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Amor exótico: japonês se casa com um holograma

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Eliyud Masculino

O Coringa
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12 de Agosto de 2019
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Por que tão sérios (literalmente)?!

Afinal, se vocês acham que existem limites para o amor, esta matéria provará o contrário.

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Akihiko Kondo
, japonês de 38 anos, casou-se com um holograma da Hatsune Miku. Não, você não leu errado e isso é mais sério do que se pensa! A cerimônia custou 2 milhões de ienes, que equivalem a R$ 77 mil reais.

Imagina só chegar em casa do trabalho e ser recebido pelo amor da sua vida? É o que acontecia com Kondo, que via sua esposa, que não era de carne e osso, vibrar com sua chegada. "Certamente existe um modelo de felicidade, no qual um homem e uma mulher reais se casam, têm um filho e moram juntos. Mas não acredito que tal modelo possa necessariamente fazer todos felizes", disse.

Hatsune Miku foi desenvolvida como um software de canto com a personalidade de uma pop star de 16 anos de olhos grandes e longos cabelos azuis. Ela se baseia em um programa de sintetizador de voz da empresa de mídia Crypton Future Media, que não quis comentar quando contatada pela Reuters.

O holograma reconhece o rosto e a voz de Kondo graças a uma câmera e um microfone embutidos e consegue responder com frases simples e canções.

Crise no Casamento

No início deste mês (05/2022), o casamento de Kondo e Miku entrou em uma crise devido à falta de comunicação ocasionada por problemas técnicos. A origem dos problemas está na decisão da empresa Gatebox, que anunciou, durante a pandemia de Covid-19, que estava descontinuando o serviço para a personagem fictícia. A tecnologia que dava vida à personagem atualizava o software que criava sua voz e administrava sua inteligência artificial. Desde que o serviço se descontinuou, Kondo diz que não consegue mais falar com a personagem de ficção.

Enfim, "viúvo"

Em seu Twitter, o agora viúvo falou sobre amar personagens em 2D, como aconteceu com ele e encorajou as pessoas a assumirem esse sentimento.

Se você se apaixonar com um personagem 2D, isso não é uma coisa ruim. Se você realmente está apaixonado por um personagem 2D, não minta para si mesmo. Eu respeito seus sentimentos. E você tem uma companhia que lhe entende. Você deve ter orgulho do seu amor por personagens 2D”, disse ele.


Opinião do Coringa

Acredito que, no mundo de hoje, há uma tendência de fugir de todo tipo de padrão limitante. Desta feita, é cada vez mais comum encontrarmos os mais variados tipos de relacionamentos. Não significa, entretanto, que as antigas formas de amor não prevaleçam. Uma conclusão certeira sobre o assunto, é que cada um deve buscar aquilo que realmente te faz bem, sem se importar com os julgamentos alheios. Eu, por exemplo, nutro um amor incompreendido pelo Batman. De diversas formas, já tentei demonstrar isso, pois não é sobre o dinheiro, mas sobre enviar uma mensagem, mas vocês não estão prontos para essa conversa.

Você se casaria com um holograma?
 
Loucura. Os sentimentos do ser humano são muito complexos.

Ao meu modo de ver um amor assim não supre o amor físico com um ser da mesma espécie. No entanto, isso é algo que só diz respeito a ele. Talvez a frustração com relacionamentos reais pode fortificar ideias como essa. É complicado julgar, mas se ninguém é prejudicado com essa decisão e uma pessoa é mais feliz assim, é um modo de vida válido, porém muito estranho. XD​
 
Não to aqui para julgar ninguém. Acho que em um futuro próximo o "conceito de amor" será muito mais fluído do que hoje. Em um futuro com Vida Artificial Inteligente, talvez isso que achamos "exótico" seja considerado comum.
 
"Um relacionamento parassocial é simplesmente um relacionamento unilateral, em que um indivíduo exerce tempo, interesse e energia emocional em outra pessoa que está totalmente inconsciente de sua existência."

