🤔 Para Refletir :
"Já experimentou mudar a fonte do jogo?"
- Delayzado

[História] As Crônicas de Terrástria — A Saga da Aliança Libertadora

Arvis Masculino

Novato
Membro
Membro
Juntou-se
06 de Abril de 2023
Postagens
8
Bravecoins
43
Olá, pessoal, Arvis aqui para lhes apresentar a minha história (e possível pré-roteiro) que estou escrevendo. Pretendo que esse seja o post principal, permitindo que eu coloque atualizações e capítulos novos nas respostas. O que acham?

Me perdoem também se a história se alterar durante o curso da escrita, é algo que inevitavelmente acontece.

A sinopse é a seguinte:

Terrástria está doente, perecendo lentamente nas mãos de seus filhos ingratos e gananciosos…

O mal corrompe gradualmente a natureza do planeta, assim como corrompe os corações e as mentes dos mortais, que insistem em perseguir seus interesses viciosos, ignorantes e autocontraditórios. Seus desejos e emoções são mais poderosos que qualquer racionalidade lógica, levando-os a uma vida vazia, medíocre ou até pior: puramente demoníaca. As pessoas já não sabem mais quem são, mas acreditam no que querem sem razão. Eles já não compreendem mais a realidade, mas insistem em impor sua vontade sobre ela. O planeta via com indignação os demônios nascidos entre os mortais querendo sugar do seio da terra até não sobrar mais nada: com suas últimas forças, o planeta insiste em se revoltar, trazendo extensas calamidades contra aqueles que o desrespeitaram.

A sociedade como conhecíamos estava ruindo, mas também estava decidida em levar Terrástria com ela. Os abutres eram muito poderosos, controlavam grandes nações e grandes exércitos. Estavam sempre ouvindo ou observando, somente esperando para atacar sua próxima vítima e se alimentar de sua carcaça. Nem a morte era impedimento: se tivessem que governar sobre uma pilha de cadáveres, que então esses cadáveres trabalhem e lutem com toda a sua força. O importante era que não tivessem consciência. No público, eles se apresentavam como grandes líderes, autoridades virtuosas e implacáveis, que traziam medo e adoração por parte das massas, mas no privado conspiravam e tramavam todo o tipo de maldade enquanto congregavam com o sangue dos inocentes.

Quando tudo parece perdido e o desespero toma conta das massas, quatro caminhos se revelam para aqueles que pretendem lutar e resistir:

O caminho do Dever, reunindo aqueles que buscam o cumprimento das suas obrigações…

O caminho da Virtude, reunindo aqueles que buscam o aprimoramento do seu caráter…

O caminho da Utilidade, reunindo aqueles que buscam a maximização da sua felicidade…

E o caminho da Fé, reunindo aqueles que buscam a expiação das suas transgressões…


Enquanto a névoa do mal se espalhava por Terrástria, a esperança ressurgia em Alvanista, o reino do conhecimento: quatro heróis, cada um seguindo um destes caminhos, reúnem suas forças e seus aliados para lutar contra os abutres e proteger o que resta do povo, da natureza e da graça divina. Com o sangue nobre dos seus ancestrais e os equipamentos dos Deuses, seu objetivo é restaurar Terrástria a sua antiga glória, com uma natureza rica e uma sociedade próspera. Os Deuses regozijam ao poder acompanhar seus campeões lutarem mais uma vez pelo planeta, reunindo suas forças para limpar toda a maldade do caminho deles, deixando somente o que vai fortalecê-los e prepará-los para o que está por vir…
 
Última edição:

ATO I — CRISE DIPLOMÁTICA

Lentamente, as sombras cobrem o planeta…

Terrástria é um mundo alicerçado pelo sangue dos seus heróis, que sacrificaram suas vidas lutando por sua natureza e por todos que nela habitam. Em tempos imemoriais, esses heróis fizeram um pacto com os Deuses, prometendo proteger Terrástria e seu povo da influência da Besta Serpentina e seus demônios. Tal pacto foi passado adiante para seus descendentes, que também deveriam dar suas vidas pelo planeta se assim demandado.

Assim surgiram as 12 Casas Patrícias, cujo sangue abençoado pelos Deuses herdaria relíquias sagradas, forjados pelas próprias divindades como uma maneira de demonstrar suas expectativas e o peso da missão conferida aos seus campeões. Entretanto, o poder da Besta corrompe a todos que alcança, e com os nobres não foi diferente. Logo eles deixaram de ver o poder como uma responsabilidade, mas sim como um meio para os seus fins nefastos.

Os nobres começaram a abusar do povo, que resistia a sua sede de poder e controle. Para a surpresa dos patrícios, eles não podiam reinar na pura força do seu sangue nobre, pois isso somente fazia seus reinados sucumbirem a pressão de populações insatisfeitas e nobres conspiradores, ambos devidamente preparados e motivados para derrubar os regimes vigentes em busca de outros que atendessem aos seus interesses. Portanto, buscaram por outras maneiras de legitimar sua autoridade perante o povo, enquanto conspiravam nas sombras para realizar seus interesses. E assim surgiu a Liga das Nações, que buscava ser esse meio para as nações poderem conquistar e alicerçar seus interesses por meios diplomáticos.

