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Os jovens estão viciados e violentos

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A existência virtual é mais como um "JOGO" de azar que sempre dá prêmios. Ronaldo Bento
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Sou Professor de Matemática – a disciplina mais amada do Mundo. Moro e trabalho em Suzano/SP. Em décadas passadas nossa cidade era reconhecida pelo esporte voleibol, mas infelizmente na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), na manhã de quarta-feira, 13/03/2019. Dois homens atiraram contra alunos e funcionários do colégio, matando cinco estudantes, duas funcionárias e o tio de um deles antes de cometerem suicídio. O Vice-presidente da República Hamilton Mourão, lamentou o massacre, porém, relacionou a tragédia com videogames violentos. (Sem novidades!)
Segundo o mandatário: Temos que entender o porquê de isso estar acontecendo. Essas coisas não aconteciam no Brasil. Vemos essa garotada viciada em videogames violentos (...). Tenho netos e os vejo muitas vezes mergulhados nisso aí", comentou Mourão, segundo informações do jornal Correio Braziliense. Estou muito triste com essa situação", acrescentou Mourão. "Quando eu era criança, jogava bola, soltava pipa. A gente não vê mais essas coisas. Lamento profundamente tudo o que ocorreu." Claro que ele não quis relacionar o caso de Suzano com o decreto que flexibiliza a posse de armas legais no Brasil, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro em janeiro. "Não tem nada a ver", disse. "Vai dizer que a arma que os caras tinham lá era legal?
Não é a primeira vez que um líder político relaciona games violentos a massacres ou tragédias no mundo real. Em fevereiro de 2018, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez o mesmo durante um encontro sobre a violência nas escolas norte-americanas.
"Nós precisamos fazer alguma coisa quanto ao que eles (jovens) estão vendo e como eles estão vendo. E também os videogames", disse Trump. "Quer dizer, mais e mais pessoas dizem isso, o nível da violência nos videogames está fazendo a cabeça dos jovens. E você dá mais um passo, e são os filmes. Você vê esses filmes, e eles são tão violentos."
Mas o porquê professor... Esta mencionado esse acontecimento trágico?
Fui convidado para uma reunião, por um safado de um professor que está se candidatando a prefeito,,, E o safado também concordo com essa insanidade e diz que tudo gira em torno de games e rede sociais, ou seja, o jovens estão violentos pelo vicio em games. Quando era minha vez de falar fiz a seguinte pergunta para os cinco ilustres (que organizaram a reunião): Vocês sabem o que significa ESRB o órgão censor norte-americano Entertainment Software Rating Board? Advinha! Claro que nem um dos imbecis compreendia do que se tratava. Sai sem despedir-me!
Será que os desenvolvedores e entusiastas terão futuro? Diga lá a culpa é de quem?
 
Eu concordo que os games estão cada vez mais violentos. Discordo que são eles o combustível que alimenta o problema da violência que aflige nossa sociedade.

Ainda que um jogo seja voltado pra um público adulto, fico estarrecido com a normalidade com a qual o jogador trata como divertido, ceifar vidas (ainda que simbolicamente) nos jogos. Curiosamente os mesmo jogadores que se orgulha de "head sot" e "pentakill" criticam a nudez, ou semi-nudez em jogos também adulto.

Dentro do meio do RPG MAKER, percebo que existe uma verdadeira tara por sistema de combate. Como que se isso fosse a essência do jogo. Particularmente torço o nariz para jogos que valorizam em demasiado sistemas de combate. Enfim, não me divirto com a violência dentro dos jogos, mesmo quando são jogos adultos.
 
