CleanWater comentou:
Engraçado, acabei de postar que fiquei em 3º lugar em um concurso de jogos, praticamente ao mesmo tempo que vc postou aqui sobre troféus. Será sintonia de pensamentos? :XD:
Sinceramente, acho que todos temos que aprender a lidar tanto com a derrota, como também com a vitória. O problema é que a vida é injusta. Nem sempre o prêmio vai de fato para o melhor.
Mas a premiação em concursos é algo bem relativa ao meu ver. Quem perdeu, pode aprender com sua derrota. Quem não foi reconhecido, também pode aprender com essa falta de reconhecimento. A experiência também pode ser um prêmio.
Quem ganhou, não vai ser vencedor o resto da vida. Vai chegar um momento que a pessoa vai perder, ou não ser reconhecida pelo seu esforço, e vice-versa, indefinidamente...
Acho válido prêmios de consolação (apesar de eles não consolarem em nada :XP
.
Mas também acho válido não ter prêmio algum pra quem não venceu.
Em todo caso, o sábio sempre tem uma lição pra abstrair do ocorrido. :awesome:
O fato de o prêmio nem sempre ir para o melhor é tanto certo quanto subjetivo. Se é uma competição com regras claras ou se é o jogo da vida, onde a única regra é que não há regras. Quando não há regras, ser injusto é parte do jogo. Ser justo é uma decisão pessoal, você não sendo pode ficar bem para os outros, mas para si mesmo? Sim, você pode ser justo sempre, mas saiba que nem todos vão ser.
Se quem ganhou não vai ser vencedor o resto da vida, talvez isso dependa na maioria das vezes da pessoa, se ela se contenta com uma única vitória e não quer buscar mais que isso, ou se alguma pedra de impedimento entra na sua vida e barra seu caminho para futuras vitórias. Apesar de que o segundo caso é bem mais normal na vida, porque aquele que venceu uma vez ele venceu porque não desistiu, então depois de vencer ele vai desistir?
A experiência não é um mero prêmio de participação. Pode parecer que todos ganham, mas não é algo que você recebe por apenas ter entrado lá. Você não ganha experiência, você conquista, por isso não é um prêmio de participação. Prêmios de participação não são conquistados, são dados. Essa é a grande diferença.
Rafael_Sol_MAKER comentou:
Eu já ia falar um monte de coisa aqui, mas o Clean matou a charada.
O maior prêmio que a pessoa pode ganhar, em qualquer empreitada que faz na vida, é a experiência. Prêmios brilhantes de vencedor ou de consolação são apenas afago no ego dos competidores, só dão um pouco de bragging right (direito à se gabar) por um tempo e nada mais. Se eles são justos? Provavelmente sim, mas cabe aí ao tipo de competição. Em algumas competições quem perde ganha de troféu a morte, e aí?
Reconhecimento sim é um prêmio bem melhor que uma medalha ou uma grana/bem material. No fundo a medalha ou troféu representa isso. Já o prêmio, não vou dizer que é ruim, mas está longe de ser o mais importante. O prêmio se vai, mas o conhecimento e experiência que você ganhou ficam pra vida toda.
Em outras notas, acho problemática a ideia do "todo mundo é um vencedor", a não ser em condições específicas. Sim por que no mundo de hoje estamos dando voz ao mimimi e criando uma geração de losers empoderados, de floquinhos de neve especiais, que não sabem lidar com a derrota, reconhecer que estão errados, ou que são inadequados. Premiando estes, com atenção que seja, é o caminho da destruição, pois só vamos estar mimando mais e mais esses tipos, e a demanda deles só tende a crescer.
Mais importante que a vitória, é importante a aprender a lidar com a derrota.
E outra, se todo mundo é vencedor, ninguém o é. Se todo mundo é especial, ninguém é especial, simples assim. No mundo sempre alguém vai se destacar, e a competição é a ferramenta que faz que os mais capazes se aprimorem e cheguem no próximo nível da nossa evolução.
Aos pacifistas de plantão que não gostam de competir: É direito de vocês, ninguém é obrigado. Mas o mundo é algo dinâmico, vocês ficarão pra trás logo logo e eu não posso fazer nada por vocês. Vocês podem não ser perdedores sctrictu sensu, mas atrasam mais a humanidade do que muitos perdedores.
