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"O que e um game dev? Uma miseravel pequena pilha de projetos !"
- codingkitsune

Vício em Jogos: o que podemos fazer?

rafaelrocha00

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O vício em videogames passou a ser considerado, pela primeira vez, um distúrbio mental, de acordo com a organização mundial de saúde. A condição chamada de “distúrbio de games” abre uma discussão paralela que se mostra importante hoje: como deveriam os criadores e desenvolvedores de jogos lidarem com esse problema? A indústria mundial de jogos, mesmo com o pouco tempo relativo no mercado, desenvolveu técnicas incríveis para manter as pessoas jogando, mesmo as custas da família, dos amigos e de tudo. Temos caixas de Skinner, métodos tirados de jogos de azar, e outras incríveis técnicas para elevar as capacidades aditivas de um jogo. Claro que a maior parte das vezes não tende a chegar nesse nível de vício, mas ele existe e com isso abre-se a questão: o que os desenvolvedores independentes estão fazendo para mudar esse cenário? Eles sequer deveriam olhar para essa área e fazer essas perguntas, ou a força e influência desses jogos é pequena demais para fazer uma mudança real? E você, já pensou nisso?
 
[member=47]rafaelrocha00[/member]

Agora você tocou num assunto deveras interessante. Mas creio que isto poderá impactar apenas o público jovem, que em muitas ocasiões dependem da autorização dos pais para jogar, e visto que muitos adultos são "viciados", não vejo ninguém futuramente procurando psicólogos para se "tratarem" hahaha

No caso de nós makers, não vejo como isto pode impactar, afinal, acredito que a maioria seguirá com seus projetos normalmente.

EDIT: Não sei se interpretei de forma errônea o objeto abordado por você, se sim, faça as devidas explanações
 
rafaelrocha00 comentou:
o que os desenvolvedores independentes estão fazendo para mudar esse cenário?

  Nada, por que isso não existe de disturbio mental nos jogos. Segue o jogo e continuemos produzindo.
 
Tudo em excesso faz mal, como sempre disse meu pai. Até água em excesso faz mal.
O mesmo vale para os jogos, quando a pessoa deixa fazer coisas necessárias na vida dela como comer ou dormir para ficar jogando, é um caso de vício sério.
Na minha opinião, jogos online como League of Legends (por exemplo), Overwatch e jogos de simulação como Second Life e IMVU são os que mais puxam a pessoa por não ter o fator de "pause", e sempre tem pessoas online o que é uma tentação.
Acho que nunca ouvi caso de alguém viciado em um jogo indie, principalmente porque são jogos com inicio meio e fim, que a pessoa joga, termina, processa um pouco, joga outro de novo... Então acho que os Makers não precisam mudar seu método de trabalho sobre isso...
 
Discordando do LoboShow, jogos podem sim desenvolver vício ou distúrbio mental, mas o problema não esta nos jogos, pessoas se viciam em qualquer tipo de entretenimento ou qualquer tipo de de atividade recreativa e isso deve ser levado com seriedade, buscando tratamento psicológico e reinserção na sociedade.

conheço amigos e amigas que passam por problemas de vícios em jogos e não é nada fácil, requer muita força de vontade para sair, como qualquer outro vício.
 
Eu vejo o vício como uso excessivo de algo para suprir anseios interiores que nos atormentam o tempo todo. Fui escravo do tabaco por uns bons anos depois de perder grande parte do que eu considerava "a vida que eu tinha conquistado". O maldito era um "amigão", sempre me trazia uma boa sensação, ajudava pra dormir e até mesmo pra esquecer os traumas que ainda me atormentavam. Chegou um ponto em que a amizade virou escravidão, então resolvi parar. Alguns meses de insistência e perdi a dependência dele.

E o vício em jogos é a mesma coisa. Os jogos atuais estão quase sempre conectados com alguma função online, que permite interação e competitividade. Essa última eu considero um dos fatores mais fortes. Você quer platinar, você quer zerar 100%, quer ser o melhor e o que descobriu as coisas antes de todo mundo nos jogos que você escolhe investir seu tempo. Dar um Pentakill no League of Legends ou fazer todas as missões secundárias e secretas do GTA: San Andreas é algo que nos permite um orgasmo mental incrível. Mas somos humanos e sempre queremos mais, então precisamos manter nosso "título". E aí a diversão prazerosa passa a ser uma obrigação frustrante que chega a ser pior do que trabalhar em algo que não gostamos.

Outra coisa: Ranqueamento. Ainda no papo de que queremos ser os melhores, quando se trata de rank a briga é sempre grande. Ser TOP alguma coisa em algum jogo é um status e tanto, no mundo gamer, é claro. Mas se nossa vida social não anda fácil, ser Challenger no LoLzinh até que cai bem na hora de se mostrar pros amigos e ter alguns "noobs" te chamando pra jogar o tempo todo hahaha



Mas vou dar meu parecer sobre o desenvolvimento Indie, que é o verdadeiro convite a debate do tópico. Eu acho que SIM, tem sim ALGUNS desenvolvedores preocupados em dar uma boa dose de diversão sem incitar o vício ou prejudicar outros aspectos da vida dos jogadores. Não acho que essa preocupação seja o foco em si, maaaas a onda indie na maioria das vezes preza pela diversão, não escravidão. Afinal de contas, jogos indie(até onde eu tenho conhecimento) não ficam vendendo adicionais dentro do jogo que ajudem o jogador a progredir mais que os outros nem proporcionam competitividade.