Última edição:
Como um residente de Suzano, eu também pude ver em primeira mão o impacto que o acontecimento de Raul Brasil gerou. Todo mundo estava preocupado e falando sobre o assunto, e claro que por uma boa causa.​
Acredito que um dos principais motivos que faz de videogame um ótimo bode expiatório é o crescimento de popularidade deles. A não muito tempo atrás as pessoas fora do nicho caçoariam de você por jogar qualquer tipo de coisa, mas hoje em dia é bem difícil alguém não ter pelo menos a sessão de FIFA depois de um dia cansativo de trabalho. Algo assim ser tão popular, significa também que é bem mais fácil para pessoas de fora darem de cara com conteúdos sobre a coisa totalmente fora de contexto, o que pode assustar e levar a mal entendidos — isso é, desconsiderando pessoas que culpam videogames de forma maliciosa por "N" motivos.​
Uma das coisas que me faz acreditar que essa é apenas uma reação comum de uma sociedade desinformada perante uma mídia diferente é o recente vídeo colaboração entre Leonardo Kitsune e a Meteoro Brasil chamado "LIMITES DO ECCHI". Perceba como os aproximados primeiros cinco minutos do vídeo são dedicados a mostrar crimes reais seríssimos tomando precaução para usar frases como "essa discussão sequer existir já é um problema" e ter certeza que qualquer pessoa desinformada esteja inclinada a concordar com o ponto do vídeo — onde o canal e o próprio Kitsune demonizam um gênero inteiro como culpado por todos os acontecimentos terríveis.​
A parte relevante do vídeo para essa conversa é como anime é um nicho que vem florescendo em tempos ainda mais recente do que os jogos, então nós podemos ver em primeira mão como mesmo o público otaku que não é tão informado consegue cair nas mesmas ladainhas que a televisão costuma usar pelo gênero em questão ser bem marginalizado e desgostado dentro da comunidade. No fim do dia a gente só quer se livrar de coisas que são "estranhas" e que não estão alinhadas com nosso gosto pessoal.​
 
Comparar videogames violentos e isso citado no "Limites do Ecchi" é um stretch enorme. É normal ter impulsos violentos, e usar os videogames como uma maneira de relaxar e liberá-los num ambiente seguro onde ninguém se machuca.

É completamente normal ser violento de vez em quando, porque há muito tempo atrás era uma mecânica de sobrevivência. Se defender de predadores, ou de outros humanos tentando colocar em risco a sua vida. E os jogos servem como uma maneira de conter esses impulsos a um mundo virtual onde ninguém se machuca.

Ter alguns impulsos violentos faz sentido, pois antigamente caçávamos, mantínhamos nossa integridade física com a violência. No mundo atual a gente evoluiu e evitamos ao máximo resolver as coisas desse jeito, mas ainda precisamos usar a violência de vez em quando pra lidar com situações em que nossa vida ou bens estão em perigo imediato. Mas é claro, a dose faz o veneno.

Agora não faz sentido nenhum você ter esse outro tipo de impulso citado no vídeo (não vou detalhar muito pra evitar que o tópico seja trancado pela linguagem usada, mas basta ver o vídeo).

É uma doença. Não existe nenhuma razão de impulsos como esses existirem ou serem normalizados (que é pra onde a gente tá indo). Claro, ao consumir esse tipo de mídia japonesa você não está tecnicamente cometendo um crime, mas isso se deve ao fato de que as leis do Japão são uma piada, e o #MeToo mostrou isso muito bem.

E isso adiciona algo muito importante à discussão: Nós só temos gente no poder que não entendem nada sobre como videogames modernos funcionam, a internet em si, e não compreendem nada sobre a nova geração e os avanços na tecnologia. Você pode ver isso muito bem nas entrevistas com o Zuckerberg e Sundar (CEOs do Facebook e Google respectivamente) no congresso, onde fizeram perguntas estúpidas e os dois praticamente tiveram que explicar como a internet funciona.
 
Última edição:
Ainda que um jogo seja voltado pra um público adulto, fico estarrecido com a normalidade com a qual o jogador trata como divertido, ceifar vidas (ainda que simbolicamente) nos jogos. Curiosamente os mesmo jogadores que se orgulha de "head sot" e "pentakill" criticam a nudez, ou semi-nudez em jogos também adulto.

