Começando falando um pouco sobre o vídeo: mesmo que ele seja bem curtinho, os seis minutos me pareceram muito mais longos do que deveriam, ir longe o suficiente pra falar da origem da palavra não só é um exagero muito grande, como não realmente ajuda a pessoa a ficar boa naquilo. Acaba que mesmo sentindo que o vídeo já era maior do que realmente é, senti que o conteúdo puro dele era bem pequeno — a maior parte do valor que peguei do vídeo foi questão de edição mesmo.
Também achei
Acho que grande parte da culpa foi a narração meio monotônica (ainda tô tentando achar um tom confortável pra esse tipo de vídeo), mas a edição em si também não colaborou muito - poderia ter tido mais cortes e sido mais ágil.
Dizer pra pessoa não arriscar quando ela precisa aprender a fazer algo é pouco intuitivo, pra dizer o mínimo. Não existe outra maneira de aprender que não seja tentando.
O ponto não é "não arriscar", mas, "se for fazer comédia no seu jogo, faça com confiança". É que nem contar uma piada na vida real - o conteúdo da piada é só metade do caminho, a
maneira como você conta ela é a outra metade fundamental. Se você contar uma piada de maneira insegura, que nem você mesmo acha que é engraçada, dificilmente ela vai sair boa, mas por outro lado se contar até uma piada ruim mas com confiança e na hora certa, tem boas chances de arrancar alguma risadinha.
Eu também acho um erro tentar ser engraçado "pra maior quantidade possível de pessoas". Focar em um público mais nicho pode ser uma ótima oportunidade de testar um tipo de comédia que você curta, mas não seja especialmente popular.
Você só vai conseguir descobrir de fato quem é o seu público e o tamanho dele se disponibilizar o seu jogo pra bastante gente jogar (como foi o seu caso). Limitar seu grupo de testes a um público pequeno e não-diverso pode ser um tiro no pé, já que você deixa de ter noção de como o público mais geral vai receber o seu jogo - talvez você descobrisse que ajustes pequenos poderiam deixar seu humor bem mais acessível pra outras pessoas sem que ele perca sua essência. O segredo é estar preparado para receber as críticas e usá-las a seu favor na hora de implementar sua visão no jogo.
mas é bem difícil pra mim pensar num jogo que não apresente conteúdo cômico em algum momento: um dos melhores momentos do horrível jogo "Yu-Gi-Oh! Reshef of Destruction" é a side quest na qual você enfrenta vários macacos, inclusive, as bananas do cenário foram programadas para responder "Sorry! You can't duel a banana" quando você tenta duelar com elas. A série de jogos "Mother"/"Earthbound", mesmo sendo lembrada principalmente por seu drama e forte senso de estética, a comédia é um fato crucial pro sucesso do jogo, vários inimigos e situações são colocados pra te fazer rir. Até mesmo um jogo feito para ser sério, como "Resident Evil 2" possuía um personagem secreto que era um tofu, a própria existência do personagem dentro do jogo era uma piada. Seja de forma grande ou pequena, comédia no mundo dos jogos está em todo lugar.
Exatamente, a maioria dos jogos, assim como a maioria dos filmes e dos livros, possui algum tipo de "alívio cômico" ou parte bem-humorada, o quê não significa que a obra em si seja de comédia. É o que eu quis dizer com "usar humor de maneira cirúrgica", ou seja, bem pontualmente e em situações bem específicas. Os que você citou são ótimo exemplos de humor por absurdo/quebra de expectativas.
Outra coisa, humor não precisa ser literalmente mostrado visualmente ou através de texto, as próprias mecânicas do jogo podem render coisas engraçadas quer você queira ou não. Como por exemplo, em Yu-Gi-Oh! ver um deck meta extremamente apelão em toda a sua glória antes de ter qualquer carta atingida pela ban list tomando um couro de um deck aleatório de uns dez anos atrás, só por esse mesmo deck ter uma interação muito específica que o deck meta não consegue passar por cima, gerando uma situação que com certeza te fará rir com o conhecimento certo do jogo.
Sim! Assim como o cavalo com
tração nas quatro patas (obrigado por essa
@Jully Anne ) do Skyrim, mecânicas que não foram feitas para serem intencionalmente engraçadas muitas vezes acabam sendo, por conta do contexto e das interações que o jogador tem com elas. Jogos de sandbox costumam ter maior diversidade de mecânicas e situações onde elas podem ocorrer, o que os deixa mais propícios a esse tipo de humor que jogos mais lineares.