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"Um artista precisa somente de duas coisas: Honestidade e fé."
- Carlos Davilla

Sendo gamer em 2019

Rafael_Sol_MAKER

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05 de Abril de 2015
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Eu temia que esse dia chegasse...

A politização excessiva dos jogos, a mídia corrompida e a ganância das empresas continua a atingir picos cada vez maiores. Não vou ter nem tempo nem condição de conseguir dissertar sobre tudo de uma vez, mas eu vejo que o cenário de jogos está severamente doente e pode eventualmente colapsar.

E enquanto algumas franquias e jogos ainda vendem milhões e milhões, para mim está ficando cada vez mais difícil conseguir escolher algo que preste para eu poder colocar na lista de jogos que quero poder jogar.

Estou vendo inúmeros vídeos na gringa de notícias e análises sobre jogos, e não sei muito como é a percepção geral da galera no Brasil (poucos canais como a Central e Gameplayrj no Youtube que ainda se prestam por passar notícias de maneira direta na lata), mas a minha preocupação já atingiu o limite do alarmante.

O nome dos inimigos são muitos, apenas para citar alguns:
  • Jogos como serviço ou sempre onlines;
  • Microtransações e principalmente lootboxes;
  • DLCs, passes de temporada, passe de batalha, e conteúdos pagos em geral;
  • Politização e propaganda forçada em jogos e franquias famosas;
  • Censura de jogos e agora também de jogadores;
  • Mídia de games corrupta e comprada além do limite;
  • Políticos tentando taxar(ainda) mais impostos em jogos, inclusive digitais;
  • Gente de mente retrógrada que ainda acredita que jogos deixam pessoas violentas;
  • A "cultura do cancelamento" e seus desdobramentos;
  • Etc, etc, etc, etc....

Reparem apenas que muitas dessas coisas podem não ser ruins por si só se usadas da maneira certa com limites. Mas a sensação geral de quem acompanha o avanço disso dia a dia é de que o caos está tomando de conta do mundo dos jogos.

Felizmente muito disso não afeta os indies de maneira severa *ainda*, mas acredito que essas notícias atinjam a todos, sejam gamers, sejam devs indies, seja a indústria dos triple-A, seja até quem não compra jogos ou joga. Imagina que começam a taxar jogos digitais e vender seu jogo na Steam ficar mais difícil por conta do preço mais caro?

De novo, não queria que as coisas fossem assim, tudo o que eu queria é poder jogar livre e sem problemas os meus jogos e franquias que tanto gosto. Mas a politização desse cenário faz com que nós consumidores também tenhamos que ter opinião e postura, pois muitas dessas práticas são abusivas e completamente anti-consumidor e nós temos que ter voz ativa para impedir que avancem cada vez mais no nosso sagrado hobbie.

Com tanta coisa ocorrendo, queria saber a opinião de vocês, o que é ou significa ser gamer em pleno 2019?

A medida que eu for elaborando um pouco mais sobre os pontos eu vou trazendo melhor as informações para corroborar com cada ponto trazido.​
 
"Ganância" de empresas é uma colocação bem inadequada, o objetivo de toda empresa é lucrar, e lucra atendendo a demanda do consumidor. Quem forma o mercado é o consumidor, e não vice-versa. E não é algo que ocorre apenas em "grandes empresas malvadas gananciosas", o mercado indie é cheio de coisa de baixa qualidade, algumas que vendem muito bem, simuladores de cabra e afins. É só algo fazer sucesso e vender bem que logo o mercado é inundado de cópias.

Por um bom tempo eu me questionei se havia perdido a paciência para jogar. Poucas coisas me atraiam como antes.
Porém comecei a descobrir alguns jogos indies e posso dizer que apesar da grande maioria dos jogos não terem muita personalidade ou atrativos, existe coisa boa no mercado sim.

O exemplo mais recente, peguei um game de graça no Twitch Prime (graças à malvada e gananciosa Amazon, obrigado) e descobri uma pérola, original, boa trilha sonora, level design e game design de primeira, me lembrou dos clássicos de SNES como Donkey Kong. Ele se chama Yoku's Island, recomendo.

Resumindo, não reclame do que está no mercado, ele está ai para agradar a maioria, procure pelo que te agrada e prestigie e principalmente, gaste seu dinheiro com empresas que estão fazendo o que lhe agrada.
 
night walker comentou:
"Ganância" de empresas é uma colocação bem inadequada, o objetivo de toda empresa é lucrar, e lucra atendendo a demanda do consumidor. Quem forma o mercado é o consumidor, e não vice-versa. E não é algo que ocorre apenas em "grandes empresas malvadas gananciosas", o mercado indie é cheio de coisa de baixa qualidade, algumas que vendem muito bem, simuladores de cabra e afins. É só algo fazer sucesso e vender bem que logo o mercado é inundado de cópias.

Por um bom tempo eu me questionei se havia perdido a paciência para jogar. Poucas coisas me atraiam como antes.
Porém comecei a descobrir alguns jogos indies e posso dizer que apesar da grande maioria dos jogos não terem muita personalidade ou atrativos, existe coisa boa no mercado sim.

O exemplo mais recente, peguei um game de graça no Twitch Prime (graças à malvada e gananciosa Amazon, obrigado) e descobri uma pérola, original, boa trilha sonora, level design e game design de primeira, me lembrou dos clássicos de SNES como Donkey Kong. Ele se chama Yoku's Island, recomendo.

Resumindo, não reclame do que está no mercado, ele está ai para agradar a maioria, procure pelo que te agrada e prestigie e principalmente, gaste seu dinheiro com empresas que estão fazendo o que lhe agrada.
Cara, me permita discordar.

Uma coisa é você lucrar oferecendo um produto ou serviço de maneira completa, limpa e transparente a um cliente, outra é se furtar disso tudo é fatiar a experiência para que o consumidor tenha que gastar mais, ou colocar mecânicas de probabilidade, para que o jogador tenha que gastar mais para tirar algo na sorte, ou patentear mecânicas de inteligência artificial que analisam o perfil do jogar... para que este possa gastar mais com microtransações, ou ainda que o consumidor tenha vantagens frente a outros jogadores, imagina... se este acontecer de gastar mais. E por aí vai.

Não estou falando de qualidade não, ao menos não nesse ponto. Estou falando de práticas abertamente anti-consumidor. Não tem desculpa para isso, elas estão claramente sacaneando o consumidor em troca de um "lucro sujo". Querem expansão de lucros ilimitada num cenário limitado. A maior prova disso é que existem estúdios e desenvolvedores que não tem que apelar para essa baixaria para poder vender bem e conquistar o respeito do consumidor.

Essa de o mercado quem forma o consumidor não existe. Ele apenas o suporta, o cachorro balança o rabo e não o contrário. De certo há muita gente que faz vista grossa, não se importando, ou que caga e anda para o longo prazo e acaba financiando essa indústria predatória e daninha. Eles são parte do problema, mas como já falei, não precisa ser desse jeito, dá para jogar limpo e ainda ter margens de lucro assombrosas.

As empresas estão fazendo isso por que querem, ou seja, estão atrás do "dinheiro fácil", se prejudicando no longo prazo. O nome disso é ganância, se tiver outro nome pra isso que eu não saiba, me avise. Posso citar inúmeros casos, mas basta dizer o nome de uma única empresa hoje em dia: Electronic Arts. O resto deixo por sua conta.

Eu sei que ainda há boas coisas, mas é extremamente frustrante você aguardar ansiosamente por um jogo ou franquia que você já conhece e curte e ter que encarar porcarias cada vez piores. É triste, deprimente. Eu sinceramente estou correndo para os indies, pois mesmo jogos de cabras são menos gananciosos e enganadores do que grandes nomes de grandes estúdios. O jogo não mente dizendo ser o que não é, nem sacaneia sua experiência de propósito para exigir mais dinheiro.

Então não concordo, vou reclamar do que tem no mercado SIM. O mercado é feito para atender a maioria? Grande coisa! Quer dizer que se a maioria gostar de comer merda eu sou obrigado a gostar também? Sinto muito, mas essa lógica não procede. Mas a questão não é nem essa... Eles serem feitos para a maioria, isso tá certo sim, afinal é para lucrar mesmo, mas o que eles estão aprontando são táticas sujas (e muitas que acho serem, honestamente falando, ilegais) para arrancar dinheiro dessa maioria independente de qual seja o tipo do jogo e é disso que estou reclamando e não dos jogos em si.

