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"Nunca desista se tiver uma ideia em mente, se tiver inicie-a."
- Samuel Augusto

Como adicionar humor no seu jogo? - Make The Game!

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Hoje começamos uma nova série no nosso canal do Youtube, focada em Game Design! O conteúdo desses vídeos será baseado em artigos da nossa querida revista Make The Game, de onde vem o nome do quadro. O video de hoje é baseado no artigo "Humor em Jogos" escrito pelo @Avatar para a 7º edição da Make The RPG.

Espero que gostem!
 
Um grande problema que percebo ao testar projetos de comédia é que a maioria deles usam e abusam do "humor tosco e barato", tais como palavrões, piadas sobre sexo e muito enchimento de linguiça para compensar a falta de um trabalho mais bem elaborado e criativo.
Sobre a questão das críticas, foi meio que automático, mas lembrei de imediato do Mineirinho Ultra Adventures e como o criador do mesmo não reconhecia que seu game é fraco (acho que até o mesmo tem mudado de opinião)...
Claro, humor em jogos não resume-se unicamente aos games de comédia, mas também aos momentos mais propícios para dar um ar de descontração, algo que não pode ser inserido em qualquer game.
Um exemplo difícil de adicionar humor (para os desenvolvedores...) é um mencionado no vídeo e que conheço bem: The Elder Scrolls V - Skyrim, que possui uma temática mais séria e não costuma abrir brechas para tal, porém, como o game sofre muito com bugs, não será nada impossível, quem estiver jogando, dar boas risadas dos cavalos alpinistas com tração nas 4 patas ou vacas e dragões caindo mortos do céus, deixando itens e almas de graça e sem esforço algum. Esse é um bom exemplo de humor não intencional hahahá!
 
Prezados, boa noite!


Está muito legal o vídeo, principalmente com essa recompensa en-cantadora no final.

Quanto ao tema, a comédia é realmente um dos gêneros mais difícil de trabalhar. Não digo isso pensando naquele clichê de que cada um tem o seu gosto e é difícil agradar a todos, mas em virtude da dificuldade de trabalhar de uma forma satisfatória o tema em si. Pode até não parecer, mas existe uma fórmula universal da piada. Há toda uma questão teórica por trás da comêdia e do "fazer rir" que algumas pessoas conseguem aprender naturalmente e outras nem tanto.

Na prática conheço poucos jogos com o foco nesse tema, como Earthworm Jim (1994), Skullmonkeys (1998) e The Bard's Tale (2004), mas, apesar de serem poucos, eu lembro de cada um com bastante carinho.

O gênero de comédia certamente é um rápido caminho para chamar a atenção do público. O difícil é aprender o felling para as piadas e evitar o abuso de muletas como palavrões e a exploração de estereótipos fáceis e preconceituosos.


É o que eu penso.
Abraços.​
 
Começando falando um pouco sobre o vídeo: mesmo que ele seja bem curtinho, os seis minutos me pareceram muito mais longos do que deveriam, ir longe o suficiente pra falar da origem da palavra não só é um exagero muito grande, como não realmente ajuda a pessoa a ficar boa naquilo. Acaba que mesmo sentindo que o vídeo já era maior do que realmente é, senti que o conteúdo puro dele era bem pequeno — a maior parte do valor que peguei do vídeo foi questão de edição mesmo.

Bom, um pouco sobre o assunto. Dizer pra pessoa não arriscar quando ela precisa aprender a fazer algo é pouco intuitivo, pra dizer o mínimo. Não existe outra maneira de aprender que não seja tentando. Dentro de meus projetos concluídos, um dos que eu tenho menos orgulho é um jogo que saiu fraco pelo meu medo de tentar coisas que na época eu achava que ele precisava, então o meu "não arriscar" foi o cemitério em que o game repousou pelo pouco tempo que chamou atenção.