Esse tipo de relacionamento já existe a muito tempo e... não, não é normal ou saudável. O caso, em si, não tem muito o que se comentar, mas ninguém percebeu que isso é apenas o reflexo da crise de relações entre homem e mulher? Os filmes de Hollywood ensinando pra mulheres, desde pequenas, que, não importa como ela seja, sempre vai ter um príncipe encantado ou galã de novela esperando por elas em algum lugar; a pornografia e liberação sexual reduzindo relacionamento a apenas sexo; o sistema jurídico, de certa forma, incentivando o divórcio. Casos como esse são consequência disso e de mais outras coisas. Vamos ser francos... A sociedade já foi pro beleléu, então não é de se esperar que relacionamentos parassociais aumentem ou, até, sejam normalizados.
 
Achei interessante o artigo e confesso que ja vi um vídeo do Velberan falando sobre essa matéria mas gosto de comentar no condado porque aqui me sinto em casa hehehe

Confesso que acho esse tipo de relação bem estranha, principalmente se levarmos em conta que quase todos os casos que envolvem esse tipo de situação ( se não todos ) são por pessoas bem anti sociáveis, não é a toa que casos como esses são bem frequentes no Japão, ao contrario de nós brasileiros, os japoneses possuem um cultura de serem bem mais reclusos do que nós brasileiros. Mas mesmo eu achando isso estranho whatever, a vida é do cara e ele deveria ter o direito e a liberdade de se relacionar com quem ele quiser sem ser zuado ou desprezado por isso. Quantos de nós ja passamos por bullyng por sermos, gamers, cosplayers, nerds etc. No fim das contas só queremos é sermos aceito como somos, por mais estranho que seja, é melhor um cara casado com uma boneca que não faz mal para ninguém mas tem a sua necessidade social atendida, do que um antissocial psicótico excluído pela sociedade que pode acabar cometendo uma besteira de cometer estupro, fazer atentados terroristas e qualquer outra loucura por falta de socialização. E contra isso sou totalmente a favor de pessoas reclusas se relacionarem com bonecos, a ciência prova por A mais B que pessoas que não se socializam direito tendem a ter grandes probabilidades de terem sérios problemas mentais, e grande parte desses lunáticos somos nós quem criamos muitas das vezes "A Sociedade" que segrega, que é preconceituosa, racista, homofobica e por ai vai. Apesar de reconhecer que realmente um cara desses tem sérios problemas psicológicos aos quais precisaria serem tratados para se reintegrar a sociedade, também reconheço que essa mesma sociedade não faz nada para mudar isso, então é o que eu digo.

"Mais vale um louco com a mente saudável, do que um louco que é capaz de ferir ou matar pessoas inocentes"

Bjos do Cross ❌
 
Última edição:
"Um relacionamento parassocial é simplesmente um relacionamento unilateral, em que um indivíduo exerce tempo, interesse e energia emocional em outra pessoa que está totalmente inconsciente de sua existência."

Esse tipo de relacionamento já existe a muito tempo e... não, não é normal ou saudável. O caso, em si, não tem muito o que se comentar, mas ninguém percebeu que isso é apenas o reflexo da crise de relações entre homem e mulher? Os filmes de Hollywood ensinando pra mulheres, desde pequenas, que, não importa como ela seja, sempre vai ter um príncipe encantado ou galã de novela esperando por elas em algum lugar; a pornografia e liberação sexual reduzindo relacionamento a apenas sexo; o sistema jurídico, de certa forma, incentivando o divórcio. Casos como esse são consequência disso e de mais outras coisas. Vamos ser francos... A sociedade já foi pro beleléu, então não é de se esperar que relacionamentos parassociais aumentem ou, até, sejam normalizados.

Poxa, esse argumento todo é muito redpill...

Ao longo da vida conheci vários "casais" onde "só uma das partes" se doava ao relacionamento. Não consigo ver muita diferença
diferença entre uma pessoa se apaixonar por uma garota 2d, e uma "namorada de aluguel, uma eGirl, uma atriz que nem sabe que ele existe, ou uma garota de programa.

