóstico também, mas penso da mesma forma que vocêbsobre a pessoabse apegar a "Deus"), que posso dizer ser um anjo aqui em Terra. É uma pessoa correta e que vocês podem contar também pro que der e vier, assim como outros amigos aqui no qual tenho contato mais particular e íntimo.

Desejo um abraço à todos! Estaremos aqui para qualquer coisa o/ Podem encher a paciência hahaha  :likeasir: :^^': :bjos:
 
O tópico teve bastante assunto pra mencionar sobre o suicídio. Bom, que tá tendo assuntos interessantes aqui.

Quando assistir a série 13 Reasons Why que [member=1591]Vythar[/member] e [member=1897]Hizashi_Brum[/member] mencionaram, me fez lembrar do caso da Amanda Todd. Ambas suicidaram por causa de bullying. No caso da Amanda foi porque ela mostrou os peitos para um estranho e o cara conseguiu achar onde ela mora e ameaçou espalhar a foto dela mostrando seus seios. O resto da história vocês já devem saber.

O que me deixa mair revoltado nesta história da Amanda é que ainda tem pessoas que ficam zoando ela ter suicidado. Já não basta o sofrimento que Amanda passou durante o bullying na sua vida e na tentativa do primeiro suicídio, o pessoal continua zoando após a morte dela. E o que é pior, desde a morte da Amanda, que foi em 10 de outubro de 2012, parece que a situação não melhorou, que é o caso do Logan Paul, que riu do corpo do japonês que suicidou.

Não sei vocês perceberam, mas o Logan ganhou mais de oitenta mil novos inscritos por causa daquele vídeo. Depois que o Youtube colocou o vídeo em alta, os responsáveis pelo site finalmente vão dá a punição ao Logan Paul. O problema que ainda existem pessoal sem noção que não importa com os outros, só importa com eles mesmos porque já tem tudo fácil na vida.

Os vídeos que o [member=426]Bruce Azkan[/member] colocou são interessantes, é uma pena que muitos youtubers não falaram sobre esse assunto Logan Paul e do suicídio. Pewdipie falou e o pior que foi banido antes do Logan Paul por isso. ¬¬ Dos brasileiros eu vi do Davy Jones, Huestation, Core das Antigas e Observatório Católico. O último que citei.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=4IiTkbzaN84[/youtube]


Enquanto os japoneses, pelo que li aqui, a pressão é assustadora. Já não basta ter a pressão de ser um estudante exemplar e ainda tem bullying rolando a solta por lá que é pior que aqui no Brasil. Não sei nem que palavra eu uso pra definir o estresse que os estudantes japoneses passam.

E sobre os jogos tratarem desse tema, se fosse desenvolver um jogo como algo assim, eu faria como algo de combater o suicídio. O jogo educacional que analisaria cada personagem e identificar se a pessoa tende a se suicidar ou não. Não vi um jogo mesmo que trata desse assunto assim, talvez seja a hora de desenvolver o meu próprio jogo.
 
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