Eu exijo ser respeitado enquanto consumidor, não estou fazendo nenhuma demanda irreal ou irracional. Não estou exigindo que os jogos em seu game design ou temática sejam diferentes. Tá bom do jeito que tá. Apenas quero que os jogos não sejam enganosos, que estes como sempre foram, uma experiência completa a um preço justo, coisa que estão deixando de ser.

Quer um exemplo? Quando eu compre Deus EX Makind Divided uns anos atrás. Aquilo é um immersive sim, um gênero que eu gosto mas é meio de nicho, os jogos não vendem horrores como um FIFA. O jogo é de um estúdio que eu gosto e respeito. Mas (depois de uma campanha cagada de pré-venda que dava outro textão desses) o jogo ainda veio sacaneado com microtransações de uso único num jogo singleplayer de campanha, triple A que você já paga preço full para jogar, algo completamente absurdo e desnecessário.

Eu também sou um consumidor em potencial, exijo que esses crápulas não subestimem a minha inteligência, e quero que tenham empresas ou grupos que possam me oferecer produtos e serviços razoáveis, afinal quem tá pagando por essa merda sou eu e meu dinheiro não caiu do céu. Não estou fazendo nenhuma caridade, esses caras tem bem mais grana do que eu sonho em ter na vida. Se elas não querem ganhar meu suado dinheirinho por causa de uma burrice desse tamanho, é problema delas, mas ainda estou fazendo o favor de avisar para não dar uma de mal agradecido. Eu quero comprar, agora quero ver quem é que vai vender.

Então, para concluir... Nós temos o dever de reclamar, acredito eu, para eles saberem onde estão errando, se não vão enfiar coisas cada vez piores nossa goela a baixo e acelerar ainda mais o (possível) colapso do mercado de jogos. Repara de novo que não estou falando dos jogos em si, mas da forma como são apresentados.

Reclamar pode dar certo, e apesar de eu ser o último a advogar a favor de algum tipo de militância, fazer um bom barulho numa rede social da vida pode tornar o mundo dos jogos um lugar bem melhor. Foi mal aí qualquer confusão no pensamento, tá tarde e estou morrendo de sono agora.

Valeu e se cuida, meu caro!​
 
Concordo com o [member=2362]night walker[/member] . Ganância das empresas é consequência do mercado. Conforme os consumidores forem ficando insatisfeitos as empresas começam a se flexibilizarem para a acertar a demanda.

E enquanto algumas franquias e jogos ainda vendem milhões e milhões, para mim está ficando cada vez mais difícil conseguir escolher algo que preste para eu poder colocar na lista de jogos que quero poder jogar.
Esse problema eu tenho desde o milênio passado. Sugiro procurar análises para ver se o jogo é bom.

eu vejo que o cenário de jogos está severamente doente e pode eventualmente colapsar.

E enquanto algumas franquias e jogos ainda vendem milhões e milhões
Vendem milhões e pode eventualmente colapsar? É, acho que ainda falta bastante.

O nome dos inimigos são muitos, apenas para citar alguns:
  • Jogos como serviço ou sempre onlines; Isso eu acho um problema, mas em muitos casos, como o Fortnite/PUBG/LOL não tem muito o que fazer porque o gameplay é online. Enfim, os efeitos são sentidos mais a longo prazo. Tem algumas plataformas que visam lutar contra isso, como o GOG
  • Microtransações e principalmente lootboxes; Só acho que isso deveria ficar claro no jogo para que o jogador avalie antes de comprar.
  • DLCs, passes de temporada, passe de batalha, e conteúdos pagos em geral; Eu prefiro que tenha um passe de temporada com opção para jogar de graça que uma mensalidade mensal, como boa parte dos MMOs de 15 anos atrás.
  • Politização e propaganda forçada em jogos e franquias famosas; 2 coisas aqui: Jogos, desde que abriram espaço para uma narrativa e "mensagens" são politizados de uma forma ou outra. A política está mais polarizada (tanto aqui quanto em países como os EUA), então isso é reflexo do meio.
  • Censura de jogos e agora também de jogadores; Censura em jogos sempre teve. Aliás, na época do Super Nintendo isso era ainda pior.
  • Mídia de games corrupta e comprada além do limite; Hummm, me parece problemas isolados, mas não consigo opinar. Isso já acontecia desde 2007.
  • Políticos tentando taxar(ainda) mais impostos em jogos, inclusive digitais; Sempre teve imposto em jogos. Em 2005 tinha lançamentos custando mais de 300 reais em lojas de Shoppings. Não acho justo quem compra jogos físicos pagar impostos e quem compra digital não. Tá, tem a questão do lojistas e transportadoras que geram mais impostos, mas mesmo excluindo esses valores há um imposto.
  • Gente de mente retrógrada que ainda acredita que jogos deixam pessoas violentas; Antes da internet isso era muito pior. A grande mídia (TV) pregava a imagem que games eram nocivos ou coisa de criança e quase nunca havia contraponto porque os gamers não tinham voz.
  • A "cultura do cancelamento" e seus desdobramentos; Eu vejo como uma faca de dois gumes. Ajuda a acabar com preconceitos, mas também se perde em exageros.
  • Etc, etc, etc, etc....

Sobre a questão do conteúdo pago, isso realmente é um problema. Eu acredito que o caminho é deixar bem claro qual é o conteúdo e o impacto de jogar sem ele. E, para jogos que penalizam o jogador se ele não jogar constantemente, algum tipo de aviso para que isso não afete pessoas ansiosas.

Só que você está vendo um lado só da moeda. Vou listar algumas vantagens:

  • Lojas digitais recheadas com jogos bons: Antes os jogos esgotavam rápido. Jogos undergrounds sumiam das prateleiras em poucos anos e você precisava caçar eles em grandes centros urbanos, possívelmente precisando viajar para tanto. Hoje está tudo a um clique de distância.
  • Promoções de 50% ou mais: Na minha época isso era uma utopia.
  • Jogos bons dados de graça: Esse mês a Epic deu seis jogos tops do Batman DE GRAÇA!
  • Free to Play: Hoje diversos jogos são grátis para jogar e, em alguns deles como o DOTA 2, você só perde skins. Um bom paralelo são os jogos com anúncios e com opção para remover anúncios: Antes você pagava X para ter o jogo, hoje você pode ter o jogo grátis e pagar o X para ele não ter anúncios. Uma opção a mais!
  • Evolução tecnológica: Há vinte anos eu nunca imaginaria poder jogar Sonic do Mega Drive no celular, rodando lisinho. Antes, tudo que não era desktop, mesmo jogos de Game Boy, eram mega-limitados.

Uma coisa é você lucrar oferecendo um produto ou serviço de maneira completa, limpa e transparente a um cliente, outra é se furtar disso tudo é fatiar a experiência para que o consumidor tenha que gastar mais, ou colocar mecânicas de probabilidade, para que o jogador tenha que gastar mais para tirar algo na sorte, ou patentear mecânicas de inteligência artificial que analisam o perfil do jogar... para que este possa gastar mais com microtransações, ou ainda que o consumidor tenha vantagens frente a outros jogadores, imagina... se este acontecer de gastar mais. E por aí vai.
Como falei acima, nisos há dois problemas: Não deixar claro o que é pago e alertar as pessoas ansiosas que acabam gastando demais. De resto, podem continuar. Essas AIs fazem eu gastar nada ou menos que eu gastaria em um jogo premium =P

Não tem desculpa para isso, elas estão claramente sacaneando o consumidor em troca de um "lucro sujo". Querem expansão de lucros ilimitada num cenário limitado. A maior prova disso é que existem estúdios e desenvolvedores que não tem que apelar para essa baixaria para poder vender bem e conquistar o respeito do consumidor.
Dependendo da prática (como o free-to-play) até as grandes empresas estão, aos poucos, entrando na onda. A Nintendo mesmo é a última que eu pensei que veria com jogos grátis e hoje temos Pokémon, Mario e Fire Emblem para Android. Práticas mais abusivas vão morrendo e se regulando com o tempo, como o que aconteceu com loot boxes.

