Bom dia, galera, comecei a discutir isso num tópico com todas as desgraças que acometem nosso meio gamer / dev indie.
A notícia é boa, mas há muitas facetas, não pode ser na base do libera tudo / proíbe tudo. Vou pontuar o nosso caro [member=1211]Joseph Poe[/member] aqui:
Joseph Poe comentou:
1) A maioria dos jogos de hoje tem restrição de idade, poucos são - de fato - voltados às crianças. Se os protótipos de gente por lá estão gastando fortunas a culpa é dos pais que não estão de olho.
2) Tanto brigam quando o governo tenta regular a indústria, mas agora estão deixando uma brechinha pra ele entrar. Qual a possibilidade disso não criar problemas no futuro? Daqui há pouco vão falar em reduzir o nível de violência, aí já viu. Antigamente usavam sanguessugas para curar doenças. A intenção era boa, mas, né?
3) Isto aqui, sim:
Murdoch called on game publishers to ban games whose loot boxes encourage children to gamble, as well as to introduce spending limits, tell players the odds of receiving each item before they buy a loot box, and "Support parents by increasing their awareness on the risks of in-game spending".
Mas como fazer isso sem deixar as sanguessugas chegarem? Boicotar ajuda, mas não resolve. Sempre vai ter um ou outro em algum lugar gastando dinheiro com estes jogos pra depois reclamar no
Twitter quando pegar um item ruim na roleta. O jeito é fazer barulho. Manchar o nome das empresas e desenvolvedores responsáveis. Toda vez que um jogo sair com essas mecânicas, um sino devia tocar nas igrejas e a foto do maldito desenvolvedor que deu a ideia devia ser projetada no maior prédio da cidade.
1. A maioria sim, mas não todos. O problema maior são justamente esses. Um bom exemplo é o NBA 2k20, que é um cassino ambulante, e foi classificado para crianças jogarem. Enquanto Pokemon, um joguinho de chance com uma moeda virtual, ganha classificação etária bem mais alta. Tem reclamação disso por toda a internet, inclusive suscitou um escândalo de corrupção envolvendo os órgãos de classificação etária. Tem mais caroço nesse angu do que muitos imaginam... Ah e claro, jogos com classificação para adolescentes a mesma coisa, essas mecânicas deveriam ser para jogos 18+ apenas.
2. Tecnicamente já controla a indústria, tem essa não, meu caro. Se quiserem banir seu jogo por whatever motivo, já fazem isso pelo mundo todo, tanto de países como a Alemanha até lugares extremos como a China. Aqui no Brasil, o Ministério da Justiça é quem faz a classificação do conteúdo audiovisual, quer mais controle do que isso? A solução é ser um órgão independente, e/ou claro, se limitar a dar uma classificação
indicativa somente, não cabendo ao órgão censurar, apenas dizer uma faixa recomendada.
A discussão da violência nos jogos de fato pode ser trazida em pauta, e claro que há muita desinformação dos tapados no governo, mas isso é assunto para outra hora, eles não podem proibir um jogo de forma tão arbitrária (a famosa censura) e escapar ilesos tão facilmente hoje em dia.
3. Concordo que o que tem que ser trabalhado é cada vez mais a conscientização dos pais e responsáveis, queimar as empresas na praça por práticas gananciosas e abusivas ( tem funcionado!) e continuar fazendo barulho, rume isso para uma regulamentação governamental ou não, é preciso que mais gente conheça e discuta o tema.
Eu acho que já demos uma chance pra indústria se regular sozinha e o resultado disso qual foi, agora temos que fazer pressão com os meios que temos, e se o caso for, pressão governamental para manter as empresas pilantras na linha. No fim quem tem que sair perdendo são elas e não a gente.