🤔 Para Refletir :
"Um artista precisa somente de duas coisas: Honestidade e fé."
- Carlos Davilla

Amor exótico: japonês se casa com um holograma

Amor exótico: japonês se casa com um holograma


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Por que tão sérios (literalmente)?!

Afinal, se vocês acham que existem limites para o amor, esta matéria provará o contrário.

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Akihiko Kondo
, japonês de 38 anos, casou-se com um holograma da Hatsune Miku. Não, você não leu errado e isso é mais sério do que se pensa! A cerimônia custou 2 milhões de ienes, que equivalem a R$ 77 mil reais.

Imagina só chegar em casa do trabalho e ser recebido pelo amor da sua vida? É o que acontecia com Kondo, que via sua esposa, que não era de carne e osso, vibrar com sua chegada. "Certamente existe um modelo de felicidade, no qual um homem e uma mulher reais se casam, têm um filho e moram juntos. Mas não acredito que tal modelo possa necessariamente fazer todos felizes", disse.

Hatsune Miku foi desenvolvida como um software de canto com a personalidade de uma pop star de 16 anos de olhos grandes e longos cabelos azuis. Ela se baseia em um programa de sintetizador de voz da empresa de mídia Crypton Future Media, que não quis comentar quando contatada pela Reuters.

O holograma reconhece o rosto e a voz de Kondo graças a uma câmera e um microfone embutidos e consegue responder com frases simples e canções.

Crise no Casamento

No início deste mês (05/2022), o casamento de Kondo e Miku entrou em uma crise devido à falta de comunicação ocasionada por problemas técnicos. A origem dos problemas está na decisão da empresa Gatebox, que anunciou, durante a pandemia de Covid-19, que estava descontinuando o serviço para a personagem fictícia. A tecnologia que dava vida à personagem atualizava o software que criava sua voz e administrava sua inteligência artificial. Desde que o serviço se descontinuou, Kondo diz que não consegue mais falar com a personagem de ficção.

Enfim, "viúvo"

Em seu Twitter, o agora viúvo falou sobre amar personagens em 2D, como aconteceu com ele e encorajou as pessoas a assumirem esse sentimento.

Se você se apaixonar com um personagem 2D, isso não é uma coisa ruim. Se você realmente está apaixonado por um personagem 2D, não minta para si mesmo. Eu respeito seus sentimentos. E você tem uma companhia que lhe entende. Você deve ter orgulho do seu amor por personagens 2D”, disse ele.


Opinião do Coringa

Acredito que, no mundo de hoje, há uma tendência de fugir de todo tipo de padrão limitante. Desta feita, é cada vez mais comum encontrarmos os mais variados tipos de relacionamentos. Não significa, entretanto, que as antigas formas de amor não prevaleçam. Uma conclusão certeira sobre o assunto, é que cada um deve buscar aquilo que realmente te faz bem, sem se importar com os julgamentos alheios. Eu, por exemplo, nutro um amor incompreendido pelo Batman. De diversas formas, já tentei demonstrar isso, pois não é sobre o dinheiro, mas sobre enviar uma mensagem, mas vocês não estão prontos para essa conversa.

Você se casaria com um holograma?

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Ainda chegará o dia em que entenderei este tipo de coisa.
Mas, em fim, cada um sabe como gasta seu dinheiro...
DadoCWB

DadoCWB

Membro
Membro
Eventualmente a internet transforma tudo em debate político/social/filosófico. De repente o rapaz só queria brincar com o tamagochi. :v
Cara, tu pod enão acreditar, mas virou uma febre na região onde moro, os pais presentearem seus filhos com bichinhos virtuais (sim igual aqueles que existiam lá na década de 90).

@DadoCWB
Concordo com sua afirmação porém sou obrigado a reintegrar minha opinião sobre essa questão no sentido de: "Até onde esse tipo de relação é saudável para a própria pessoa?". Apesar de eu também ser totalmente a favor das pessoas terem a suas liberdades individuais respeitadas, reforço a importância do quanto nós humanos deveríamos aprender a lidarmos uns com os outros e de que talvez essas questões sociais que estamos vendo hoje de pessoas que preferem se relacionarem com seres irreais do que reais seja um reflexo do quanto estamos totalmente despreparados a vivermos em harmonia como seres humanos, o que leva uma pessoa a se relacionar com objetos ao invés de pessoas? O que eu percebo muito aqui é o quanto nós reforçamos do quanto as pessoas deveriam aprender a respeitar esse tipo de relação que quebra paradigmas. Mas por outro lado temos que analisar também que a pessoa que decidiu se relacionar com garotas 2D optou por isso porque é incapaz de se adaptar a sociedade e a sociedade parece ser incapaz de se adaptar a ela também. Talvez seja necessário criar uma ponte entre os dois lados para que a sociedade como um todo possa viver mais unidade e menos segregada.
Você não acha que, de uma maneira geral, a gente que gosta de jogos e tá imerso nesse meio que se convenciona chamar de "cultura geek" tem um pouco (bastante) disso? A gente fala de personagens fictícios como se eles de fato existissem e podemos debater horas a fio sobre sua persona.