Eu nunca parei pra pensar sobre comédia em jogos, até por parecer uma parte tão óbvia e necessária para os mesmos, tanto que ler o título da postagem me fez ficar levemente confuso.

Claro, jogos unicamente de comédia não estão em todo lugar, mas é bem difícil pra mim pensar num jogo que não apresente conteúdo cômico em algum momento: um dos melhores momentos do horrível jogo "Yu-Gi-Oh! Reshef of Destruction" é a side quest na qual você enfrenta vários macacos, inclusive, as bananas do cenário foram programadas para responder "Sorry! You can't duel a banana" quando você tenta duelar com elas. A série de jogos "Mother"/"Earthbound", mesmo sendo lembrada principalmente por seu drama e forte senso de estética, a comédia é um fato crucial pro sucesso do jogo, vários inimigos e situações são colocados pra te fazer rir. Até mesmo um jogo feito para ser sério, como "Resident Evil 2" possuía um personagem secreto que era um tofu, a própria existência do personagem dentro do jogo era uma piada. Seja de forma grande ou pequena, comédia no mundo dos jogos está em todo lugar.

Eu também acho um erro tentar ser engraçado "pra maior quantidade possível de pessoas". Focar em um público mais nicho pode ser uma ótima oportunidade de testar um tipo de comédia que você curta, mas não seja especialmente popular. Um exemplo bem óbvio disso, são mídias com comédia referencial, no qual se você não fizer parte do grupo de pessoas que entende todo ou maior parte do conteúdo que está sendo referenciado, a obra perde totalmente o apelo pra você.

Costumo pensar que é um beneficio muito grande ter várias pessoas jogando meus jogos e muitas vezes, é um benefício que eu não terei, então nunca vou contar com ele enquanto estiver fazendo um jogo. Ao invés, acaba sendo uma jogada mais interessante pra mim pensar "o que o tipo de pessoa que jogaria até aqui gostaria de ver". Isso também incluiria "o que eu gostaria de ver aqui", já que o tempo todo mantive o interesse em criar o jogo e continuar testando como um jogador.

Outra coisa, humor não precisa ser literalmente mostrado visualmente ou através de texto, as próprias mecânicas do jogo podem render coisas engraçadas quer você queira ou não. Como por exemplo, em Yu-Gi-Oh! ver um deck meta extremamente apelão em toda a sua glória antes de ter qualquer carta atingida pela ban list tomando um couro de um deck aleatório de uns dez anos atrás, só por esse mesmo deck ter uma interação muito específica que o deck meta não consegue passar por cima, gerando uma situação que com certeza te fará rir com o conhecimento certo do jogo.

De qualquer forma, até que é uma conversa legal pra se ter, obrigado por chamar atenção ao tópico.​
 
Gostei!
Convenhamos que o humor é uma ferramenta que faz certa diferença na hora de conquistar o público, dependendo de seu alvo. Com o tempo também eu fui entendendo melhor sobre o "timing" da piada que pra mim hoje faz toda diferença. Mas como executar de forma com que conquiste um jogador não é lá algo fácil mesmo.

Eu me lembro há muitos anos atrás de muitos jogos de RPG Maker que utilizavam das "sábias" técnicas baratas de humor, como o português chulo, áudio de meme aqui e acolá, além de situações tosconas que se eu jogasse novamente hoje em dia acharia horrível... Mas que na época eu murri de ri :bwahaha:

Tem uma parte específica no final de Devil May Cry 5 que me arrancou boas gargalhadas, é uma cena que a princípio é pra ser mais séria e sentimental, mas que acaba tirando sarro no final. Esse jogo de humores e quebra de expectativa também é ótimo!
Até mais :okay:
 
Agradeço a todos pelo feedback do vídeo! É apenas o primeiro da série, e temos bastante coisa para lapidar nos próximos ainda. Vocês têm alguma sugestão de tema que podemos abordar ?