As empresas estão fazendo isso por que querem, ou seja, estão atrás do "dinheiro fácil", se prejudicando no longo prazo. O nome disso é ganância, se tiver outro nome pra isso que eu não saiba, me avise.
Burrice.

Ou a empresa achou que não prejudicaria tanto no longo prazo, ou é imatura.

Eu sinceramente estou correndo para os indies, pois mesmo jogos de cabras são menos gananciosos e enganadores do que grandes nomes de grandes estúdios.
Cara, isso de "empresas gananciosas" sempre teve. Franquia X acaba sendo infantilizada para pegar um público maior, franquia Y cancelada por não lucrar tanto (cof cof Megaman Legends cof cof), franquia Z explorada até os jogos ficarem um lixo (cof cof boa parte das franquias da Capcom cof cof). A diferença é com compras dentro do jogo e lootboxes isso fica ainda mais evidente, ainda mais quando o negócio é novo e as empresas estão buscando o equilíbrio certo. Mas sim, com as chegada de lootboxes tivemos um "surto" disso.

Então não concordo, vou reclamar do que tem no mercado SIM. O mercado é feito para atender a maioria? Grande coisa! Quer dizer que se a maioria gostar de comer merda eu sou obrigado a gostar também? Sinto muito, mas essa lógica não procede.
Pense no outro lado: Se só meia dúzia de pessoas gostam de um jogo, um estúdio precisa bancar um jogo para elas? SEMPRE é necessário ter uma demanda.

Então, para concluir... Nós temos o dever de reclamar, acredito eu, para eles saberem onde estão errando, se não vão enfiar coisas cada vez piores nossa goela a baixo e acelerar ainda mais o (possível) colapso do mercado de jogos. Repara de novo que não estou falando dos jogos em si, mas da forma como são apresentados.

Reclamar pode dar certo, e apesar de eu ser o último a advogar a favor de algum tipo de militância, fazer um bom barulho numa rede social da vida pode tornar o mundo dos jogos um lugar bem melhor. Foi mal aí qualquer confusão no pensamento, tá tarde e estou morrendo de sono agora.
Concordo! Se o novo Deus EX tiver microtransações caras e o jogo ficar muito ruim sem pagar por elas, devemos sim fazer barulho no site da distribuidora.
 
Por isso que eu adoro essa meninada daqui <3.

Vamos lá, primeiro separar o joio do trigo.

Aqui só estou falando do lado negativo e sombrio de alguns aspectos da indústria de jogos. É inegável que há o lado bom, mas minha alerta é justamente para que as coisas boas permaneçam e as ruins sejam extirpados, é possível ter um sem necessariamente ter (todo) o outro. Dito isso, evitemos uma guerra dos copos meio-cheios contra os copos meio-vazios, escolhi aqui falar pela ótica do que há ruim por questão de foco dada a proposta do tópico.

Segundo que jogos free-to-play ou multiplayers por sua própria natureza estão em sua maioria excluídos da análise. Eles precisam de muitas das mecânicas que descrevo para existirem, portanto não é deles que estou falando,apesar de que muitos deles também podem sofrer abusos por parte das empresas.

Vamos ponto por ponto.

Concordo com o [member=2362]night walker[/member] . Ganância das empresas é consequência do mercado. Conforme os consumidores forem ficando insatisfeitos as empresas começam a se flexibilizarem para a acertar a demanda.
Cara, aqui acredito que é questão de ótica, é óbvio que entre mercado e consumidores há uma sinergia, uma dialética, um afeta o outro e vice-versa. Mas mesmo assim não aceito a ideia de que o consumidor é o responsável completo e as empresas, tadinhas, só atendem o que os consumidores clamam. Tá bom. Os consumidores de fato são co-responsáveis por aceitarem calados, mas a piora dos jogos não foi proposta por eles, apenas foi aceita (por diversos motivos). Nenhum consumidor em sã consciência começou a clamar para que os jogos ficassem cada vez mais caros, fragmentados ou enganosos, então para fins de referência, estou colocando a maior parte da culpa em quem propôs essas coisas, isso é, as empresas de jogos.

Esse problema eu tenho desde o milênio passado. Sugiro procurar análises para ver se o jogo é bom.
Análises independentes, de preferência, sempre. Comprar em pré-venda? Não, muito obrigado, eu passo.

Vendem milhões e pode eventualmente colapsar? É, acho que ainda falta bastante.
Colpasar não quer necessariamente dizer que vai parar de vender totalmente, ninguém vai comprar, etc. O termo tem muitas acepções, uma é reduzir o número de jogos, franquias, jogadores, variedade no geral. Outra pode ser no sentido criativo de venderem jogos cada vez mais genéricos. Outra ainda é da própria indústria começar a se mexer para poder estancar o sangramento dos flops, fechando estúdios, botando franquias famosas na geladeira, etc. O colapso, ao menos na criatividade, é quase que iminente, quem quiser jogo original tem que procurar nos indies, tá virando outra Hollywood com só uma coisa boa ou outra saindo de vez em quando. É o que estão chamando de falência criativa (criatively bankrupt)

Isso eu acho um problema, mas em muitos casos, como o Fortnite/PUBG/LOL não tem muito o que fazer porque o gameplay é online. Enfim, os efeitos são sentidos mais a longo prazo. Tem algumas plataformas que visam lutar contra isso, como o GOG
GOG <3 Enfim, você tá ciente do problema da preservação de jogos que podem ser "tirados do ar" a qualquer momento e você não ter mais como acessá-los. Um bem que você adquiriu, mas lhe é negado acesso a ele, ele fica "quebrado" e você não tem chance ou meios de "concertá-lo", é o que está acontecendo. Tenho alguns bons vídeos (em inglês) que ilustram bem esse ponto e outros, se quiser posso trazer depois. Em jogos multiplayer com custos de servidor até dá para entender, desde que o dev faça um plano de desligamento adequado do jogo para nenhum consumidor se sentir lesado. Mas jogos singleplayer também podem sofrer disso e serem "desligados", o que honestamente, é um absurdo sem tamanho.

Só acho que isso deveria ficar claro no jogo para que o jogador avalie antes de comprar.
Com o jogo avisando que as possui, e com as chances de obter explicitadas, e de preferência que tenha alguma forma de controle parental, para que não ocorram mais casos de crianças esvaziando as contas bancárias dos pais. Isso se não só colocar para maiores de idade, já que muitos desses são verdadeiros jogos de azar, um cassino rolando a céu aberto sem ninguém fazer nada.

Eu prefiro que tenha um passe de temporada com opção para jogar de graça que uma mensalidade mensal, como boa parte dos MMOs de 15 anos atrás.
Eu também, mas desde que os conteúdos não segregue a base de jogadores do jogo entre os que tem e os que não tem (por exemplo pacotes de mapas ou personagens).

2 coisas aqui: Jogos, desde que abriram espaço para uma narrativa e "mensagens" são politizados de uma forma ou outra. A política está mais polarizada (tanto aqui quanto em países como os EUA), então isso é reflexo do meio.
Infelizmente, meu caro, infelizmente. Quem quer os jogos como escapismo e refúgio de um mundo cada vez mais chato e politizado, tem que aturar esse tipo de coisa. Isso é claramente coisa que a gente não tem que aturar, o objetivo dos jogos não é servir de propaganda de ideologia qualquer que seja.

Censura em jogos sempre teve. Aliás, na época do Super Nintendo isso era ainda pior.
Cara, vai me desculpar, mas não aceito qualquer justificativa que seja para censura. Claro que antes era bem pior, mas também era a única forma de acesso. Hoje em dia temos outras, também temos como comparar as diferentes versões dos jogos, e como no ponto anterior, não temos a menor obrigação de ter que aturar censura. A censura é indefensável.

Hummm, me parece problemas isolados, mas não consigo opinar. Isso já acontecia desde 2007.
Não é isolado, é algo sistêmico. É só estudar o caso dos conluios do GamerGate e do Game Journos Pro.