Muito obrigado pelo comentário @DadoCWB
Mas é meio polêmico seu ponto de vista. Mas novamente muito obrigado!

Como um residente de Suzano, eu também pude ver em primeira mão o impacto que o acontecimento de Raul Brasil gerou. Todo mundo estava preocupado e falando sobre o assunto, e claro que por uma boa causa.

Acredito que um dos principais motivos que faz de videogame um ótimo bode expiatório é o crescimento de popularidade deles. A não muito tempo atrás as pessoas fora do nicho caçoariam de você por jogar qualquer tipo de coisa, mas hoje em dia é bem difícil alguém não ter pelo menos a sessão de FIFA depois de um dia cansativo de trabalho. Algo assim ser tão popular, significa também que é bem mais fácil para pessoas de fora darem de cara com conteúdos sobre a coisa totalmente fora de contexto, o que pode assustar e levar a mal entendidos — isso é, desconsiderando pessoas que culpam videogames de forma maliciosa por "N" motivos.

É verdade @AbsoluteXandy você é de Suzano. Muito interessante seu ponto de vista. Muito obrigado pelo calaboração!


E isso adiciona algo muito importante à discussão: Nós só temos gente velha no poder que não entendem nada sobre como videogames modernos funcionam, a internet em si, e não compreendem nada sobre a nova geração e os avanços na tecnologia. Você pode ver isso muito bem nas entrevistas com o Zuckerberg e Sundar (CEOs do Facebook e Google respectivamente) no congresso, onde fizeram perguntas estúpidas e os dois praticamente tiveram que explicar como a internet funciona.

Muito obrigado pelo comentário @Kazzter

Infelizmente é fato, contudo eles possuem assessores parlamentares para informá-los, mas parece que não surge efeito ou o mais provável e que os mesmos só pensam em encher os bolsos.
 
@BENTO
Professor, se possível (caso entre em um debate desses novamente), mande a seguinte imagem para esses safados e imbecis:
2000px-esrb_ratings-svg_.png

Em seguida, questione-os sobre o motivo de alguém com menos de 17 anos (o que podemos considerar como as crianças e os jovens) jogar frequentemente games com classificação M (para maiores de 17) ou AO (para adultos, acima dos 18) e não os de classificações que estejam de acordo com suas faixas etárias.
Isso seria culpa dos games em si ou da educação recebida pelo indivíduo? Onde o mesmo não respeita essas classificações determinadas por lei?
Muitas vezes, os próprios pais do(a) jovem o presenteiam com um game desses e eu mesma já presenciei um caso desses, onde um garotinho de uns 10 anos olhou a vitrine de uma loja de games lá na Santa Ifigênia e disse:

- Pai, olha lá o GTA 5, compra pra mim!

E o pai do garoto prontamente comprou...
A culpa é de quem? Dos games?
Espero que, ao menos, esses candidatos possuam uma proposta descente para reforçarem a segurança e a educação ai em Suzano, porque ficarem desviando o foco pela incompetência dos governantes atuais nessas áreas e atribuir toda a culpa aos games chega a dar vergonha alheira...
 
Professor, se possível (caso entre em um debate desses novamente), mande a seguinte imagem para esses safados e imbecis:

Muito Obrigado @Jully Anne
Eu levei o note e mostrei para eles... Antes de sair. Ninguém questiona um filme de terror, por exemplo, os responsáveis "sabem" que a indicação e para maiores de 18, mas no Game nunca olham. Sou a favor de qualquer forma criativa nos Games, desde que venha com a indicação apropriada. Novamente muito obrigado!
 
Sem investir maciçamente em educação fica bem difícil qualquer evolução social positiva.
E nosso pais sofre a décadas e décadas e décadas com isso...

E leva décadas e décadas e décadas para se formar uma geração.

