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Serj Dorvius, o Rei Imortal

NolanHawk Masculino

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06 de Dezembro de 2018
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Serj Dorvius
O Rei Imortal​

Havia um reino a muito esquecido, que pela ira dos Deuses foi destruído. Seu rei, honrado da cabeça até a sola dos seus pés descalços, desafiou-os pelas injustiças do passado. "Mas que injustiças?" Pergunta você a este bom contador. E eu o respondo: " Tem a ver com a dor, a perda e a cobiça"

Serj Dorvius, o primeiro do seu nome, era um bondoso rei, mas não cabe a nós saber o nome do seu reino. Ele era um rei digno, justo e amoroso com o seu povo. Não cobrava altos impostos e nunca abusou de seu poder. Tal rei tinha uma linda filha, uma mulher de longos cabelos negros e olhos tão penetrantes quanto a mais afiada lança, de nome Dennera, sua flor e maior fonte de orgulho.

Um dia, quando sua filha completou dezesseis anos, Serj recebeu a visita de um Deus que acabou por não se identificar, ou seja, não falou seu nome. Que ele era uma divindade, não era possível duvidar, já que até o ar em sua volta estalava de pura estática e seus olhos apresentavam algo semelhante à pedras preciosas, marca dos Deuses.

O rei se sentiu abençoado. Um Deus visitando um reino era sinal de prosperidade. Uma honraria sem tamanho, digna de banquetes e celebrações. Mal sabia o pobre homem que era ali que começava seu calvário e a perdição de seu reino. Mas quem poderia imaginar…

O Deus, pouco tempo após sua chegada, logo botou o olho na belíssima Dennera, que se prostrava ao lado do Rei. Com uma voz tão rouca e grave como qualquer trovão, ele se dirige ao mortal a sua frente, apontando ao mesmo tempo para a mulher ao seu lado.

— Ela é a sua filha? — o Rei responde com um acenar de cabeça, uma sensação ruim se apossando dentro de suas entranhas.

— Eu a quero. — uma frase tão simples, mas com tanto poder. Não houve uma única pessoa no salão real que não ficou boquiaberto com tais palavras jogadas de forma tão leviana. A única filha de Serj, cobiçada por um Deus. Grande parte dos humanos se sentiria nas nuvens por tal honraria, mas não ele. Dennera era a única filha que ele teve com a sua única esposa e sua existência era de uma importância incomensurável para o governante. Por isso ele suplicou:

— Por favor, grande divindade. Ela é meu tesouro mais precioso. Meu maior orgulho. Não o posso fazer. Escolha qualquer coisa, até minha vida você pode levar, mas não a tire de mim.

O Deus não se apiedou pelos pedidos do homem e permaneceu firme ao seu pedido e com sua retumbante voz, continuou a falar:

—Ainda é tempo de se arrepender Rei Serj Dorvius, primeiro de sua linhagem. Encontre-me no topo da Montanha dos Sepultados, ao norte do seu reino, você sabe bem onde é. Leve-a para mim em sete dias ou sofra as consequências.

Depois de proferir tais palavras, o Deus se voltou a saída e andou vagarosamente. Seus passos ressoando pelo salão que estava envolto em um fúnebre silêncio. Quando enfim o ser divino saiu dos domínios do castelo, foi que Serj caiu em si. Primeiro, desesperou-se, depois, inteligente como era, se pôs a pensar. Sete dias lhe foi dado e nesses sete dias ele arranjaria uma forma de convencer a divindade à mudar de ideia, ele estava certo disso.

Ele se dedicou com todas as suas forças a esta tarefa. Tesouros foram reunidos. Relíquias de eras longínquas encontradas. Frutos raros e de difícil acesso colhidos. Tudo para agradar o divino pedinte. Vidas foram perdidas, sim, foram, mas o Rei não se importava, não podia deixar levar sua única filha. No dia requisitado pelo Deus, sozinho Serj sobe a montanha e tão sozinho quanto qualquer homem pode estar, se encontra com o divino. Percebendo que ele não havia seguido o recomendado à ele, o Deus balança a cabeça em negação.

— Você não escutou meu aviso… Mas ainda tem tempo, traga-a para cá e eu esquecerei essa desfeita. - e mais uma vez o Rei se negou:

— Não posso. Eu não consigo, ó poderosa existência.

— Pensei que diria isso… — disse o ser de trovoósa voz. Olhe para a sua linda terra. — e apontava para a direção do reino. O Rei olhou e não acreditou no que viu. Vindas de várias direções, grandes nuvens negras começaram a se juntar bem acima da construção que centralizava aquela terra, o Palácio Real.

Por não ter me me dado o que eu queria. Presencie a perda de tudo o que você têm.