Sempre teve imposto em jogos. Em 2005 tinha lançamentos custando mais de 300 reais em lojas de Shoppings. Não acho justo quem compra jogos físicos pagar impostos e quem compra digital não. Tá, tem a questão do lojistas e transportadoras que geram mais impostos, mas mesmo excluindo esses valores há um imposto.
Amigo, o produto físico tem imposto por que... É um produto físico? Gasta material para produzir, precisa de transporte, distribuição, etc... Agora vão também taxar bits e bytes além de voc6e já estar pagando pelo custo do jogo? Com essa premissa a gente abre precedente para taxarem qualquer coisa digital: vai assistir um filme na Netflix, paga imposto, vai ouvir uma música no Spotify, paga outro imposto. É esse tipo legislação que a gente quer?

Antes da internet isso era muito pior. A grande mídia (TV) pregava a imagem que games eram nocivos ou coisa de criança e quase nunca havia contraponto porque os gamers não tinham voz.
Graças a Deus que isso tem melhorado muito e tem saído estudos mostrando que uma coisa não tem relação com a outra. Agora que já está surgindo o embasamento científico correto, o que falta é aos poucos irmos corrigindo a mentalidade das pessoas.

Eu vejo como uma faca de dois gumes. Ajuda a acabar com preconceitos, mas também se perde em exageros.
A cultura do cancelamento que falo (não sei se conhecem o fenômeno) causa assédio e linchamento de pessoas em redes sociais, mas também destroem suas reputações, trabalhos, projetos, autoestima e por vezes... Até a vida. Veja o caso do Alec Holowka. Não dá para ser a favor de qualquer movimento que "cancele" ou "desplataforme" pessoas, que as assedie ou as destrua, independente de quem seja a vítima.

Sobre a questão do conteúdo pago, isso realmente é um problema. Eu acredito que o caminho é deixar bem claro qual é o conteúdo e o impacto de jogar sem ele. E, para jogos que penalizam o jogador se ele não jogar constantemente, algum tipo de aviso para que isso não afete pessoas ansiosas.
Concordo 200%. Inclusive no parágrafo das vantagens. Mas elas não precisam ser acompanhadas das desvantagens, dá para ter um sem ter o outro.

Acho que o resto dos pontos já está mais ou menos respondido por aqui. Lembrando sempre que o problema aqui no caso, nunca são os jogos em si. Mas sim as práticas comerciais daninhas (e comprovadamente desnecessárias) que estão forçando cada vez mais.

Chegou um ponto que esperar a boa (má) vontade das empresas ou de um número muito grande de jogadores fazer barulho para a indústria se "auto regular", não acredito que isso aconteceria tão cedo. É triste admitir isso, mas vejo que nesse caso a lei tem que chegar mais forte e regular essa indústria, para proteção do consumidor. A gente sabe que os usuários são muitas vezes irresponsáveis, por isso há leis para uso de sinto de segurança, capacete, etc, no trânsito, para proteger os condutores deles mesmos.

Um forte abraço, grande FL!
 
Aqui só estou falando do lado negativo e sombrio de alguns aspectos da indústria de jogos. É inegável que há o lado bom, mas minha alerta é justamente para que as coisas boas permaneçam e as ruins sejam extirpados, é possível ter um sem necessariamente ter (todo) o outro. Dito isso, evitemos uma guerra dos copos meio-cheios contra os copos meio-vazios, escolhi aqui falar pela ótica do que há ruim por questão de foco dada a proposta do tópico.
O título do tópico não diz isso. Embora essa possibilidade tivesse me passado pela cabeça, como não estava claro, achei importante citar o outro lado.

Cara, aqui acredito que é questão de ótica, é óbvio que entre mercado e consumidores há uma sinergia, uma dialética, um afeta o outro e vice-versa. Mas mesmo assim não aceito a ideia de que o consumidor é o responsável completo e as empresas, tadinhas, só atendem o que os consumidores clamam. Tá bom. Os consumidores de fato são co-responsáveis por aceitarem calados, mas a piora dos jogos não foi proposta por eles, apenas foi aceita (por diversos motivos). Nenhum consumidor em sã consciência começou a clamar para que os jogos ficassem cada vez mais caros, fragmentados ou enganosos, então para fins de referência, estou colocando a maior parte da culpa em quem propôs essas coisas, isso é, as empresas de jogos.
Vamos lá. Imagine que há a empresa X e a empresa Y. A empresa X começa a fazer essas "práticas abusivas" e, com o lucro consegue investir mais em seus produtos e, consequentemente consegue "roubar" um pouco do público da empresa Y. Logo, para atender a demanda do mercado, ou a empresa Y faz essas práticas, ou pode fundar.

Perceba que esse tipo de coisa não acontece se a empresa Y ainda tiver um público fiel que sempre consumir seus produtos e abominar essas táticas ruins do mercado.

E claro, isso depende muito do tipo de jogo da empresa Y, já que alguns são mais fáceis de aplicarem essas práticas, outros são mais difíceis, além do público que é ou não mais tolerante com essas práticas.

Colpasar não quer necessariamente dizer que vai parar de vender totalmente, ninguém vai comprar, etc. O termo tem muitas acepções, uma é reduzir o número de jogos, franquias, jogadores, variedade no geral. Outra pode ser no sentido criativo de venderem jogos cada vez mais genéricos. Outra ainda é da própria indústria começar a se mexer para poder estancar o sangramento dos flops, fechando estúdios, botando franquias famosas na geladeira, etc. O colapso, ao menos na criatividade, é quase que iminente, quem quiser jogo original tem que procurar nos indies, tá virando outra Hollywood com só uma coisa boa ou outra saindo de vez em quando. É o que estão chamando de falência criativa (criatively bankrupt)
Mesmo na indústria cinematográfica sempre tem espaço para aquela obra mais original. Mas se a maioria da galera curte mais o décimo filme de Super-herói da Marvel, então os investimentos vão para essas obras. Novamente temos Mainstream vs Indie.

E as próprias empresas grandes se tocaram desse problema e já há tentativas para remediar, como a linha EA Originals.

Eu também, mas desde que os conteúdos não segregue a base de jogadores do jogo entre os que tem e os que não tem (por exemplo pacotes de mapas ou personagens).
"segregação" só me incomoda se há vantagens no pvp. Basicamente o Pay To Win. E liberar o personagem deveras overpower/top tier está incluso nisso.

Infelizmente, meu caro, infelizmente. Quem quer os jogos como escapismo e refúgio de um mundo cada vez mais chato e politizado, tem que aturar esse tipo de coisa. Isso é claramente coisa que a gente não tem que aturar, o objetivo dos jogos não é servir de propaganda de ideologia qualquer que seja.
Eu acho que o mercado tem tanto espaço para jogos com mensagem política forte e com mensagem política fraca/inexistente. Aliás, a diversidade de opções nessa vasta biblioteca de games é uma das vantagens do mercado.

Cara, vai me desculpar, mas não aceito qualquer justificativa que seja para censura. Claro que antes era bem pior, mas também era a única forma de acesso. Hoje em dia temos outras, também temos como comparar as diferentes versões dos jogos, e como no ponto anterior, não temos a menor obrigação de ter que aturar censura. A censura é indefensável.
Não estou defendendo a censura. Só estou citando que não vale como argumento sobre "como antes era melhor que agora".

Amigo, o produto físico tem imposto por que... É um produto físico? Gasta material para produzir, precisa de transporte, distribuição, etc...
Cara, a carga tributária do Brasil é complexa. Excluindo todos esses gastos (como mencionei no post) ainda há mais um imposto da transação e é esse imposto que eu acho justo ser igual nos dois lados.

E não, não estou defendendo taxar Netflix e companhia desde que não taxem o restante dos canais.

E muito menos acho justa a justificativa que Steam/Netflix “arrecadam pouco” então merecem ser mais taxadas.

A cultura do cancelamento que falo (não sei se conhecem o fenômeno) causa assédio e linchamento de pessoas em redes sociais, mas também destroem suas reputações, trabalhos, projetos, autoestima e por vezes... Até a vida. Veja o caso do Alec Holowka. Não dá para ser a favor de qualquer movimento que "cancele" ou "desplataforme" pessoas, que as assedie ou as destrua, independente de quem seja a vítima.
É isso que quis dizer com exageiros. Mas essa cultura não afeta só pessoas, também afeta empresas assim como o boicote que você menciona no final do tópico.
 
Por isso que acredito que a gente mais concorda do que discorda.