Sempre gosto de rever o último filme do Kurosawa (perto dos 90 anos já) é sobre a relação professor-alunos no pós guerra.
Quem não viu, veja se puder. Chama Madadayo (Ainda Não).
Filme é uma poesia.

Tanto filme memorável sobre esse tema, excelentes alimentos para elevar nossa vibe.
PS Não sou professor.

T+
 
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@Kazzter, com todo respeito ... o que tu chama de "outros impulsos", que eu poderia traduzir como inclinação ao desejo sexual me soa muito mais saudável e natural do que o desejo de dar um tiro na cabeça de alguém (este últo que eu aliás não possuo). Criminalizar ecchi, hentai ou de uma maneira geral a pornografia é algo que classifico tão equivocado quanto culpar um jogo pelo comportamento indesejado de uma pessoa doente que resolve descarregar uma arma contra outras pessoas.

Pra enfatizar minha opinião volto a dizer: não aprecio essa violência na qual os jogos se afundam, sejam ele feitos para adultos ou não. Acho que a glamouriza ao da violência denota-nos uma sociedade que está indo na direção errada. Não acho divertido quando vejo 10 pessoas em uma arena virtual simulando um conflito onde um grupo precisa matar o outro. Acho doentio, mas respeito quem goste.

Sobre o caso de Suzano, pouco posso falar já que não acompanhei de perto, mas me lembro de que quando morava no rio, meio que tive mais contato com semelhante situação que aconteceu em Realengo. Em ambos os casos os jogos foram criminalizados pelo ocorrido. Não me importa se o jogo é para adulto ou para criança, quando pessoas se divertem brincando de matar umas as outras algo está errado e em minha sincera opinião o jogo reflete a realidade tanto quanto a realidade reflete o jogo. É como na arte.

O jogo é culpado? Com certeza não. Mas o jogo certo nas mãos de pessoas erradas pode ser trágico. Aliás é algo que por algum tempo tem sido meu objeto de estudo: como os jogos estão moldando o comportamento de nossa sociedade nos últimos 20 anos. E recentemente tenho notado que mais do que mera diversão os jogos tem sido usado como ferramenta de manipulação de opinião e principalmente formação política. Mas esse é outro papo. Se eu pudesse dar um conselho a quem gosta de jogos violentos u diria: assistam mais hentai e exercitem menos a pratica de assassinatos em jogos.
 
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@Kazzter, com todo respeito ... o que tu chama de "outros impulsos", que eu poderia traduzir como inclinação ao desejo sexual me soa muito mais saudável e natural do que o desejo de dar um tiro na cabeça de alguém (este últo que eu aliás não possuo). Criminalizar ecchi, hentai ou de uma maneira geral a pornografia é algo que classifico tão equivocado quanto culpar um jogo pelo comportamento indesejado de uma pessoa doente que resolve descarregar uma arma contra outras pessoas.

@DadoCWB Não é sobre o ecchi que o vídeo fala, o título engana. Desejo sexual é completamente normal.

Eu preferi não ir aos termos específicos pra manter o tópico family friendly, mas o vídeo se refere mais a crianças mesmo, as famosas lolis, que eu considero um impulso completamente fora do natural.

Atração por pessoas (ou personagens, se a pessoa curte isso) que não são pré-adolescentes ou crianças é normal. E por pré-adolescentes e crianças me refiro a aparência física do personagem desenhado também, sem aquele negócio de "ah, mas tem 3000 anos".

Agora se a pessoa sente atração por esse tipo de personagem infantil ou infantilizado, não há nenhuma razão lógica pra esses desejos existirem. Impulsos violentos são justificáveis e a maioria das pessoas os tem, diferente de atração por crianças. O que diferencia, é os seus atos.



Impulsos violentos não considero necessariamente popar a cabeça de alguém (mesmo você fazendo isso no jogo), é nisso que entra uma parte mais complicada, desejos, vontades ou pensamentos.

Existe um experimento feito pelo Vsauce onde ele cria uma sala cheia de vasos, coisas de vidro e outros objetos em que uma pessoa pode entrar e destruir tudo pra se acalmar da raiva.