@AbsoluteXandy
Começando falando um pouco sobre o vídeo: mesmo que ele seja bem curtinho, os seis minutos me pareceram muito mais longos do que deveriam, ir longe o suficiente pra falar da origem da palavra não só é um exagero muito grande, como não realmente ajuda a pessoa a ficar boa naquilo. Acaba que mesmo sentindo que o vídeo já era maior do que realmente é, senti que o conteúdo puro dele era bem pequeno — a maior parte do valor que peguei do vídeo foi questão de edição mesmo.
Também achei :meee: Acho que grande parte da culpa foi a narração meio monotônica (ainda tô tentando achar um tom confortável pra esse tipo de vídeo), mas a edição em si também não colaborou muito - poderia ter tido mais cortes e sido mais ágil.

Dizer pra pessoa não arriscar quando ela precisa aprender a fazer algo é pouco intuitivo, pra dizer o mínimo. Não existe outra maneira de aprender que não seja tentando.

O ponto não é "não arriscar", mas, "se for fazer comédia no seu jogo, faça com confiança". É que nem contar uma piada na vida real - o conteúdo da piada é só metade do caminho, a maneira como você conta ela é a outra metade fundamental. Se você contar uma piada de maneira insegura, que nem você mesmo acha que é engraçada, dificilmente ela vai sair boa, mas por outro lado se contar até uma piada ruim mas com confiança e na hora certa, tem boas chances de arrancar alguma risadinha.

Eu também acho um erro tentar ser engraçado "pra maior quantidade possível de pessoas". Focar em um público mais nicho pode ser uma ótima oportunidade de testar um tipo de comédia que você curta, mas não seja especialmente popular.

Você só vai conseguir descobrir de fato quem é o seu público e o tamanho dele se disponibilizar o seu jogo pra bastante gente jogar (como foi o seu caso). Limitar seu grupo de testes a um público pequeno e não-diverso pode ser um tiro no pé, já que você deixa de ter noção de como o público mais geral vai receber o seu jogo - talvez você descobrisse que ajustes pequenos poderiam deixar seu humor bem mais acessível pra outras pessoas sem que ele perca sua essência. O segredo é estar preparado para receber as críticas e usá-las a seu favor na hora de implementar sua visão no jogo.

mas é bem difícil pra mim pensar num jogo que não apresente conteúdo cômico em algum momento: um dos melhores momentos do horrível jogo "Yu-Gi-Oh! Reshef of Destruction" é a side quest na qual você enfrenta vários macacos, inclusive, as bananas do cenário foram programadas para responder "Sorry! You can't duel a banana" quando você tenta duelar com elas. A série de jogos "Mother"/"Earthbound", mesmo sendo lembrada principalmente por seu drama e forte senso de estética, a comédia é um fato crucial pro sucesso do jogo, vários inimigos e situações são colocados pra te fazer rir. Até mesmo um jogo feito para ser sério, como "Resident Evil 2" possuía um personagem secreto que era um tofu, a própria existência do personagem dentro do jogo era uma piada. Seja de forma grande ou pequena, comédia no mundo dos jogos está em todo lugar.

Exatamente, a maioria dos jogos, assim como a maioria dos filmes e dos livros, possui algum tipo de "alívio cômico" ou parte bem-humorada, o quê não significa que a obra em si seja de comédia. É o que eu quis dizer com "usar humor de maneira cirúrgica", ou seja, bem pontualmente e em situações bem específicas. Os que você citou são ótimo exemplos de humor por absurdo/quebra de expectativas.

Outra coisa, humor não precisa ser literalmente mostrado visualmente ou através de texto, as próprias mecânicas do jogo podem render coisas engraçadas quer você queira ou não. Como por exemplo, em Yu-Gi-Oh! ver um deck meta extremamente apelão em toda a sua glória antes de ter qualquer carta atingida pela ban list tomando um couro de um deck aleatório de uns dez anos atrás, só por esse mesmo deck ter uma interação muito específica que o deck meta não consegue passar por cima, gerando uma situação que com certeza te fará rir com o conhecimento certo do jogo.