Como disse antes, não julgo. É normal? Não consigo dizer se existe um ser humano capaz de avaliar isso. Ó que posso concordar é que não é saudável, pelo fato de sua unilateralidade. Mas acho que o legal da vida é esse: cada um faz da sua o que quiser.

PS: Tem um mangá interessante de um cara que se apaixona por uma garota de programa. Que tiver interesse de saber mais, segue o link para uma resenha que fiz.
 
Não consigo ver muita diferença
diferença entre uma pessoa se apaixonar por uma garota 2d, e uma "namorada de aluguel, uma eGirl, uma atriz que nem sabe que ele existe, ou uma garota de programa.
Sim, por isso eu disse que isso já existe a muito tempo. Eu continuo achando o caso desse japonês um pouco pior, já que esses casos que você citou são com pessoas reais pelo menos.
PS: Tem um mangá interessante de um cara que se apaixona por uma garota de programa. Que tiver interesse de saber mais, segue o link para uma resenha que fiz.
Provavelmente, não vou ler o mangá, mas li a resenha. Pelo que eu vi, essa obra aborda cuckholding, que é algo ainda pior na minha opinião.
 
Obrigado por ter lido o artigo @Irineu e sobre esse mangá, não, ele não tem cuckholding. Aliás, eu acabei de pesquisar o termo para descobrir do que se tratava (é um tipo de fetiche onde a pessoa se estimula ao ver o parceiro tendo relações com um terceiro).

Ainda sobre o mangá, ele é bem interessante em sua proposta e teria tudo pra descambar em um drama com margem para uma boa discussão filosófica, mas o autor toma a escolha mais fácil e leva a narrativa toda para o clichê de vitimizar os personagens para sensibilizar o leitor. Uma pena. Mas até a metade a história é bastante interessante.

Voltando ao tema da postagem: Eu não acredito que o alvo da "paixão" or ser um ser humano, ou não, possa ser um agravante. Como eu disse antes, a gente vive em uma época em que os velhos paradigmas estão sendo subsistidos com uma velocidade muito grande e por mais conservadora que nossa sociedade ainda seja, o futuro está se impondo a despeito da vontade de de quem quer que seja.

É comum que a gente sinta alguma estranheza, ou até repulsa, diante de um caso como esse, porém não nos cabe apontar o que vem a ser certo ou errado na forma como cada um escolhe ser feliz, contanto que isto esteja dentro dos limites da lei. Acredito que cada vez mais casos como esse venham a se tornar frequentes à medida em que a tencologia avance e nossa própria compreensão sobre "a vida", a felicidade e os limites entre o "eu" e o "outro".

No mais, o que me espanta é que a vida pessoal/sexual/amorosa provoque mais espanto na sociedade do que a falta de caráter de grand eparte da população, em especial de personalidades e de pessoas públicas que detém poder para influenciar de forma negativa o comportamento de grande parcela da população. Reforçando: não vejo problema no Akihiko gostar da Hatsune, me assusta é o tanto de gente que se acha no direito de dizer a ele de quem ele deve ou pode gostar.
 
Há uma questão que deveria vir à baila quanto a esses casos "exóticos" vindos do Japão: trata-se de um reflexo ou sintoma de transformações profundas na sociedade japonesa, do choque entre tradicionalismo e modernidade e, sobretudo, de transformações nas dinâmicas de gênero. As novas gerações de mulheres japonesas estão libertando-se dos valores tradicionalistas (e patriarcais) que estão nas raízes da sociedade japonesa. Recusam-se a ocupar o lugar de mulheres do lar, subservientes e relegadas a um papel subalterno.