Com um gesto frívolo do ser de supremo poder, as nuvens negras que agora cobriam todo o reino começaram a despejar incessantemente descargas elétricas que atingiam sem piedade alguma o solo, construções, pessoas. Sem distinção alguma. Aquele show de horrores perdurou por alguns minutos, onde Serj viu, como o mais boquiaberto dos homens, a morte de todos os seus súditos, de sua família, inclusive de sua filha e da total destruição de um lugar que um dia foi seu para cuidar.

— Por sua negação de perder uma coisa, perdeu tudo. O que você acha? — O Rei ficou sem palavras, o choque era tanto que a fala o abandonou.

— E agora, lhe darei a imortalidade de um Deus. Ligarei sua vida a minha e enquanto eu viver, você viverá também. Você existirá amargamente pelas eras, não sentirá nem fome ou sede e nenhuma arma mortal poderá te matar. Viva essa vida neste eterno pesar.

E com outro estalo, o Deus sumiu da vida daquele homem que um dia teve tudo o que queria, mas agora não tinha absolutamente nada. Ele que havia sido um homem altivo em sua juventude, se tornou velho mesmo sem poder envelhecer. Acabado como sua cidade. Envolto em pesar e agonia. A procura da morte que nunca chegaria a ele, a menos que o Deus que o amaldiçoou morresse. Essa é a história de Serj Dorvius, o Rei e único morador de um reino em ruínas, imortal e para sempre triste.​
 
Gosto bastante do conceito deste rei imortal, mas acho que falta uma moral da história, creio que quase toda boa história tem uma moral. Aqui seria: Ele pagou o preço por não abrir mão do que ama? Sacrifícios pessoais são necessários pelo bem maior? Acho que falta explorar mais isso.

Quanto à escrita em si, creio que usa muitas palavras e descrições desnecessárias.

Serj Dorvius, o primeiro do seu nome, era um bondoso rei, mas não cabe a nós saber o nome do seu reino. Ele era um rei digno, justo e amoroso com o seu povo. Não cobrava altos impostos e nunca abusou de seu poder. Tal rei tinha uma linda filha, uma mulher de longos cabelos negros e olhos tão penetrantes quanto a mais afiada lança, de nome Dennera, sua flor e maior fonte de orgulho.

Um dia, quando sua filha completou dezesseis anos, Serj recebeu a visita de um Deus que acabou por não se identificar, ou seja, não falou seu nome. Que ele era uma divindade, não era possível duvidar, já que até o ar em sua volta estalava de pura estática e seus olhos apresentavam algo semelhante à pedras preciosas, marca dos Deuses.

Repetiu "rei" diversas vezes, repetição é algo para ser evitado ao máximo.
Porque não cabe a nós saber o nome do reino? Nós quem? Pra que essa frase? Pra que citar algo que não vai dizer o que é e não vai apresentar um motivo?
"Acabou por não se identificar, ou seja, não falou o seu nome." Essa é uma afirmação totalmente desnecessária, será mesmo que o leitor não sabe que quem não se identifica é porque não diz quem é?

No geral tem várias coisas que pode trabalhar e melhorar na escrita, mas o conceito da história é legal.
 
night walker comentou:
Gosto bastante do conceito deste rei imortal, mas acho que falta uma moral da história, creio que quase toda boa história tem uma moral. Aqui seria: Ele pagou o preço por não abrir mão do que ama? Sacrifícios pessoais são necessários pelo bem maior? Acho que falta explorar mais isso.

Quanto à escrita em si, creio que usa muitas palavras e descrições desnecessárias.

Serj Dorvius, o primeiro do seu nome, era um bondoso rei, mas não cabe a nós saber o nome do seu reino. Ele era um rei digno, justo e amoroso com o seu povo. Não cobrava altos impostos e nunca abusou de seu poder. Tal rei tinha uma linda filha, uma mulher de longos cabelos negros e olhos tão penetrantes quanto a mais afiada lança, de nome Dennera, sua flor e maior fonte de orgulho.

Um dia, quando sua filha completou dezesseis anos, Serj recebeu a visita de um Deus que acabou por não se identificar, ou seja, não falou seu nome. Que ele era uma divindade, não era possível duvidar, já que até o ar em sua volta estalava de pura estática e seus olhos apresentavam algo semelhante à pedras preciosas, marca dos Deuses.

Repetiu "rei" diversas vezes, repetição é algo para ser evitado ao máximo.
Porque não cabe a nós saber o nome do reino? Nós quem? Pra que essa frase? Pra que citar algo que não vai dizer o que é e não vai apresentar um motivo?
"Acabou por não se identificar, ou seja, não falou o seu nome." Essa é uma afirmação totalmente desnecessária, será mesmo que o leitor não sabe que quem não se identifica é porque não diz quem é?

No geral tem várias coisas que pode trabalhar e melhorar na escrita, mas o conceito da história é legal.

Vc está certo, esse é um texto sem revisão e ele é só uma pequena história de background. Esse personagem vai acabar aparecendo na história principal e lá vai ser melhor desenvolvido. Obrigado pela opinião irmão.
 
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