E curioso é que por um lado a sociedade que trata o caso citado como "anormal" é a mesma que diz que faz polêmica, por exemplo, quando o filho do superman é retratado como bissexual em uma HQ. O que "cancela" um anime ecchi por que ele gasta tempo de tela exibindo peitos e calcinhas.

Então me parece que "o que é normal" ou não, passa apenas e tão somente pela conveniência pessoal/moral de quem fala?
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Corvo

Corvo

Membro
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Eventualmente a internet transforma tudo em debate político/social/filosófico. De repente o rapaz só queria brincar com o tamagochi. :v
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Cross Maker

Cross Maker

Redação
Redação
O papo está gostoso então vou me colocar a disposição novamente hehehe

@Irineu
Isso é algo que eu discordo completamente. A sociedade moderna é bem progressista (mesmo sendo menos em alguns países do que em outros). Há essa impressão da sociedade ser conservadora, porque a geração seguinte sempre é mais progressista que a anterior. O Boomer que adolescentes tentam cancelar no Twitter, provavelmente, já foi um militante hippie.
Não posso responder por outras culturas de outros países por falta de conhecimento, mas particularmente no Brasil acho que somos bem divididos. De um lado temos pessoas conservadoras que sempre reforçam e valorizam o modelo tradicional de amor/familia. E do outro temos as pessoas que apoiam os movimentos mais liberais e de quebra de paradigma, e normalmente esse segundo grupo só apoia esses movimentos ou porque fazem parte dele ou porque possuem pessoas muitos próximas a eles e entendem o preconceito que muitas das pessoas sofrem em sociedade por serem como são. Não é muito difícil você conhecer alguém que faça parte de um movimento LGBT que normalmente é desprezado por familiares por serem mais tradicionais, quem dirá por formas de relacionamento bem mais exóticas como desse caso. Então sim eu acredito que a sociedade ainda parece ser mais conservadora. (Pelo menos no Brasil)

Outra coisa que eu discordo. Sim, eu entendi o que você quis dizer, de que o sujeito não deve ser penalizado por coisas assim, mas, assim como pessoas têm o direito de fazer coisas assim, outras pessoas (a sociedade) também têm o direito de julgar. Um opinião atípica e um pouco polêmica minha é que não há nada de errado com preconceito (até certo ponto), já que é um mecanismo de defesa instintivo do ser humano para evitar perigo desconhecido e alterações desnecessárias no meio em que ele está inserido
Concordo em partes. De fato, a mesma liberdade que uma pessoa tem de se relacionar com quem quiser temos a mesma liberdade de poder opinar a respeito disso. Mas usar um mecanismo instintivo e primitivo para justificar o direito te ter preconceitos ai já acho algo bastante problemático (socialmente falando), o problema não é a liberdade que temos de opinar a respeito da estranheza de outras culturas e sim o impacto que isso pode causar. Pessoas não deveriam serem desprezadas oprimidas ou desrespeitadas por serem quem são. Apesar de eu achar muito estranho esse tipo de relação e de opinar sobre isso abertamente, isso não pode me impedir de respeitar essa pessoa e trata-la da mesma maneira como eu gostaria de ser tratado.

Isso não faz sentido, pois o caráter do sujeito pode ser visto de forma bem clara nos fatores que você citou. Por exemplo, você espera que um cara que traía a mulher seja um bom político? Ou que uma pessoa que vive gastando dinheiro com coisas fúteis seja um bom economista? É claro que eu não quero que fiquemos cuidando da vida das pessoas (por exemplo do sujeito do tópico), mas, sim, a vida pessoal das pessoas sempre deu sinais do caráter e da competência profissional.
Discordo. Nem sempre a vida pessoal de alguém afeta suas competências profissionais. Obviamente que uma pessoa consumista nunca será um bom economista, mas é justamente por que esses dois fatores estão inteiramente interligados. Agora uma pessoa que traia a esposa pode SIM ser um bom político. Um exemplo clássico que posso citar aqui é de Martin Luther King que apesar de sempre ter lutado pelas causas e direitos dos negros traia com certa frequência sua esposa e mesmo com essa questão isso não tornou ele um político menos relevante para sua época e nem que sua causa não era justa, mas sim porque o fato de ele trair sua esposa não era um desvio de conduta diretamente relacionado a sua causa político, as duas coisas não possuem relação. Políticos podem sim serem excelentes pais de família e ainda foderem com a população.