Mas essa transformação é unilateral. Se de um lado, as mulheres caminham na direção da liberação e autonomia de suas vidas quanto aos homens, repensando seu papel de gênero e experimentando outras formas de "ser mulher"; de outro, os homens aferraram-se aos valores da tradição, numa espécie de refluxo reacionário (algo semelhante ocorre em outros países, como o Brasil e a ascensão de grupos masculinistas, MGTOWs, que procuram recuperar uma suposta tradição perdida de virilidade, fazendo frente à suposta degeneração das ideias modernas que põem em xeque os papéis de gênero, o masculino e o feminino).

Há um descompasso, pois as mulher que os homens japoneses procuram (dóceis, obedientes e sem ambições) está em vias de desaparecer. Portanto, as mulheres reais, digamos assim, não mais os satisfazem. Mulheres reais dão muito trabalho, elas não querem filhos e não acreditam que a maternidade é seu destino; elas querem trabalhar, não mais cuidar do lar enquanto a manutenção da família recai sobre o macho provedor; elas não querem mais viver em função de seus maridos etc. Não à toa o Japão passa por crises do matrimônio (cada vez mais as mulheres preferem ir à universidade e construir uma carreira profissional a casar), redução drástica da natalidade e por aí vai.

Mas uma personagem 2D encarna com precisam esse ideal de uma mulher que "não dá trabalho", justamente por tratar-se de um relacionamento parasocial com uma "não-pessoa". Uma personagem 2D não questiona, não tem aspirações próprias, ela existe tão-somente para satisfazer aos nossos caprichos, para suprir nossos vácuos existenciais, para fazer de nós o foco absoluto de sua atenção etc. Há de se questionar o porquê desses casos serem muito mais frequentes entre homens, inclusive fora do Japão. E uma das respostas para esse fato, a meu ver, é esta: os homens não sabem lidar com o desmoronamento de seu antigo papel de gênero, determinado pela tradição, e com a liberação social, afetiva e sexual das mulheres. E o que lhes resta? O retorno neurótico para a tradição ou a busca de mulheres irreais "feitas por encomenda".​
 
por mais conservadora que nossa sociedade ainda seja, o futuro está se impondo a despeito da vontade de de quem quer que seja.
Isso é algo que eu discordo completamente. A sociedade moderna é bem progressista (mesmo sendo menos em alguns países do que em outros). Há essa impressão da sociedade ser conservadora, porque a geração seguinte sempre é mais progressista que a anterior. O Boomer que adolescentes tentam cancelar no Twitter, provavelmente, já foi um militante hippie.
É comum que a gente sinta alguma estranheza, ou até repulsa, diante de um caso como esse, porém não nos cabe apontar o que vem a ser certo ou errado na forma como cada um escolhe ser feliz, contanto que isto esteja dentro dos limites da lei.
Outra coisa que eu discordo. Sim, eu entendi o que você quis dizer, de que o sujeito não deve ser penalizado por coisas assim, mas, assim como pessoas têm o direito de fazer coisas assim, outras pessoas (a sociedade) também têm o direito de julgar. Um opinião atípica e um pouco polêmica minha é que não há nada de errado com preconceito (até certo ponto), já que é um mecanismo de defesa instintivo do ser humano para evitar perigo desconhecido e alterações desnecessárias no meio em que ele está inserido. Pode ser racional ou não, dependendo do caso específico. E outra coisa... O mundo moderno tem uma visão meio distorcida do que é felicidade, vindo em grande parte por culpa do idealismo e escapismo, então eu não sei se o fato do indivíduo estar "feliz" é um passe livre pra validação.
No mais, o que me espanta é que a vida pessoal/sexual/amorosa provoque mais espanto na sociedade do que a falta de caráter de grand eparte da população, em especial de personalidades e de pessoas públicas que detém poder para influenciar de forma negativa o comportamento de grande parcela da população.
Isso não faz sentido, pois o caráter do sujeito pode ser visto de forma bem clara nos fatores que você citou. Por exemplo, você espera que um cara que traía a mulher seja um bom político? Ou que uma pessoa que vive gastando dinheiro com coisas fúteis seja um bom economista? É claro que eu não quero que fiquemos cuidando da vida das pessoas (por exemplo do sujeito do tópico), mas, sim, a vida pessoal das pessoas sempre deu sinais do caráter e da competência profissional.
E uma das respostas para esse fato, a meu ver, é esta: os homens não sabem lidar com o desmoronamento de seu antigo papel de gênero, determinado pela tradição, e com a liberação social, afetiva e sexual das mulheres. E o que lhes resta? O retorno neurótico para a tradição ou a busca de mulheres irreais "feitas por encomenda".
Em geral, eu concordo com tudo o que você disse. Mais um ponto bom de se ressaltar é que, apesar da sociedade deixar de exigir papéis tradicionais das mulheres, ela meio que continua exigindo papéis tradicionais dos homens, pois ela, inconscientemente, sabe que a mesma vai ruir de vez no momento que eles abandonarem de vez esses papéis. Exemplo disso é o fato da pressão pra conseguir emprego e namorada ser, relativamente, mais frequente pra homens do que pra mulheres. Ou o fato de cavalheirismo ainda ser considerado uma virtude (em alguns casos, obrigação), mesmo a sociedade sendo bem mais progressista, hoje, em questão de papéis de cada sexo.
 