A pessoa pode nem querer agredir uma pessoa de verdade, mas sim cometer atos destrutivos irreversíveis, de uma maneira que dá satisfação. Seja atirando em pessoas em videogames, quebrando objetos reais ou objetos antropomórficos que simbolizam pessoas. É difícil de explicar, mas seria como uma pessoa que quer agredir, mas ela não iria agredir. Faz sentido?



É uma ideia que parece muito intangível, afinal se a pessoa tem impulsos violentos ela deve ser um psicopata agressivo que quer dar tiro em cabeças de pessoas, certo? Então, aí que entramos num assunto diferente, vontades, desejos e ações.

Muita gente pensa coisas aleatórias como: "Eu odeio meu chefe, tomara que ele morra." ou "Eu quero me ☠" e coisas do gênero. Significa que essas pessoas são psicopatas e suicidas? Claro que não.

Eu já pensei várias vezes que pessoas deveriam morrer, e que eu mesmo deveria morrer. Isso significa que eu faria ou seria capaz de fazer alguma dessas duas coisas? Também não. Tudo isso são coisas normais que as pessoas pensam, afinal a gente está sempre pensando, e muitas e muitas coisas passam por nossa cabeça.

O que diferencia o psicopata violento da pessoa normal são suas ações.
 
Última edição:
Tive que perder 15 minutos preciosos de minha vida assistindo ao vídeo citado, que aliás por algum motivo usa título que dei ao tópico: Limite do Ecchi. Quer acreditar que se trate de uma coincidência. Enfim ...


Sobre o vídeo, honestamente eu achei um grande desserviço a toda comunidade otaku que já sofre preconceito demais sem a ajuda desses Youtubers. Eles querem dar "um pitaco" no assunto "pornografia infantil" e inserem o tema dentro de "animes" dandoa entender que TODOS os animes incitam a pratica de tal ato. Eu acho perigoso acusar toda uma cultura (a japonesa) da forma que eles fizeram quando aqui no Brasil o "problema" não se restringe a um produto de mídia, mas é constante em todas as periferias das grandes cidades, inclusive na cidade onde eles vivem (Curitiba).

No vídeo, os autores demonstram claramente que desconhecem a vasta demografia dos animes/mangás. Reduzem os animes/mangás ao gênero shonen de porrada e somente aos que se popularizaram no ocidente. Ou seja : animes/mangás de referência para eles são os produtos empacotados para o "grande público". Aquele tipo d eproduto genérico que tem que agradar todo mundo para gerar $$4 para seus produtores.

vamos falr do "Kitsune" . É um cara que pousa de conservador e gosta de falar mal de animes ecchi ao mesmo tempo em que bate palma para animes extremamente violentos como Jojo e Dragon Ball. Animes d eporrada. Aliás... Ele só fala bem de animes de porrada...

Ai começam a falar de pornografia infantil dentro de animes, como se esse "problema" fosse iventado pelas animações japonesas. As aspas que eu coloquei se deve ao fato de que não considero a pornografia infantil o problema, mas sim a consequência dele. O problema que gera a pornografia infantil reside no adoecimento da população frente as distorções de paradigmas sociais que estamos vivenciando principalmente nos últimos anos. Note que até uns 20 anos atrás esse não era um tema discutido e só veio a ganhar o debate de esquina com a popularização da internet.

Em nosso país, por lei pornografia infantil é crime e isso está de acordo com o ECA. Sem discussão quanto a isso. É errado e ponto final. Mas volto a dizer que essa é uma concepção que nossa sociedade passou a ter muito recentemente. Coisa de menos e 100 anos. E que até pouco tempo atrás (antes da popularização da internet) pouco se falava sobre o assunto.

O que não pode acontecer é julgar (como o meteoro fez) toda uma cultura como se ela fosse o grande mal causador desse problema. Aliás, note que a grande maioria dos animes citados são para o público jovem (Sonhen Jump) é uma revista para adolescentes.

