Singelo Vestido
O azul forte daquele teu singelo vestido
Me traz recordações de manhãs infantes,
Daquele teu sorriso tímido, enrustido,
De quando corríamos pelas vielas, tal como dois aspirantes.
Em direção ao bosque próximo ao povoado,
Para deitar sobre a densa grama verdejante.
Aquele lugar, por nós, era tão afeiçoado.
O céu azul que nos cobria, me fazia viajante.
Viajava para além-mundo, além-mar...
Partia rumo ao horizonte, até onde a vista não alcança,
Fechava meus olhos e sentia o vento me abraçar.
Éramos viajantes, me sentia livre, era uma criança.
Viajava para além-sol, além-tudo...
Vagava onde o homem nunca alcançou.
Virava por instantes, cego, surdo e mudo.
Mirava naquela andorinha, que de longe, bateu asas e voou.
O azul forte daquele teu singelo vestido
Me anuncia refúgio, me anuncia esperança
Traz a tona uma infância que se eu nunca tivesse tido
Sofreria sem o prazer de possuir esta lembrança.
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O azul forte daquele teu singelo vestido
Me traz recordações de manhãs infantes,
Daquele teu sorriso tímido, enrustido,
De quando corríamos pelas vielas, tal como dois aspirantes.
Em direção ao bosque próximo ao povoado,
Para deitar sobre a densa grama verdejante.
Aquele lugar, por nós, era tão afeiçoado.
O céu azul que nos cobria, me fazia viajante.
Viajava para além-mundo, além-mar...
Partia rumo ao horizonte, até onde a vista não alcança,
Fechava meus olhos e sentia o vento me abraçar.
Éramos viajantes, me sentia livre, era uma criança.
Viajava para além-sol, além-tudo...
Vagava onde o homem nunca alcançou.
Virava por instantes, cego, surdo e mudo.
Mirava naquela andorinha, que de longe, bateu asas e voou.
O azul forte daquele teu singelo vestido
Me anuncia refúgio, me anuncia esperança
Traz a tona uma infância que se eu nunca tivesse tido
Sofreria sem o prazer de possuir esta lembrança.
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