@DadoCWB
Sendo assim, eu reafirmo que cada um deve viver sua vida da forma que lhe convir, desde que isso não prive os direitos do outro. Eu acredito que muito mais útil do que apontar o dedo é demonstrar respeito pela forma que o outro escolheu viver. Se o ser humano entendesse essas premissas básicas de civilidade, não teríamos tantos problemas por consequência da intolerância. o que a pessoa faz ou deixa de fazer no âmbito de sua privacidade, diz respeito somente a ela.
Concordo com sua afirmação porém sou obrigado a reintegrar minha opinião sobre essa questão no sentido de: "Até onde esse tipo de relação é saudável para a própria pessoa?". Apesar de eu também ser totalmente a favor das pessoas terem a suas liberdades individuais respeitadas, reforço a importância do quanto nós humanos deveríamos aprender a lidarmos uns com os outros e de que talvez essas questões sociais que estamos vendo hoje de pessoas que preferem se relacionarem com seres irreais do que reais seja um reflexo do quanto estamos totalmente despreparados a vivermos em harmonia como seres humanos, o que leva uma pessoa a se relacionar com objetos ao invés de pessoas? O que eu percebo muito aqui é o quanto nós reforçamos do quanto as pessoas deveriam aprender a respeitar esse tipo de relação que quebra paradigmas. Mas por outro lado temos que analisar também que a pessoa que decidiu se relacionar com garotas 2D optou por isso porque é incapaz de se adaptar a sociedade e a sociedade parece ser incapaz de se adaptar a ela também. Talvez seja necessário criar uma ponte entre os dois lados para que a sociedade como um todo possa viver mais unidade e menos segregada.
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DadoCWB

DadoCWB

Membro
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Não tenho dúvida que a mudança de postura da mulher quanto ao seu papel na sociedade japonesa possua sua parcela de influência em uma correlação direta à fenômenos como esse. Some isso às pressões internas exercidas sobre os cidadãos por uma economia estagnada e teremos um caldeirão perfeito para os mais diversos tipos de escapismos socioculturais em escala macro populacional ou individual.

E isso é algo que está posto e sobre o qual as próximas gerações terão que debruçar-sr para resolver. É por isso que eu digo que nós talvez não tenhamos subsídios materiais e intelectuais para compreender, e portanto julgar, o que estamos presenciando. E justamente por isso a estranheza de alguns, o que pode ser compreensível, porém que ainda assim não justificaria o comportamento geral da grande maioria a respeito do assunto.

A gente está lidando com algo que “hoje” é “novo/diferente/estranho”, mas que amanhã pode ser “normal” e caberá as próximas gerações lidar com isso. Encaro isso mais como uma ruptura do que como um desvio de conduta. Portanto, estou assumindo ma postura progressista.

Até entendo esse pensamento de que o homem esteja direcionando seu amor para uma garota 2D na busca da figura idealizada de mulher submissa e este talvez possa ser o caso, de fato. E ainda que seja isso, não vejo problema, uma vez que isso não se configura crime. Porém eu enxergo isso mais como uma expressão de amor platônico, bem nos moldes dos românticos, com a diferença que graças à tecnologia de nosso tempo “a figura idealizada, pura, perfeita e inalcançável da mulher amada” de alguma forma pode ser “materializada”.

Que aliás é uma das constantes queixas, até onde sei, desses movimentos masculinistas contemporâneos: a de que as mulheres de nosso tempo, conservadoras ou progressistas, não se encaixam dentro dos padrões que eles desejam. Não tenho duvida que se houvesse uma “máquina de imprimir pessoas” esses masculinistas apertariam o botão para imprimir a “mulher ideal” segundo sua própria concepção.

Sendo assim, eu reafirmo que cada um deve viver sua vida da forma que lhe convir, desde que isso não prive os direitos do outro. Eu acredito que muito mais útil do que apontar o dedo é demonstrar respeito pela forma que o outro escolheu viver. Se o ser humano entendesse essas premissas básicas de civilidade, não teríamos tantos problemas por consequência da intolerância. o que a pessoa faz ou deixa de fazer no âmbito de sua privacidade, diz respeito somente a ela.

E pensando dessa forma, eu digo que se estivéssemos tendo essa conversa uns dez anos atrás, eu diria que sim, as gerações posteriores são sempre mais progressistas que as gerações passadas. Mas vendo a furada que nosso país se meteu, e a ascensão de certos grupos reacionários ao redor do mundo eu não acho que isso seja necessariamente uma verdade.

Aliás, parece que o ser humanos não se enquadra em nenhuma regra geral. E isso além de bom é fantástico. Somos complexos e multifacetados e por isso mesmo acredito que mais do que repudiar “o diferente” precisamos tentar compreendê-lo.
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