Don't compare yourself to others, do what only you can do.
Não, você não leu errado, estou realmente chamando você para fracassar. Relaxe, não irá sozinho, estarei fracassando junto a ti. Exato, juntos, você e eu. Quero que saiba, acima de tudo, que não estará sozinho, nunca! Por isso, pegue um cházinho, acomode-se na cadeira ou onde for parar para ler. Quando terminar, gostaria de saber, leitor e leitora desse debate-matéria, foi tão ruim fracassar no final? E, além disso, o que pensa sobre fracasso? Compartilhe comigo o que pensa e vamos trocar um pouco de conhecimento e experiências.
Primeiro, para se sentirem bem confortáveis, saibam que estou fracassando miseravelmente escrevendo esse post. Inicialmente seria uma tópico-matéria, porém pensei: Não seria mais legal um debate e ver o que o fracasso pode fazer? Quem sabe isso não me ajude a melhorar escrevendo o próximo. Ok, vou passar vergonha alheia!. Não se esqueça enquanto tiver lendo que as opiniões aqui contidas são baseados em meus pensamentos, nada é uma verdade absoluta, mas irei expor o que penso. Ah, você é totalmente livre para discordar e acrescentar algo ao que falei, sou totalmente aberta a novas opiniões :3
E aqui estou. Sinta-se convidado a ler minha vergonha e fracasso alheio. Ah, convido também a me apontar onde errei e onde poderia melhorar, pois, acima de tudo, quero aprender com minhas falhas!
PS: Sei que tenho muito o que melhorar, mas nunca vou conseguir se não der o primeiro passo e arriscar, não é? Então vamos lá, da série "Vergonhas alheias da Andarilha".
Opa, mas já?! É, não tem para onde correr. Se ficar o bicho pega e se correr o bicho come.
O assunto é bem amplo e, particularmente, não sei se falo sobre a vida ou sobre os jogos. Vamos tentar ministrar o assunto em suas diversas vertentes, mas aguardo seu acréscimo também.
Em uma das minhas leituras, me deparei com um artigo do ColetivoUX sobre "Não dê ouvidos a quem nunca fracassou" e, admito, fiquei intrigada e comecei a ler.
Logo no começo senti-me inquieta com a seguinte frase:
Das duas uma, ou a pessoa nunca fez nada realmente grande na vida, ou nunca fez sequer alguma coisa da vida.
Não sabia bem o porquê, senti que não concordava 100% com essa afirmação (e talvez ainda não concorde em sua totalidade). Entretanto, também vi que, em partes, realmente fazia sentido.
Quebrar a cara é, de longe, um dos maiores aprendizados que uma pessoa pode ter. Após um fracasso tendemos a analisar os fatores que fizeram isso ocorrer e buscarmos alternativas de consertar e/ou melhorar na próxima tentativa. É uma passagem natural do ser humano, ninguém sairá ileso disso ou que irá quebrar a carinha apenas uma vez. Poxa, sinto lhe informar, mas... Passa bem longe disso. Essa constante reinvenção que sempre passamos é importante pois o tempo não para, muito menos o mundo e tudo a nossa volta.
A chamazinha da superação
Vamos usar o tão amado mas não por todos Dark Souls para exemplificar que os erros e fracassos são chaves para o aprimoramento e evolução. O jogo, por mais que a raiva e ódio predominem em alguns todos momentos, faz você tentar uma, duas, três... Diversas vezes em tentativas (muitas falhas) de ir adiante para finalizar o jogo. Para minha pessoa, encontrar o Bonfire era a maior felicidade que tinha e suspirava de alívio por ter, depois de tantos erros, conseguido avançar e, venhamos e convenhamos, decorado, ou melhor dizendo, aprendido todos os macetes, caminhos e monstros e como contornar tudo desde a fogueirinha anterior para a que acabei de encontrar. Notou? O caminho que trilhamos é árduo, terá diversos empecilhos e vários deles farão com que caia, mas, se for uma pessoa que quer ir adiante e obter o sucesso, irá levantar, sacudir, buscar onde falhou e o que poderá fazer para conseguir avançar e conquistar o que se quer.
A vida é isso, só fica estagnado quem quer. Ah, não falo isso de forma grossa, então não me leve a mal, por favor.
Se reinventando em meio ao fracasso
Olha só, tem gente que aprende bem com as falhas
Para quem não sabe, em 2008 foi lançado o Supersonic Acrobatic Rocket-Powered Battle-Cars (da imagem acima) com uma ideia sensacional: Futebol com carrinhos! Entretanto, ninguém viu e ouviu (ok, talvez um ou outro), mas como é que não fez sucesso principalmente porque a mesma ideia e temática funcionou em Rocket League? E sim, ambos os jogos são da mesma desenvolvedora: Psyonix. E sim, é praticamente o mesmo jogo. Mas por que um falhou e outro fez tanto sucesso?
A Psyonix, apesar de falhar, não desistiu. Ao buscar consertar os erros, e aperfeiçoá-los, eles cresceram, e muito. Ao polir o jogo, adicionar uma nova cara e interface, melhoramentos de jogabilidade, mais acessível e, principalmente, um nome menor, que era mais atrativo e direto a ideia que o jogo era: Jogos de carros turbinados com foguetes/nitro para jogar futebol. Como não fazer sucesso?
Saber contornar analisando os erros e melhorar o que se tem, além de acreditar que pode dá certo bastando acertar no que errou, é o suprassumo do fracasso.