Eu não aprovo muito essa coisa de apontar para os outros e gritar as regras que eu acho que é certo ou errado. Se um autor resolve criar um feiticeiro milenar com uma aparência mais jovem, eu não vou julgá-lo. Aliás Guru Clef de Magic Knight Rayearth é um exemplo de como isso algo que não se restringe a animes que exploram a sexualidade de seus personagens.

Agora uma forma de discutir esse assunto sem cair no senso comum é começar a se perguntar: por que os animes que não são eróticos, são tão erotizados? E partindo do principio que vivemos em democracias liberais é fácil responder: são assim por que vendem. Da mesma forma que associam uma mulher semi-nua à uma garrafa de cerveja ou a um carro de luxo. da mesma forma que as "atrizes" expõem sua nudez ou se sensualizam para cativar seus "fãs".

Voltando aos jogos violentos, podemos perguntar: Por que precisam ser violentos? Simples... São assim por que as pessoas querem isso. Se esses jogos não vendessem, os produtores iriam adaptá-los a exigência do público.

Eu já passei muito pano pra jogos como GTA V, argumentando que é um jogo destinado para um público adulto e etc. Mas hoje eu tenho uma visão bem diferente da que eu tinha 10 anos atrás. Esse jogo estimula sim comportamentos "estranhos" nas pessoas.

Se jogos possuem potencial para educar, para socializar e informar eles possuem potencial também para estimular coisas negativas. Não quero dizer que o jogo seja culpado pelo doente que atirou em todas aquelas pessoas em Suzano. Mas pode haver algum nível de colaboração do jogo na formação do pensamento doentio de uma pessoa desequilibrada que tome tal atitude.

O mesmo acontece com animes. Animes que retratam algum tipo de ilegalidade ou violência de forma glamourizada pode colaborar para formar algum tipo de comportamento "indesejado" em certas pessoas. Aliás essa é uma preocupação que autores passam a ter cada vez mais. Principalmente quando se retrata alguma situação com conotação mais sexual, é interessante que essa retratação aconteça dentro da "legalidade" e se não for, que não seja glamourizada.

Recentemente eu fiz uma análise critica sobre o primeiro capitulo de um jovem autor e fiquei chocado. Por que as primeiras páginas conduziam o personagem a um conflito que termina com uma jovem de 14 anos tomando a arma de um adulto e dando tiros certeiros na cabeça de 4 dos caras que encurralaram ele, de fuma forma brutal, desnecessária e que não condizia com a proposta que el tinha dado nas páginas anteriores. Ao ler minha crítica o autor disse "que ele achava que seria legal exarcebar na violência". Quando o editor me perguntou se eu tinha lido a obra do fulano: eu disse, nem perca seu tempo com aquilo.

Pra finalizar eu gostaria que a sociedade cobrasse menos violência dessas mídias com pelo menos metade da energia que atacam obras que exploram (dentro da lei) a sexualidade humana.
 
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@Kazzter @DadoCWB
Gente, o @AbsoluteXandy só mencionou o ecchi como mídia alternativa que também sofre preconceito (assim como os games). Por favor, se quiserem debater sobre esse tema façam no tópico correspondente, o assunto deste aqui é sobre o possível comportamento violento adquirido com os games.
 
@Kazzter @DadoCWB
Gente, o @AbsoluteXandy só mencionou o ecchi como mídia alternativa que também sofre preconceito (assim como os games). Por favor, se quiserem debater sobre esse tema façam no tópico correspondente, o assunto deste aqui é sobre o possível comportamento violento adquirido com os games.

Honestamente isso me soou desnecessário, mas peço desculpas pelo importuno e pela minha incapacidade de desenvolver uma linha de pensamento linear . Me retiro para o referido tópico ....

Caso minha opinião interesse a alguém, postei-a em síntese no meu blog: São os jogos violentos em excesso?
 
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