Não tenho dúvida que a mudança de postura da mulher quanto ao seu papel na sociedade japonesa possua sua parcela de influência em uma correlação direta à fenômenos como esse. Some isso às pressões internas exercidas sobre os cidadãos por uma economia estagnada e teremos um caldeirão perfeito para os mais diversos tipos de escapismos socioculturais em escala macro populacional ou individual.

E isso é algo que está posto e sobre o qual as próximas gerações terão que debruçar-sr para resolver. É por isso que eu digo que nós talvez não tenhamos subsídios materiais e intelectuais para compreender, e portanto julgar, o que estamos presenciando. E justamente por isso a estranheza de alguns, o que pode ser compreensível, porém que ainda assim não justificaria o comportamento geral da grande maioria a respeito do assunto.

A gente está lidando com algo que “hoje” é “novo/diferente/estranho”, mas que amanhã pode ser “normal” e caberá as próximas gerações lidar com isso. Encaro isso mais como uma ruptura do que como um desvio de conduta. Portanto, estou assumindo ma postura progressista.

Até entendo esse pensamento de que o homem esteja direcionando seu amor para uma garota 2D na busca da figura idealizada de mulher submissa e este talvez possa ser o caso, de fato. E ainda que seja isso, não vejo problema, uma vez que isso não se configura crime. Porém eu enxergo isso mais como uma expressão de amor platônico, bem nos moldes dos românticos, com a diferença que graças à tecnologia de nosso tempo “a figura idealizada, pura, perfeita e inalcançável da mulher amada” de alguma forma pode ser “materializada”.

Que aliás é uma das constantes queixas, até onde sei, desses movimentos masculinistas contemporâneos: a de que as mulheres de nosso tempo, conservadoras ou progressistas, não se encaixam dentro dos padrões que eles desejam. Não tenho duvida que se houvesse uma “máquina de imprimir pessoas” esses masculinistas apertariam o botão para imprimir a “mulher ideal” segundo sua própria concepção.

Sendo assim, eu reafirmo que cada um deve viver sua vida da forma que lhe convir, desde que isso não prive os direitos do outro. Eu acredito que muito mais útil do que apontar o dedo é demonstrar respeito pela forma que o outro escolheu viver. Se o ser humano entendesse essas premissas básicas de civilidade, não teríamos tantos problemas por consequência da intolerância. o que a pessoa faz ou deixa de fazer no âmbito de sua privacidade, diz respeito somente a ela.

E pensando dessa forma, eu digo que se estivéssemos tendo essa conversa uns dez anos atrás, eu diria que sim, as gerações posteriores são sempre mais progressistas que as gerações passadas. Mas vendo a furada que nosso país se meteu, e a ascensão de certos grupos reacionários ao redor do mundo eu não acho que isso seja necessariamente uma verdade.