A pessoa participou e se esforçou de verdade? Ela é sim vencedora, a meu ver. Todos podem ser vencedores se quiserem. É preciso garra, suor, sangue, torrar neurônios, botar até a própria saúde em risco. O mundo humano é uma grande competição, a própria natureza é uma grande competição. Os que testam seus limites são vencedores sim, pois estes fazem a humanidade melhor e a vida muito mais interessante de ser vivida.
Aos vencedores (pela minha definição), meu muito obrigado.
Realmente, a derrota pode ser muito mais importante que uma falsa vitória. A derrota ensina, a derrota oferece o combustível para buscar a vitória. O prêmio material é só uma representação física da ideologia de que todos são vencedores independente do resultado.
O reconhecimento pode se dizer que na maioria das vezes é um troféu de vencedor e não de perdedor. O troféu seria apenas uma metáfora para esses sentimentos e recompensas não materiais que ficam. Porque o troféu, como essas outras recompensas, são algo dado àqueles que vencem.
Além do caminho da destruição, do mimo e demanda, também há aquilo de que se a pessoa se sente um vencedor sem ter ganhado, ela é menos incentivada a buscar a tal vitória, como foi dito anteriormente. "Mas se a vitória é algo único, todos buscando ela causaria mais decepção e perda do que tudo" Sim, a vitória é algo único porque todos estão buscando. Se ninguém a buscasse e todos a tivessem não seria uma vitória, seria só ser mais um.
Core32 comentou:
Troféus são para colecionadores, apenas para elevar o ego de uma pessoa. Eu não vou falar de méritos pessoal e profissional da vida, pois a vida é um evento aleatório, eu sei que muita gente ler por aí que a seleção natural, a evolução, foi feita apenas para os mais competentes e adaptados, mas veja bem, se é de fato assim, então por que diabos não são os dinossauros aqui, agora? Eles foram extintos por causa dos eventos aleatórios, nosso universo é aleatório, tão aleatório que uma vida pode ser gerada com problemas genéticos, problemas esse que vai impedir aquele de se desenvolver e se destacar, ou mesmo uma vida que não deu para ser gerada. Tão aleatório que podemos deixar de existir a qualquer momento por um grande evento astronómico, geográfico e outros cataclismos com um potencial destrutivo a nossa existência.
Agora deixando de lado essa visão primitiva dessa grande competição que nós, meros mortais temos, levando em conta esse cenário, como um desenvolvedor, temos o dever de entreter o jogador e recompensá-los de alguma forma, para dar incentivo a quem está dispondo do seu tempo naquela jogabilidade. Precisamos apenas decidir a forma de fazer isso
Os troféus podem ser também como foi dito uma metáfora para algo que dura e permanece. A aleatoridade é um dos fatores que condiciona os eventos do mundo, mas nós também somos um dos fatores, e um dos mais importantes.
Trazendo à tona um exemplo completamente aleatório e fora do assunto, as emissões de combustíveis fósseis na atmosfera que estão causando o aquecimento global, por exemplo. Nós que fizemos isso, não foi algo aleatório como um joguinho de dados. Foi uma escolha da humanidade. Cada um de nós fazemos parte de fatores de condicionam os eventos que acontecem e acontecerão. Aleatoridade por si só pode ser extremamente subjetiva, porque eventos como a queda do meteoro, com a tecnologia atual, podem ser previstos.
Mas isso ainda é um fator, um exemplo bem tosco, um programa de computador pode ser programado para gerar números aleatórios de 1 a 8, e sempre cair o número 4. Sim, pode, porque ainda existe a aleatoridade.
Voltando ao tópico, nós somos um fator extremamente importante para a vitória. Condições físicas ou psicológicas que nos impedem de ser vencedores podem acontecer, mas não é sempre fatores aleatórios. Um exemplo dado por você mesmo, uma vida gerada com problemas, pode se dever ao comportamento e ações da genitora, como alimentação ou uso de substâncias. Nem tudo é pura aleatoridade, mas ela existe e está entre nós. Porém é subjetiva.