O título do tópico não diz isso. Embora essa possibilidade tivesse me passado pela cabeça, como não estava claro, achei importante citar o outro lado.
De fato, o título do tópico não deixa isso claro e já vou me desculpando por tal. Sim, é importante falar do lado positivo (tem muita notícia interessante, como essa), mas será coisa que farei em outra oportunidade.

Mesmo na indústria cinematográfica sempre tem espaço para aquela obra mais original. Mas se a maioria da galera curte mais o décimo filme de Super-herói da Marvel, então os investimentos vão para essas obras. Novamente temos Mainstream vs Indie.
Sim, isso é inevitável, sempre vão tentar atingir o máximo denominador comum, maximizar os lucros, etc., a troco da qualidade e especialização que só uma proposta focada poderia ter. Ainda bem que de vez em quando aparece alguma coisa que quebra essas tendências. Um bom exemplo que calou a boca de muita gente besta é o filme Coringa, entre outros filmes adultos com Deadpool, que conseguiram sucesso mesmo sendo filmes de "heróis" não focados para o grande público.

Eu acho que o mercado tem tanto espaço para jogos com mensagem política forte e com mensagem política fraca/inexistente. Aliás, a diversidade de opções nessa vasta biblioteca de games é uma das vantagens do mercado.
O problema que vejo não é nem a mensagem em si, mas a forma como apresentada. Uma crítica ou comentário social pra mim é algo bem vindo, enquanto pregação forçada de um tipo de pensamento denegrindo quem pense diferente é algo que sinceramente faz um desfavor para a mensagem que está sendo passada. Há um jeito "certo" e um "errado" de tentar fazer colocações políticas em jogos e mídia no geral. Um bom vídeo que ilustra isso, em inglês: 
https://www.youtube.com/watch?v=uf_37QhDvmw

Por sinal esse canal fala exaustivamente sobre vários dos pontos que estou lidando aqui. Vale a conferida.

Não estou defendendo a censura. Só estou citando que não vale como argumento sobre "como antes era melhor que agora".
Precisamente, antes era pior do que agora. Só que as coisas aos poucos estão mudando de lado... Agora estou começando a ver os que se acham tão liberais e moderninhos clamando cada vez mais por censura a tudo que não concorde ou afete suas sensibilidades exageradas, sendo no fim das contas muito pior que os moralistas do passado. Isso sem falar da censura de empresas (como lista de nomes em Outer Worlds, para citar um caso recente, ou banimentos da Blizzard).

Cara, a carga tributária do Brasil é complexa. Excluindo todos esses gastos (como mencionei no post) ainda há mais um imposto da transação e é esse imposto que eu acho justo ser igual nos dois lados.
Cara, não sei bem como funciona a tributação no Brasil, mas sinceramente, inventar de taxar algo digital vejo como um retrocesso. Não só porque não faz sentido taxar bits e bytes, você já paga uma (perdão a palavra) caralhada de imposto na conta de energia e internet, não acho justo nem interessante que o governo se meta nesse tipo de transação. O imposto, assim como previdência ou contribuição para seguros, etc., são taxas que você paga para sustentar o bem estar social das inúmeras pessoas que trabalham na cadeia de produção e serviços para que o resultado chegue até você. Isso já está embutido no preço do produto.

Só que a venda de uma licença de uso de um software acredito ser algo na qual o governo não deveria se meter ainda mais. É tipo eu ter uma cartinha de Yugi-oh, que custou alguns centavos para ser produzida (com impostos devidamente pagos), mas que vou querer vender para meu amigo disposto a pagar R$20 , por conta de um fator externo (ex.: ele quer para completar uma coleção) e o governo querer se meter nessa transação acordada entre as duas partes e taxar isso. Troque o valor gasto para produzir a carta pelo custo de energia+internet, a carta por um jogo eletrônico e o fator externo como custo de venda daquele jogo para ajustar a analogia.

É isso que quis dizer com exageiros. Mas essa cultura não afeta só pessoas, também afeta empresas assim como o boicote que você menciona no final do tópico.
Bom, uma coisa é boicotar empresas, outra completamente diferente é boicotar pessoas. Apesar das duas coisas estarem relacionadas, o primeiro é algo aceitável pois você vai estar lutando para que a empresa melhore o que trará ganho para ambas partes, isso sem contar que a empresa não é algo tangível (mesma coisa seria xingar, sei lá, um país como o nosso), enquanto na segunda você vai estar cometendo ataques pessoais a um indivíduo, correndo o risco de estar cometendo alguma injustiça ou até um crime, além de destruir a autoestima de uma pessoa. Temos que saber para onde direcionar nossas fúrias, é importante fazer essa distinção.


 
Ah sim, um rápido adendo.

Para deixar mais clara a questão do imposto: A empresa que produz jogos já paga todos os impostos (e benefícios que falei como seguros e previdência), pagamentos a todos seus funcionários, cobra o custo de produção e ainda margem de lucro  no preço. O imposto a gente já tá pagando indiretamente, pois está embutido no preço do produto, afinal quanto mais caro o imposto da manutenção da empresa, mais isso deve se refletir no preço final do resultado que essa empresa produz ou oferece, já que ela não vai vender tendo perdas, ela vende visando lucrar e vai repassar isso ao consumidor. Não acho justo nem legal que a gente precise de mais imposto se não se está tendo mais trabalho envolvido, como num meio de distribuição digital. Se inventarem de taxar ainda mais dessa forma... Isso abre precedente para muita coisa ruim e muito mais dinheiro entrar na (ineficiente) máquina pública saindo direto dos nossos bolsos.

Favor sintetizar os dois parágrafos para entender melhor a mensagem que eu quero passar.

Até a próxima!



Alguns outros inimigos para a gente colocar lá na lista:

  • Gamers sendo chamados de tóxicos, perseguidos e prejudicados por empresas, publishers e devs (caso Apex Legends, Take Two e casos recentes da Blizzard, respectivamente);
  • Copyright strike falso em criadores de conteúdos e streamers e casos contra o fair use;
  • Mídia anti-gamer em casos específicos que não corroboram com certas agendas (Vide caso acima do Apex Legends, de gamers sendo linchados por empresas e mídias);
  • Exclusividade de conteúdos e modos de jogo (Ex.; COD Modern Warfare no PS4);
  • Exclusividade, mesmo que temporária, comprada (veja o caso da Epic games);
  • DRMs que causam perda de desempenho (problema antigo, admito);
  • Jogos extremamente quebrados no lançamento, patchs de dia um gigantescos, etc.;
  • DLCs “já no disco” e conteúdos cortados propositalmente para serem vendidos a parte;
  • Propaganda enganosa, trailers ou demos falsos que não representam o estado do jogo;
  • Esquemas problemáticos de pré-vendas (a própria ideia de pré-venda já é duvidosa) e afins.

Se eu esquecer de algum favor me avisem. Acredito que tenham mais.
 
Eu concordo que "nem tudo são flores", mas eu acho que o mercado flui tão naturalmente quanto deveria ser. A corrupção está em tudo, de fato. Consigo ver isso afetando sim os indie devs, mas não consigo ver isso afetando os consumidores. Lembro da época que eu não tinha consoles. Eu olhava o preço dos games de última geração e pensava: "Meu Deus! Eu jamais vou conseguir comprar isso. Olha o preço!", mas cá estou eu, com diversos jogos na minha conta do Xbox One graças ao meu emprego. Acredito que o mercado vá se adaptar sempre ao consumidor, seja da melhor ou da pior forma. SEMPRE vai haver um game ou outro que  vai estar acessível. Aliás, eu não imaginava que, em plena era de tecnologias surrealmente realistas, ainda fossem jogados games em 2D pixelados e outros tipos! Ver que esse público ainda existe - e acredito que sempre vai existir - me anima como desenvolvedor indie (aka RPG Maker hehehe). Então, não vejo muita dificuldade de ser gamer em 2019 em vista de como era em 2010, por exemplo.
 