To the Moon, Jotun, Bastion, Transistor, Undertale... são exemplos de jogos que vão ser vendidos uma vez e a pessoa no máximo tem a opção de comprar a trilha sonora deles à parte, se quiser. São games com histórias tocantes e originais, que não se preocupam em prender o jogador e sim passar a melhor experiência e diversão possível.

Já tem títulos inclusive preocupados com a saúde dos jogadores, oferecendo um amparo ou algo assim, como é o caso de Rainy Day, da Thais Weiller e do Lenin - The Lion, desenvolvido por João Bueno.



Eu dei uma pesquisada bacana no Google mas não achei nada relevante que eu pudesse entender melhor o tema. Mas o meu chute é que, agora que isso virou pauta de discussão e envolve classificações de doenças e tudo mais, os desenvolvedores Indie passarão a trabalhar mais essa temática enquanto fazem seus jogos, já que alguns indies são online massivos, como o Rust.


Para quem se interessar em aprofundar no assunto, eu encontrei um material interessante e extenso do Guilherme Pinho Meneses falando sobre exatamente este tema: VIDEOGAME É DROGA? CONTROVÉRSIAS EM TORNO DA DEPENDÊNCIA DE JOGOS ELETRÔNICOS



Gostei muito do tema, [member=47]rafaelrocha00[/member]. É algo fresco, recente e nós que estamos no caminho de nos tornarmos desenvolvedores podemos já agregar ao nosso repertório de conhecimentos na área. Acabei ficando um tempinho pesquisando e lendo coisas enquanto digitava o post.
 
É polêmico e importante , mas vou deixar apenas um vídeo curto sobre o assunto:

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=dgVWHzbtjjE&list=PLnmuq4G4ZmIcA3BEu8__5mOhO61fIFtQ9&index=68[/youtube]
 
Como sempre ótimo trabalho [member=47]rafaelrocha00[/member]

de acordo com a organização mundial de saúde.

Não faço muita questão de fonte, pois eu também li essa matéria na BBC Brasil
http://www.bbc.com/portuguese/internacional-42545208

Mas assuntos polêmicos mesmo com fonte é complicado imagine sem. Assim como a Bruna vou me abster e gostei da proposta.  :Palmas:
 
Como já foi dito, concordo que é difícil as pessoas se viciarem em jogos de orçamento pequeno.

Se eu estivesse no lugar de um dono de uma empresa de jogos, meu objetivo seria maximizar o lucro de uma forma que não queime muito a empresa. Eu queria mais é viciar mesmo a galera, especialmente em jogos que você pode comprar moedinhas e skins, porque boa parte da renda deles vêm de gente assim. No fim, ninguém tá obrigando o jogador a jogar tanto.

Se o negócio começar a sair do controle, o governo poderia obrigar a colocar nos jogos "Jogar pode causar vício", como se fosse um cigarro.

Bruce Azkan comentou:
Afinal de contas, jogos indie(até onde eu tenho conhecimento) não ficam vendendo adicionais dentro do jogo que ajudem o jogador a progredir mais que os outros
Há muitos na Google Play.
 
FL comentou:
Como já foi dito, concordo que é difícil as pessoas se viciarem em jogos de orçamento pequeno.

Se eu estivesse no lugar de um dono de uma empresa de jogos, meu objetivo seria maximizar o lucro de uma forma que não queime muito a empresa. Eu queria mais é viciar mesmo a galera, especialmente em jogos que você pode comprar moedinhas e skins, porque boa parte da renda deles vêm de gente assim. No fim, ninguém tá obrigando o jogador a jogar tanto.

Se o negócio começar a sair do controle, o governo poderia obrigar a colocar nos jogos "Jogar pode causar vício", como se fosse um cigarro.

Bruce Azkan comentou:
Afinal de contas, jogos indie(até onde eu tenho conhecimento) não ficam vendendo adicionais dentro do jogo que ajudem o jogador a progredir mais que os outros
Há muitos na Google Play.

Seu ponto de vista é interessante e realmente, do ponto de vista empresarial, eu tomaria atitudes assim. Mas acho que isso é que já é feito (exceto o aviso da possibilidade de vício like a cigarettes), nós precisamos tentar inovar em algumas coisas.

Eu já viajei em ideias de jogos mais humanitários e que trouxesse algum tipo de necessidade de interação na vida real pra conseguir algum avanço no jogo em si, mas nunca cheguei a nada muito satisfatório.

Sobre o Google Play, de fato ele é uma enorme exceção no que eu disse e até me ajudou a repensar a coisa. Mas isso reforça, e muito, o que eu disse sobre o pensamento dos desenvolvedores indie precisar ter uma repaginada depois da divulgação dessa notícia nacional sobre o vício em videogames.

E isso já me faz querer convidar quem prefere se abster do assunto a repensar a atitude. Principalmente você, meu caro professor [member=164]BENTO[/member]. Precisamos muito de caras como você dialogando sobre esse assunto e ajudando a galera a evoluir seu repertório no desenvolvimento.

As discussões aqui andam bastante acaloradas, mas é bem simples de resolver: Não fiquem se apegando aos detalhes pessoais de outros membros, ignorando ironias e procurando manter o foco no assunto abordado. Vamo que vamo <3
 
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