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- Core32

Senhor da Guerra: Ato III

ドーベルマン

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O cão.
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29 de Março de 2017
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Os orcs permaneceram por alguns minutos apenas se encarando, quando aquele vestindo uma capa cor-de-areia toma a iniciativa e caminha em direção a Gorbold. Você está invadindo o território dos Areiapele. Você não tem direito de caçar nessas areias, orc.

Em fúria, Gorbold bate seu pé no chão, abre seus braços e lança um rugido tão alto quanto poderia, o que fez o caçador interromper a sua marcha, em seguida, bradou: Eu abati essa presa, esse é meu direito de guerra! Você não tomará ela de mim tão facilmente.

Gorbold sabe que está diante de mais um batalha inevitável, então pega um punhado de areia do chão e joga sobre o seu corpo para esconder o machucado do braço direito e secar o suor. Observando esse movimento, o Areiapele abre a capa e revela um corpo musculoso coberto de cicatrizes, seus cabelos e barba acinzentada e um machado reluzente em sua cintura: Diga-me, orc, qual é o seu clã e o que faz nessas areias?

Eu sou Gorbold do clã...
relutou por alguns segundos e então completou: Mãonegra! Estou cruzando o deserto e não pretendo permanecer por muito tempo então fez outra pausa para observar a reação do Areiapele o qual se manteve em uma posição estática: lança erguida e com uma das mãos sobre o cabo do machado.

Após observar Gorbold por alguns segundos, o Areiapele arremessa um odre perto do orc, o qual, sem controle de seus instintos, avança sobre o objeto e dá um grande gole na água, contudo, percebendo que o odre já estava pela metade, contém-se.

Essa sabriena é grande demais para um só orc comer, além do mais, não é sábio entrar em lutas desnecessárias disse o Areiapele. Em resposta, Gorbold resmungou: o que sugere então? o Areiapele coça o queixo, olha em volta e examina a posição do sol, toma algum tempo e então responde: é suicídio ficar neste deserto desabrigado durante a noite. Sugiro procurarmos abrigo e partilhar a sabriena.

Contrariado, Gorbold se sente obrigado a concordar com o Areiapele, devolve o odre ainda com água e se posiciona para erguer a sabriena. Rumaram pelo deserto que parecia ser um terreno bem conhecido do Areiapele, e, antes mesmo de o sol descer por completo, encontram uma caverna aonde decidiram passar a noite.

Mãonegra? Nunca ouvi falar do seu clã, além do mais, que tipo de clã usa mão negra como nome? provoca o Areiapele, olhando em seguida para Gorbold e, diante da feição séria do orc, tenta uma abordagem diferente: pela cor da sua pele, sei que você não é desse deserto. Não são muitos orcs que viajam sozinho por aqui, principalmente andando nesse caminho, Gorbold, o que você busca no deserto?

Gorbold cogita ficar em silêncio, porém retruca: não vejo mais nenhum Areiapele ao seu lado, eu poderia dizer o mesmo de você desconcertado, o orc olha fixamente para a fogueira improvisada que fizeram para assar a carne da sabriena, e por alguns segundos fica em silêncio.

Kroggar, o chefe guerreiro dos Areiapeles, teve uma visão. Ele viu todas as tribos de orcs marchando sobre um mesmo estandarte. Ele acreditava que isso iria salvar essa terra, e a nós. No dia seguinte, ele reuniu os melhores guerreiros, e ao invés de iniciar uma campanha de guerra, como já estava previsto, ele decidiu que iria visitar todos os outros chefes guerreiros dos clãs orcs para contar do seu sonho e forjar uma aliança.

Enquanto escutava, Gorbold retira um naco da coxa da sabriena e mastiga. Entre uma mordida e outra, resmunga: ele nunca conseguirá interrompendo o Areiapele, que olha seriamente para Gorbold, e, após, dá de ombros. Gorbold então continua: E por que você não está acompanhando o seu chefe guerreiro?

Eu estava. Viajamos por algumas semanas na direção dos clãs ao norte, porém fomos atacados e dizimados em uma emboscada. Eu sou o único sobrevivente desta campanha
disse o Areiapele com uma expressão triste enquanto olhava para o suas mãos, então, escondendo suas emoções por detrás de um rosto grosso e enrugado, ele continuou: ouvi dizer que no sul estão recrutando guerreiros de todos os lugares para uma grande campanha de guerra, por que você não vem também?