Presentemente, vivemos uma guerra fria entre as principais casas patrícias de Terrástria:

O Império Avelissano, liderado pela Casa de Merôndia, também conhecida como a Casa da Escuridão e da Desordem. Avelissa é dona de uma economia poderosa, provida por seu controle dos mares e seu território fértil, controlando diversas nações que ainda dependem da boa vontade avelissana para sobreviver;

O Sacro Império Ladissano, liderado pela Casa de Sirena, também conhecida como a Casa da Luz e da Ordem. Apesar de ser dona de uma vasta extensão territorial, esse território é majoritariamente dominado por montanhas nevadas cheias de riquezas minerais, que serviram para forjar equipamentos poderosos para o grande contingente militar ladissano, formado por soldados devotos da Igreja da Ordem;

E o Império Popular Midorelfórmico, liderado pela Casa de Dalmácia, também conhecida como a Casa do Tempo e da Razão. Dona de um território majoritariamente infértil e uma costa bloqueada pela influência avelissana, Midorelfórmia se mantém isolada, buscando na tecnologia por uma maneira de mostrar sua força para as outras nações.

Apesar dos esforços conjuntos de vários líderes e diplomatas para manter a paz, as casas patrícias se reuniam e fortificavam para uma nova guerra em Terrástria…
 

Capítulo I — Prenúncio do Desastre​

Era um dia normal na vida dos irmãos Frederico e Ferdinando. Em sua nova casa, a ilustre Academia Real de Magia e Filosofia, os príncipes começam o dia com mais um treino de espada. Guiados pela tutora e tia dos jovens tiferinos, Marina de Sirena, os dois irmãos pegam suas espadas de madeira e logo trocam as devidas provocações antes do duelo.

Estão preparados? — questiona Marina, a elfa alva.

Sim, tia — responde Ferdinando, animado.

Quem será que ganha dessa vez, Ferdinando? — questiona Frederico, o irmão mais velho.

Você sabe muito bem que tenho uma melhor habilidade com a espada do que você, mano. Nem tente se aparecer muito.

Você subestima minhas habilidades, Ferdinando. Posso até cair, mas vou te dar um bom desafio para ficar esperto.

Pode vir com tudo então!


E assim ambos começam o seu duelo, demonstrando suas técnicas de espada com rápidos golpes, bloqueios e evasões. Demorou cerca de quinze minutos até que Ferdinando conseguisse derrotar seu irmão com um golpe certeiro, derrubando-o.

Nossa, Ferdinando, de onde você veio? — questiona Frederico, pego de surpresa por seu irmão.

Eu disse que eu estava treinando.

E de fato deu frutos. Parabéns, Ferdinando
— responde Marina, alegre com a progressão dos seus alunos — você também evoluiu bastante, Frederico.

Obrigado, Marina
— responde Frederico, agradecido pelo carinho.

Parece que meus filhos se tornaram grandes guerreiros — comenta o pai dos garotos, que se aproxima — Isso é ótimo, me preocupo profundamente com a segurança de vocês.

Obrigado, pai
— responde Ferdinando, feliz com a aprovação paterna — Isso significa muito para a gente.

Eu imagino, tudo que eu mais quero é ver vocês bem e seguindo o caminho correto.

Não vamos abandonar nossas forças, nem nossa fé
— responde Frederico, com uma expressão de determinação em seu rosto.

E espero que não desistam dos seus sonhos também — comenta a mãe dos garotos, também tiferina — Tudo que fazemos é para que vocês vivam uma vida boa e que tenham condições para realizar tudo que desejam.

Sim, mãe. Muito obrigado pelo apoio
— responde Ferdinando, carinhosamente.

Quando a conversa acaba, surge um soldado correndo portão adentro ao pátio de treino da Academia, onde estavam os jovens e sua família. Assim que ele se deparara com os pais das crianças, ele dá sua mensagem.

Milordes, vocês estão sendo chamados pelo rei e pela rainha! Eles dizem ser urgente.

Claro, soldado
— a mãe dos garotos responde, preocupada — Fiquem aqui com a Marina, nós só vamos ver o que está acontecendo, tudo bem?

Claro, mãe! Fico cuidando do meu irmão aqui enquanto vocês salvam o mundo
— responde Ferdinando, animado.

E assim, os pais partem para a reitoria da Academia, despreparados para o que acabariam por descobrir…

Quando chegam a reitoria, eles logo se deparam com o casal de reitores desesperados.

Edmundo? Maristela? O que aconteceu? — questiona a mãe de Frederico e Ferdinando, preocupada com a amiga.

Acabamos de receber relatórios da Árvore de Mana, Adriana — responde Maristela, que resistia a tentação de literalmente arrancar seus cabelos — A situação é aterrorizante.