Olhe a imagem abaixo e me diga que não ficou muito mais apresentável, interessante e polido em diversos pontos o joguinho. Dá muito mais vontade de conhecer e jogar agora do que antes.
Nois tropica, mas não cai
É, não tem jeito, a vida sempre vai chegar de mansinho, como que não quer nada e... Puf, te dá uma bela rasteira. Entretanto, como a Lara, a gente tropica e tropica, mas não cai porque é assim que respondemos. Tropeçaremos várias vezes, mas nunca vamos cair por completo. Somos sempre posto à prova de como devemos agir as situações que aparecem e algumas se repetem provavelmente porque a vida quer mostrar o simples: Ei, tu já não passou por isso? Vai mesmo deixar a mesma coisa ocorrer?. Os jogos são exemplos disso, colocam na nossa cara as mesmas situações e, mesmo sabendo o que vem, fracassamos (muitas vezes miseravelmente), outras são tão inusitadas, por serem a primeira tentativa, que não parece que fracassamos. Ora, errei em algo que nunca passei, não é?. É, mas fracassou, aceite. Quando é algo novo, nossa, aí que é mais inusitado e surpreendente.
A trilha do fracasso é mais incrível do que possa parecer apesar da forma que vos escrevo sobre a mesma. Nos jogos atuais de Tomb Raider, a Lara com certeza é um exemplo de que o fracasso é algo incrível para nossa evolução e crescimento mostrando que para descobrirmos algo errar é importante, que um passo errado pode custar caro, mas ao mesmo tempo saberá onde pisar certo da próxima vez. Precisamos tirar da cabeça que o fracasso não é algo bom. Veja, você fracassar só mostra que ao menos fez, tentou, arriscou e, acima de tudo, aprendeu e cresceu.
Ninguém que fracassa está sozinho. Nunca.
Ninguém que fracassa está sozinho. Nunca.
Ninguém que fracassa está sozinho. Nunca.
Independente do que pense, ninguém que fracassa estará sozinho. Seja antes ou depois, sempre temos alguém do nosso lado incentivando ou nos segurando pós-tropicada. O fato é: Pessoas que nos apoiam e estão lá durante todo nosso percurso são nosso alicerce para não temermos diante das oportunidades que surgem para arriscarmos ou nas consequências que sofremos depois disso. Com toda certeza não estaria aqui escrevendo se não soubesse que há aqueles que me apoiaram e acham que posso redigir isto e os mesmos irão me mostrar, a verdade nua e crua, do que poderia melhorar, independente do que ocorrer eles sempre estarão lá.
Muitas vezes não damos um passo para o desconhecido pois caso os "e se" acontecerem, e não tiver alguém para segurá-lo, pensamos que iremos cair e não mais nos levantar.
Life is Strange, é, sem dúvida, um jogo que reflete muito bem o quão somos definidos e fortalecidos pelas situações mais difíceis que enfrentamos na vida. Apesar de Max, a protagonista do jogo, descobrir que possui a habilidade de voltar no tempo e modificar as situações que falhou, como responder algumas perguntas para adquiri algo e afins, não deixa de ficar evidente que, seja lá como for, você aprendeu com o erro, mesmo tendo que voltar no tempo para corrigir isso. Ou seja, ao notar a falha e desejar por fazer o certo já moldamos um pouco de nós, apesar que na vida real as coisas são totalmente diferente pois não podemos voltar no tempo (ainda).
Outro fator forte e decisivo que se apresenta no jogo é o poder das escolhas que tomamos e como que isso acaba sendo refletido mais a frente em algumas situações, seja ela de forma positiva ou negativa. Não importa o que tentamos fazer, sempre haverá consequências. Entretanto, precisamos ter em mente sobre como vamos lidar com elas, se iremos querer aprender para melhorarmos ou simplesmente deixar tudo desabar de vez. Mas lembre-se, as escolhas e o que virá com elas são de total responsabilidade sua e apenas sua, seja lá se alguém falou algo, no fim, a palavra final para fazer algo é apenas e somente sua.
Entretanto, o jogo também mostra que há aquelas pessoas que não importa o quão nos esforçamos para mostrar que estamos ali do lado para o que der e vier existe algo bloqueando e impedindo de enxergar isso, como se tivesse falhado e que não há mais como superar as tempestades da vida. Nossos erros e falhas são delicados, cada um os sustentam de formas diferentes, então respeite a falha, o fracasso, a dor de errar, a batalha de superar ou sustentar as dificuldades do outro. Somos indivíduos, vamos ter mais empatia. Ao invés de rir, que tal sermos parte do alicerce de outrem? Como diria Albert Einstein: "A compreensão de outrem somente progredirá com a partilha de alegrias e sofrimentos.".
Fracassar não é um Game Over, mas, sim, um Continuar ou, em alguns casos, um Novo Jogo.
Tudo faz parte de viver, errar, crescer, experimentar, falhar e aprender. E não, não estou falando para você fazer tudo que tiver em mente, estou falando para não ter medo de arriscar por algo que acredita, que o fracasso não é um monstro de 7 cabeça como é taxado. E sim, desejo que faça as melhores escolhas, se chegar a fracassar, desejo que absorva essa nova vivência, aprenda com ela e evolua.
Então, o que acha? Vamos juntos nessa?
Bom, por hoje é só, pessoal! Beijo da Andarilha! :Beijinho2:
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