Curioso, Gorbold questiona No sul? Qual clã? rapidamente o Areiapele responde: nenhum clã de orcs, são fanons, e, pelo que ouvi, eles estão travando campanhas de guerra entre si no outro lado do mar Gorbold fica apenas observando o orc por alguns segundos: Fanons não tem honra. Você vai deixar sua honra e seu clã de lado para lutar a guerra deles? Que orc é você?

As palavras de Gorbold atravessaram o Areiapele como uma faca, trazendo novamente o semblante tristonho: Que tipo de orc deixa seu chefe guerreiro para a morte? Se eu não voltar para o clã, serei considerado honrado por ter morrido em combate, se eu voltar, certamente morrerei como um traidor.

Contra aqueles argumentos, Gorbold não tinha palavras, e por alguns minutos o silêncio reinou naquela caverna, ouvia-se apenas o crepitar das lenhas na fogueira, até que Gorbold resolve falar: Fulgur! Estou atrás de Fulgur.

Fulgur?... Ah, já entendi, você é mais um exilado em busca de redenção
o Areiapele balança a sua cabeça de forma negativamente: Você já viu ele? Ou conhece alguém que o esteve caçado? Sabe algo a seu respeito?

A pergunta espanta e irrita Gorbold pois lhe faz perceber que não sabe nada sobre a criatura. Esteve tão preocupado em buscar um novo propósito para a sua vida que esqueceu de detalhes importantes para a sua jornada, detalhes estes que só agora passavam por sua cabeça: não... apenas o que as histórias dizem.

Cabisbaixo e decepcionado consigo mesmo, Gorbold encara a fogueira.

Foi na décima oitava noite. Encontramos uma grande pedra e decidimos montar acampamento perto dela enquanto viajávamos para o norte. Kroggar me escolheu como sentinela, já havíamos realizado várias campanhas juntos. O deserto estava calmo e de repente eu ouvi um grande estrondo vindo do acampamento.

Em quantos eles vieram?
Gorbold questiona, e o Areiapele, após uma pausa dramática, responde: Apenas um. Quando eu me virei para olhar para o acampamento ele já estava tomado pelo fogo, e no meio das chamas, olhando diretamente para a minha alma, aqueles dois globos alaranjados me fitavam, meu corpo então foi tomado por um pavor incontrolável que me fez correr por dois dias para o mais longe possível. Nem mesmo a dor e o cansaço conseguiram me fazer parar de correr.

Apenas um orc dizimou sua campanha?
descrente, questiona Gorbold. Não foi um orc, foi Fulgur responde o Areiapele.



... Continua.
 
Última edição:
Por pouco, já estava preocupado com Gorbold e com o quanto ele estava cansado e despreparado para uma nova batalha. Mas, me surpreendi positivamente em descobrir que o Areiapele era apenas um vagante desvirtuado, como ele. E esse Fulgur realmente é aterrorizante! Eu estava aguardando ansiosamente por este terceiro ato e agora aguardarei da mesma forma pelo quarto!

Não demore muito, dogão! Pois está tudo muito incrível e cativante. ?
 
A ambientação que você está construído pouco a pouco tem me cativado, e agora me vejo cada vez mais querendo saber o destino desses dois. Bom trabalho, meu grande [member=1349]Dobberman[/member] , e não nos deixe na seca por tanto tempo que nem antes!  ::P:
 
Prezados, bom dia!


[member=2745]Eliyud[/member]
Obrigado pelos elogios.
A minha intenção é lançar de forma periódico, a ideia é publicar um novo ato a cada duas semanas, pelo menos.


[member=225]Lord Wallace[/member]
Sinto-me lisonjeado com suas palavras.
Ademais, deixar na seca fez parte da estratégia de marketing e ambientação, já que a história se passa no deserto ( ^^').


Obrigado pelos comentários, são muito importante para mim.


Abraços.
 
Achei que o Areiapele fosse bater no Mãonegra :x UFA gostei muito que ele ofereceu abrigo e partilhou a água!!! Estava me dando agonia esse orc sem comida e sem água se matando no deserto ;-;
Porém, CATAPIMBAS esse Fulgur é o bichão mesmo! Quem brinca com fogo acaba se queimando não é? ANSIOSA PRA LER O RESTO

P.S.: Deu até calor esse orc abrindo a capa
 
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