A Árvore de Mana está em estado crítico, não é mesmo?
— questiona o pai dos meninos, também ansioso.

Sim, Ricardo — responde Edmundo, que tentava não surtar — Mas tem mais, meu amigo. Coisas que dizem respeito a vocês dois.

O que seria?

Movimentações beligerantes em diversos países, incluindo Ladissa e Avelissa.

Como assim?
— questiona Adriana, sem reação — O que meus pais estão pensando?

Seu pai está atacando pesado o continente de Adelina, como retaliação pelos ataques terroristas em Mesládria.

Meus Deuses, a situação não poderia estar pior.

Poderia, Adriana —
responde Edmundo, não poupando as más notícias — Uma revolta começou em Crimélia.

Minha nossa senhora, meu pai não vai engolir isso de bom grado.

Ele já começou a fortificar e ocupar territórios na fronteira, inclusive territórios disputados entre os dois países. Estão marchando pela fronteira nesse exato momento.

Algo a mais para piorar ainda mais a situação?

Parece que as revoltas estão começando a se espalhar por Terrástria, e isso atiça a ira das Casas Patrícias, que estão exercendo controle quase autoritário em suas nações. A situação está obscura, meus amigos, muito obscura. Parece que o retorno de Apófis está se aproximando.

Precisamos fazer algo e já!
— responde Ricardo, impaciente — Se Apófis está voltando, precisamos ir para Dármia e nos preparar quanto antes. Reunir o máximo de aliados que pudermos e atacar quem está tentando trazer Apófis de volta.

Perfeito!
— responde Maristela, aliviada — Porque era exatamente isso que iriamos pedir para vocês.

Mas, Ricardo, e os nossos filhos? Como eles vão ficar?

Vai ficar tudo bem, Adriana. Eles vão viver tranquilos e seguros aqui, pode ter certeza.

Mesmo assim, ainda fico aflita de deixar meus filhos assim.

Isso é normal, Adriana, mas é o que o precisamos fazer agora. É o nosso compromisso com os Deuses.

Sim…
— responde Adriana, desgostosa.

Assim que a conversa acaba, novamente eles ouvem um soldado gritando.

Criança desmaiada no portão principal! Precisamos de atendimentos médicos.

Os quatro então partem para a entrada, onde encontram uma garota de pele escura e cabelo prateado. Adriana, logo que vê a criança, fica assustada.

Não é possível, o mundo está mesmo tão perto de acabar? — pergunta Adriana, retoricamente.

Se ela existe, então, sim, é um sinal do fim dos tempos — responde Ricardo, de cabeça baixa — Precisamos dar cabo dela antes que ela se torne a Herdeira do Vazio.

É um milagre ela estar tão vulnerável e a plena vista, os Deuses estão dando a nós uma chance
— responde Adriana, que se prepara para matar a garota.

Assim que Adriana se aproxima, ele ouve os gritos dos seus filhos.

Mãe! Não faça isso! — questiona Frederico, que chega correndo — O que estão pensando para fazer uma coisa dessas?

Filho, ela é perigosa, não pode continuar viva!
— responde Ricardo, querendo ser breve — Ela pode destruir todo o nosso mundo.

Porque, pai? Me explica.

Ela é a Herdeira do Vazio, a Escolhida de Apófis. Ela quando crescer vai se tornar a própria encarnação da maldade. Não podemos deixar que isso aconteça.

Realmente não tem outro jeito que não envolva matar ela?

Infelizmente não, meu filho. Eu gostaria muito que fosse diferente.

Então eu me responsabilizo por deixar ela viva, eu aceito as consequências!
— responde Frederico, se colocando entre os pais e a garota — Eu não vou deixar que matem alguém inocente e vulnerável.

Mas mantê-la viva pode matar outras pessoas inocentes e vulneráveis —
responde o pai de Frederico, preocupado com o filho.

Você não sabe, pai.

Ricardo e Adriana então se entreolham e aceitam tristes a decisão dos Deuses.

Tudo bem, Frederico. É bom ver que você tem um coração nobre.

Me perdoem, eu só não quero ver ninguém sofrer nada que não merece.

E isso é bom, mostra que seu coração é puro. Você é uma boa pessoa, justa. Talvez com a sua bondade possamos salvar essa garota do destino que a assombra.

Sim, pai! Vou fazer o meu melhor, prometo!
— responde Frederico, que logo ouve a garota tentando se levantar.

Quando Frederico vê a garota, logo se encanta pela sua beleza. O garoto se coloca como apoio para ela, levando-a até a enfermaria da Academia, onde a garota é tratada e cuidada por ele. Esse carinho somente cresceu com o tempo, germinando em diversos outros sentimentos. Juntos, os dois viveram um amor proibido, condenado pelos Deuses e pelos seus devotos, somente após quinze anos a verdade começou a se revelar…
 
Voltar
Topo Inferior