Eliyud comentou:
Eu concordo que "nem tudo são flores", mas eu acho que o mercado flui tão naturalmente quanto deveria ser. A corrupção está em tudo, de fato. Consigo ver isso afetando sim os indie devs, mas não consigo ver isso afetando os consumidores. Lembro da época que eu não tinha consoles. Eu olhava o preço dos games de última geração e pensava: "Meu Deus! Eu jamais vou conseguir comprar isso. Olha o preço!", mas cá estou eu, com diversos jogos na minha conta do Xbox One graças ao meu emprego. Acredito que o mercado vá se adaptar sempre ao consumidor, seja da melhor ou da pior forma. SEMPRE vai haver um game ou outro que  vai estar acessível. Aliás, eu não imaginava que, em plena era de tecnologias surrealmente realistas, ainda fossem jogados games em 2D pixelados e outros tipos! Ver que esse público ainda existe - e acredito que sempre vai existir - me anima como desenvolvedor indie (aka RPG Maker hehehe). Então, não vejo muita dificuldade de ser gamer em 2019 em vista de como era em 2010, por exemplo.
Realmente um dos pontos bons que você citou e que é compatível com a situação atual, é de que os jogos estão mais acessíveis do que nunca. Jogos de PC sempre tiveram custo em conta, e com as lojas digitais dá para termos vários jogos em promoção ou até grátis, e eles estarem sempre disponíveis online para que a gente não precise ficar acumulando CDs e DVDs.

Também está saindo uma quantidade absurda de indies de alta qualidade, originalidade e muito estilo, para todos os públicos. Jogos antigos clássicos estão começando a serem melhor preservados. Emuladores estão garantindo a preservação do resto dos jogos para futuras gerações. Há diversos remakes e remasters com excelente qualidade que apesar de não ser nada demais, dá mais chance para quem não pode jogar antes jogar agora. Tudo isso é uma verdadeira revolução digital na hora de se jogar nossos jogos!

Mas claro, não nos esqueçamos que, como bem falou, nem tudo são flores. Muitos desses problemas podem nos atingir, por isso que eu chamo atenção para eles, para evitar que nós aqui soframos por conta destes.

Depois que formos atingidos em cheio não adiantaria reclamar, então é bom se precaver. Depois trago fontes com mais materiais e discussões sobre o mundo gamer atual, acho que vale a pena discutir isso.
 
Prezados, boa noite!



Muito interessante essa discussão. De fato, primeiro é importante destacar que um Gamer não necessariamente terá uma empresa de jogos. São duas coisas distintas. Uma empresa é uma empresa. Um hobby é um hobby. Existe sim Gamer que possuem empresas de jogos, mas precisará de pericias que vão muito além de apenas gostar de jogos para manter a empresa.

Então, chegamos em duas conclusões: para ser gamer precisa gostar de jogos; para ter uma empresa de jogos, não precisa gostar de jogos.

De fato, há muitas pessoas e instituições mais interessadas em ganhar dinheiro do que participar da comunidade gamer. Exatamente por este motivo que os bancos entram no ramo imobiliário, não é em virtude de querer que a pessoa tenha a sua própria casa, mas apenas pela oportunidade de lucrar neste ramo.

Assim, é importante destacar que hoje, no ano de 2019, existem pessoas que podem dizer que sua profissão é "gamer". Profissão essa que era impensável em meados do ano 2000. Não estou falando daqueles que participam da indústria de criar jogos, mas sim aqueles que jogam por profissão, e nesse exemplo inclui os jogadores dos times de League of Legend, Overwatch, Dota 2, Fifa e outros jogos.

Então, respondendo a pergunta do tópico, ser gamer em 2019 é algo bem lucrativo, arriscaria até mesmo a dizer que é melhor do que nos anos anteriores.

No que tange aos males relacionadas à exploração excessiva dos jogadores comuns com o propósito de obter lucro, essa é uma segunda questão. Com efeito, o modelo ditado pela "lei da oferta e demanda" se mostrou ineficiente para regular a economia em um mundo humano, com variáveis não estáticas e desejos de "obter vantagem sobre os concorrentes". Prova disto é que os países ditos como liberais, como o Estados Unidos e grande parte da Europa, possuem uma forte cultura política e legislativa voltada à proteção dos consumidores e das empresas em crescimento, buscando, em especial, evitar a formação de monopólios e oligopólios, dentre outras práticas abusivas de mercado.

A interferência "das pessoas e instituições interessadas em ganhar dinheiro" em nichos como eram os jogos, acabou por transformar o ambiente de "indies" em indústrias de profissionais, que não necessariamente possuem apenas pessoas querendo compartilhar do hobbie, mas também de psicólogos, sociólogos, médicos, publicitários, advogados, administradores, economistas e todas as demais áreas do conhecimento que possam contribuir com a ideia de "exprimir ao máximo o consumidor", seja criando mecanismos que ativam os receptores de prazer e prendam as consumidores através do vício, seja ainda por meio de outros meios de explorar a fraqueza dos consumidores e públicos alvos em busca de um maior lucro, importante destacar que as crianças também estão incluídas como público alvo.

O nicho de entretenimento acabou por se tornar um palco de profissionais que viram em um mercado não regulado a oportunidade de explorar o máximo de lucro em um curto período de tempo, ou seja, até haver adequada regulamentação.

A ideia de que é o consumidor quem dita o mercado é uma ilusão e já foi superado há muito tempo. Na economia, e até mesmo em publicidade, há ramos de estudos específicos sobre o comportamento do consumidor e como influenciar ele. Todo ano, bancos e outras grandes instituições investem cifras de bilhões em marketing e outras pesquisas sobre o consumidor. Até a pouco tempo atrás, no Brasil, estávamos discutindo sobre a alteração de leis relacionada a internet para limitar o fluxo de dados e cobrar valores diferenciados para serviços específicos. Hoje em dia as discussões na Europa são sobre a venda de informações privadas relacionadas aos hábitos de consumo das pessoas, colhidos sem elas saber. Se o mercado fosse tão livre assim, nada disso faria sentido. Se há um investimento tão forte nesse sentido, algum efeito positivo deve estar trazendo aos investidores, e certamente não é o resultado da pesquisa de qualidade.

A dita indústria dos jogos não é um solo sagrado, assim como do cinema, da música, da literatura e qualquer outra, há pessoas preocupadas no desenvolvimento destas "artes" e pessoas interessadas em exprimir o máximo de lucro possível. Se isso é bom ou ruim, não acho que seja a questão aqui, acredito que a questão é: a indústria dos jogos é diferente de alguma outra?



Abraços.​
 
Grande comentário! Excelente, muito bem colocado.

Sim, sim, nem todo mundo que está na indústria são pessoas apaixonadas por fazer jogos que querem entregar as melhores experiências para os seus consumidores. Publishers, acionistas, altos executivos e afins estão nessa indústria por terem visto seu rápido crescimento e pouca regulação como oportunidade de se fazer muita grana.

Isso, claro, trouxe mais dinheiro e investimento para os jogos, mas também todo tipo de prática abusiva onde jogos nada baratos são verdadeiros mercados de monetização de itens virtuais vendidos separadamente, normalmente mascarados por moedas premium que escondem o verdadeiro valor, quando não cassinos com chances mínimas de ganhar, explorando a fraqueza de alguns e compulsão por jogos de azar, entre outros vícios, no fim o jogador tendo gastos que superam muito o valor original dos seus R$200 ou 300 que você já deu por aquele jogo para ter uma experiência final muito pior.

No melhor interesse de proteger os interesses dos jogadores, vejo que a gente chegou a um ponto que essas coisas precisam receber mais atenção, mais pessoas precisam saber o que está havendo e se revoltar com essa situação, mais legislações tem que ser pressionadas para regular, caso contrário vamos ficar ao léu na mão dessas companhias indefinidamente, com a chance deles sempre piorarem, inventarem um sistema cada vez mais abusivo, testando os limites da paciência do consumidor.

Assim como em qualquer mercado, você não quer pagar cada vez mais caro para ter, por exemplo, menos comida, ou uma comida de pior qualidade, da mesma forma não dá para aceitar que nos empurrem coisas piores. A estrada é longa, mas acredito quedo jeito certo é possível explorar esse mercado ganhando muita grana e deixando muita gente satisfeita. Público já se mostrou que tem, agora precisam existir jogos com qualidade a altura do dinheiro de tanta gente.

Um salve para o Dob!
 