Aliás, parece que o ser humanos não se enquadra em nenhuma regra geral. E isso além de bom é fantástico. Somos complexos e multifacetados e por isso mesmo acredito que mais do que repudiar “o diferente” precisamos tentar compreendê-lo.
 
O papo está gostoso então vou me colocar a disposição novamente hehehe

@Irineu
Isso é algo que eu discordo completamente. A sociedade moderna é bem progressista (mesmo sendo menos em alguns países do que em outros). Há essa impressão da sociedade ser conservadora, porque a geração seguinte sempre é mais progressista que a anterior. O Boomer que adolescentes tentam cancelar no Twitter, provavelmente, já foi um militante hippie.
Não posso responder por outras culturas de outros países por falta de conhecimento, mas particularmente no Brasil acho que somos bem divididos. De um lado temos pessoas conservadoras que sempre reforçam e valorizam o modelo tradicional de amor/familia. E do outro temos as pessoas que apoiam os movimentos mais liberais e de quebra de paradigma, e normalmente esse segundo grupo só apoia esses movimentos ou porque fazem parte dele ou porque possuem pessoas muitos próximas a eles e entendem o preconceito que muitas das pessoas sofrem em sociedade por serem como são. Não é muito difícil você conhecer alguém que faça parte de um movimento LGBT que normalmente é desprezado por familiares por serem mais tradicionais, quem dirá por formas de relacionamento bem mais exóticas como desse caso. Então sim eu acredito que a sociedade ainda parece ser mais conservadora. (Pelo menos no Brasil)

Outra coisa que eu discordo. Sim, eu entendi o que você quis dizer, de que o sujeito não deve ser penalizado por coisas assim, mas, assim como pessoas têm o direito de fazer coisas assim, outras pessoas (a sociedade) também têm o direito de julgar. Um opinião atípica e um pouco polêmica minha é que não há nada de errado com preconceito (até certo ponto), já que é um mecanismo de defesa instintivo do ser humano para evitar perigo desconhecido e alterações desnecessárias no meio em que ele está inserido
Concordo em partes. De fato, a mesma liberdade que uma pessoa tem de se relacionar com quem quiser temos a mesma liberdade de poder opinar a respeito disso. Mas usar um mecanismo instintivo e primitivo para justificar o direito te ter preconceitos ai já acho algo bastante problemático (socialmente falando), o problema não é a liberdade que temos de opinar a respeito da estranheza de outras culturas e sim o impacto que isso pode causar. Pessoas não deveriam serem desprezadas oprimidas ou desrespeitadas por serem quem são. Apesar de eu achar muito estranho esse tipo de relação e de opinar sobre isso abertamente, isso não pode me impedir de respeitar essa pessoa e trata-la da mesma maneira como eu gostaria de ser tratado.

Isso não faz sentido, pois o caráter do sujeito pode ser visto de forma bem clara nos fatores que você citou. Por exemplo, você espera que um cara que traía a mulher seja um bom político? Ou que uma pessoa que vive gastando dinheiro com coisas fúteis seja um bom economista? É claro que eu não quero que fiquemos cuidando da vida das pessoas (por exemplo do sujeito do tópico), mas, sim, a vida pessoal das pessoas sempre deu sinais do caráter e da competência profissional.
Discordo. Nem sempre a vida pessoal de alguém afeta suas competências profissionais. Obviamente que uma pessoa consumista nunca será um bom economista, mas é justamente por que esses dois fatores estão inteiramente interligados. Agora uma pessoa que traia a esposa pode SIM ser um bom político. Um exemplo clássico que posso citar aqui é de Martin Luther King que apesar de sempre ter lutado pelas causas e direitos dos negros traia com certa frequência sua esposa e mesmo com essa questão isso não tornou ele um político menos relevante para sua época e nem que sua causa não era justa, mas sim porque o fato de ele trair sua esposa não era um desvio de conduta diretamente relacionado a sua causa político, as duas coisas não possuem relação. Políticos podem sim serem excelentes pais de família e ainda foderem com a população.