Sim! Assim como o cavalo com tração nas quatro patas (obrigado por essa @Jully Anne :bwahaha:) do Skyrim, mecânicas que não foram feitas para serem intencionalmente engraçadas muitas vezes acabam sendo, por conta do contexto e das interações que o jogador tem com elas. Jogos de sandbox costumam ter maior diversidade de mecânicas e situações onde elas podem ocorrer, o que os deixa mais propícios a esse tipo de humor que jogos mais lineares.
 
Última edição:
Agradeço a todos pelo feedback do vídeo! É apenas o primeiro da série, e temos bastante coisa para lapidar ainda nos próximos ainda. Vocês têm alguma sugestão de tema que podemos abordar ?
Que tal progressão orgânica em jogos? Como fazer com que o jogador sinta que ele está progredindo e não apenas grindando ou "andando em círculos".
 
Também achei :meee: Acho que grande parte da culpa foi a narração meio monotônica (ainda tô tentando achar um tom confortável pra esse tipo de vídeo), mas a edição em si também não colaborou muito - poderia ter tido mais cortes e sido mais ágil.
Eu acho a parte de narração ok, se tentar mexer muito, corre o risco de sair forçado. O tom tá legal e a edição faz o serviço, além de ser visualmente gostosinho de assistir.

O ponto não é "não arriscar", mas, "se for fazer comédia no seu jogo, faça com confiança". É que nem contar uma piada na vida real - o conteúdo da piada é só metade do caminho, a maneira como você conta ela é a outra metade fundamental. Se você contar uma piada de maneira insegura, que nem você mesmo acha que é engraçada, dificilmente ela vai sair boa, mas por outro lado se contar até uma piada ruim mas com confiança e na hora certa, tem boas chances de arrancar alguma risadinha.
Desde que você não esteja literalmente gravando sua voz, não importa se está confiante na piada ou não. Inclusive, não ter confiança nela pode ser a própria piada. Mesmo que sejamos todos diferentes, você achar sua piada um pouco engraçada, é praticamente garantia de que alguém em algum lugar também vai achar.

Mas é, faz bastante sentido! Contar uma piada que você não acha engraçada é uma sacada horrível, além de dar traços de cinismo que não costumam dar uma boa vista pro seu jogo. Acaba que estávamos pensando em um tipo de falta de confiança diferente.

Você só vai conseguir descobrir de fato quem é o seu público e o tamanho dele se disponibilizar o seu jogo pra bastante gente jogar (como foi o seu caso). Limitar seu grupo de testes a um público pequeno e não-diverso pode ser um tiro no pé, já que você deixa de ter noção de como o público mais geral vai receber o seu jogo - talvez você descobrisse que ajustes pequenos poderiam deixar seu humor bem mais acessível pra outras pessoas sem que ele perca sua essência. O segredo é estar preparado para receber as críticas e usá-las a seu favor na hora de implementar sua visão no jogo.
Não exatamente, vai depender muito do caso a caso. Se o jogo já foi desenvolvido com um nicho em mente, é natural que apenas pessoas que pertencem a ele joguem ou acabem gostando do produto final.

Exatamente, a maioria dos jogos, assim como a maioria dos filmes e dos livros, possui algum tipo de "alívio cômico" ou parte bem-humorada, o quê não significa que a obra em si seja de comédia. É o que eu quis dizer com "usar humor de maneira cirúrgica", ou seja, bem pontualmente e em situações bem específicas. Os que você citou são ótimo exemplos de humor por absurdo/quebra de expectativas.
Huh, acho que isso entra outro ponto estranho do vídeo. Já que tem uma partezinha dedicado a dizer que o humor não é exatamente algo que você acha em jogo com tanta facilidade, o que acabou conflitando um pouco com o meu entendimento.

Olhando por esse lado, a expressão que usou está fazendo muito mais sentido agora kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
 
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