Rafael_Sol_MAKER comentou:
[...]
Alguns outros inimigos para a gente colocar lá na lista:

  • Gamers sendo chamados de tóxicos, perseguidos e prejudicados por empresas, publishers e devs (caso Apex Legends, Take Two e casos recentes da Blizzard, respectivamente);
  • Copyright strike falso em criadores de conteúdos e streamers e casos contra o fair use;
  • Mídia anti-gamer em casos específicos que não corroboram com certas agendas (Vide caso acima do Apex Legends, de gamers sendo linchados por empresas e mídias);
  • Exclusividade de conteúdos e modos de jogo (Ex.; COD Modern Warfare no PS4);
  • Exclusividade, mesmo que temporária, comprada (veja o caso da Epic games);
  • DRMs que causam perda de desempenho (problema antigo, admito);
  • Jogos extremamente quebrados no lançamento, patchs de dia um gigantescos, etc.;
  • DLCs “já no disco” e conteúdos cortados propositalmente para serem vendidos a parte;
  • Propaganda enganosa, trailers ou demos falsos que não representam o estado do jogo;
  • Esquemas problemáticos de pré-vendas (a própria ideia de pré-venda já é duvidosa) e afins.

Se eu esquecer de algum favor me avisem. Acredito que tenham mais.
IMO, muitos dos pontos levantados, tanto nesse post quando no tópico principal, não são necessariamente inimigos em sua essência, mas sim sua aplicação individual acaba se tornando.

Entre os pontos dessa resposta eu riscaria, por exemplo, exclusividade temporária da lista. Eu não vejo como isso pode afetar negativamente o consumidor final.
Se você não gosta da Epic, seja por razões práticas ou morais, espere e compre quando sair na Steam.

Já nos pontos do tópico, eu não vejo como inimigos:
  • Jogos como serviço ou sempre onlines; - No caso de jogos multiplayer e Free-to-play.
  • Microtransações e principalmente lootboxes; - É possível fazer do jeito certo. Overwatch e LoL são exemplos.
  • DLCs, passes de temporada, passe de batalha, e conteúdos pagos em geral; - Olhando para uma Blood and Wine (The Witcher), como é possível você citar DLC paga como inimigo? O problema não é ser paga quando vale a pena, mas ser paga quando não condiz com o conteúdo. Já passe de batalha eu acho genial. Não influencia negativamente o jogo de quem não compra e alguns jogos até dão a possibilidade de você recomprar o passe só por jogar o jogo (Fortnite e Apex).
  • A "cultura do cancelamento" e seus desdobramentos; - Isso aqui eu não sei porque exatamente tá nesse tópico já que não é algo da cultura gamer em si. A cultura do cancelamento é uma faca de dois gumes. É uma forma direta de obter respostas/reações de gente que geralmente não se importariam de dá-las. Mas por outro lado é bem manipulável e pode passar dos limites com facilidade.

No final das contas, muitos desses pontos sai da área ética (do estudo prático da moral) e vai pra sua moral individual. Alguns dos pontos que você citou como inimigo (baseado no seu "certo e errado") podem na verdade ser algo bom pro jogo e pro jogador, como o exemplo das DLCs do The Witcher.



PS: O FL citou a GOG em relação à luta contra "Jogos como serviço ou sempre onlines" mas nas verdade a GOG luta contra um mercado anti-consumidor, primariamente por um mercado DRM-free. Coisas como Denuvo, por exemplo, que te obrigam a conectar na internet pra provar que você é dono do jogo... Mas a GOG não tem nada (eu pelo menos nunca vi ou ouvi nada deles) contra jogos online ou jogos como serviço em si, desde que o jogo em questão respeite o consumidor.
 
Salve, Kaw!
Entre os pontos dessa resposta eu riscaria, por exemplo, exclusividade temporária da lista. Eu não vejo como isso pode afetar negativamente o consumidor final. Se você não gosta da Epic, seja por razões práticas ou morais, espere e compre quando sair na Steam.
Bom, eu fui um dos defender a Epic por que ela traz mais competição e conseguiu trazer para o PC jogos que antes eram exclusivos de consoles. Mas mesmo assim sou forçado a concordar que segurar a exclusividade é prática anti-consumidor, afinal está sendo criada uma barreira puramente artificial para impedir que você tenha a capacidade de escolha. Por um certo lado dá para entender um exclusivo de console, mas um jogo multiplataforma ou no caso de PC, que irá sair por múltiplas lojas, ser segurado apenas "porquê", pode nem ser uma coisa tão ruim ou prejudicial, mas vamos concordar que boa e vantajosa também não é.

Acho que o pior agravante agora é o que o novo COD:MW fez e lançou uma modalidade de jogo com exclusividade temporária. Sim, você compra um jogo full e só pode jogar uma parte dele daqui há vários meses ou até 1 ano. Isso é um absurdo sem tamanho, não faz o menor sentido. Ah, se essa moda pega...

No caso de jogos multiplayer e Free-to-play.
Já fiz ressalvas quanto a esses casos. Mas mesmo esses jogos é justo ter planos delineados de quando o jogo irá parar ou os desenvolvedores providenciarem meios de deixar que o jogo possa funcionar em LAN ou servidores privados, seria o ideal. O que não concordo são os benditos DRMs para o jogo só funcionar online, mesmo sendo ou tendo modo singleplayer. Um belo dia eles desligam o servidor, e você, o trouxa que pagou para ter o jogo, perde o acesso a ele por que o controle do funcionamento do jogo não está em suas mãos. O famoso você paga, mas não leva.

É possível fazer do jeito certo. Overwatch e LoL são exemplos.
Microtransações em jogos free, sim, apoio 100%. Lootboxes, nem ferrando. LoL até que faz algo razoável, pois permite que você possa trocar caso receba algo que não queira ou precise. Acredito que para mecânicas aleatórias, elas podem ser colocadas para serem apenas recebidas via gameplay, enquanto o que for pago, você deve saber exatamente o que está comprando e por quanto. Qualquer coisa fora disso é vender promessas e fica ruim de defender, mesmo que façam de uma forma razoável

Olhando para uma Blood and Wine (The Witcher), como é possível você citar DLC paga como inimigo? O problema não é ser paga quando vale a pena, mas ser paga quando não condiz com o conteúdo.
Olha, eu não nasci ontem, o que você tá chamando de DLCs de TW3 é o que nos 90 ou 00 chamariam de expansões. Ou seja, novas campanhas, com muitas horas novas de jogabilidade.

O problema é que o termo DLC é um guarda-chuva que pode abranger qualquer coisa, desde um personagem ou skin, até uma campanha que dá praticamente outro jogo. DLCs podem ser abusivas quando vendem uma coisa pequena, mas que todo mundo quer, por um preço absurdo, ou então quando é algo que é claramente tirado como parte da experiência completa do jogo, para ser vendido a parte. (Agora DLC que nem download precisa ser feito, já tá no disco, só a Capcom mesmo kkkkk)

Já passe de batalha eu acho genial. Não influencia negativamente o jogo de quem não compra e alguns jogos até dão a possibilidade de você recomprar o passe só por jogar o jogo (Fortnite e Apex).
Com certeza se feito da maneira certa, é ideal e muito interessante, especialmente para jogos free-to-play como estes.

Isso aqui eu não sei porque exatamente tá nesse tópico já que não é algo da cultura gamer em si.
Essa tal "cultura do cancelamento" não está ligada diretamente aos gamers, mas pode atingir a comunidade gamer, ou de comics, otakus, filmes, etc. e praticamente qualquer um de uma sub-cultura da internet relacionada a essas. De toda forma isso já faz parte da realidade de muitas discussões, então é bom deixar o alerta ligado pois esse é um fenômeno social muito complexo que pode atingir a qualquer momento qualquer um, principalmente criadores de conteúdo e afins (isso inclui devs, streamers ou reviewers, jogadores de e-sports)

Alguns dos pontos que você citou como inimigo (baseado no seu "certo e errado") podem na verdade ser algo bom pro jogo e pro jogador, como o exemplo das DLCs do The Witcher.
Eu não estou falando aqui a minha opinião, julgando coisas com certas ou erradas ou outro juízo de valor, ao menos não é essa a intenção; estou aqui apenas para apontar onde há claras práticas anticonsumidor, no caso de empresas, ou antigamers no caso da mídia ou fenômenos sociais. O que eu acho disso que estou colocando aqui é só que essas coisas precisam ser expostas e as pessoas tem que decidir se acham elas aceitáveis ou não.