@DadoCWB
Sendo assim, eu reafirmo que cada um deve viver sua vida da forma que lhe convir, desde que isso não prive os direitos do outro. Eu acredito que muito mais útil do que apontar o dedo é demonstrar respeito pela forma que o outro escolheu viver. Se o ser humano entendesse essas premissas básicas de civilidade, não teríamos tantos problemas por consequência da intolerância. o que a pessoa faz ou deixa de fazer no âmbito de sua privacidade, diz respeito somente a ela.
Concordo com sua afirmação porém sou obrigado a reintegrar minha opinião sobre essa questão no sentido de: "Até onde esse tipo de relação é saudável para a própria pessoa?". Apesar de eu também ser totalmente a favor das pessoas terem a suas liberdades individuais respeitadas, reforço a importância do quanto nós humanos deveríamos aprender a lidarmos uns com os outros e de que talvez essas questões sociais que estamos vendo hoje de pessoas que preferem se relacionarem com seres irreais do que reais seja um reflexo do quanto estamos totalmente despreparados a vivermos em harmonia como seres humanos, o que leva uma pessoa a se relacionar com objetos ao invés de pessoas? O que eu percebo muito aqui é o quanto nós reforçamos do quanto as pessoas deveriam aprender a respeitar esse tipo de relação que quebra paradigmas. Mas por outro lado temos que analisar também que a pessoa que decidiu se relacionar com garotas 2D optou por isso porque é incapaz de se adaptar a sociedade e a sociedade parece ser incapaz de se adaptar a ela também. Talvez seja necessário criar uma ponte entre os dois lados para que a sociedade como um todo possa viver mais unidade e menos segregada.
 
Eventualmente a internet transforma tudo em debate político/social/filosófico. De repente o rapaz só queria brincar com o tamagochi. :v
 
Eventualmente a internet transforma tudo em debate político/social/filosófico. De repente o rapaz só queria brincar com o tamagochi. :v
Cara, tu pod enão acreditar, mas virou uma febre na região onde moro, os pais presentearem seus filhos com bichinhos virtuais (sim igual aqueles que existiam lá na década de 90).

@DadoCWB
Concordo com sua afirmação porém sou obrigado a reintegrar minha opinião sobre essa questão no sentido de: "Até onde esse tipo de relação é saudável para a própria pessoa?". Apesar de eu também ser totalmente a favor das pessoas terem a suas liberdades individuais respeitadas, reforço a importância do quanto nós humanos deveríamos aprender a lidarmos uns com os outros e de que talvez essas questões sociais que estamos vendo hoje de pessoas que preferem se relacionarem com seres irreais do que reais seja um reflexo do quanto estamos totalmente despreparados a vivermos em harmonia como seres humanos, o que leva uma pessoa a se relacionar com objetos ao invés de pessoas? O que eu percebo muito aqui é o quanto nós reforçamos do quanto as pessoas deveriam aprender a respeitar esse tipo de relação que quebra paradigmas. Mas por outro lado temos que analisar também que a pessoa que decidiu se relacionar com garotas 2D optou por isso porque é incapaz de se adaptar a sociedade e a sociedade parece ser incapaz de se adaptar a ela também. Talvez seja necessário criar uma ponte entre os dois lados para que a sociedade como um todo possa viver mais unidade e menos segregada.
Você não acha que, de uma maneira geral, a gente que gosta de jogos e tá imerso nesse meio que se convenciona chamar de "cultura geek" tem um pouco (bastante) disso? A gente fala de personagens fictícios como se eles de fato existissem e podemos debater horas a fio sobre sua persona.

E curioso é que por um lado a sociedade que trata o caso citado como "anormal" é a mesma que diz que faz polêmica, por exemplo, quando o filho do superman é retratado como bissexual em uma HQ. O que "cancela" um anime ecchi por que ele gasta tempo de tela exibindo peitos e calcinhas.

Então me parece que "o que é normal" ou não, passa apenas e tão somente pela conveniência pessoal/moral de quem fala?
 
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