Então em nenhum momento fui contra coisas claramente boas, como as expansões com muito mais horas jogo a um preço justo, como no caso de The Witcher que você citou de exemplo, então não misture as coisas. Onde os desenvolvedores são justos e transparentes e não sacaneam a experiência do jogador de propósito em troca de lucro, na verdade estou é aplaudindo de pé, pois hoje em dia eles parecem ser a exceção e não mais  a regra.

No mais, outro <3 para a GOG que eles merecem. A CD Projekt Red sabe o que faz, hoje em dia com uma EA ou uma Activision da vida, eles acabam sendo heróis no nosso meio.
 
Rafael_Sol_MAKER comentou:
Bom, eu fui um dos defender a Epic por que ela traz mais competição e conseguiu trazer para o PC jogos que antes eram exclusivos de consoles. Mas mesmo assim sou forçado a concordar que segurar a exclusividade é prática anti-consumidor, afinal está sendo criada uma barreira puramente artificial para impedir que você tenha a capacidade de escolha. Por um certo lado dá para entender um exclusivo de console, mas um jogo multiplataforma ou no caso de PC, que irá sair por múltiplas lojas, ser segurado apenas "porquê", pode nem ser uma coisa tão ruim ou prejudicial, mas vamos concordar que boa e vantajosa também não é.

Acho que o pior agravante agora é o que o novo COD:MW fez e lançou uma modalidade de jogo com exclusividade temporária. Sim, você compra um jogo full e só pode jogar uma parte dele daqui há vários meses ou até 1 ano. Isso é um absurdo sem tamanho, não faz o menor sentido. Ah, se essa moda pega...
Então, acho que não consegui deixar o texto claro, mas eu não falava de exclusividade "total", e sim da exclusividade temporária.

Concordo plenamente que exclusividade é sim uma prática anti-consumidor, inclusive as de console.
Ser obrigado a comprar todos consoles do mercado pra poder ter acesso à qualquer jogo ou poder jogar com qualquer amigo é ridículo.
Já no caso de uma exclusividade temporária de jogo, não vejo como algo exatamente anti-consumidor pois você não é obrigado a pagar e jogar em outra plataforma que você não deseja. Você só vai precisar ser paciente.

Agora, exclusividade "total" (jogos como GoW, TLoUs, Gears, Forza etc.) e agora essa palhaçada que é a exclusividade temporária de feature é de longe uma prática anti-consumidor, pois obriga o mesmo a fazer algo que ele talvez não queira fazer caso queira ter acesso ao jogo ou à feature.

Rafael_Sol_MAKER comentou:
Já fiz ressalvas quanto a esses casos. Mas mesmo esses jogos é justo ter planos delineados de quando o jogo irá parar ou os desenvolvedores providenciarem meios de deixar que o jogo possa funcionar em LAN ou servidores privados, seria o ideal. O que não concordo são os benditos DRMs para o jogo só funcionar online, mesmo sendo ou tendo modo singleplayer. Um belo dia eles desligam o servidor, e você, o trouxa que pagou para ter o jogo, perde o acesso a ele por que o controle do funcionamento do jogo não está em suas mãos. O famoso você paga, mas não leva.
Sim, concordo.

Rafael_Sol_MAKER comentou:
Microtransações em jogos free, sim, apoio 100%. Lootboxes, nem ferrando. LoL até que faz algo razoável, pois permite que você possa trocar caso receba algo que não queira ou precise. Acredito que para mecânicas aleatórias, elas podem ser colocadas para serem apenas recebidas via gameplay, enquanto o que for pago, você deve saber exatamente o que está comprando e por quanto. Qualquer coisa fora disso é vender promessas e fica ruim de defender, mesmo que façam de uma forma razoável
Então, Overwatch não é um jogo free e mesmo assim as lootboxes dele não atrapalham em absolutamente nada quem não gasta dinheiro no jogo.
Tenho minha conta da Battle.net há anos, nunca gastei 1 centavo com lootbox do Overwatch, e hoje tenho praticamente todas skins que eu queria ter na época que eu jogava, e isso só de jogar, passando de level e participando nos eventos.

Por isso eu digo que tem que saber fazer. Quanto mais longe as empresas passarem do exemplo dado pela EA com o Star Wars Battlefront 2, melhor.

Rafael_Sol_MAKER comentou:
Olha, eu não nasci ontem, o que você tá chamando de DLCs de TW3 é o que nos 90 ou 00 chamariam de expansões. Ou seja, novas campanhas, com muitas horas novas de jogabilidade.

O problema é que o termo DLC é um guarda-chuva que pode abranger qualquer coisa, desde um personagem ou skin, até uma campanha que dá praticamente outro jogo. DLCs podem ser abusivas quando vendem uma coisa pequena, mas que todo mundo quer, por um preço absurdo, ou então quando é algo que é claramente tirado como parte da experiência completa do jogo, para ser vendido a parte. (Agora DLC que nem download precisa ser feito, já tá no disco, só a Capcom mesmo kkkkk)

Se a gente voltasse para o conceito de expansões, uma coisa fica bem clara, nem todo jogo isso iria funcionar ou ser interessante para os devs por diversos motivos, Uma pena.
EXATAMENTE, você não poderia ter colocado melhor.
Eu citei a expansão do The Witcher pois você não foi específico quando listou DLCs, mas faço de suas palavras as minhas.

Usando The Witcher como exemplo mesmo, as DLCs pequenas são TODAS de graça.
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Isso sim eu concordo e acho que deva ser inventivado e defendido. Agora, DLCs in-disk (Capcom pra sempre nas memórias) ou coisas como uma fucking armadura de cavalo num jogo SINGLE-PLAYER, jesus cristo... Parece até uma piada de mal gosto.

Rafael_Sol_MAKER comentou:
Essa tal "cultura do cancelamento" não está ligada diretamente aos gamers, mas pode atingir a comunidade gamer, ou de comics, otakus, filmes, etc. e praticamente qualquer um de uma sub-cultura da internet relacionada a essas. De toda forma isso já faz parte da realidade de muitas discussões, então é bom deixar o alerta ligado pois esse é um fenômeno social muito interessante e complexo que pode atingir a qualquer momento qualquer um, principalmente criadores de conteúdo e afins (isso inclui devs, streamers, jogadores de e-sports)
Justo. Sou a favor da conscientização geral. Ficar out of the loop é ruim pra todo mundo.

Rafael_Sol_MAKER comentou:
Eu não estou falando aqui a minha opinião, julgando coisas com certas ou erradas, estou apenas apontando onde há claras práticas anticonsumidor, no caso de empresas, ou antigamers no caso da mídia ou fenômenos sociais. O que eu acho ou não disso que estou colocando aqui é só que essas coisas precisam ser expostas e as pessoas tem que decidir se acham elas aceitáveis ou não.

Então em nenhum momento fui contra coisas como boas expansões com muito mais horas jogo a um preço justo, como no caso de The Witcher que você citou de exemplo, então não misture as coisas. Onde os desenvolvedores são justos e transparentes e não sacaneam a experiência do jogador de propósito em troca de lucro, na verdade estou é aplaudindo de pé, pois hoje em dia eles parecem ser a exceção e não mais  a regra.

No mais, outro <3 para a GOG que eles merecem. A CD Projekt Red sabe o que faz, hoje em dia com uma EA ou uma Activision da vida, eles acabam sendo heróis no nosso meio.
Entendo. Quis apontar só que, tanto pra você, pra mim ou pra qualquer um lendo esse tópico, os pontos podem ou não condizirem com seu apontamento de "inimigo" e que no final das contas cada um deve analisar seu próprio ponto de vista pra chegar numa conclusão, no sentido de que o uso da palavra "inimigo" que me causou esse sentimento.

De qualquer forma, é importante realmente levantar discussões sobre essas coisas.



E, sim, a CD Projekt ta dando aula.
Sinceramente, hoje, se tem uma companhia que consegue me fazer comprar um jogo na pré-venda sem peso na consciência, é ela.
 
Excelente. Por sinal, parece que reclamar no fim das contas dá certo. Vejam essas duas "boas" notícias recentes...

https://www.youtube.com/watch?v=ZWdaryu55-s

https://www.youtube.com/watch?v=CZOqPTXX_0k
 
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